Esta semana apresentamos a série especial de ano novo "Enfoques de 2017". No Comentário de hoje, conversamos com Kenji Yumoto, vice-presidente do Instituto de Pesquisas Japão, sobre a economia japonesa neste ano que se inicia.
Ele diz: "A previsão de expansão da economia norte-americana provavelmente irá levar a um crescimento da economia japonesa em 2017. Acredita-se que, sob o controle do presidente eleito Donald Trump, os Estados Unidos devem cortar radicalmente impostos e gastar muito mais com obras públicas. Isso deve ajudar o Japão a acelerar seu crescimento no setor de exportações.
No entanto, há também alguns fatores de risco. Ainda não ouvimos nada concreto de Trump sobre sua política econômica. O presidente eleito pode fazer comentários para evitar maior fortalecimento do dólar perante o iene. Já o governo chinês foi bem-sucedido, até certo ponto, em limitar a desaceleração da economia, mas ainda há preocupações de que grandes empréstimos vencidos estejam sendo ocultados de alguma maneira. Tais fatores de risco externos podem causar flutuações nos mercados que impactariam a economia do Japão.
No mercado japonês, maior falta de mão de obra vai levar a melhoras nas condições de trabalho. O governo deve revisar as leis trabalhistas este ano visando remuneração equivalente para o mesmo trabalho, seja este realizado por empregados temporários ou regulares. Isso pode levar a um aumento dos salários.
A maior razão por trás da lenta recuperação da economia é o fraco crescimento salarial. Com maiores remunerações, os gastos pessoais devem ganhar força. Além disso, programas liderados pelo governo em zonas econômicas especiais devem ajudar na recuperação gradual dos investimentos de capital.
Entretanto, a administração do primeiro-ministro Shinzo Abe terá muita dificuldade em alcançar suas metas de crescimento do Produto Interno Bruto de 2% em termos reais e de inflação de 2%. O crescimento do PIB em termos reais deve ficar por volta de 1% e a inflação em cerca de 0,6%. A razão disso é a lentidão do governo em implementar estratégias de crescimento e sua incapacidade de lidar completamente com problemas.
Como exemplo, podemos ver a redução dos impostos corporativos. O governo diminuiu a taxa para 29%, mas parou aí. A administração fez poucos avanços nas áreas de tratamento e cuidados médicos, e do mercado trabalhista. Simplesmente não há força de trabalho suficiente para atender as necessidades de creches e asilos.
O governo não criou medidas que promovam maior desregulamentação para que trabalhadores estrangeiros possam atuar nessas áreas, por exemplo. A França disponibiliza vários auxílios a crianças nascidas fora do matrimônio como parte de seus esforços para aumentar a taxa de natalidade. Mas o Japão sequer considerou tais auxílios. Em 2017, o Japão precisa fazer maiores reformas e desregulamentação em tais áreas."
Ele diz: "A previsão de expansão da economia norte-americana provavelmente irá levar a um crescimento da economia japonesa em 2017. Acredita-se que, sob o controle do presidente eleito Donald Trump, os Estados Unidos devem cortar radicalmente impostos e gastar muito mais com obras públicas. Isso deve ajudar o Japão a acelerar seu crescimento no setor de exportações.
No entanto, há também alguns fatores de risco. Ainda não ouvimos nada concreto de Trump sobre sua política econômica. O presidente eleito pode fazer comentários para evitar maior fortalecimento do dólar perante o iene. Já o governo chinês foi bem-sucedido, até certo ponto, em limitar a desaceleração da economia, mas ainda há preocupações de que grandes empréstimos vencidos estejam sendo ocultados de alguma maneira. Tais fatores de risco externos podem causar flutuações nos mercados que impactariam a economia do Japão.
No mercado japonês, maior falta de mão de obra vai levar a melhoras nas condições de trabalho. O governo deve revisar as leis trabalhistas este ano visando remuneração equivalente para o mesmo trabalho, seja este realizado por empregados temporários ou regulares. Isso pode levar a um aumento dos salários.
A maior razão por trás da lenta recuperação da economia é o fraco crescimento salarial. Com maiores remunerações, os gastos pessoais devem ganhar força. Além disso, programas liderados pelo governo em zonas econômicas especiais devem ajudar na recuperação gradual dos investimentos de capital.
Entretanto, a administração do primeiro-ministro Shinzo Abe terá muita dificuldade em alcançar suas metas de crescimento do Produto Interno Bruto de 2% em termos reais e de inflação de 2%. O crescimento do PIB em termos reais deve ficar por volta de 1% e a inflação em cerca de 0,6%. A razão disso é a lentidão do governo em implementar estratégias de crescimento e sua incapacidade de lidar completamente com problemas.
Como exemplo, podemos ver a redução dos impostos corporativos. O governo diminuiu a taxa para 29%, mas parou aí. A administração fez poucos avanços nas áreas de tratamento e cuidados médicos, e do mercado trabalhista. Simplesmente não há força de trabalho suficiente para atender as necessidades de creches e asilos.
O governo não criou medidas que promovam maior desregulamentação para que trabalhadores estrangeiros possam atuar nessas áreas, por exemplo. A França disponibiliza vários auxílios a crianças nascidas fora do matrimônio como parte de seus esforços para aumentar a taxa de natalidade. Mas o Japão sequer considerou tais auxílios. Em 2017, o Japão precisa fazer maiores reformas e desregulamentação em tais áreas."
Fonte: NHK