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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os EUA e o acordo com o Japão

A inequívoca vitória de Shinzo Abe nas eleições para a Câmara Alta do Japão no fim de semana passado é um ponto de inflexão para o comércio mundial. O premiê japonês assumiu o compromisso, no nível interno e externo, de que, se autorizado, seu país ingressará nas negociações de comércio da Parceria Transpacífica (TPP, nas iniciais em inglês) e fará as reformas estruturais necessárias para ser um participante legítimo e pleno.

Promessas de abrir os setores agrícola e de seguros japoneses, entre outros, tomaram a dianteira do que os céticos pensavam que o eleitorado japonês apoiaria. Abe foi bem além do gaiatsu, a utilização relutante da pressão externa em favor de reformas, de dirigentes japoneses anteriores. Ele segue os exemplos de Zhu Rongji, da China, e de Ernesto Zedillo, do México; Abe abraçou a integração econômica internacional para impulsionar uma reforma doméstica.

Isso é importante, e não só para o próprio Japão. Sua participação na TPP aumenta muito as perspectivas de um acordo de alta qualidade adequado ao século XXI - que enfatize o comércio tanto de serviços quanto de produtos; que tenha altos padrões em termos de proteção à propriedade intelectual e ao meio ambiente; e que supere as antiquadas tarifas, para se focar em fluxos de investimentos e em barreiras não tarifárias (como contratos de fornecimento de produtos e serviços para o governo).

E, o que é mais importante, incluir o Japão na TPP abriria oportunidades para uma série de economias menos desenvolvidas, ao mesmo tempo em que tranquilizaria as economias avançadas quanto aos padrões. Esse tipo de compensação oferece algumas das maiores vantagens diretas com o comércio. Análise de Peter Petri e Michael Plummer, professores da Brandeis e da John Hopkins, respectivamente, conclui que um acordo na TPP que inclua um Japão aberto nos setores agrícola e outros resultaria num ganho, pelo Chile, de cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano até 2025, de 5% pela Malásia e de 10% pelo Vietnã. O próprio Japão ganharia 2% do PIB ao ano e os Estados Unidos, quase 0,5%, por meio do aumento dos investimentos transnacionais e do acesso à crescente demanda por serviços.

De forma lamentável, embora previsível, a oposição à participação do Japão nas negociações da TPP partiu de grupos de interesse dos EUA, apesar dos ganhos de peso a serem auferidos por empresas e consumidores americanos. As três grandes empresas automobilísticas de Detroit e o sindicato United Auto Workers (UAW) foram as instâncias que manifestaram as maiores preocupações. Além de reclamações restritas, apesar de parcialmente válidas, sobre o acesso ao mercado automobilístico doméstico japonês e sobre as tarifas incidentes sobre veículos comerciais leves (que, de qualquer maneira, estão sendo contempladas num acordo automobilístico paralelo entre EUA e Japão), esses grupos fizeram uma grande exigência: que o governo Obama inclua alguma forma de proteção contra subvalorização ou manipulação cambial da parte do Japão. Isso granjeou algum apoio no Congresso americano.

A questão de os acordos comerciais em geral deverem ou não incluir cláusulas cambiais unilaterais na ausência de uma reforma sistêmica que preveja desequilíbrios mundiais é espinhosa. Uma vez que não há sólidas definições amplamente aceitas de subvalorização cambial, qualquer legislação atual teria de prever a manipulação em seu texto. A ironia das preocupações manifestadas, no entanto, é que nenhuma dessas definições práticas de manipulação cambial envolveria o Japão no momento, mas poderia, em vez disso, obrigar a adoção de contramedidas conflituosas contra a China e a Coreia do Sul - e, mesmo assim, deixariam de fora a economia de grande porte mais agressivamente mercantilista, dona da moeda mais desvalorizada: a Alemanha. O Japão não se empenha em intervenções unilaterais sistemáticas nos mercados cambiais para desvalorizar o iene desde 1º de abril de 2004, a não ser quando o iene saltou de valor, na esteira do tsunami e do acidente nuclear de 2011 (parou quando o G-20 reclamou de intervenção excessiva). O governo Abe se obrigou, pelo acordo de dezembro do ano passado dos países do G-20, a não fazer declarações que induzissem à depreciação de sua moeda e a não fazer qualquer outro tipo de intervenção unilateral.

Em decorrência disso, o iene se valorizou a partir de uma baixa recorde de 102 ienes por dólar, registrada em meados de maio, para 93 ienes por dólar, em meados de junho, sem qualquer reação direta. De fato, as amplas reservas cambiais do Japão, que perdem apenas para as da China, apontam para uma longa história de manipulação cambial, mas isso, efetivamente, pertence ao passado.

Apesar de algumas afirmações injustificadas, o afrouxamento quantitativo e outras formas de política monetária expansionista não são manipulação da moeda. A verdadeira manipulação envolve uma política transnacional intencional, com efeitos que inequivocamente alteram o comércio, em que qualquer crescimento ocorre em detrimento de outros. Como temos sistematicamente argumentado, meu colega Joseph Gagnon e eu, o afrouxamento quantitativo é política interna com metas internas, e tem consequências líquidas indeterminadas sobre outras economias. Para economias grandes e relativamente fechadas como as do Japão ou dos EUA, os parceiros comerciais talvez ganhem com o aumento das exportações a esses países mais do que perdem com qualquer queda de competitividade causada pela depreciação cambial.

Algumas suspeitas de empresas americanas relativas à manipulação cambial japonesa se baseiam em episódios cada vez mais distantes e isolados. Em todo caso, os esforços unilaterais para enfraquecer o iene são inviabilizados com sucesso por um bem-monitorado acordo do G-20. Os que querem ver esses princípios serem aplicados a manipuladores cambiais mais recentes e agressivos que o Japão na Ásia e outros continentes precisam ter estômago para pôr em perigo outras metas comerciais e de política externa. Não há, no entanto, justificativa para pôr em risco as negociações da TPP e a mundialmente benéfica plena participação do Japão nelas, por medo da manipulação do iene - menos ainda por medo do afrouxamento quantitativo. 

Fonte: Valor

Workshop sobre biocarvão reúne especialistas do Brasil e Japão em Curitiba


A equipe do Embrapa e das universidades japonesas durante o primeiro dia de evento. 
Destaque para a participação do Cônsul Geral do Japão para a região Sul, Yoshio Uchiyama

Realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) na manhã da última segunda-feira, 22, o 3° Workshop Embrapa-Japão sobre Biochar reuniu especialistas e doutores de três universidades do Japão (Hokkaido, Kyushu e Tohoku) além de profissionais da Embrapa e universidades brasileiras para a apresentação de resultados e projetos em torno do uso apropriado do biocarvão no solo.

O evento, promovido pela Embrapa, CNPQ, Agência de Ciências e Tecnologia do Japão (JST), com apoio da FIEP e Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, terá cerca de uma semana de duração, sendo dividido em palestras e visitas técnicas pela região, onde os participantes terão a oportunidade de acompanhar in loco a execução de projetos ligados ao tema.

As duas primeiras edições do workshop foram realizadas no Rio de Janeiro e Fukuoka. “Quando recebemos a comunicação do Embrapa de que o evento seria realizado em Curitiba, de imediato decidimos apoiar a iniciativa, sobretudo devido à singular importância do tema. Sabemos que o Japão possui vasto know-how no setor e consideramos este intercâmbio de conhecimento e experiência essenciais para o desenvolvimento de programas conjuntos no país” colocou Yoshiaki Oshiro, presidente da CCIBJ do Paraná.

Almoço de confraternização 

Nesta quarta-feira, 24, a CCIBJ do Paraná concedeu um almoço de confraternização aos participantes do Japão e equipe da Embrapa, que além do Paraná contou com profissionais do Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

O almoço na chácara Aizen contou ainda com a participação do secretário da 
Indústria e Comércio de Colombo, Ricardo Milgioransa

Realizado na Chácara Aizen, em Colombo, o encontro serviu também para delinear diretrizes e discutir projetos paralelos, como o da cadeia produtiva do bambu no Paraná.

Sobre Biochar

O biocarvão é obtido a partir da transformação da biomassa (madeiras,plantas,resíduos florestais) em carvão pelo processo de combustão conhecido como pirólise-caracterizado pelo aquecimento na presença de pouco ou nenhum oxigênio. O uso do biocarvão no solo mostra entre suas principais vantagens um alto poder de estocar carbono atmosférico em uma forma estável, que garante que ele permaneça no solo por várias centenas de anos. A informação foi dada à Agência Brasil pela pesquisadora da Embrapa Florestas, Claudia Maia. 

“Ele é muito estável, se degrada muito lentamente e, com isso, você vem enriquecendo o estoque de carbono. E você está ajudando a minimizar os efeitos do aquecimento global. Esse é o primeiro apelo do biocarvão”, disse.  

Ainda segundo a pesquisadora, as propriedades químicas e físicas do biocarvão favorecem na utilização dos fertilizantes. “A utilização do biocarvão ajuda a reter os nutrientes na sua própria matriz e você pode usar quantidades menores de fertilizantes”. Além de economizar fertilizantes, as respostas dos experimentos efetuados com o biocarvão indicam que há um aumento também na produtividade do solo. “Porque o efeito é não só na retenção de nutrientes, mas também de água. E com maior água disponível para as plantas, elas apresentam maior produtividade no final de um ciclo de produção”, afirmou Claudia Maia. 


Para a pesquisadora o biocarvão não tem qualquer relação com as queimadas. Segundo ela, a estratégia do Brasil e da maioria dos países que adotam a tecnologia do biocarvão está ligada a sistemas de produção de energia. “Nós estamos falando em carbonizar resíduos de sistemas para produção de agroenergia, seja bagaço de cana, restos de serraria, restos de fábrica de papel e celulose, resíduos da indústria de bioóleo. Enfim, biomassa residual que, normalmente, não é aproveitada nos sistemas de produção. Queimar floresta nativa é falta de senso. Ninguém sério está pensando numa possibilidade dessa”, disse. 

Claudia Maia destacou que o Brasil tem grande potencial de florestas plantadas de pinus e eucalipto, porque apenas 5% da produção florestal nacional vêm de florestas plantadas. Na China, são quase 30%. “Nós temos um potencial de expansão muito grande”. A meta é ocupar áreas de pastagens degradadas no Cerrado e, até na Amazônia, com florestas plantadas. A estratégia da pesquisa sobre biocarvão visa a recuperação dessas áreas. “A ideia é restaurar o solo já degradado para restabelecer o potencial de fertilidade e produtividade”. 

Os cientistas estão debatendo na conferência as melhores formas de carbonizar a biomassa para uso no solo, as características químicas desse processo e os cuidados que devem ser tomados do ponto de vista ambiental. 

Trecho sobre Biochar: Agência Brasil

domingo, 21 de julho de 2013

Sondagens apontam vitória de coalizão de Shinzo Abe no Japão

Dados preliminares projetam que a coalizão governista do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, conquistou a maioria dos assentos na Câmara Alta do Parlamento nas eleições deste domingo. Desta forma, Abe abre caminho para ter o controle de ambas as câmaras pela primeira vez em seis anos.

A vitória é vista como um endosso ao programa econômico de Abe. O primeiro-ministro japonês deve ganhar um novo mandato legislativo para prosseguir as reformas econômicas que visam sustentar o crescimento no longo prazo.

Com base em sondagens, a emissora pública NHK previu que o Partido Liberal Democrático de Abe e seu parceiro de coalizão, New Komeito, conquistaram 71 dos 121 assentos em disputa. Com isso a coalizão terá um total de 130 cadeiras, mais do que os 122 necessárias para uma maioria.

O comparecimento às urnas foi considerado baixo, sugerindo uma falta de entusiasmo do público. Abe disse que sua prioridade é sustentar a recuperação econômica com estímulos monetários e fiscais agressivos. Essa política econômica já elevou os preços das ações, impulsionado a confiança das empresas, além de ajudar os exportadores pelo enfraquecimento do iene.

O crescimento de longo prazo do Japão dependerá ainda de mudanças radicais para aumentar a competitividade e ajudar o país a lidar com o envelhecimento rápido da população e a crescente dívida nacional. "Obviamente, os resultados até agora mostram que os eleitores querem um governo estável", disse o vice-presidente do PLD, Masa Komura em uma entrevista para a NHK.

Fonte: AP

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Prefeito de Curitiba recebe representantes do Japão para apresentação de solução para monitoramento de vias urbanas

O prefeito Gustavo Fruet relata sobre a importância da transferência de tecnologia e know-how japonês para o Brasil

Acompanhados pelo presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e pelo Cônsul Geral do Japão em Curitiba, Yoshio Uchiyama, representantes da Toyota Tsusho, Mitsubishi, NEC e Panasonic, estiveram nesta sexta-feira, 19, reunidos com o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet.

Segundo Carlos Buyo, da Toyota Tsusho, a intenção é apresentar a Fruet o modelo japonês de monitoramento de vias urbanas denominado ITS - Sistema Inteligente de Transporte, estudando sua viabilidade econômica junto a técnicos da prefeitura. "O ITS integra um pacote de produtos e soluções "Smart" propostos pelo Grupo Toyota para os grandes centros urbanos mundiais. Apesar do prefeito ter conferido de perto o pleno funcionamento de algumas destas tecnologias em sua recente viagem ao Japão, ainda é preciso debatermos uma série de detalhes técnicos e econômicos até chegarmos a um consenso. O importante é que estamos dando sequência aos diálogos".

É a segunda vez que executivos do Japão visitam o Paraná para introdução da solução. O primeiro encontro foi mediado em janeiro de 2013 pela CCIBJ do Paraná, onde o modelo foi formalmente apresentado ao secretário de Trânsito do município, Joel Kruger, além do secretário de Estado do Planejamento, Cassio Taniguchi. 

Além dos membros citados acima, a reunião também contou com a participação do presidente da URBS, Roberto Gregorio, do secretário municipal de Informação e Tecnologia, Paulo Miranda, da Vice-Cônsul Geral do Japão, Nana Kawamoto, e do assessor para Assuntos Internacionais do município, Jorge Yamawaki.

Sobre o ITS

O ITS foi introduzido no Japão na década de 70, reduzindo significativamente os óbitos em acidentes de trânsito, congestionamentos e emissão de CO² em virtude do controle das vias por meio dos próprios automóveis, permitindo uma máxima abrangência de área de cobertura e detalhes, incluindo não só as vias principais, mas também as secundárias. 

Contando com parceiros como o Ministério das Comunicações do Japão, Mitsubishi, Panasonic e Nec, desde 2011 a Toyota Tsusho (empresa do grupo Toyota) vem realizando estudos de viabilidade e implantação do sistema em 3 cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Até o momento, segundo Buyo, todos os experimentos tem sido satisfatórios (tanto para a empresa quanto para o poder público), abrindo novos horizontes de negócios. "Os bons resultados obtidos em outras capitais do país estão servido de base para introdução do conceito em outras cidades, como é o caso de Curitiba" concluiu.

Sobre o ITS, acesse:

Visitas à Câmara: Ernst & Young Japan

Na última sexta-feira, 19, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu em sua sede os gerentes Katsunori Masuda e Yusuke Osaki da multinacional de consultoria Ernst & Young do Japão.

Recebidos pelo presidente Yoshiaki Oshiro e pelo diretor Fujio Takamura, a pauta da reunião girou em torno da prospecção de novos negócios, em especial nos setores de energia e infraestrutura.

Segundo apresentação da equipe, este trabalho de pesquisa fora encomendado por empresas japonesas de ambos os setores que estudam expatriar investimentos para execução de projetos de Smart City na América do Sul, em especial, Brasil.

Na seqüência, acompanhada por representantes da Câmara, a equipe visitou a Agência Paraná de Desenvolvimento, sendo recebida pelo seu presidente Carlos Alberto Gloger.

Para mais sobre a EY, acesse:

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Visitas à Câmara: Universidade de Kyoto

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná sediou na tarde desta quinta-feira, 18, palestra do presidente do Instituto Cultural e Científico Brasil Japão (ICCBJ), Hitoshi Nakamura, sobre mobilidade urbana em Curitiba.

Ministrada para cerca de 10 técnicos e professores da Universidade de Kyoto, Nakamura, que foi secretário de Meio Ambiente de Curitiba e do Paraná durante as gestões de Jaime Lerner, apresentou os alguns desafios da capital paranaense para esta década, propondo alternativas baseadas no intercâmbio de conhecimento com técnicos japoneses. "Curitiba, apesar das incontestáveis ações do tempo, ainda é referência mundial no quesito mobilidade urbana, assim como o Japão. Precisamos acentuar os laços de cooperação entre ambos os países, replanejando Curitiba e intensificando a execução de projetos que visem a melhoria gradual da mobilidade urbana na cidade. É por isso que o ICCBJ está promovendo este estreitamento institucional com doutores e especialistas do Japão: para debatermos soluções e buscarmos saídas a médio e longo prazo que sejam inspiradas em programas executados com sucesso no exterior" colocou.

De rápida passagem por Curitiba, a comitiva acaba de participar do WCTR 2013 - Conferência Mundial de Mobilidade Urbana realizada no Rio de Janeiro. Contando com participantes do mundo todo, incluindo países como o Japão, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Holanda e Inglaterra, o evento debateu 8 tópicos relacionados ao tema, incluindo "mobilidade urbana em países em desenvolvimento", foco principal das visitas institucionais realizadas pelos japoneses na capital paranaense.

Além da visita a Câmara, a comitiva participou ainda de reuniões com o prefeito Gustavo Fruet, com o secretário de estado do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, e com o ex-governador e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner.

Sobre o WCTR 2013, acesse:

G-20 se pergunta: e se o Japão não crescer?

O FMI destacou-os em seu último relatório como os três maiores riscos para a economia mundial atualmente, e eles serão tema da reunião deste fim de semana do G-20, em Moscou: 1. A saída nos EUA do estímulo monetário, que vem mexendo com os mercados há dois meses; 2. A desaceleração na China, especialmente depois que o ministro das Finanças chinês falou em crescimento abaixo de 7%; 3. E o Japão. Japão? O que tem o Japão?

O Japão está fazendo uma das mais arriscadas manobras de política econômica dos últimos tempos. Se der certo, pode recolocar o país no rumo de crescimento, depois de 20 anos de estagnação, e encerrar um prolongado período de deflação.

Mas e se der errado? Nas palavras de um sherpa do G-20 (aqueles diplomatas que preparam tudo para os líderes assinarem): se não der certo, "o Japão pode quebrar, com um impacto muito forte para a Ásia e para o mundo". Esse negociador, de um país rico, pediu para não ser identificado.

O programa japonês já tem um nome consagrado: é a chamada Abenomics, numa referência à política econômica introduzida pelo governo do novo primeiro-ministro, Shinzo Abe, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado.

O plano de Abe se baseia num tripé: políticas monetária e fiscal expansionistas e reformas estruturais para favorecer os investimentos. Por enquanto, houve muito expansionismo monetário e fiscal e poucas reformas. Mas isso pode mudar com as eleições deste domingo, quando o partido de Abe deve recuperar a maioria no Senado.

Em abril, já sob a direção de Haruhiko Kuroda, o Banco do Japão (o BC japonês) começou o agressivo programa de afrouxamento monetário, dobrando (para US$ 70 bilhões por mês) a compra de títulos do governo que estavam com o sistema financeiro. O objetivo é irrigar o mercado e estimular a concessão de crédito. O governo ampliou ainda o já elevado gasto público (o déficit fiscal este ano deve chegar a 10,5% do PIB) para manter aquecida a economia.

Como resultado, o iene despencou 21% em relação ao dólar nos últimos 12 meses, o que favorece as exportações japonesas, para irritação dos parceiros comerciais, em especial de concorrentes próximos, como a Coreia do Sul e a China.

Se não crescer, Japão pode quebrar, com um forte impacto global

O BC espera que essa combinação comece a elevar os preços ao consumidor para a meta de 2% ao ano. Em maio (último dado disponível), o preços ficaram estáveis, após sete meses seguidos de deflação.

A Abenomics divide economistas. O Prêmio Nobel Paul Krugman elogiou o plano, comparando-o ao programa de estímulo fiscal do Fed, nos EUA, e criticou as autoridades japonesas por terem demorado a agir.

Já o economista americano Martin Feldstein criticou o plano e previu (em artigo publicado pelo Valor em 21/01) que, ao elevar o déficit e a dívida, ele vai minar a confiança no país e provocar um aumento das taxas de juros de longo prazo. Isso é perigoso pois a dívida japonesa é a maior entre as principais economias, em 245% do PIB. A Grécia, tão castigada pelos mercados financeiros, têm dívida de 179% do PIB. Os EUA, de 109%.

Se a conta de juros do Japão subir muito, pode ameaçar a solvência do país e levar a uma reestruturação da dívida.

Ainda não há um resultado claro da Abenomics. O PIB do segundo trimestre deve crescer 2,8%. As exportações subiram, mas voltaram a cair, apesar do iene fraco (veja gráfico). A bolsa disparou, mas as empresas não parecem confiantes o bastante para voltar a investir.

As taxas de juros de longo prazo subiram desde abril, mas economistas alegam que isso ocorreu devido à perspectiva de fim do estímulo fiscal nos EUA, fator que o Japão não controla.

Há outros ventos contrários. O país vive uma crise energética desde o fechamento das usinas nucleares, após o acidente de Fukushima, em 2011. Isso elevou o preço da energia e desestimula investimento e produção. Muitos economistas destacam ainda a dinâmica demográfica negativa, com queda da população e alta do número de idosos, o que tende a pesar sobre a produção, o consumo e a elevar o gasto público. Uma em cada quatro pessoas no Japão terá mais de 65 anos em 2014, contra só 9,6% na China e 14,2% nos EUA, segundo dados do Censo americano.

A chance de sucesso da Abenomics dependerá ainda de se os japoneses continuarão gastando mesmo depois do aumento do imposto sobre consumo, que subirá de 5% para 8% em 2014. Na última vez em que o imposto foi elevado, em 1997, houve forte retração do consumo, que jogou o país numa recessão. Essa alta pode ser adiada por Abe, após as eleições, mas nesse caso ele dificilmente conseguirá manter a promessa de reduzir o déficit público.

"Se o Japão conseguir crescer, a receita fiscal vai subir e a relação dívida/PIB vai cair, iniciando um círculo virtuoso. Mas, se não crescer, o Japão pode quebrar, com um impacto muito forte para a Ásia e para o mundo. Por isso, há muita ansiedade com relação ao programa de estímulo japonês", disse o sherpa do G-20. Essa ansiedade não será expressa em público pelo grupo, para evitar aumentar a desconfiança em relação à aposta japonesa.

Fonte: Valor
Conluna assinada por: Humberto Saccomandi 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Reaproveitamento de resíduos é tema de reunião entre CCIBJ do Paraná e CEASA/PR

Nesta sexta-feira, 12, o presidente das Centrais de Abastecimento do Paraná S.A., Luiz Gusi, recebeu em seu gabinete o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, para debaterem soluções em torno do reaproveitamento adequado dos resíduos orgânicos gerados pelo CEASA no estado.

De acordo com Gusi, somente na central de Curitiba são geradas cerca de 40 toneladas de lixo orgânico/dia, situação que demanda atenção e requere a adoção de soluções sustentáveis que auxiliem na atenuação desta problemática. “Os altos índices de resíduos gerados não só no Paraná, bem como nas demais centrais de abastecimento do Brasil, nos atenta para a constituição de um cenário que pode ser trabalhado, sobretudo através da constituição de projetos que visem o reaproveitamento adequado deste volume” completou.

Segundo Oshiro, o Japão possui tecnologia e know-how para auxiliar o estado no tratamento adequado dos resíduos produzidos. “Nossa entidade vem trabalhando para promover os produtos e soluções do Japão no que diz respeito ao reaproveitamento adequado de resíduos (orgânicos e sólidos) e biomassa no Paraná. Existem boas empresas japonesas do setor que dispostas a darem início à composição de projetos de cooperação no país e nós da Câmara encontramo-nos preparados para auxiliar o Paraná neste estreitamento bilateral” disse.

Oshiro, que também foi presidente do CEASA/PR durante o governo Ney Braga, confirmou ainda que estará indo ao Japão em agosto deste ano para tratar, entre outros assuntos, deste tema (reaproveitamento de resíduos).

Também participou da reunião, Valério Borba, gerente da assessoria da presidência.

Para mais, acesse:

BRF faz primeiro embarque de carne suína ao Japão

A BRF vai fazer o primeiro embarque de carne suína de uma empresa brasileira para o Japão. O primeiro contêiner, com 25 toneladas, será embarcado no próximo domingo, segundo o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, Wilson Mello.

De acordo com a empresa, a encomenda formada por cortes de filé de lombo e sobrepaleta de lombo sairá do porto de Itajaí (SC). Os itens foram produzidos na unidade da BRF em Campos Novos (SC), uma das duas plantas da companhia habilitadas para exportar ao Japão.

Após cerca de sete anos de negociações, o país asiático reconheceu o Estado de Santa Catarina como livre de aftosa sem vacinação em maio passado. Isso significou a abertura do país à carne suína produzida no Estado.

De acordo com a BRF, a encomenda foi feita pela Mitsubishi, um dos maiores players do setor de carne no Japão. A trading japonesa já faz importação de frango produzido pela BRF para o Japão há vários anos. "A BRF espera desenvolver com a Mitsubishi, em suínos, a mesma parceria que já tem em frango", afirmou Mello.

Segundo ele, a rapidez com que o negócio foi fechado - pouco mais de um mês após a abertura do mercado japonês - foi possível porque já existe uma relação entre o importador e a BRF. "Quando a China abriu o mercado, demoramos nove meses para embarcar o primeiro contêiner", lembrou o executivo.

Além da unidade de Campos Novos, a planta da BRF de Herval D"Oeste (SC) também foi habilitada para exportar carne suína ao mercado japonês. O executivo não informou estimativas de volumes de carne suína que a BRF prevê exportar ao Japão, mas disse que a expectativa é de que haja embarques mensais do produto.

"O Japão é um mercado que vai mudar a história da suinocultora no Brasil", disse o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF. Ele faz coro com Pedro de Camargo Neto, ex-presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria, Produtora e Exportadora de Carne Suína), que iniciou as negociações com o Japão para a abertura de Santa Catarina.

Em maio passado, Camargo Neto disse que a abertura do mercado japonês deve alavancar as vendas da carne suína produzida no Estado. Ele estimou que o Brasil poderia exportar entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões do produto ao Japão. Só no ano passado, o país asiático importou US$ 5 bilhões em carne suína de várias origens. O país asiático é o maior importador global de carne suína.

Fonte: Valor

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Executivos da Hitachi e CCIBJ do Paraná visitam Parque Tecnológico de Itaipu (PTI)

Gilberto Hara (Vice-presidente da CCIBJ do Paraná), Carlos Saborido (Diretor da CCIBJ do Paraná e representante da PMF), Emil Seko (Divisão de novos negócios da Hitachi), Juan Sotuyo (Presidente do PTI), e Roberto Endo (Diretor da Hitachi)

A convite e intermédio da Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná (CCBJ do Paraná), os executivos da empresa japonesa Hitachi, Emil Seko e Roberto Endo, visitaram o Parque Tecnológico Itaipu na última quinta-feira (11). Líder na fabricação de soluções para a indústria e infraestrutura social, a empresa pretende investir no Paraná. A visita, a título de conhecimento do Parque e de projetos desenvolvidos no local, foi acompanhada pelo diretor-superintendente da Fundação PTI, Juan Carlos Soutyo e pelo gerente do programa de Empreendedorismo da Fundação PTI, Fernando Machado.

Carlos Saborido, representando a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, também esteve presente. “Sugeri que eles conhecessem o PTI pois a Hitachi está desenvolvendo estudos e pesquisas aqui na cidade, além de estar procurando linhas de investimento no estado. Os trabalhos desenvolvidos no PTI, em parceria com a Unila, Unioeste e outras instituições, coincidem com algumas linhas de pesquisa da Hitachi”, explicou o Vice-presidente da CCBJ do Paraná, Gilberto Hara. 

Como parte do roteiro, os japoneses conheceram programas e projetos nas áreas de ciência e tecnologia desenvolvidos no PTI, entre eles, o Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI), o Centro Internacional de Energias Renováveis com ênfase em biogás (CIER biogás), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai), Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse). 

Na ocasião, o grupo ainda conheceu o espaço onde será instalado o laboratório do Projeto Baterias de Sódio, que visa a transferência de tecnologias, investigação científica, sustentabilidade e a ideia de implantar uma fábrica piloto de produção de baterias de sódio. Sotuyo encerrou a visita falando sobre a satisfação de receber e atender os executivos. “Agradeço a visita de vocês e sugiro que possamos ter uma relação mais próxima, já que o PTI está num estágio visionário e com potencial de Itaipu. Queremos incentivar o empreendedorismo e o desenvolvimento de novos negócios na região”, completou.

Fonte: PTI

BC do Japão faz avaliação mais positiva da economia do país

O Banco do Japão melhorou sua avaliação da economia doméstica - agora a descreve como "em recuperação", expressão empregada pela primeira vez em dois anos e meio.

Com a análise de recuperação modesta da economia, a autoridade monetária faz a sétima revisão positiva consecutiva. No documento anterior, considerava que a economia japonesa estava ganhando fôlego.

Ao justificar sua avaliação, o banco central do Japão citou um aumento nas exportações e da produção como também o gasto do consumidor. Considerou ainda uma ampliação da confiança do setor de negócios.

Ao fim de dois dias de discussões, a autoridade monetária decidiu manter inalterada sua política monetária, como uma taxa de inflação de 1,9% para o ano que começa em abril de 2015. Acredita ainda em uma taxa de inflação de 0,6% no atual ano fiscal e de 1,3% nos 12 meses seguintes.

Fonte: Valor

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Diretoria aprova parcerias com o Governo do Estado

Em reunião de diretoria realizada nesta quarta-feira, 10, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná aprovou o estabelecimento de parcerias com o governo do estado por meio de duas agências de representação: Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) e Agência de Internacionalização do Paraná (AGINPAR).

Segundo o presidente da Câmara, Yoshiaki Oshiro, apesar de ambas as agências serem congêneres, seus objetivos são distintos, o que permite a celebração alianças polarizadoras. “Como os objetivos e estatutos de cada agência são diferentes, tivemos a oportunidade de estudar e debater as melhores maneiras de atuarmos em conjunto respeitando as características individuais das mesmas, sem que houvesse a sobreposição de interesses ou atividades” colocou Oshiro.

De acordo com o vice-presidente, Gilberto Hara, o próximo passo é analisar as propostas e avalizar juridicamente as parcerias. “Na próxima semana iremos nos reunir para tomarmos todas as precauções e cuidados necessários em torno da assinatura destes, pois apesar da singular importância, a composição de um material deste porte demanda extrema cautela e perícia. Somos uma entidade que segue normativas e para honrarmos os compromissos com o estado precisamos estar totalmente a par das nossas obrigações e deveres dentro deste novo contexto, evitando futuros contratempos” disse.

O diretor de projetos, Fujio Takamura, relatou que o objetivo da Câmara em ambos os casos deverá ser o mesmo: auxiliar no desenvolvimento econômico do estado do Paraná através da mediação e atração de novos investimentos e parcerias com o Japão. “Estamos seguros que podemos auxiliar estas agências no cumprimento de uma agenda bilateral de negócios com representantes do capital privado japonês e demais key players".

Sobre a Aginpar

A AGINPAR foi criada em 2012 e é voltada para a promoção do comércio exterior no Estado. O órgão faz parte do programa Paraná Competitivo e representa o esforço do governo para consolidar um bom ambiente de negócios no Paraná a partir da associação entre diversas entidades ligadas ao comércio exterior. É uma associação civil sem fins lucrativos constituída por empresas, pessoas físicas, instituições do setor privado, entidades associativas e os poderes públicos estadual e municipal. Atual presidente: Rui Lemes (Fecomércio/PR)

Sobre a APD

A APD foi criada pelo governador Beto Richa para atuar na atração de novos investimentos para o Estado e também apoiar empresas já existentes por meio de convênios e parcerias comerciais. O objetivo da Agência de Desenvolvimento do Paraná é promover a inovação e a modernização tecnológica, melhorando a competitividade, a prestação de serviços e a geração de empregos nas empresas instaladas no Estado. Atual presidente: Carlos Alberto Gloger

Blanchard vê 3 novas ameaças: China, EUA e Japão

Três novos riscos surgiram na economia global nos últimos meses, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI): a possibilidade de uma desaceleração mais forte do crescimento da China; o eventual impacto da redução dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano); e as dúvidas quanto à sustentabilidade da nova política econômica japonesa.

Além desses três novos perigos, persistem alguns antigos. O principal deles o risco de recrudescimento da crise na zona do euro, disse ontem o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard.

O FMI passou a estimar um crescimento de 7,8% para a China em 2013 e de 7,7% em 2014, 0,25 e 0,5 ponto abaixo do que projetava em abril. "A minha impressão é que a China é o país em que há o maior risco em termos de uma queda mais forte do ritmo de crescimento", afirmou Blanchard, que evitou dizer, contudo, qual é o potencial de recuo que vê para o PIB chinês.

O maior desafio para a China é promover a transição para um crescimento mais equilibrado, com menos ênfase no investimento e mais no consumo. Blanchard ressaltou que o país investe demais e muitas vezes de modo ineficiente, com riscos crescentes para o mercado de crédito. Desde a crise, a taxa de investimento da China pulou de 39% para 45% do PIB, um nível muito elevado, disse ele.

Para comparação, em 2012 o Brasil investiu o equivalente a 18% do PIB, uma taxa considerada baixa. Para Blanchard, as autoridades chinesas conhecem bem a situação, e vão tentar promover a desaceleração do crédito que impulsiona o investimento de modo cuidadoso. A questão é que o aumento do consumo pode demorar, não compensando a desaceleração da formação bruta de capital fixo (medida do que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos).

Outro perigo no radar do FMI é o efeito que uma política monetária americana menos expansionista terá sobre os mercados. Blanchard disse acreditar que a volatilidade observada recentemente, devido à perspectiva de diminuição do ritmo de compra de ativos pelo Fed, vai diminuir daqui para frente. Para o FMI, houve uma reavaliação do risco em função da possibilidade de mudança na política do banco central americano e de uma expectativa de menor crescimento dos emergentes. O economista observou que os juros dos títulos do Tesouro americanos vão se tornar mais atraentes, seja pela redução do ritmo de aquisição de ativos, seja pelo aumento dos juros básicos, que ainda parece distante.

Isso deverá provocar uma saída de recursos de países emergentes, já que parte dos fluxos serão repatriados, disse ele. "Mas não acho que todos os fluxos vão voltar. Parte desses capitais foram para os mercados emergentes devido às perspectivas de maior crescimento e de maior lucratividade do que nas economias avançadas", afirmou ele.

O terceiro risco novo, na visão do FMI, é saber se o Japão será capaz de desenvolver adequadamente as chamadas "três flechas" da "Abenomics" (o pacote de medidas do premiê Shinzo Abe): os estímulos monetários, os impulsos fiscais e as reformas estruturais. Para Blanchard, se as medidas de forte estímulo fiscal não forem complementadas por medidas que indiquem um caminho crível para as contas públicas no longo prazo, combinadas com reformas estruturais importantes, os investidores podem começar a duvidar da sustentabilidade da dívida japonesa. Com isso, passariam a exigir juros mais altos para comprar os títulos do governo japonês, o que poderia colocar em risco a política econômica arquitetada pelo primeiro-ministro Abe.

Fonte: Valor

terça-feira, 9 de julho de 2013

SLC anuncia formação de joint venture com a Mitsui no Brasil

A SLC Agrícola e a japonesa Mitsui anunciaram ontem a intenção de criar uma joint venture com o objetivo de produzir e comercializar commodities agrícolas no Brasil.

A parceria deve ser formalizada em um mês, e ainda será submetida à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O plano é que a nova companhia entre em operação ainda em 2013, com o plantio de 21,9 mil hectares de soja e algodão em uma fazenda em São Desidério, no Oeste da Bahia.

A propriedade pertence à Xingu, braço de produção agrícola da trading Multigrain, que é integralmente controlada pela Mitsui desde maio de 2011. Ao todo, a Xingu possui 116 mil hectares, dos quais aproximadamente 70 mil cultivados com soja, algodão e milho.

A SLC terá 50,1% das ações da joint venture, que será administrada pela empresa brasileira. Além de sua participação nos lucros, a SLC receberá uma remuneração pela gestão do negócio. Já a Mitsui recebe, além de sua parte no resultado, um valor pelo arrendamento das terras.

"Trata-se de uma parceria estratégica. A Mitsui tem investimentos em logística, a conexão com o cliente final e quer crescer na produção agrícola, que é a nossa expertise", afirma Aurélio Pavinato, presidente da SLC Agrícola.

Segundo o executivo, as conversas com a Mitsui "são antigas", mas amadureceram nos últimos cinco meses. A intenção, revela, é que a parceria não se restrinja à operação de áreas da Xingu. "Queremos crescer em conjunto. Há várias possibilidades [de atuação], mas não temos nada definido".

Essa é a terceira joint venture firmada pela SLC desde o ano passado. A companhia é sócia do fundo de investimento Valiance Asset na LandCo, uma empresa de investimento em terras, e do grupo Dois Vales na gestão de uma propriedade agrícola em Mato Grosso. Pavinato afirma que empresa não tem a intenção de ampliar o número de parcerias. "A intenção é amadurecer os negócios já estabelecidos".

A SLC é a maior companhia agrícola de capital aberto do país. Neste ano, a empresa prevê cultivar 310 mil hectares, sobretudo com soja, milho e algodão, 10,7% a mais do que no ano passado.

Já a Mitsui dá mais um passo para ampliar a sua participação no agronegócio brasileiro. Há dois anos, desembolsou US$ 275 milhões pelo controle integral da Multigrain.

A empresa controla ainda uma das maiores torrefadoras de café do país (dona da marca Café Brasileiro). Em todo o mundo, a Mitsui tem operações em diversos setores como os de energia, metais, máquinas e infraestrutura, químicos e fertilizantes. No ano passado, faturou quase US$ 50 bilhões.

O negócio com a SLC é a segunda grande incursão de uma multinacional japonesa no agronegócio brasileiro em 2013. Recentemente, a Mitsubishi anunciou a compra do controle da produtora e comercializadora de grãos e insumos Ceagro, com sede no Maranhão, em um negócio estimado em cerca de US$ 500 milhões.

A operação prevê a compra das ações pertencentes ao grupo argentino Los Grobo, que deixou a companhia. Com isso, a participação da Mitsubishi na Ceagro cresce de 20% para 80%.

O negócio foi aprovado ontem pelo Cade. O sinal verde foi dado em despacho da Superintendência-Geral do órgão publicado no "Diário Oficial da União". Portanto, o caso não precisará passar por julgamento em plenário do Cade.

Fonte: Valor

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vídeo: Reformas serão cruciais para o futuro do Japão


Acompanhe a entrevista do Financial Times (com legenda em português por Valor Econômico) com Takeshi Niinami, presidente da rede de lojas de conveniências Lawson. Nesta entrevista exclusiva, Niinami expõe seu ponto de vista sobre os entraves que impedem o atual crescimento da economia japonesa.

http://www.valor.com.br//video/2534637762001/reformas-serao-cruciais-para-o-futuro-do-japao

Fonte: Valor

sábado, 6 de julho de 2013

Prefeitura de Campo Largo autoriza construção da nova planta da CCM do Brasil

Em almoço de confraternização realizado no último sábado, 06, o prefeito de Campo Largo, Affonso Guimarães, entregou ao presidente da CCM do Brasil, Hirofumi Nakagiri (vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná), todos os documentos que autorizam oficialmente a constituição da nova planta da empresa no município.

De acordo com informações divulgadas pela própria empresa, a nova unidade ocupará um espaço de cerca de 100 mil m², tendo 50 mil m² de área construída, manufaturando implementos agrícolas e derivados. A expectativa é que a empresa conclua suas obras até meados de 2014 e passe a empregar diretamente mais de 500 funcionários.

Além da equipe da prefeitura e referida empresa, também participaram do evento, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e o Cônsul Geral do Japão para a região sul, Yoshio Uchiyama.

Para mais sobre a empresa, acesse:

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Visitas à Câmara: Sankyu S. A.

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu na tarde desta sexta-feira, 05, os representantes da multinacional japonesa Sankyu S. A., Ricardo Kamo, Maurinho Zanone e Márcio Nitta. Na pauta, a apresentação do portfólio de atividades da empresa no Paraná.

Estabelecida no Brasil em 1972, a empresa, pertencente ao grupo japonês Sankyu INC., conta hoje com mais de 10 mil funcionários diretos, prestando serviços de logística, montagem e manutenção de equipamentos de eletromecânica industrial em todo país, tendo como principais clientes empresas como CSN, Usiminas, Volkswagen, entre outros.

Com sede em Belo Horizonte, a empresa possui outras seis filiais espalhadas pelo país, e de acordo com Zanon, a mesma deve constituir uma base operacional em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. “Com a constituição da planta da Sumitomo Rubber (fabricante de pneus do Japão) em Fazenda Rio Grande, nós mantivemos integralmente uma equipe para atendimento e montagem dos equipamentos da empresa no Paraná. Este trabalho nos permitiu considerarmos o estabelecimento de um escritório na região, projeto que, esperamos, deve ser concluído até o fim de 2013” concluiu.

Também participaram da reunião: Yoshiaki Oshiro (presidente da CCIBJ do Paraná); Nilson Nishimura (vice-presidente da CCIBJ do Paraná); Gilberto Hara (vice-presidente da CCIBJ do Paraná); Antonio Myasava (Diretor de Assuntos Tributários Federais); Fernando Ishikawa (Diretor de Assuntos Tributários Estaduais); e Luiz Alberto Langer (Diretor Presidente da Emadel Engenharia).

Para mais sobre a empresa, acesse:
http://www.sankyu.com.br/

Representante do INPI recebe presidente da Câmara em Curitiba

Na manhã desta sexta-feira, 05, o representante do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, Josué de Lima, recebeu o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro. Na pauta, a discussão de temas relacionados à expatriação de tecnologia japonesa ao Brasil.

Conforme expôs Oshiro, em virtude da crescente demanda por parte de representantes do capital privado japonês, torna-se uma necessidade da Câmara coletar o maior número de informações possíveis sobre os procedimentos acerca do registro de marcas e patentes. “Muitas pequenas e médias empresas do Japão possuem avançadas tecnologias que na maioria dos casos sequer possuem patentes no Brasil (...) é comum nos depararmos com empresários que acreditam estarem “protegidos” quando na verdade estão longe de terem suas tecnologias devidamente patenteadas no país” disse.

Lima colocou toda a estrutura do INPI a disposição da Câmara e reforçou a importância da internet neste processo. "Estamos familiarizados com os trabalhos de fomento bilateral propostos pela CCIBJ do Paraná e nos encontramos totalmente dispostos a estreitarmos esta importante relação institucional, na qual, acredito, a internet constitui-se como uma poderosa ferramenta. O INPI possui hoje um dos mais modernos e completos portais sobre o assunto do mundo. Diversas informações e serviços encontram-se totalmente disponíveis em nosso site, sendo possível até mesmo dar entrada e acompanhar processos de pedido de patentes exclusivamente pela internet, evitando deslocamentos e transtornos; aplicativo que com certeza poderá ser explorado e adaptado a usuários estrangeiros no futuro" completou.

A reunião serviu também para esclarecer alguns pontos em torno do modelo nacional de marcas e patentes e sua integração com as normativas internacionais vigentes, debatendo a metodologia adotada e praticada no Japão e sua validade no Brasil.

Para mais, acesse:

Câmara no suporte a empresas e entidades japonesas: JASE-W & JETRO

Numa agenda bastante movimentada, nesta sexta-feira, 05, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná acompanhou os trabalhos da Japanese Business Alliance for Smart Energy Worldwide (JASE-W) e Japan External Trade Organization (JETRO) em cinco visitas institucionais pela capital paranaense.

Masahide Yamaguchi (JASE-W/Mitsubishi UFJ), Ryohei Kise (JASE-W/Mayekawa) e Kan Kurihara (JETRO) estiveram em Curitiba dialogando com membros do governo do estado (SEPL e APD), Copel, BRDE e Fehospar, apresentando localmente as mais recentes soluções em financiamentos de projetos de eficiência energética adotados com sucesso no Japão e demais países asiáticos.

De acordo com Fujio Takamura, diretor de projetos da Câmara, as reuniões foram positivas e integram o follow up do “2° Brazil-Japan Energy Efficiency Workshop”, seminário realizado em Tóquio no início do ano. “Apesar do pouco tempo disponível, conseguimos expor a cada player os objetivos do governo japonês e empresas privadas no que diz respeito ao financiamento de projetos de empresas "ESCO" no Paraná. E este trabalho de promoção e divulgação das tecnologias e soluções japonesas no setor faz parte de um acompanhamento natural da nossa entidade e já haviam sido programadas no Japão durante a realização do workshop em Tóquio em janeiro” finalizou.

Conforme expôs Yamaguchi, o Japão tem interesse em difundir o conceito em países da América do Sul, em especial no Brasil. "O Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão (METI) por meio de entidades como a JASE-W, em parceria da JETRO e demais apoiadores como a CCIBJ do Paraná, tem trabalhado para introduzir modelos de gestão, financiamento e equipamentos no setor de energia no país, visando especialmente a conservação energética. Acreditamos que existem muitas soluções que podem ser adotadas com sucesso por aqui, todavia, precisamos nos assegurar que o país está pronto para tal, nos familiarizando com suas necessidades, políticas e know-how. Por isso a importância desta agenda de compromissos no Paraná" disse.

O que é ESCO?

ESCO (Energy Services Company) são empresas de engenharia especializadas em serviços de conservação de energia, propostas a promoverem medidas que tenham por finalidade aumentar a eficiência energética e de consumo de água nas instalações de seus clientes, utilizando-se primordialmente de contratos de performance.

A principal diferença entre uma ESCO e uma empresa de consultoria é que ela divide os riscos com o Cliente não apenas em termos de investimentos mas também em termos de compromissar sua remuneração com o sucesso dos resultados obtidos na redução dos custos do consumo de energia.

Agradecimentos

A CCIBJ do Paraná agradece a todos os envolvidos no atendimento a nossa comitiva, em especial Carlos Alberto Gloger (presidente da APD), Paulo Base (chefe de gabinete da SEPL), Juraci Barbosa (presidente do Fomento Paraná), Domingos Filho (Fomento Paraná), Juliana Dallastra (BRDE), Tiago Pesch (BRDE), Maurício Barcos (Fehospar), Fujio Takamura (CCIBJ do Paraná), e Helder Barroso (Copel).

Sobre a JASE-W, acesse:

Sobre o 2° Brazil-Japan Energy Efficiency Workshop, acesse:

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sucesso total: 40° Missão Econômica e de Amizade da CCIBJ do Paraná ao Japão e China tem adesão recorde de participantes

Material de divulgação da 40° Missão: 8 cidades e quase 70 inscritos. Sucesso absoluto

Em parceria do deputado federal Luiz Nishimori, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná estará realizando entre os dias 2 e 16 de outubro a sua 40° Missão Econômica e de Amizade ao Japão e China. Ao todo serão oito cidades contempladas: Dubai, Tóquio, Beijing, Toyohashi, Osaka, Kobe, Kakogawa e Kyoto.

Segundo um dos coordenadores da missão, o diretor da CCIBJ do Paraná para a região noroeste, Shiniti Ueta, a comitiva deste ano deverá ser composta por cerca de 70 pessoas, incluindo prefeitos, deputados e empresários de todo o Paraná. “Por meio de um intensivo trabalho conjunto entre a agência oficial da missão, sobretudo por meio de seu proprietário, Fernando Rezende, e o deputado Nishimori, conseguimos formatar um roteiro convidativo, que contempla tanto o calendário de comemorações dos 40 anos de missões da Câmara ao oriente quanto à participação em seminários e visitas técnicas. Esta combinação resultou num número recorde de participantes, superando as nossas expectativas” colocou Ueta.

Ueta relembrou ainda que a missão deste ano também celebrará os 40 anos do tratado de co-irmandade entre os municípios de Maringá e Kakogawa, resultado direto da atuação do então deputado e fundador da CCIBJ do Paraná, Antonio Ueno. “Com toda certeza a missão deste ano será muito especial, pois celebraremos os 40 anos de co-irmandade entre Maringá e Kakogawa. Diante deste contexto, será impossível não relembrarmos a inigualável atuação do nosso querido e estimado baluarte Antonio Ueno, principalmente no fundamental papel que o mesmo desempenhou no desenvolvimento das relações bilaterais Brasil-Japão” completou.

Inscrições Encerradas

Ainda de acordo com Ueta, devido ao elevado número de participantes inscritos, encontra-se encerrado o processo de inscrição. "Para nós seria uma inestimável honra contarmos com mais de 80 participantes. Porém, é preciso ter prudência e relevarmos os nossos limites e custos operacionais, inclusive no Japão" disse.

Agradecimentos

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná agradece imensamente a todos os responsáveis por este expressivo resultado, em especial ao coordenador Shiniti Ueta, ao chefe da missão, deputado federal Luiz Nishimori, além de Fernando Rezende e equipe do Japão.

Para roteiro completo, acesse:
http://www.ccibj.com.br/roteiro.pdf

Câmara oficializa apoio a realização de workshop bilateral Brasil-Japão sobre biochar em Curitiba


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A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná oficializou esta semana - por meio de parceria firmada com o Embrapa - apoio ao “III Workshop Embrapa-Japão sobre Biochar” seminário a ser realizado entre os dias 22 e 26 de julho em Curitiba e que reunirá especialistas e pesquisadores de universidades brasileiras e japonesas para a apresentação de projetos e resultados ligados ao uso apropriado do denominado biochar ou “biocarvão” no solo.

Material amplamente desenvolvido no Japão, o biocarvão é um resíduo resultante da produção de biocombustível, sendo obtido a partir do processo de pirólise (tratamento térmico de carbonização) de uma determinada biomassa. Na seqüência este material residual carbonizado pode ser utilizado como condicionador de solo para melhorar a fertilidade da terra e seqüestrar carbono, auxiliando na recuperação de áreas degradadas, aumentando a produtividade e diminuindo a concentração de gás carbônico na atmosfera.

Segundo a representante do Embrapa, Claudia Maia, é a primeira vez que o evento é realizado em Curitiba. “As edições anteriores do workshop foram realizadas no Rio de Janeiro e em Fukuoka no Japão. Este ano o Embrapa, em conjunto do CNPQ e da Agência de Ciências e Tecnologia do Japão (JST) optaram por Curitiba, cidade que conta com vários pesquisadores e projetos, além de uma expressiva colônia japonesa” disse.

Além da Câmara, o evento também contará com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Escritório da JICA recebe o secretário de Desenvolvimento Urbano Ratinho Junior em Brasília

Na última quarta-feira, 26, o secretário de estado de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Jr. esteve em Brasília na Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), órgão coligado ao governo japonês.

Acompanhado pelo vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Gilberto Hara, e pelo diretor de Planejamento Urbano da entidade, Carlos Saborido, o secretário apresentou ao representante da JICA, Chiaki Kobayashi, um plano de ideias que sugerem a constituição de projetos nas áreas de habitação e mobilidade urbana, setores na qual, segundo Ratinho Jr., o Japão possui um vasto know-how. “O Japão é referência mundial em ambas as áreas. São várias décadas de projetos bem sucedidos, executados, e que hoje beneficiam milhares de cidadãos. Este avançado conhecimento técnico é importantíssimo para nós, pois precisamos desenvolver projetos que não só solucionem os problemas do presente, bem como preparem as nossas cidades para o futuro” colocou.

Kobayashi ouviu atentamente ao secretário, orientou e esclareceu todas as dúvidas em torno da possibilidade da agência atuar em conjunto do estado na execução de projetos futuros, principalmente no segmento de financiamentos e acompanhamento técnico (intercâmbio de cooperação).

De acordo com Hara, a Câmara vem auxiliando o poder público local a estreitar relações institucionais com o governo japonês, mediando reuniões e propondo ideias que visem o desenvolvimento pleno e harmonioso do estado. “É um dos objetivos estatutários da nossa entidade mediar, participar e propor encontros e reuniões entre os nossos representantes com o governo japonês. Temos uma ótima relação com a JICA e encontramo-nos sempre dispostos a auxiliar o governo do Paraná na condução de projetos que demandem uma participação conjunta com o Japão” finalizou.

Para mais sobre a JICA, acesse:  

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lucro líquido da Toyota avança 93,6% no 1º trimestre fiscal

A montadora japonesa Toyota fechou o primeiro trimestre do ano fiscal de 2014, encerrado em junho, com lucro líquido de 562,19 bilhões de ienes (US$ 5,66 bilhões), 93,6% mais alto que um ano antes. Os números resultam do momento favorável com o iene mais fraco e com a estratégia de controle de custos, apesar de vendas lentas em seu mercado japonês.

A receita líquida totalizou 6,255 trilhões de ienes no período, o que representou um avanço de 13,7% sobre igual período de 2012. Ajudada por um agressivo programa de corte de custos e melhora da eficiência, o lucro operacional da companhia cresceu 87,9% no trimestre e chegou a 663,38 bilhões de ienes. 

A montadora comercializou 2,231 milhões de veículos nos três meses encerrados em 30 de junho, leve recuo de 1,6% ante igual período do ano passado.

A Toyota segue uma trajetória de recuperação depois de anos difíceis, que incluíram um terremoto e um tsunami no Japão em 2011, que dificultaram a compra de materiais de parceiros locais, além de grandes recalls globais que arranharam sua imagem perante consumidores.

A montadora japonesa espera 24 trilhões de ienes em vendas no ano fiscal que fecha em março de 2014, ou 9% acima do resultado do calendário anterior. Inicialmente, a empresa previa um montante de 23,5 trilhões de ienes para o período.

Fonte: Valor

Em visita institucional, Hamaya do Brasil comemora resultados positivos no Brasil

Da esquerda para a direita: Yuchi Akagi (coordenador da Hamaya do Japão), Toshihiro Hashimoto (diretor da Hamaya do Japão), Roberto Itai (diretor geral da Hamaya do Brasil), Yoshiaki Oshiro (presidente da CCIBJ do Paraná), Fujio Takamura (diretor da CCIBJ do Paraná), e Takeshi Iezuka (diretor da Hamaya do Brasil)

Nesta segunda-feira, 1, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu representantes da multinacional japonesa de reciclagem de lixo eletrônico (e-waste), Hamaya do Brasil, sediada em Fazenda Rio Grande. A visita institucional teve por objetivo reportar a entidade o andamento das operações da empresa no país durante estes quase 12 meses de atuação no Paraná. 

Originária de Saitama, a empresa vem exportando resíduos eletrônicos do Brasil ao Japão, transformando componentes - que outrora eram considerados inutilizáveis - em matéria-prima, destinada a manufatura de novos produtos.

Segundo Roberto Itai, diretor geral da empresa no país, mais de quatro contêineres de materiais já foram exportados ao oriente, resultado amplamente comemorado pela direção da empresa no Japão. “Até o momento encontramo-nos satisfeitos com o progresso da empresa no Paraná. Este resultado superou as nossas expectativas, nos motivando a avalizar o projeto de expansão da Hamaya no Brasil já para o ano que vem” declarou Itai. 

Ainda de acordo com Itai, a expectativa é que partir deste mês a empresa passe a adquirir cerca de R$800 mil/mês de materiais para exportação, ampliando sua participação no mercado brasileiro. "Até o final do ano estaremos ampliando o nosso share, dando maior ênfase à compra direta de resíduos eletrônicos no Paraná e região" concluiu. 

A unidade brasileira é a primeira filial internacional da empresa e contou com o suporte da CCIBJ do Paraná durante o processo de instalação no estado.

Líder no mercado de reutilização de eletroeletrônicos no Japão, exportando para países da Ásia, Oriente Médio, África e América Latina, a Hamaya conta hoje com 15 filiais no Japão, apresentando um faturamento anual de cerca de 10 bilhões de ienes ou R$260 milhões. 

Para mais, acesse:
http://www.hamaya.com.br