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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Visitas à Câmara: Quantum Inc.

Nesta quarta-feira, 29, a diretoria da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu o presidente da empresa japonesa de consultoria empresarial Quantum Inc., Nobuo Koshiishi.

Há poucos dias no país, Koshiishi vem prospectando imóveis na região metropolitana de Curitiba para a implantação de uma fábrica no ramo da construção civil. 

Segundo Koshiishi, o Paraná possui todas as condições de receber empresas do Japão que tenham interesse em expatriar as mais recentes tecnologias e soluções do setor. "No Japão, em função da tecnologia empregada, conseguimos construir dutos, viadutos, estradas, entre outros, com muito mais eficiência e rapidez se comparado ao Brasil. Com o ramo da construção civil bastante aquecido, tornou-se viável a prospecção de novos negócios no país" finalizou.

Acompanhado do Deputado Federal Luiz Nishimori, o empresário também visitou o prefeito de Fazenda Rio Grande, Chico Santos.

Sobre a empresa, acesse:

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, é homenageado na Assembléia Legislativa do Paraná

O presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, sua esposa, Olga Matoba, o capitão da seleção brasileira de vôlei, Giba, e o Deputado Estadual Teruo Kato durante a homenagem que diplomou os homens que são destaque no Paraná.

Na tarde desta quarta-feira, 29, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, com base na Lei Estadual n° 17.099 de 28 de março de 2012 de autoria da Deputada Estadual Mara Lima, foi homenageado como "Homem Destaque do Paraná" em reconhecimento aos serviços prestados à sociedade paranaense.

A indicação partiu do Deputado Estadual Teruo Kato, que em seu discurso no plenário relevou a biografia e os trabalhos desenvolvidos por Oshiro frente a presidência da Câmara. "Há mais de 30 anos a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná auxilia prefeituras e governo do estado a atrair novos e importantes investimentos para a região, além de mediar parcerias e acordos de cooperação com o Japão. E esta bem sucedida história de permanente intercâmbio bilateral tem muito haver com a incansável atuação de seu presidente, Yoshiaki Oshiro, que vem doando-se integralmente à manutenção das metas e objetivos da entidade, trazendo novas oportunidades comerciais para o estado e, consequentemente, mais empregos e renda ao nosso povo" disse.

Além de Oshiro, outras lideranças locais também foram diplomadas, como o capitão da seleção brasileira de vôlei, Gilberto Amaury de Godoy Filho, o “Giba”, medalha de ouro e MVP nas olimpíadas de Atenas em 2004, e nove vezes medalha de ouro em mundiais, incluindo MVP na edição de 2006.

Sobre Yoshiaki Oshiro

- Empresário no ramo de equipamentos e materiais de escritório (década de 60, 70);
- Empresário no setor contábil (década de 60, 70);
- Secretário de Administração da Prefeitura Municipal de Maringá (década de 70);
- Presidente do Rotary de Maringá (década de 70);
- Presidente do CEASA/PR (Governo Ney Braga);
- Secretário de Estado do Abastecimento (Governo Ney Braga);
- Diretor Comercial da multinacional japonesa de colchões Nikken do Brasil no Brasil, Argentina, e Portugal (década de 80);
- Diretor Comercial do canal de televisão CNT (década de 80);
- Atualmente é industrial no setor de cosméticos e colchões, além de empresário no ramo hoteleiro e  Presidente CCIBJ do Paraná.

Foto: Gabinete Deputado Teruo Kato

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Japão retoma exportação de carne bovina aos Estados Unidos

O Japão informou, nesta sexta-feira, 24, que retomou as exportações de carne bovina para os Estados Unidos após a suspensão dos embarques, dois anos atrás, depois de um surto de febre aftosa no país, informou a AFP.

A província de Miyazaki, no sul do Japão, famosa pela pecuária, foi fortemente atingida pela doença, que forçou o sacrifício de centenas de milhares de animais para conter a contaminação. O Ministério da Agricultura japonês disse que a retomada se seguiu ao consentimento de Washington após as preocupações com a doença e as chances de contaminação radioativa depois do desastre de Fukushima se dissiparem.

O Japão exportou quase 81 toneladas de carne no valor de 210 milhões de ienes (US$ 2,7 milhões) aos Estados Unidos no acumulado do até março de 2010. As vendas incluem a famosa carne wagyu, de alto valor agregado, segundo dados oficiais.

Fonte: Dow Jones adaptada pela Informa Economics FNP

domingo, 26 de agosto de 2012

Câmara sedia concurso de oratória em língua japonesa

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná sediou no último domingo, 26, a 13° edição, do Concurso de Oratória em Língua Japonesa realizado pelo Centro de Estudos da Língua Japonesa do Sul do Paraná.

Contando com o apoio institucional do Consulado Geral do Japão em Curitiba, Apaex, e Celin, o evento reuniu cerca de 50 jovens estudantes do idioma japonês de diversas regiões do estado incluindo representantes de escolas de língua japonesa de Paranaguá, Castro, Palmas, e Curitiba, além de um público de 150 pessoas.

Tradicionalmente realizado todos os anos em Curitiba, o concurso avalia o nível de japonês dos participantes, a qualidade da oratória, além de incentivá-los a estudar através de uma forma mais dinâmica e participativa.

sábado, 25 de agosto de 2012

Veja como foi: Curso Marketing de Resultados - Uma Nova Visão para os Negócios Brasil Japão

Na manhã deste sábado, 25, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná sediou o curso Marketing de Resultados: Uma Nova Visão para os Negócios Brasil-Japão.

Ministrada pelo consultor de marketing, professor e publicitário Luiz Guilherme Jardim, a palestra abordou os 7 pontos fundamentais do marketing empresarial, delineando um plano prático direcionado aos empresários que atuam no eixo de negócios Brasil / Japão.

Realizado em parceria da empresa Fullmarketing, o evento contou com cerca de 50 participantes, incluindo profissionais das empresas associadas Nissan do Brasil, CCM do Brasil, Kenji Química, Satech Telecomunicações, Metalúrgica Expoente, Satake do Brasil (de Santa Catarina), além de empresários e autônomos de Curitiba e região metropolitana.

Para Antônio Cabanilhas, diretor da Caban Telecom, o evento transmitiu com fidelidade o tema proposto. "A palestra foi muito importante para esclarecermos algumas dúvidas e questões que tradicionalmente permeiam todo negócio, seja ele de grande ou pequeno porte, principalmente no que diz respeito ao comércio bilateral Brasil-Japão" completou.

Sobre a Fullmarketing, acesse:

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jantar reúne principais representantes do capital japonês instalados no estado


Foi realizado na noite desta sexta-feira, 24, na residência oficial do Cônsul Geral do Japão para os estados do Paraná e Santa Catarina, Noboru Yamaguchi, o jantar que reuniu os principais representantes do capital japonês instalados no Paraná.

Contando com a participação de executivos de multinacionais como Denso, Furukawa, Toshiba, Makita, Nissan, Kurashiki, Harima, KYB-Mando, Sumitomo Rubber, e Hamaya, o jantar também contou com a presença do presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e do vice-presidente desta Câmara, Hirofumi Nakagiri.

Tendo como pauta o intercâmbio de experiências e informações a respeito da economia paranaense em paralelo ao delicado momento em que se insere a economia japonesa, o encontro serviu também para debater os desafios da indústria brasileira, que apesar de contar com alguns claros incentivos como a redução do IPI e dos juros, além da desoneração da folha de pagamentos e expansão do crédito, ainda enfrenta inúmeros problemas, sobretudo ligados a falta de infraestrutura e desleal tributação.

Segundo Oshiro, o encontro foi positivo. "Este papel de mediação realizado pelo Consulado Geral do Japão em Curitiba é de extrema importância para o desenvolvimento e sobrevivência do capital privado japonês em nosso estado, pois polariza interesses e provoca um debate construtivo em prol do desenvolvimento harmonioso da economia local" finalizou. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sony Mobile anuncia cortes de mil postos de trabalho até o fim de 2013


SÃO PAULO - A Sony Mobile Communications – divisão de celulares da japonesa Sony – informou hoje que pretende cortar cerca de mil postos de trabalho em suas operações até o fim do ano fiscal 2013, que será encerrado em março de 2014. O número representa 15% da equipe da unidade e grande parte das demissões deve atingir as operações localizadas em Lund, na Suécia.

O anúncio integra um plano de reestruturação da Sony Mobile Communications, como a divisão passou a ser chamada depois que a Sony comprou a fatia da Ericsson na joint venture Sony Ericsson, em fevereiro desse ano. Em comunicado, a companhia japonesa ressaltou que as novas medidas buscam aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e impulsionar o crescimento rentável da unidade.

Como parte dessa estratégia, a Sony vai promover mudanças na estrutura global da divisão. Em outubro, a Sony Mobile irá transferir sua sede e outras operações de Lund para Tóquio, no Japão.

A reorganização envolverá ainda a redefinição das atividades de pesquisa e desenvolvimento instaladas em Tóquio, Lund e Pequim, na China. Cada uma dessas unidades irá priorizar as principais demandas de suas respectivas regiões. A ideia é melhorar a capacidade de desenvolvimento e a velocidade para lançar produtos no mercado, além de simplificar o gerenciamento da cadeia de fornecedores e gerar maior integração com o Grupo Sony, informou a companhia.

“Estamos acelerando a integração e convergência com o Grupo Sony para continuar a reforçar nossas ofertas, e uma estrutura operacional mais focada e eficiente vai ajudar a reduzir os custos da Sony Mobile, aumentar o tempo para a eficiência de mercado e trazer o negócio de volta a um lugar de força”, afirmou Kunimasa Suzuki, presidente e executivo-chefe da Sony Mobile.

As medidas anunciadas hoje seguem o plano de reestruturação do Grupo Sony, divulgado no fim do primeiro trimestre. Depois de registrar um prejuízo recorde de 456,7 bilhões de ienes no ano fiscal encerrado em 31 de março, a companhia decidiu adotar uma visão unificada de suas operações e focar seus negócios nos segmentos de mobilidade, imagens digitais e games.

No primeiro trimestre do ano fiscal em curso, a Sony divulgou uma perda de 24,6 bilhões de ienes. O montante foi 58,7% maior do que o prejuízo reportado um ano antes. Entre abril e junho, a receita da empresa ficou em 1,51 trilhão de ienes, crescimento de 1,4% na mesma base de comparação.

(Moacir Drska | Valor)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ambições da Dentsu vão além do Japão


Por Kana Inagaki e Andrew Joyce | The Wall Street Journal

A japonesa Dentsu Inc., quinta maior agência de publicidade do mundo, quer abocanhar uma fatia maior do mercado mundial. No mês passado, a empresa anunciou um acordo de US$ 5 bilhões para comprar a Aegis Group PLC, do Reino Unido, que vai triplicar sua receita no exterior. 

A estratégia, em parte, surgiu da necessidade. À medida que os gastos com publicidade minguam no Japão, o presidente da empresa,Tadashi Ishii, de 61 anos, precisa colocar a mira no exterior para aumentar a receita. Antes do acordo com a Aegis, apenas 14% do faturamento da Dentsu vinha de fora do Japão. 

A Dentsu abandonou uma outra aliança com um sócio no exterior ao vender, em fevereiro, uma participação minoritária na gigante francesa Publicis Groupe SA, já que a parceria de uma década não conseguiu produzir os retornos esperados, disse Ishii. 

A Dentsu é uma empresa icônica no mercado doméstico, contando com clientes como a Toyota Motor Corp. e a Nintendo Co. Na lista também está Yasushi Akimoto, o cérebro por trás da popular banda de música pop japonesa AKB48. A agência ajudou a manter a banda formada só por mulheres na boca da mídia do Japão nos últimos dois anos com uma ampla campanha promocional que inclui acordos de marketing com seus outros clientes, além de promoções no exterior com parceiros locais. 

Um veterano de décadas na Dentsu, Ishii foi promovido à liderança executiva algumas semanas após o terremoto e tsunami do ano passado. Em sua primeira entrevista pública no cargo, falou sobre a aquisição da Aegis e a mescla das culturas de duas empresas.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sharp demite três mil funcionários e avalia venda de fábricas


A japonesa Sharp anunciou hoje o corte de três mil postos de trabalho como parte do plano de demissão de cinco mil funcionários comunicado anteriormente pela companhia. No total, as demissões atingirão 14% da força de trabalho da empresa.

Além do corte de pessoal, a Sharp avalia a venda de suas fábricas na China e no México.

As medidas ocorrem pouco depois de a companhia ter revisado suas projeções para o ano fiscal que termina em 31 de março.

A Sharp prevê prejuízo de 250 milhões de ienes para o período. Antes, a previsão era de perda de 30 milhões de ienes.

Segundo a companhia, o ambiente econômico mais severo do que se esperava e o desempenho lento da companhia no primeiro trimestre do ano fiscal foram os principais fatores a influenciar a revisão das expectativas. 

Fonte: Valor

Jtekt investirá R$ 75 milhões em ampliação de fábrica em São José dos Pinhais


A japonesa Jtekt está investindo 3 bilhões de ienes, pouco mais de R$ 75 milhões, na ampliação de sua fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metro­po­li­tana de Curitiba (RMC). A empresa, que produz sistemas de direção hidráulica, passará a fabricar sistemas de direção assistida elétrica, conhecida como EPS.

A nova linha de produção deve ficar pronta no início do ano que vem, mas a expectativa é de que comece a funcionar em escala comercial apenas em março de 2014, depois que os clientes validarem os novos produtos. Cerca de 60 pessoas devem ser contrata­das, segundo o diretor co­mer­cial e de engenharia da Jtekt no Mercosul, Lucio Pinto. Hoje a empresa tem 500 funcionários.

A ampliação vai elevar a capacidade da fábrica de 1,3 milhão para 1,9 milhão de sistemas de direção por ano. Hoje ela pode produzir 1 milhão de sistemas hidráulicos, além de fazer a parte mecânica e a montagem final de até 300 mil sis­temas elétricos. Com a no­va linha, para 600 mil uni­dades, a Jtekt vai produzir em São José todo o sistema EPS, incluindo a coluna de direção elétrica, hoje importada.

Os sistemas elétricos da Jtekt vão equipar carros de quatro montadoras japonesas que têm fábrica no Brasil: os modelos Corolla e Etios, da Toyota; o Nissan March; o Mitsubishi ASX; e ainda um novo modelo da Honda, mantido em segredo.

Dona de 28% do mercado brasileiro, a empresa fornece equipamentos para Volkswagen, Fiat, Toyota, GM e PSA Peugeot Citroën. E espera produzir 1 milhão de direções neste ano, 100 mil a mais que no ano passado. Cerca de 80% da produção é vendida no Brasil, e o restante vai para a Argentina.

A produção de sistemas elétricos estava nos planos da Jtekt desde que ela se mudou de Piraquara (também na RMC) para São José dos Pinhais, em 2010. Hoje nenhuma empresa instalada no Brasil fabrica esses equipamentos. Comuns em países desenvolvidos, eles estão presentes em menos de 10% dos carros do mercado brasileiro, mas tendem a ganhar espaço nos próximos anos.

Na comparação com a direção hidráulica, o conforto para o motorista é semelhante, mas o sistema elétrico é mais eficiente, segundo o diretor comercial da Jtekt. “A hidráulica é alimentada por correias, e ‘rouba’ energia do motor. A elétrica, não, pois usa somente energia da bateria. Com isso, gera uma economia de combustível de 3%, em média”, diz.

A Jtekt também está investindo em pesquisa. Em maio, abriu um centro tecnológico, que vai acelerar o desenvolvimento de novos produtos, e no mês que vem inaugura nove pistas de testes, com 150 metros de comprimento cada. O centro tecnológico e as pistas ficam no mesmo terreno da fábrica da empresa, localizada perto do parque industrial da Volkswagen.

Fonte: Gazeta do Povo

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Empresas japonesas põem a mira em clientes corporativos


Endoscópios, baterias de carro e lâmpadas simplesmente não têm o mesmo poder de atração de televisores ultrafinos ou computadores, tablets e sistemas de videogame elegantes.
Os fabricantes japoneses de eletrônicos de consumo desejam continuar a produzir eletrônicos — mas não necessariamente para o consumidor.
Sacudidas por dificuldades recentes que culminaram com prejuízos recordes e trocas na diretoria, Sony Corp., Panasonic Corp. e Sharp Corp. estão se esforçando para se reinventar. A Panasonic e a Sharp estão apostando em energia verde. Já a Sony aderiu aos dispositivos médicos.
"Ninguém está ganhando dinheiro com televisores, então a Panasonic está tentando deixar de ser uma empresa de eletrodomésticos audiovisuais para transformar-se num fabricante dirigido a empresas, disse a repórteres em janeiro Fumio Ohtsubo, presidente da Panasonic. Em junho, ele foi substituído por outro executivo e passou a ser presidente do conselho da Panasonic.
Saúde e energia parecem ser uma extensão natural para essas empresas, dados os limitados recursos naturais do Japão e sua população cada vez mais envelhecida. À medida que os prejuízos se acumulavam nos últimos anos, as empresas se aventuraram por essas áreas de negócio para ajudar a diminuir a dependência dos eletrônicos de consumo.
Toshiyuki Aizawa/Bloomberg News
Apesar da promessa, esses novos mercados poderiam gerar os mesmos velhos problemas: uma série de empresas japonesas se atirando de uma só vez em um mesmo setor promissor. A abundância de concorrentes derruba os preços, pressionando a rentabilidade e tornando difícil para qualquer fabricante se destacar no mercado global.
Só no Japão, nada menos do que sete empresas, incluindo a Sharp e a Panasonic, estão vendendo painéis solares; pelo menos cinco grandes empresas estão desenvolvendo baterias recarregáveis para veículos elétricos, e a maioria dos fabricantes japoneses de eletrônicos e câmeras têm pelo menos uma parte do mercado de saúde na mira.
Os fabricantes japoneses também estão apostando no mercado para substituir as lâmpadas incandescentes e fluorescentes por diodos emissores de luz, ou LEDs, que duram mais e gastam menos energia.
"As companhias japonesas são notórias por uma concorrente decidir fazer algo novo [...] e todas as outras seguirem logo atrás", disse Melissa Otto, diretora da Tiaa-Cref Investment Management, que supervisiona uma carteira de ações japonesas.
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A Sony adquiriu a empresa americana de ciência e tecnologia iCyt Mission Technology Inc. em 2010 e a fabricante de aparelhos de diagnóstico médico Micronics Inc., também dos Estados Unidos, no ano passado, por valores não revelados.
A Sony também está em negociações com a Olympus Corp. — fabricante japonesa de equipamentos médicos que passa por dificuldades depois de admitir que cometeu fraude contábil durante anos — para pagar até US$ 633 milhões por uma participação nela, segundo pessoas familiarizadas com as discussões.
A Panasonic também considerou comprar uma participação na Olympus, mas decidiu não fazer uma oferta, disseram essas pessoas. A Olympus afirmou que ainda está estudando suas opções.
O negócio é atraente para a Sony por causa da fatia de 70% que a Olympus tem no mercado de endoscópios, aparelhos médicos que perscrutam o corpo por dentro.
A Olympus já usa sensores de imagem da Sony, e esta pretende fazer com que mais componentes seus sejam usados em outros aparelhos médicos da Olympus, e também aproveitar os canais de vendas desta, disse um executivo da Sony não autorizado a falar publicamente sobre o assunto.
Em abril, o diretor-presidente da Sony, Kazuo Hirai, disse que via o negócio de dispositivos médicos como um "futuro pilar" da empresa e que esperava que as vendas anuais de suas operações médicas alcancem num futuro próximo mais de US$ 1,2 bilhão.
No ano fiscal que termina em março de 2015, a Sony prevê que as vendas de seus monitores médicos, impressoras e outros equipamentos do setor de saúde cheguem a uns US$ 630 milhões, ou menos de 1% de sua receita total do ano fiscal passado.
"É algo que elas precisam fazer", disse Yuji Fujimori, um analista do Barclays Capital em Tóquio. "O mundo da medicina está ficando mais próximo do mundo da eletrônica."
O mercado mundial de equipamentos médicos é grande e continua crescendo, devendo subir 28% até 2016, para US$ 348,6 bilhões, segundo a firma de pesquisa especializada em saúde Espicom Business Intelligence.
A Toshiba Corp., uma das maiores fabricantes de televisão e computadores do Japão, expandiu seu setor de energia atômica ao comprar, em 2006, uma fatia majoritária da firma americana de energia nuclear Westinghouse.
Buscando uma forma de aliviar o fardo da volatilidade nos lucros gerados pelos chips de memória e eletrônicos de consumo, a Toshiba também é ativa na fabricação de baterias recarregáveis de automóveis, lâmpadas de LED e sistemas de energia renovável.
A Panasonic tem sido a mais agressiva na recomposição de seus negócios.
Durante um período de dois anos encerrado no fim de 2010, a empresa gastou US$ 10,4 bilhões para adquirir a Sanyo Electric Co., de olho na operação desta de painéis solares e baterias recarregáveis para veículos elétricos.
Além disso, a Panasonic gastou mais de US$ 3 bilhões para adquirir o controle total da sua subsidiária Panasonic Electric Works Co. O objetivo é acelerar sua iniciativa de produzir sistemas para construção.
A estratégia da Panasonic visa a evitar que fabricantes chineses de painéis solares de baixo custo derrubem seus lucros — ou seja, evitar que os painéis solares se transformem em commodities como aconteceu com as TVs ou os chips de memória — ao vender células como parte de um sistema mais amplo de energias renováveis para casas e escritórios.
Ela espera que seu negócio de baterias se expanda através de um salto nos pedidos de cinco fabricantes de automóveis diferentes, que usam as baterias da Panasonic para veículos elétricos ou híbridos.
Essa estratégia ainda não deu resultados. A divisão de energia da Panasonic, que inclui as unidades de bateria e painéis solares e é responsável por cerca de 6% da receita total da empresa, teve um prejuízo de US$ 263 milhões no ano fiscal passado, à medida que batalhava contra uma queda acentuada nos preços de células fotovoltaicas e contra baterias menos sofisticadas usadas em eletrônicos de consumo.
Mas os executivos da empresa continuam otimistas. A Panasonic prevê que pode aumentar a receita nesse setor em pelo menos 60% ao longo de quatro anos, chegando a mais de US$ 12,6 bilhões no ano fiscal que termina em março de 2016. Isso se compara com a expectativa de um crescimento da receita global de cerca de 10% durante o mesmo período, segundo previsões de analistas. A empresa espera que as margens de lucro para a unidade sejam superiores a 10%, bem acima das margens de um único dígito esperadas para a empresa como um todo.
A Sharp adquiriu a Recurrent Energy LLC, empresa californiana que desenvolve projetos de geração de energia solar, por US$ 305 milhões em novembro de 2010.
A Sharp era rentável naquela época, mas suas finanças desde então colapsaram e, em vez de comprar mais empresas, ela foi forçada no início deste ano a vender uma fatia de si mesma à Hon Hai Precision Industry Co., de Taiwan.
Apesar das dificuldades, a Sharp ainda vê um raio de esperança para seu negócio de energia renovável. Quando a empresa anunciou este mês sua primeira rodada de cortes de empregos desde 1950 e uma previsão de um prejuízo anual de US$ 3,2 bilhões para o atual ano fiscal, o presidente Takashi Okuda destacou que o negócio de energia solar se beneficiará de novas leis que obrigam as empresas de energia a comprar eletricidade de mais fontes renováveis.
Fonte: WSJ

EUA e Japão denunciam Argentina na OMC


GENEBRA - A Argentina está no centro de novas disputas comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC), ilustrando a crescente tensão entre Buenos Aires e seus parceiros na cena internacional. Os Estados Unidos e o Japão denunciaram hoje a Argentina por causa do uso abusivo de licenças não automáticas de importação e outras medidas que restringiram o fluxo comercial e teriam causado fortes prejuízos para seus exportadores.

Para Washington e Tóquio, “essas medidas restringem importações de mercadorias e discriminam entre produtos importados e nacionais”.  Os dois países insistem que a Argentina não respeita as regras da OMC ao usar as licenças não automáticas de importações, que atrasam fortemente a liberação de mercadorias na aduana, por exemplo.

Ontem, foi a vez de a Argentina abrir disputa contra a União Europeia, envolvendo o que Buenos Aires chama de restrições europeias à importação de biodiesel argentino.

O governo de Cristina Kirchner acusa a Espanha de ter imposto nova regulação em abril que na prática discrimina contra o biodiesel importado da Argentina em favor daquele produzido na UE.

Segundo os argentinos, essa medida implica em colocar seu produto completamente fora do mercado europeu, favorecendo unicamente o biodiesel europeu.

A medida da Espanha foi uma espécie de retaliação contra o que considera restrições argentinas às suas multinacionais, como aconteceu no setor de petróleo.

As duas disputas envolvendo a Argentina estão em fase de consultas. Os parceiros serão chamados a discussões num prazo de 60 dias. Se não houver alguma solução mutuamente satisfatória, os casos seguem para os juízes e podem terminar com autorizações de retaliações, num longo processo que não demora menos de dois anos.

Fonte: Valor

domingo, 19 de agosto de 2012

Chineses lotam ruas em escalada de tensão com Japão


SÃO PAULO - Milhares de pessoas na China protestaram hoje contra o Japão depois de um grupo de nacionalistas japoneses ter desembarcado em uma ilha há décadas disputada pelos dois países.

Em Shenzhen, no sul, manifestantes destruíram carros e veículos da polícia fabricados no Japão, além de atacar um restaurante japonês.

Em Chengdu, no sudoeste, uma loja da Uniqlo, marca japonesa de roupas, teve de ser fechada por causa dos protestos. "Eles (Japão) deveriam devolver as ilhas para nós e pedir desculpas", afirmou um dos manifestantes, que não quis se identificar.

Os chineses carregavam ainda cartazes com dizeres como "defenda as ilhas Diaoyu até a morte" e "mesmo que a China fique coberta de túmulos, nós precisamos matar todos os japoneses".

Protestos também foram registrados nas cidades de Xangai, Guangzhou, Xian, Jinan e Qingdao. Em Pequim, um grupo de pessoas fez uma manifestação na frente da embaixada japonesa.

Tensão

A onda de protestos ocorreu depois de um grupo de 150 ativistas japoneses ter chegado nas ilhas, que no Japão são chamadas de Senkaku e na China receberam o nome de Diaoyu.

Dez integrantes do grupo pularam dos barcos onde viajavam e foram nadando até uma das ilhas, levando bandeiras japonesas com eles.

"Esperamos transmitir a mensagem tanto para a China como para o povo japonês de que [as ilhas] Senkaku fazem parte de nosso território", afirmou Toshio Tamogami, líder do grupo de ativistas, que inclui membros do Parlamento.

O grupo disse ainda que reagia a um protesto semelhante por parte da China na semana passada, quando ativistas de Hong Kong, Macau e outras partes do país desembarcaram na ilha com bandeiras chinesas.

O Japão, que controla as ilhas inabitadas, prendeu e deportou os ativistas.

O governo chinês reagiu ao protesto japonês. Em um comunicado, a Chancelaria afirmou que "o comportamento ilegal dos direitistas japoneses violou a soberania territorial da China".

O nacionalismo chinês é particularmente acentuado quando se trata do Japão, que, durante a Segunda Guerra, invadiu e ocupou a China e ainda é lembrado por atrocidades cometidas nesse período.

A troca de farpas foi intensificada recentemente quando o prefeito de Tóquio propôs que o governo da cidade comprasse as ilhas.

Fonte: Valor

Aumentam tensões entre Japão e China por disputa territorial

Japoneses exibiram bandeira do país ao chegar na ilha<br /><b>Crédito: </b> Antoine Bouthier / AFP / CP
Japoneses exibiram bandeira do país ao chegar na ilha
Crédito: Antoine Bouthier / AFP / CP

O impasse entre a China e o Japão em torno da disputa pelas ilhas Senkaku - Ilhas Diaoyu para Pequim -, no Mar da China meridional, ganhou mais um capítulo neste fim de semana, com o desembarque de nacionalistas japoneses nas ilhas e com novos protestos da China. Pequim expressou seu "enérgico protesto" na tarde de hoje no Japão, enquanto manifestações contra o Japão foram realizadas em pelo menos oito cidades chinesas, de acordo com a agência de notícias Xinhua.


"O ministério das Relações Exteriores apresentou formalmente suas queixas e manifestou o seu enérgico protesto à embaixada japonesa na China, pedindo ao Japão que pare com qualquer ação que atente contra a soberania territorial da China", declarou o governo em um comunicado. Taiwan, que não possui relações diplomáticas com Tóquio, convocou o representante do Japão para denunciar uma "provocação", que "apenas alimenta as tensões no Mar da China meridional", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Timothy Yang.

Uma frota de vinte navios japoneses, com cerca de 150 pessoas, chegou na madrugada deste domingo em Senkaku para reafirmar a soberania japonesa sobre o arquipélago, informou um jornalista da AFP a bordo de uma das embarcações. Uma dúzia de nacionalistas desembarcou em Uotsurijima, a principal ilha do arquipélago, para hastear a bandeira japonesa. "É um território indiscutivelmente japonês. Encontramos ruínas de casas em estilo japonês!", exultou Eiji Kosaka, um político de Tóquio.

As ilhas Senkaku não são habitadas, mas suas águas são ricas em peixes e o fundo do mar pode ser rico em petróleo e gás. "Eu quero mostrar à comunidade internacional que estas ilhas são nossas. É o futuro do Japão que está em jogo", declarou Kenichi Kojima, um vereador de Kanagawa, perto de Tóquio. Esta expedição provocou imediatamente manifestações contrárias ao Japão em pelo menos oito cidades chinesas, segundo a Xinhua.

Mais de 100 pessoas se reuniram em frente ao consulado japonês em Guangzhou (sul), cantando "Japão, saia das ilhas Diaoyu", informou a agência. Foram relatadas outras manifestações em Shenzhen, na fronteira com Hong Kong, Hangzhou e Qingdao (leste), Harbin e Shenyang (nordeste), acrescentou a Xinhua.

Na sexta-feira, o Japão expulsou 14 ativistas pró-chineses que desembarcaram na quarta-feira em Senkaku/Diaoyu. Eles foram presos logo após uma bandeira chinesa ter sido hasteada. Esses ativistas escolheram a data simbólica de 15 de agosto, o dia da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945. Com esta expulsão rápida, Tóquio queria evitar a repetição das tensões que aconteceram dois anos atrás, em setembro de 2010. 

As autoridades japonesas prenderam na época o capitão chinês de um navio de pesca que colidiu com navios da guarda costeira perto das ilhas disputadas. Tóquio libertou o capitão duas semanas depois devido aos protestos e ameaças de retaliações de Pequim.

Sinal da tensão crescente, o Japão planeja, de acordo com um jornal japonês, substituir seu embaixador em Pequim, Uichiro Niwa, na sequência de declarações consideradas infelizes sobre a disputa territorial entre os dois países. No sábado, Taiwan, até então relativamente silencioso, acusou o Japão de "ocupar maliciosamente" as ilhas. Tóquio reconhece Pequim como único representante da China, mas mantém relações comerciais e laços culturais com Taiwan, uma colônia japonesa de 1895 a 1945.

Fonte: Correio do Povo

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Marcas japonesas cometeram erros caros no setor de celular


O primeiro andar da enorme loja de eletrônicos Bic Camera, num edifício de oito andares que cobre um quarteirão inteiro da capital japonesa, é um centro nervoso para a indústria de eletrônicos do Japão.
Televisores de tela plana, a maioria exibindo logomarcas japonesas, há muito abarrotam a ala norte do show-room, onde ficam os produtos mais vendidos da loja.
Bloomberg News
Celulares feitos pela Sharp exibidos num quiosque no Japão, este ano
Atualmente, com a queda nas vendas, as prateleiras de TV foram relegadas ao apertado segundo andar para dar lugar a centenas de acessórios para smartphones, especificamente o iPhone, da Apple Inc., aparelho distintamente não japonês.
A decisão da loja é uma mostra do que aconteceu com a indústria japonesa de tecnologia. Conglomerados de eletrônicos outrora poderosos, que apostaram tudo no mercado de TV e não embarcaram na onda dos smartphones, estão perdendo o melhor da festa.
Os smartphones agora ocupam o centro do palco, não só impulsionando um crescimento surpreendente das vendas, mas também prejudicando as vendas de câmeras digitais, consoles portáteis de videogame e outros pontos fortes das fabricantes japonesas.
Hoje, a Apple e a Samsung Electronics Co. estão desfrutando de lucros recordes e, juntas, foram responsáveis por 54% das vendas globais de smartphones no primeiro trimestre, segundo a firma de pesquisa Strategy Analytics.
A participação de mercado conjunta da Sony Corp., Panasonic Corp., Sharp Corp., Fujitsu Ltd. e outras fabricantes japonesas: 8%.
Para recuperar o atraso, as empresas japonesas estão redobrando o esforço no mercado de smartphones com diferentes graus de ambição.
A Sony é a mais agressiva entre as japonesas, depois de não ter tido muito sucesso no mercado de celulares na última década com sua conturbada sociedade Sony Ericsson. Depois de se desfazer dessa joint venture, o diretor-presidente da Sony, Kazuo Hirai, se comprometeu a transformar os smartphones num dos pilares de seu negócio.
Panasonic, Fujitsu e Sharp — as três maiores fabricantes de celulares do Japão — estão ensaiando um retorno modesto ao cenário mundial.
Mas um impulso verdadeiramente global não será fácil, especialmente numa indústria tão competitiva, na qual só sobrevivem os que promovem inovação constante.
"Tanto em casa quanto no exterior, estamos em uma situação difícil" com os smartphones, diz Hideaki Kawai, diretor-gerente da Panasonic que supervisiona as finanças da empresa.
Pessoas dentro e fora da indústria citam uma série de fatores para explicar por que as empresas japonesas perderam a dianteira das tendências: atenção demasiada no mercado interno; demora para se adaptar às dinâmicas do mercado, enganos sobre as preferências do consumidor e arrogância sobre a superioridade de seu hardware .
No começo dos anos 90, os celulares japoneses eram maravilhas tecnológicas. A Sharp, em 2000, foi a primeira empresa do mundo a adicionar uma câmera a um celular.
Em 2006, um ano antes de a Apple lançar o iPhone, os consumidores japoneses já podiam assistir TV em seus celulares.
Mas, apesar de todos os avanços, as fabricantes japonesas tiveram dificuldades para desafiar a finlandesa Nokia Corp. e a norte-americana Motorola Inc. no exterior porque tinham criado telefones nos anos 90 e início dos anos 2000 com base em um padrão de telecomunicações utilizado apenas no Japão.
Atrasadas, as fabricantes japonesas penaram para ganhar posição com as operadoras de celular estrangeiras, ao contrário da sul-coreana Samsung, que forjou relações com operadoras do mundo todo e trabalhou rapidamente para fornecer produtos sob medida para os mercados internacionais.
A estréia do iPhone em 2007 mudou tudo.
Enquanto o resto do mundo via o iPhone como um produto revolucionário, alguns executivos ignoraram sua importância, acreditando que seus celulares já eram inteligentes o suficiente.
Em julho de 2008, poucas semanas depois de a Softbank Corp. lançar o iPhone no Japão, Tadashi Onodera, diretor-presidente da segunda maior operadora japonesa, a KDDI Corp., disse que o celular não podia "satisfazer plenamente as necessidades dos usuários [japoneses]". Três anos depois, a KDDI, sob nova direção, começou a oferecer o iPhone, que se tornou o smartphone mais vendido da empresa.
Smartphones respondem hoje por 56,6% de todos os celulares novos vendidos no Japão, segundo a firma de pesquisas MM Research Institute, de Tóquio. Apple e Samsung responderam por mais de 20% do mercado japonês no ano fiscal passado.
A Apple foi a maior fabricante de smartphones do Japão no ano fiscal passado. E a Samsung subiu ao ranking das cinco maiores no mercado japonês de smartphones.
Quando finalmente as fabricantes japonesas abraçaram a tendência — os primeiros smartphones japoneses rodando com o sistema operacional Android, da Google Inc. apareceram no mercado local em 2010 — a Samsung já estava inundando a Europa e os Estados Unidos com uma vasta gama de modelos.
Jogadas para escanteio em seu próprio país, as fabricantes japonesas de celulares tiveram de se consolidar para reentrar nos mercados estrangeiros.
Em 2010, a NEC Corp., a Hitachi Ltd. e a Casio Computer Co. uniram forças para formar uma empresa controlada pela NEC. Mais tarde no mesmo ano, a Toshiba Corp. vendeu seu negócio de telefone para a Fujitsu. Em fevereiro, a Sony comprou a participação de sua sócia Telefon AB L.M. Ericsson na Sony Ericsson e passou a ter controle sobre a empresa de smartphones, que estava perdendo dinheiro.
Mas os tempos continuam difíceis. No trimestre mais recente, tanto a Fujitsu como a NEC, Sharp, Sony e Panasonic tiveram prejuízos em seus negócios de celulares.
Além disso, Sony, Panasonic e Sharp estão se afastando do negócio de TV, sem condições de resistir à concorrência.
"A idade de ouro da TV acabou, e o televisor nunca voltará a ser o rei dos eletrônicos de consumo", disse Kunio Nakamura, ex-presidente da Panasonic, numa entrevista no mês passado ao jornal "Nikkei".
A Panasonic entrou recentemente na Europa com um novo smartphone à prova d'água chamado Eluga, com a meta de vender 1,5 milhão de unidades na região neste ano fiscal.
A NEC Casio espera vender cerca de dois milhões de telefones fora do Japão este ano fiscal, ou cerca de 40% da sua meta total de 5 milhões de unidades.
A Sharp está com foco no mercado chinês, embora a empresa não especifique quanto de sua meta de vender 7,7 milhões de unidades este ano fiscal irá para fora do Japão. A Fujitsu, por sua vez, tem como objetivo chegar a um acordo com uma operadora no exterior ainda este ano.
Quanto à Sony, a maior parte de seus telefones é vendida fora do Japão. Ela planeja vender 34 milhões de smartphones em todo o mundo, ultrapassando a produção combinada de celulares de suas quatro concorrentes japonesas mais próximas. A Sony planeja oferecer modelos originais que tiram o máximo proveito dos ativos de entretenimento da Sony, como videogames.
Fonte: WSJ

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Plano da Toyota no país inclui produção de carro híbrido


Junto com a imersão no mercado de carros compactos - com a inauguração, na semana passada, da fábrica que produzirá o modelo Etios em Sorocaba (SP) -, a Toyota encara o desafio de introduzir veículos híbridos no Brasil. Pioneiro nessa tecnologia, quando lançado no Japão em 1997, o Prius - compacto híbrido da marca, com vendas que já ultrapassaram 3 milhões de unidades no mundo - passará a ser comercializado no Brasil a partir do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que acontece entre os dias 24 de outubro a 4 de novembro.

Mas os planos da montadora japonesa vão além da importação do carro. Eles ainda passam pela adaptação do produto à realidade brasileira e culminam, se houver apoio do governo, na produção local desses automóveis, que funcionam com dois motores: um elétrico e um a combustão.

"No momento em que a tecnologia se viabilizar no Brasil, o caminho de onde produzir ou como produzir se torna mais fácil", disse Ricardo Machado, diretor de relações públicas e governamentais da Toyota. Segundo ele, a proposta de desenvolver e produzir localmente carros híbridos já foi apresentada a algumas esferas do governo.

A implantação do projeto, contudo, levará tempo. Primeiro, a Toyota quer testar à receptividade do mercado brasileiro por um prazo de dois a três anos. Só a partir daí a marca entrará na segunda fase do projeto, que consiste em desenvolver a engenharia do carro para o país, como, por exemplo, introduzir motores a combustão do tipo flex - que funcionam a base de etanol ou a gasolina. Do desenvolvimento do produto a sua produção local são estimados mais quatro ou seis anos, o que significa que, na melhor das hipóteses, o híbrido da Toyota só será feito em território brasileiro a partir de 2019.

No entanto, nada disso será viável se não vier um apoio de Brasília. Ontem, durante congresso sobre o desenvolvimento de carros elétricos no país, promovido em São Paulo, executivos de montadoras voltaram a dizer que a tecnologia não vai vingar sem incentivos fiscais. Mas isso não virá tão cedo. O governo não incluirá incentivos para carros elétricos e híbridos no regime automotivo que está prestes a ser anunciado. Um programa específico será definido mais adiante. Com isso, a equipe econômica ganhará tempo para entender a infraestrutura necessária para a circulação de veículos com motor elétrico e, ainda, tentará arrancar das montadoras o compromisso de produzir esse tipo de automóvel no país.

O governo vem cobrando desde dezembro um adicional de 30 pontos percentuais nas importações de países em que veículos híbridos ou puramente elétricos são desenvolvidos, caso de Japão, Europa e Estados Unidos. Machado afirma que também não está claro o tratamento a ser dado a essas tecnologias no regime automotivo que passa a valer no ano que vem.

Para que se crie uma demanda local, executivos de montadoras dizem que o governo precisa, primeiro, dar condições às importações desses carros. Assim, haverá condições para os investimentos na montagem local. Para montadoras como a Nissan, que produz no Japão o elétrico Leaf, e a própria Toyota, apenas um consumo superior a 50 mil carros torna a produção local justificável.

"Tudo depende da escala. Se não houver escala, não se tem preço (competitivo)", comentou Antonio Calcagnotto, diretor de relações institucionais e governamentais da aliança Renault /Nissan. Segundo ele, uma das saídas seria aplicar um sistema de cotas para carros que teriam um alívio tributário nas importações, podendo começar com um volume modesto, de apenas 2 mil automóveis.

Por Eduardo Laguna e Marli Olmos/Valor Econômico

Presidência da FAEP recebe comitiva da CCIBJ do Paraná


O Cônsul Geral do Japão em Curitiba, Noboru Yamaguchi, acompanhado do presidente da Câmara do Comércio e Indústria BrasilJapão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e do diretor administrativo, Fujio Takamura, estiveram nesta quarta-feira, 15, visitando a sede da Federação da Agricultura do Estado do Paraná - FAEP.

Recebidos pelo presidente Ágide Meneguette, pelo diretor financeiro João Luiz Rodrigues Biscaia, e pelos assessores Carlos Augusto Albuquerque e Antônio Poloni, a comitiva da Câmara apresentou o portfólio de atividades da entidade, além de introduzir a possibilidade da constituição de parcerias e investimentos japoneses no setor através da constituição de projetos conjuntos com a JICA (Agência de Cooperação do Japão).

Segundo o Cônsul Yamaguchi, a agência tem o perfil para conduzir trabalhos conjuntos com a FAEP. "A Jica disponibiliza todos os anos cursos de aperfeiçoamento em diversos setores, alguns inclusive voltados ao sistema cooperativista. Além de cursos, a agência possui um histórico bem sucedido no desenvolvimento e financiamento de projetos bilaterais com diversos países, incluindo o Brasil" finalizou.

Para mais, acesse:

terça-feira, 14 de agosto de 2012

PIB do Japão perde força no 2º trimestre e tem avanço de 0,3%


Menor consumo interno e redução nas exportações fazem 3ª maior economia global patinar, após alta de 1,3% no 1º tri

Dado deve aumentar pressão por novas ações de ajuda pelo governo, que tem uma dívida superior a 200% do PIB

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Com a demanda global perdendo força, a economia japonesa, a terceira maior do mundo, desacelerou no segundo trimestre, aumentando a expectativa por novas ações por parte do governo.

O PIB japonês cresceu 0,3% de abril a junho em relação aos três meses anteriores, quando houve expansão de 1,3%. O resultado do segundo trimestre foi metade do esperado por analistas.

Dois fatores contribuíram fortemente para a desaceleração japonesa nesse período: o menor consumo privado e a exportação em baixa.

No front interno, o gasto dos consumidores (que representa cerca de metade do PIB) foi responsável por 0,1 ponto percentual, ou um terço do avanço do segundo trimestre. De março a janeiro, ele contribuiu com 0,7 ponto.

Essa perda de participação pode piorar nos próximos meses com o fim de programas de estímulo estatais, como os incentivos para a compra de automóveis que consomem menos combustível.

Já as exportações, que contribuíram com 0,5 ponto percentual no avanço no primeiro trimestre, agora colaboraram com 0,2 ponto.

O setor exportador japonês perdeu espaço não só porque a demanda de parceiros como a China e a Europa está com fôlego reduzido -resultado do recrudescimento da crise global-, mas também porque o iene, a moeda local, tem se valorizado.

Durante o segundo trimestre, o iene subiu 4% em relação ao dólar. A valorização da moeda tira a competitividade dos produtos japoneses no exterior, já que torna mais cara sua importação pelos seus parceiros comerciais.

O ministro da Economia do Japão, Motohisa Furukawa, alertou ontem para a piora do cenário externo, afirmando que o governo precisa estar atento "ao aprofundamento da deterioração das economias no exterior".

"Se a desaceleração da economia global piorar, as exportações podem cair ainda mais, esfriando a produção", disse, em nota, o Instituto de Pesquisa Japonês;

"Um iene forte e um ambiente de negócios complicado podem deixar as empresas hesitantes em investir."

E esse cenário pode ficar ainda mais grave nos próximos meses, visto que o governo deve diminuir seus gastos para a reconstrução das áreas afetadas pelo tsunami do começo do ano passado.

Especialistas estão pedindo novas ações para estimular a economia.

Fonte: Folha.com.br

sábado, 11 de agosto de 2012

Japão quer levar disputa de ilhas com Coreia do Sul à Corte Internacional


O Japão anunciou neste sábado (11) que levará uma disputa territorial com a Coreia do Sul à Corte Internacional de Justiça, depois que o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, fez uma visita-surpresa às ilhas em litígio esta semana.

As ilhas, conhecidas como Takeshima no Japão e Dokdo na Coreia do Sul, ficam equidistantes da porção continental dos dois países, mas se acredita que contenham depósitos congelados de gás natural, com valor potencial de bilhões de dólares.

Na sexta-feira (10), Lee se tornou o primeiro líder sul-coreano a viajar até as ilhas, que vêm sendo um persistente ponto nevrálgico nas relações entre os dois países.

"O Japão decidiu agir pacificamente para resolver a questão, levando-a à Corte Internacional de Justiça", disse o porta-voz da chancelaria japonesa, Koichiro Gemba, em comunicado por e-mail neste sábado. "Ao ver a República da Coreia adotar tal ação inaceitável, nós acreditamos que deixar para o mundo o caso do Japão em relação a Takeshima, através da Corte, é mais importante, levando em consideração as relações como um todo entre o Japão e a República da Coreia." O momento e o conteúdo da ação terão de ser definidos, mas uma ação será adotada em um futuro "não muito distante", disse ele.

O Japão chamou seu embaixador na Coreia do sul na sexta, depois da visita de Lee às ilhas.

Autoridades sul-coreanas disseram que o objetivo da visita era destacar a importância das ilhas como reserva natural, e não causar problemas.

Fonte: Reuters e G1

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Cônsul Geral do Japão recebe lideranças da região oeste em sua residência oficial


Há  cerca de dois mêses, o cônsul-geral do Japão, Noboru Yamaguchi, acompanhado do presidente da Câmara de  Comércio e Indústria BrasilJapão do Paraná, esteve no Oeste do Estado, visitando várias cidades e mantendo contatos com autoridades e lideranças empresariais da região.  

Em retribuição, o Cônsul recebeu para jantar na residência oficial, em Curitiba, várias lideranças da região Oeste, com o fim, também, de estreitar as relações diplomáticas e  comerciais, notadamente com o segmento de agronegócio. Foi no último dia 5, quando estiveram presentes,  além do Cônsul-Geral Noboru Yamaguchi e do cônsul-geral adjuntoTakahiro Iwato, os  seguintes convidados: Yoshiaki Oshiro, presidente da Câmara BrasilJapão; Jadir de Mattos, vice-prefeito de Cascavel; Takao Koike, diretor regional Oeste da Câmara Brasil-Japão; Leopoldo Furlan, presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel; Dilvo Grolli, presidente da COOPAVEL; Álvaro Largura, presidente da A3Q; e José Roberto Sartori, presidente da Consilos.

Fonte: Diplomacia & Turismo Edição 245

Câmara Japonesa de Comércio do Paraná é oficializada como membro do Pacto Global da ONU


Fujio Takamura (diretor da CCIBJ do Paraná) e Yoshiaki Oshiro (presidente da CCIBJ do Paraná) com a carta e o material enviado pela ONU em detrimento a aprovação da entidade junto ao Pacto Global.

No início deste mês a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu da sede da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, a carta e o material institucional que oficializa o ingresso da entidade no denominado "Pacto Global".

O Pacto Global advoga dez Princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção.

Segundo Heberthy Daijó, diretor da Câmara, o fato da entidade ter sido aceita no referido pacto ratifica a importância dos trabalhos realizados nos últimos anos. "Sabemos que a ONU zela pelo cumprimento de seus objetivos chancelando determinados parceiros para o desenvolvimento de programas estratégicos. Fazer parte de um time composto por empresas e instituições como Petrobras, Vale, Embraer, FGV, PWC, entre outras, é uma honra e o reconhecimento de que estamos no caminho certo, afinal, somos a primeira entidade nipo-brasileira sem fins lucrativos do país a fazer parte do Pacto Global" disse.

Sobre o pacto

O Pacto Global é uma iniciativa desenvolvida pelo ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção refletidos em 10 princípios. Essa iniciativa conta com a participação de agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros necessários para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário. Hoje já são mais de 5.200 organizações signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo.

As empresas participantes do Pacto Global são diversificadas e representam diferentes setores da economia, regiões geográficas e buscam gerenciar seu crescimento de uma maneira responsável, que contemple os interesses e preocupações de suas partes interessadas - incluindo funcionários, investidores, consumidores, organizações militantes, associações empresariais e comunidade.

Acesse os 10 princípios em: http://www.unglobalcompact.org/aboutthegc/thetenprinciples/index.html

Toyota planeja dobrar de tamanho no Brasil


Com planos de dobrar vendas, trazer novos modelos e, se necessário, expandir a capacidade, a Toyota realizou ontem a inauguração oficial de sua fábrica em Sorocaba (SP), que marca a investida da empresa no mercado de carros compactos - segmento que gira os maiores volumes da indústria automobilística.

Inicialmente, serão produzidos, em dois turnos de trabalho, 70 mil carros por ano. Se a demanda exigir, esse volume poderá subir no futuro para 100 mil veículos em três turnos, chegando gradualmente a um patamar quatro vezes superior na sequência. O licenciamento ambiental obtido pela montadora já prevê a expansão da capacidade para 400 mil carros.

Diante de autoridades como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o governador paulista, Geraldo Alckmin - além de uma participação especial do ex-jogador de futebol Zico, que ajudou a popularizar o esporte no Japão -, coube ao presidente mundial da Toyota, Akio Toyoda, apresentar o Etios, o carro compacto produzido em Sorocaba - com início das vendas previsto para a segunda quinzena de setembro.

Durante a cerimônia, Toyoda reforçou o compromisso de utilizar o maior número possível de componentes locais na produção dos veículos, como deseja o governo da presidente Dilma Rousseff, a quem visitou na quarta-feira.

Ele também aproveitou para enaltecer o crescimento da economia brasileira e agradecer a solidariedade do país na época do tsunami no Japão, ocorrido em março do ano passado.

Mais tarde, durante entrevista coletiva à imprensa, diretores da Toyota manifestaram planos de exportar o Etios a outros mercados do Mercosul, depois de desenvolver o produto no Brasil.

No mercado brasileiro, a meta da empresa é dobrar em dois anos as vendas, que somaram quase 100 mil carros em 2011. Com o lançamento de um carro compacto - segmento que concentra cerca de 60% do mercado total -, a Toyota espera capturar a ascensão da classe média e não se posicionar apenas perante públicos mais abastados, com carros como o Corolla. Em dez anos, a marca quer estar entre as líderes de venda no país.

Resta, no entanto, saber quanto será cobrado pelo novo modelo. Executivos da montadora disseram ontem que o valor ainda está sendo discutido, na tentativa de amenizar informações divulgadas pela própria empresa de que o preço oficial partiria de R$ 35 mil - considerado "salgado" para um modelo que está sendo apresentado como o carro "feito para brasileiros", nas palavras do próprio Toyoda.

A montadora japonesa acredita que metade de suas vendas globais virá de países emergentes até 2015. Essa fatia, que chegou a ser de apenas 19% em 2000, já atingiu 45% no ano passado.

O Brasil tende a ser um dos protagonistas nesse crescimento, já que, nas contas da empresa, as vendas de veículos no país deverão ultrapassar as do Japão nos próximos três anos.

Conforme informou ontem a direção da marca - dona de 2,8% do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves -, a estratégia no país também passa pela nacionalização de outros veículos. "Queremos considerar outros modelos no futuro", disse Hisayuki Inoue, diretor da montadora japonesa responsável pelos mercados na América Latina, África e Oriente Médio

Neste momento, contudo, não é intenção da montadora ampliar significativamente a capilaridade da rede de distribuição formada por 133 revendas. "Estamos fazendo mais ajustes em assistência técnica do que em pontos de venda", afirmou Luiz Carlos Andrade Junior, vice-presidente da Toyota no Mercosul.

Dada a presença do grupo no Brasil há 54 anos, diretores da companhia foram questionados ontem sobre a demora em se lançar nos segmentos de mercado mais populares. Ao responder a pergunta, Inoue disse ter consciência do atraso, mas que considera isso uma vantagem competitiva, uma vez que pôde assim aprender com os erros e acertos das montadoras que se instalaram antes. "Pudemos (nesse período) estudar muito bem o mercado brasileiro."

Fonte: Clipping Planejamento

Revisada, produção industrial de junho no Japão passa a alta de 0,4%


TÓQUIO - O Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão divulgou na madrugada desta sexta-feira (10) os dados revisados de produção industrial de junho, duas semanas após os números preliminares.

O dado preliminar apontava retração de 0,1% na produção de junho em relação a maio, enquanto o revisado passou para o terreno positivo em 0,4%.

Os embarques passaram de queda de 1,5% na medição preliminar de junho ante maio para uma retração menor, de 0,9%. Os estoques haviam caído em 1,4% segundo o dado preliminar de junho sobre maio e, revisado, passaram para queda de 1,2%. Todos os dados foram ajustados sazonalmente.

Em maio, os dados revisados apontaram queda de 3,4% na produção industrial em relação a abril, redução de 1,3% nos embarques e retração de 0,7% nos estoques.

(Dow Jones)

Hitachi quer aumentar parceria com a GE em energia nuclear


A Hitachi e a General Electric estão considerando a união de seus dois empreendimentos conjuntos de energia nuclear para conseguir superar a forte demanda atual no Japão e nos Estados Unidos pelo gás de xisto. 

Quando as duas companhias decidiram pelas joint ventures no segmento, em 2007, foi decidido que a divisão do Japão, no qual a Hitachi tem uma fatia de 80%, seria responsável por marketing, construção e manutenção de unidades nucleares no país. 

Já a dos Estados Unidos,  a GE cuidaria dos trabalhos no resto do mundo. Mas, na verdade, a companhia ainda tem que estender suas operações para fora do território americano. A Hitachi, por outro lado, tem conseguido mais encomendas internacionais. A meta das duas empresas era de conseguir encomendas para pelo menos 38 reatores nucleares pelo mundo já em 2030. 

Eles estão antecipando a construção de 12 equipamentos na América do Norte e de oito no Japão. 

(Valor Online – 10.08.2012)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Toyota prevê participação de emergentes em metade das vendas globais


SOROCABA (SP) - A Toyota acredita que metade de suas vendas globais virá de países emergentes até 2015. Essa fatia, que chegou a ser de apenas 19% no ano 2000, já atingiu 45% no ano passado. O Brasil tende a ser um dos protagonistas nesse crescimento, já que, nas contas da empresa, as vendas de veículos no país deverão ultrapassar as do Japão nos próximos três anos.

A meta da empresa é dobrar em dois anos as vendas que somaram quase 100 mil carros no Brasil em 2011. Com o lançamento de um carro compacto – segmento que concentra cerca de 65% do mercado -, a Toyota espera capturar a ascensão da classe média e não se posicionar apenas perante públicos mais abastados com carros como o Corolla.

Somando todos os modelos negociados no Brasil – que ainda incluem utilitários esportivos importados -, a Toyota, com o Etios, passa a explorar segmentos que respondem por cerca de 87% do mercado total.

Após a cerimônia de inauguração da fábrica da montadora em Sorocaba (SP), diretores da Toyota manifestaram planos de exportar o modelo Etios – produzido na unidade – a outros mercados do Mercosul, após desenvolver o produto no Brasil.

Também informaram que o preço do produto ainda não está definido e que, no momento, a montadora não pretende ampliar agressivamente a capilaridade da rede de distribuição formada por 133 revendas, apesar do ingresso no segmento que gira os maiores volumes de mercado.

A direção da Toyota informou que a fábrica inaugurada hoje em Sorocaba tem potencial de expandir a capacidade de produção para até 400 mil carros, a depender da demanda. Inicialmente, a fábrica vai produzir 70 mil unidades por ano, em dois turnos de trabalho. Se necessário, esse volume poderá subir no futuro para 100 mil veículos em três turnos, subindo gradualmente até chegar a um patamar quatro vezes superior, informou o vice-presidente sênior Industrial da Toyota Mercosul, Tsuneo Itagaki.

Com a empresa presente há 54 anos no Brasil, o diretor da montadora japonesa responsável pelos mercados na América Latina, África e Oriente Médio, Hisayuki Inoue, foi questionado sobre a demora em lançar uma investida sobre os segmentos de mercado mais populares. Ao responder a pergunta, o executivo disse ter consciência do atraso, mas que considera isso como uma vantagem, uma vez que pôde assim aprender com os erros das montadoras que se instalaram antes.

“Pudemos (nesse período) estudar muito bem o mercado brasileiro”, comentou Inoue. Apesar da atual desaceleração do mercado, ele disse não ter a “menor preocupação” com a economia brasileira, citando que o Brasil soube superar crises de inflação e desfruta de abundantes recursos naturais demandados por todo o mundo.

 (Eduardo Laguna | Valor)