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domingo, 30 de novembro de 2014

Primeiro-ministro do Japão promete estímulo ao consumo

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu neste domingo redobrar os esforços para aumentar o consumo pessoal no Japão por meio de medidas adicionais de estímulo, de acordo com a agência de notícias Kyodo News.

Em um debate político televisionado com líderes de outros partidos políticos antes das eleições do Parlamento, de 14 de dezembro, Abe, que lidera o Partido Liberal Democrata (PLD), admitiu que os efeitos de sua política "Abenomics", de combinação de flexibilização monetária, estímulos fiscais e reformas com foco em crescimento, ainda não atingiram as áreas rurais do país. 

"Abenomics ainda está na metade do caminho" para alcançar seus objetivos, disse o primeiro-ministro, com novas medidas de estímulos sendo necessárias para estimular o consumo. 

A economia do Japão encolheu em taxa real anualizada de 1,6% no terceiro trimestre, no segundo trimestre consecutivo de queda, uma vez que entre abril e julho o país apresentou um recuo de 7,3%, em consequência de um aumento do imposto sobre consumo de 5% para 8%, realizado em abril.

Fonte: Dow Jones Newswires

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Presidente do BC do Japão diz que está pronto para aumentar estímulos contra deflação

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ressaltou nesta terça-feira a disponibilidade do banco central de expandir ainda mais os estímulos para cumprir sua meta de inflação. 

Em discurso para líderes empresariais, Kuroda manteve-se firme diante das críticas de que a flexibilização monetária inesperada do mês passado acelerou as quedas indesejadas na moeda, dizendo que o BC "continuará tomando medidas" para vencer a deflação. 

Mas nem todos dos nove membros do conselho dividem o otimismo de Kuroda de que os benefícios de mais estímulo superam os custos, mostrou a ata da reunião do BC no mês passado, sugerindo que o presidente do banco central pode ter dificuldades para avançar com mais flexibilização. 

"Para alcançar o objetivo da estabilidade dos preços, o Banco do Japão tem agido e continuará a fazê-lo", disse ele a líderes empresariais em Nagoia. 

Fonte: AE

Japão: estímulo do BoJ foi justificável, diz conselheiro

O último estímulo monetário anunciado pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) foi justificado para manter a inflação do país em direção à meta, de 2% ao ano, disse Sayuri Shirai, um dos cinco membros do conselho de política monetária do banco central japonês que votaram a favor do relaxamento. "Temos o compromisso de agir quando necessários", disse, em discurso para executivos em Hiroshima.

A inflação é o indicador que mais preocupa os agentes econômicos do Japão. Em setembro, o núcleo do índice de preços ao consumidor desacelerou para 1,1%, de 1,0% em agosto. Muitos analistas apostam em novas reduções nos meses seguintes, o que preocupa o governo e o banco central. Para estimular a demanda, o BoJ anunciou no último dia 31 a ampliação do seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, da faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.

Shirai, considerado pelo mercado um conselheiro que reluta em aceitar medidas de estímulo, surpreendeu ao votar a favor do relaxamento. "Era necessário dar prioridade para assegurar o caminho em direção à meta de inflação de 2% por medidas adicionais", disse Shirai, acrescentando que "por não agir, o BOJ poderia ter arriscado sua credibilidade." 

Fonte: Dow Jones Newswires

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Japão pode ampliar recalls de carros com airbags da Takata

Honda e Mazda podem ter que fazer o recall de mais 200 mil carros no Japão para substituir airbags da Takata, caso a Takata cumpra uma ordem dos Estados Unidos para realizar o recall de automóveis em todo o país em vez de apenas em regiões úmidas. 

Diversas montadoras nos EUA convocaram recalls regionais de certos modelos para investigar o que está fazendo com que alguns airbags da Takata explodam com força excessiva. Reguladores de segurança dos EUA emitiram ordem para que a Takata amplie estes recalls para todo o país. 

A companhia japonesa até agora tem resistido a um recall mais amplo nos EUA, dizendo que isso poderia desviar peças de substituição para longe das regiões com alta umidade que considera que precisam mais das peças - devido à possibilidade de que a umidade esteja interferindo na mistura química do sistema de inflamento do airbag. A Takata tem até terça-feira para responder à ordem do regulador norte-americano. 

Tanto a Takata quanto as autoridades ainda não sabem exatamente porque alguns airbags se provaram letais, com os infladores explodindo e lançando pedaços de metal contra ocupantes do veículo. Ao menos cinco mortes foram ligadas a acidentes do tipo, todos em carros da Honda. 

Conforme as investigações nos EUA avançam, um recall ampliado pode ter um efeito dominó em outros mercados onde carros usam infladores de airbags dos mesmos lotes potencialmente defeituosos. 

Uma autoridade do ministério de Transportes do Japão disse que um recall em todo os EUA podem acrescentar 200 mil carros da Honda e da Mazda aos 2,6 milhões de automóveis equipados com airbags da Takata já convocados para recall no Japão. 

Fonte: Reuters

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Iene perdeu força em ritmo muito rápido, diz ministro

O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, mostrou-se preocupado com a forte desvalorização do iene nos últimos dias. "O ritmo de queda na semana passada foi muito rápido", afirmou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Em geral, as autoridades japonesas costumam comemorar quando a moeda japonesa se desvaloriza, pois o movimento acaba beneficiando as principais empresas exportadores do país, que são pagas em dólar. No, em menos de um mês, o dólar saltou de 107 ienes para 118 ienes, com a maior desvalorização sendo observada na semana passada. 

A tendência de alta na moeda norte-americana frente ao iene ocorre desde o último dia 31 de outubro, quando o Banco do Japão (BoJ) anunciou que elevaria seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, da faixa anterior entre 60 trilhões de ienes e 70 trilhões de ienes. Foi uma medida de relaxamento monetário, em uma tentativa de estimular a economia.

Aso, no entanto, parece começar a se preocupar. Ele disse que grandes oscilações na taxa de câmbio são indesejáveis, acrescentando que "elas poderiam ter várias repercussões para a economia." O ministro também reiterou sua posição de longa data para o mercado de câmbio, dizendo que "o mercado é quem deve determinar a taxa de câmbio", não o banco central. 

Fonte: Dow Jones Newswires

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Como o superendividado Japão tenta sair da recessão

As duas semanas mais recentes foram tumultuadas para os governantes japoneses. Primeiro, o Banco Central Japonês ampliou dramaticamente seu programa de afrouxamento quantitativo em resposta aos fracos números do crescimento e da inflação. Então, novos dados revelaram que a economia japonesa encolheu a um ritmo anual de 1,6% no terceiro trimestre, quando a expectativa era de crescimento. Tal declínio foi a segunda contração trimestral seguida, o que coloca o Japão em recessão técnica. 

O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou a convocação de eleições antecipadas com o objetivo de consolidar o mandato para adiar uma alta iminente no imposto sobre o consumo no país. O aumento no imposto sobre o consumo é parte de uma estratégia projetada para controlar a dívida do governo japonês, que agora já ultrapassou a casa dos 240% do PIB, sendo que o governo continua a acumular déficit anuais de aproximadamente 8% do PIB. Mas a primeira parte da estratégia de redução do déficit, uma alta inicial no imposto sobre o consumo que ocorreu este ano, parece ter contribuído significativamente para a desaceleração econômica japonesa.

O drama do Japão nos traz algumas perguntas. Primeiro, o que está havendo com a economia do país, que é jogada na recessão com um aumento no imposto sobre o consumo? Pode parecer estranho que um aumento na taxa de consumo de 5% para 8% possa tirar do prumo aquela que até o segundo trimestre do ano era uma recuperação de aparência relativamente robusta. Mas não sei exatamente até que ponto deveríamos estar surpresos. Levando-se em consideração um enfraquecimento geral do crescimento em todo o mundo, poucas economias podem contar com a demanda externa para fazer avançar suas próprias recuperações (como fez o Japão em meados da década de 2000). As economias que apresentam crescimento robusto hoje - Estados Unidos e Grã-Bretanha - estão claramente evitando depositar suas fichas num aumento das exportações líquidas. Em vez disso, cabe à demanda interna suportar o fardo. No Japão, isso significa a mobilização de sua significativa poupança privada no rumo do consumo e do investimento.

E isso, por sua vez, significa vencer a deflação. Uma inflação mais alta significaria que os lares japoneses passariam a esperar uma lenta erosão de suas poupanças, a não ser que suas pilhas de ienes sejam bem empregadas. Em contraste, a deflação permite que os lares japoneses obtenham um retorno positivo sobre suas poupanças mesmo quando os juros estão encalhados perto do zero.

Mas, para reestabelecer uma inflação consistentemente positiva, é preciso jogar o jogo da confiança. Se os lares acreditarem que vão gastar, as empresas vão contratar e os preços vão aumentar. Se os lares duvidarem do compromisso do governo com a geração de uma inflação maior, o resultado será a derrota. A alta inicial na taxa sobre o consumo certamente teve um efeito poderoso nas escolhas de consumo; o PIB real cresceu ao ritmo anual de 6,7% no primeiro trimestre conforme as pessoas anteciparam as compras para evitar a alta no imposto, e então teve queda de 7,3% no segundo trimestre. Mas a persistência do efeito negativo provavelmente reflete uma perda de confiança na possibilidade de vencer a batalha contra a deflação. A alta no imposto sobre o consumo é claramente contraditória, e não é o tipo de medida que um governo adota quando está completamente comprometido com o aumento da inflação e dos juros.

Segundo, será que deveríamos estar preocupados com o fato de o Japão não estar lidando com seus problemas fiscais? Essa é a pergunta realmente importante.

Uma resposta é que a determinação de aumentar os impostos e/ou cortar gastos não está exatamente no núcleo da questão. Em vez disso, o grande problema tem sido a incapacidade de administrar o crescimento na produção nominal.É muito difícil reduzir a proporção entre dívida e PIB numa economia na qual o denominador se recusa a crescer.

Outra resposta é que pode chegar um momento de se preocupar com a dívida, mas ainda não estamos nele. Os mecanismos normais por meio dos quais os mercados preocupados com a dívida registram seu descontentamento (e inibem o crescimento) simplesmente não são um problema no Japão. Os juros raramente foram mais baixos. O problema está na inflação, baixa demais. Como disse Paul Krugman, uma perda da confiança do mercado na situação fiscal japonesa não seria necessariamente algo negativo; se o fluxo de saída de capitais levar a uma desvalorização do iene e a um aumento na inflação, isso seria um resultado que o Banco Central Japonês receberia positivamente. E um grave pânico de endividamento não precisa ser uma preocupação desde que os mercados tenham fé que o Japão poderia resolver seus problemas fiscais caso isso se tornasse imprescindível. Levando-se em consideração a prontidão com a qual o Japão levou a cabo a alta inicial nos impostos, apesar dos juros baixíssimos, parece razoável concluir que uma alta significativa no custo pago pelo governo sobre os empréstimos levaria a uma maior consolidação fiscal. Assim sendo, por enquanto as preocupações fiscais são coadjuvantes das políticas de estímulo ao crescimento.

E há ainda outra resposta segundo a qual o Japão já foi uma folha bastante suja, mas se torna cada vez mais limpo dia a dia. Entre os grandes emissores de obrigações as economias da zona do euro estão galgando posições rapidamente. Essas economias da zona do euro não têm seu próprio banco central, e o banco central do qual elas podem dispôr está muito menos disposto a comprar títulos do governo do que o Banco Central Japonês. Se obrigações líquidas de países ricos são um recurso raro e precioso, então os problemas na zona do euro são boa notícia para o Japão. E mais um sinal de que o país deveria se preocupar menos com seus rombos fiscais.

Mas é preciso ser claro quanto à natureza do problema do endividamento japonês. Sua proporção entre dívida bruta do governo e PIB é superior a 240%, o que parece péssimo. Mas, se excluirmos o valor da dívida que cabe a diferentes ramos do governo japonês, essa proporção cai para menos de 140%. Só o Banco Central Japonês é dono de cerca de 20% das obrigações do governo japonês em aberto, a cada ano comprando mais papéis do que o governo consegue emitir, por mais gastão que seja. E, apesar de tudo isso, os juros e a inflação estão tão baixos quanto o possível. O Japão está avançando rapidamente rumo a um mundo no qual é possível simplesmente deixar de lado as obrigações com as quais todos disseram que seria necessário arcar. Trata-se da monetização da dívida, o verdadeiro arauto da hiperinflação. Mas a hiperinflação deve ser a última das preocupações japonesas.

De certa maneira é irônico: ao desferir um golpe contra a economia e reforçar pressões deflacionárias, a alta no imposto sobre o consumo, que deveria ser um passo para lidar com a dívida acumulada pelo Japão, pode ter aberto o caminho para a fúria aquisitiva do Banco Central japonês, e para a monetização. É claro que isso não representaria um almoço grátis. Se acreditarmos que o Japão teria funcionado como uma economia mais ou menos normal nas duas décadas passadas se não estivesse encalhado no limiar inferior próximo a zero, então sua experiência na armadilha deflacionária custou trilhões de dólares à economia em termos de produção, e custou aos trabalhadores japoneses incontáveis empregos e aumentos salariais.

Mas, a esta altura, o debate em relação ao que o Japão deve fazer em relação à sua dívida é um pouco absurdo. Não há retidão fiscal capaz de permitir que o Japão escape do seu dilema no longo prazo. E, enquanto o país estiver metido nesse longo atoleiro, a dívida do governo seguirá aumentando, até afetar o balanço patrimonial do Banco Central Japonês. É difícil ver como podem ser úteis os aumentos nos impostos que prejudicam os esforços para derrotar a deflação. É preciso deixar claro que isso está abrindo caminho para algo ainda menos conhecido e mais bizarro do que as atuais dificuldades japonesas: a monetização de um volume imenso de dívidas do governo sem nenhuma consequência inflacionária. 

© 2014 The Economist Newspaper Limited. Todos os direitos reservados.As duas semanas mais recentes foram tumultuadas para os governantes japoneses. Primeiro, o Banco Central Japonês ampliou dramaticamente seu programa de afrouxamento quantitativo em resposta aos fracos números do crescimento e da inflação. Então, novos dados revelaram que a economia japonesa encolheu a um ritmo anual de 1,6% no terceiro trimestre, quando a expectativa era de crescimento. Tal declínio foi a segunda contração trimestral seguida, o que coloca o Japão em recessão técnica. O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou a convocação de eleições antecipadas com o objetivo de consolidar o mandato para adiar uma alta iminente no imposto sobre o consumo no país. O aumento no imposto sobre o consumo é parte de uma estratégia projetada para controlar a dívida do governo japonês, que agora já ultrapassou a casa dos 240% do PIB, sendo que o governo continua a acumular déficit anuais de aproximadamente 8% do PIB. Mas a primeira parte da estratégia de redução do déficit, uma alta inicial no imposto sobre o consumo que ocorreu este ano, parece ter contribuído significativamente para a desaceleração econômica japonesa.

O drama do Japão nos traz algumas perguntas. Primeiro, o que está havendo com a economia do país, que é jogada na recessão com um aumento no imposto sobre o consumo? Pode parecer estranho que um aumento na taxa de consumo de 5% para 8% possa tirar do prumo aquela que até o segundo trimestre do ano era uma recuperação de aparência relativamente robusta. Mas não sei exatamente até que ponto deveríamos estar surpresos. Levando-se em consideração um enfraquecimento geral do crescimento em todo o mundo, poucas economias podem contar com a demanda externa para fazer avançar suas próprias recuperações (como fez o Japão em meados da década de 2000). As economias que apresentam crescimento robusto hoje - Estados Unidos e Grã-Bretanha - estão claramente evitando depositar suas fichas num aumento das exportações líquidas. Em vez disso, cabe à demanda interna suportar o fardo. No Japão, isso significa a mobilização de sua significativa poupança privada no rumo do consumo e do investimento.

E isso, por sua vez, significa vencer a deflação. Uma inflação mais alta significaria que os lares japoneses passariam a esperar uma lenta erosão de suas poupanças, a não ser que suas pilhas de ienes sejam bem empregadas. Em contraste, a deflação permite que os lares japoneses obtenham um retorno positivo sobre suas poupanças mesmo quando os juros estão encalhados perto do zero.

Mas, para reestabelecer uma inflação consistentemente positiva, é preciso jogar o jogo da confiança. Se os lares acreditarem que vão gastar, as empresas vão contratar e os preços vão aumentar. Se os lares duvidarem do compromisso do governo com a geração de uma inflação maior, o resultado será a derrota. A alta inicial na taxa sobre o consumo certamente teve um efeito poderoso nas escolhas de consumo; o PIB real cresceu ao ritmo anual de 6,7% no primeiro trimestre conforme as pessoas anteciparam as compras para evitar a alta no imposto, e então teve queda de 7,3% no segundo trimestre. Mas a persistência do efeito negativo provavelmente reflete uma perda de confiança na possibilidade de vencer a batalha contra a deflação. A alta no imposto sobre o consumo é claramente contraditória, e não é o tipo de medida que um governo adota quando está completamente comprometido com o aumento da inflação e dos juros.

Segundo, será que deveríamos estar preocupados com o fato de o Japão não estar lidando com seus problemas fiscais? Essa é a pergunta realmente importante.

Uma resposta é que a determinação de aumentar os impostos e/ou cortar gastos não está exatamente no núcleo da questão. Em vez disso, o grande problema tem sido a incapacidade de administrar o crescimento na produção nominal.É muito difícil reduzir a proporção entre dívida e PIB numa economia na qual o denominador se recusa a crescer.

Outra resposta é que pode chegar um momento de se preocupar com a dívida, mas ainda não estamos nele. Os mecanismos normais por meio dos quais os mercados preocupados com a dívida registram seu descontentamento (e inibem o crescimento) simplesmente não são um problema no Japão. Os juros raramente foram mais baixos. O problema está na inflação, baixa demais. Como disse Paul Krugman, uma perda da confiança do mercado na situação fiscal japonesa não seria necessariamente algo negativo; se o fluxo de saída de capitais levar a uma desvalorização do iene e a um aumento na inflação, isso seria um resultado que o Banco Central Japonês receberia positivamente. E um grave pânico de endividamento não precisa ser uma preocupação desde que os mercados tenham fé que o Japão poderia resolver seus problemas fiscais caso isso se tornasse imprescindível. Levando-se em consideração a prontidão com a qual o Japão levou a cabo a alta inicial nos impostos, apesar dos juros baixíssimos, parece razoável concluir que uma alta significativa no custo pago pelo governo sobre os empréstimos levaria a uma maior consolidação fiscal. Assim sendo, por enquanto as preocupações fiscais são coadjuvantes das políticas de estímulo ao crescimento.

E há ainda outra resposta segundo a qual o Japão já foi uma folha bastante suja, mas se torna cada vez mais limpo dia a dia. Entre os grandes emissores de obrigações as economias da zona do euro estão galgando posições rapidamente. Essas economias da zona do euro não têm seu próprio banco central, e o banco central do qual elas podem dispôr está muito menos disposto a comprar títulos do governo do que o Banco Central Japonês. Se obrigações líquidas de países ricos são um recurso raro e precioso, então os problemas na zona do euro são boa notícia para o Japão. E mais um sinal de que o país deveria se preocupar menos com seus rombos fiscais.

Mas é preciso ser claro quanto à natureza do problema do endividamento japonês. Sua proporção entre dívida bruta do governo e PIB é superior a 240%, o que parece péssimo. Mas, se excluirmos o valor da dívida que cabe a diferentes ramos do governo japonês, essa proporção cai para menos de 140%. Só o Banco Central Japonês é dono de cerca de 20% das obrigações do governo japonês em aberto, a cada ano comprando mais papéis do que o governo consegue emitir, por mais gastão que seja. E, apesar de tudo isso, os juros e a inflação estão tão baixos quanto o possível. O Japão está avançando rapidamente rumo a um mundo no qual é possível simplesmente deixar de lado as obrigações com as quais todos disseram que seria necessário arcar. Trata-se da monetização da dívida, o verdadeiro arauto da hiperinflação. Mas a hiperinflação deve ser a última das preocupações japonesas.

De certa maneira é irônico: ao desferir um golpe contra a economia e reforçar pressões deflacionárias, a alta no imposto sobre o consumo, que deveria ser um passo para lidar com a dívida acumulada pelo Japão, pode ter aberto o caminho para a fúria aquisitiva do Banco Central japonês, e para a monetização. É claro que isso não representaria um almoço grátis. Se acreditarmos que o Japão teria funcionado como uma economia mais ou menos normal nas duas décadas passadas se não estivesse encalhado no limiar inferior próximo a zero, então sua experiência na armadilha deflacionária custou trilhões de dólares à economia em termos de produção, e custou aos trabalhadores japoneses incontáveis empregos e aumentos salariais.

Mas, a esta altura, o debate em relação ao que o Japão deve fazer em relação à sua dívida é um pouco absurdo. Não há retidão fiscal capaz de permitir que o Japão escape do seu dilema no longo prazo. E, enquanto o país estiver metido nesse longo atoleiro, a dívida do governo seguirá aumentando, até afetar o balanço patrimonial do Banco Central Japonês. É difícil ver como podem ser úteis os aumentos nos impostos que prejudicam os esforços para derrotar a deflação. É preciso deixar claro que isso está abrindo caminho para algo ainda menos conhecido e mais bizarro do que as atuais dificuldades japonesas: a monetização de um volume imenso de dívidas do governo sem nenhuma consequência inflacionária. 

Fonte: The Economist 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Banco do Japão admite inflação abaixo de 1,0%

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, admitiu nesta quarta-feira que há a possibilidade do núcleo da inflação do país cair para um nível abaixo de 1,0% em 12 meses, em declaração dada após a instituição financeira anunciar que mantém inalterada a sua política monetária.

Em outubro, o núcleo da inflação desacelerou para 1,0%, depois de ter atingido 1,1% em setembro. Apesar de admitir a possibilidade, Kuroda se mostra otimista. Segundo ele, "em algum momento" o consumo vai subir e as expectativas de preços vão crescer. "Há uma grande possibilidade da inflação chegar a 2% em meados do ano fiscal de 2015", disse.

O presidente do banco central afirmou ainda que a recessão técnica da economia japonesa se deve a três fatores: o aumento do imposto sobre vendas praticado em abril, de 5% para 8%, condições desfavoráveis do clima e ajustes de estoques das empresas. "Mas os efeitos do aumento do tributo no consumo estão perto de acabar", disse.

Questionado sobre o adiamento da segunda alta do imposto, anunciado ontem pelo premiê Shinzo Abe, Kuroda se recusou a falar em um primeiro momento, mas depois declarou que a medida tem um risco pequeno para a economia e adiantou que o banco central não deverá adotar mais medidas de estímulos por causa disso.

Ele ressaltou, porém, que espera que o governo siga firmemente com a reforma fiscal. "O Japão precisa manter a confiança do público em condições fiscais e é importante que o governo trabalha com a disciplina fiscal que está em destaque na sua política", afirmou.

Na terça-feira, o governo japonês anunciou que vai adiar para abril de 2017 o segundo aumento do imposto sobre vendas, inicialmente programado para outubro do ano que vem. A medida foi adotada logo depois da decepção do mercado com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que recuou 1,6% na comparação anualizada, a segunda queda seguida em um trimestre, o que configura recessão técnica. O adiamento é uma tentativa de evitar mais estragos à economia. 

Fonte: Estadão (André Ítalo Rocha, com informações da Market News International)

BC do Japão mantém política monetária, mas decisão é dividida

O banco central do Japão manteve as condições monetárias nesta quarta-feira, mas em uma votação dividida, na esteira de dados mostrando que a economia entrou em recessão. 

Tal como se esperava, o Banco do Japão decidiu manter a sua promessa de aumentar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 80 trilhões de ienes (683 bilhões dólares) por meio da compra de títulos do governo e ativos de risco. 

O membro do conselho do banco central japonês Takahide Kiuchi discordou da decisão, argumentando que era apropriado retornar à política monetária antes da decisão de 31 de outubro de expandir estímulo. 

A autoridade monetária também manteve sua avaliação da economia de que enquanto algumas deficiências permanecem, principalmente na produção, a economia continua se recuperando moderadamente, como uma tendência. 

No mês passado, o banco central inesperadamente expandiu seu enorme estímulo, admitindo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram tanto quanto o esperado depois da elevação de imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Estadão (Reportagem de Leika Kihara, Stanley White, Tetsushi Kajimoto e Kaori Kaneko)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Contra recessão, Japão adia aumento de impostos e convoca novas eleições

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta terça-feira, 18, que o governo vai adiar em 18 meses, para abril de 2017, um aumento planejado no imposto sobre vendas. A elevação no tributo para 10%, a partir de 8%, tinha sido programada anteriormente para ocorrer em outubro de 2015. Abe também disse que o aumento no imposto não será postergado novamente. A elevação anterior do tributo para 8%, a partir de 5%, entrou em vigor em abril deste ano.

O anúncio amplamente esperado ocorre um dia após dados mostrarem que a economia do Japão contraiu durante dois trimestres sucessivos, o que levou o país para uma recessão técnica.

O primeiro-ministro japonês também convocou eleições antecipadas para buscar apoio a sua decisão de adiar o aumento do imposto. Abe vai dissolver a Câmara Baixa do Parlamento em 21 de novembro e convocou eleições antecipadas, a serem realizadas em dezembro. 

Estímulos

O governo do Japão deve criar um pacote de estímulos para incentivar o consumo das pessoas, de acordo com o jornal The Nikkei. 

Diante do enfraquecimento econômico no segundo e no terceiro trimestre, o premiê japonês, Shinzo Abe, deve pedir a ministros para organizar um pacote de apoio econômico que deve totalizar 2 trilhões de ienes a 3 trilhões de ienes (US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões). A medida não deve incluir projetos de obras públicas, com exceção de esforços para gestão de desastres.

Mercado. Em resposta às informações, a Bolsa de Tóquio fechou a terça-feira, 18, em alta e recuperou parte das perdas da última sessão. O dólar ganhou terreno contra a moeda japonesa e subia a 116,77 ienes, às 7h28 (de Brasília).

Fonte: AE

Abe adia aumento de imposto sobre vendas

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta terça-feira que o governo vai adiar em 18 meses, para abril de 2017, um aumento planejado no imposto sobre vendas. A elevação no tributo para 10%, a partir de 8%, tinha sido programado anteriormente para ocorrer em outubro de 2015. Abe também disse que o aumento no imposto não será postergado novamente. A elevação anterior do tributo para 8%, a partir de 5%, entrou em vigor em abril deste ano.

O anúncio amplamente esperado ocorre um dia após dados mostrarem que a economia do Japão contraiu durante dois trimestres sucessivos, o que levou o país para uma recessão técnica.

O primeiro-ministro japonês também convocou eleições antecipadas para buscar apoio a sua decisão de adiar o aumento do imposto. Abe vai dissolver a Câmara Baixa do Parlamento em 21 de novembro e convocou eleições antecipadas, a serem realizadas em dezembro. 

Fonte: Dow Jones Newswires

BoJ mantém política monetária inalterada

O Banco do Japão (BoJ) divulgou nesta quarta-feira que manteve inalterada a sua política de estímulos à economia do país. Oito dos membros do comitê de política monetária votaram a favor da continuação, com apenas um se posicionando contra. Com isso, a instituição financeira permanece com um volume anual de compra de ativos no valor de 80 trilhões de ienes, elevado para este patamar no último dia 31 de outubro, de uma faixa anterior entre 60 trilhões de ienes e 70 trilhões de ienes.

"A economia japonesa vem se recuperando de forma contínua e moderada, apesar de observarmos algumas fraquezas, em especial na produção", disse em comunicado o banco central.

O otimismo do BoJ vai de encontro à postura adotada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe em discurso realizada na terça-feira. Na ocasião, Abe decidiu adiar para abril de 2017 o segundo aumento do imposto sobre vendas, inicialmente previsto para entrar em vigor em outubro de 2015. O primeiro-ministro tomou essa decisão em função do resultado decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. No período, a economia do Japão encolheu 1,6% na comparação anualizada, contrariando a previsão do mercado, de expansão de 2,25%. 

Por ter sido a segunda vez consecutiva que o país apresentou retração em um trimestre, os economistas já falam em recessão técnica. Um novo aumento do imposto em menos de um ano poderia causar mais estragos à atividade, avaliou o governo japonês.

O mercado agora aguarda o pronunciamento de Haruhiko Kuroda, presidente do BoJ. 

Fonte: Dow Jones Newswires.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Alta de tributo no Japão está fora de questão, diz Honda

Se depender do economista Etsuro Honda, um dos principais assessores econômicos do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o país não passará por um aumento de imposto sobre vendas nem tão cedo. Após o governo surpreender o mercado ao informar nesta segunda-feira que a economia do Japão recuou 1,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação anualizada, Honda disse que uma nova elevação do tributo está "fora de questão".

Em abril deste ano, o governo subiu a alíquota do imposto sobre vendas de 5% para 8%, o que gerou muita polêmica entre especialistas, já que o país passa por dificuldades no lado da demanda. Os analistas acreditam, inclusive, que os fracos desempenhos dos últimos trimestres, com queda registrada em ambos, é consequência dessa medida tributária.

Além disso, está programado para outubro do ano que vem um novo aumento do imposto, dessa vez para 10%, o que tem mexido com as expectativas do mercado, que especula fortemente a possibilidade de um adiamento da elevação.

"É absolutamente necessário tomar medidas preventivas", disse Honda, que foi um dos principais opositores à mudança de imposto em abril passado. O especialista afirmou que o governo precisa montar um pacote fiscal feito dos "três pilares", que incluem a redução do imposto de renda, redução dos prêmios de segurança social para os japoneses, e a adoção de programas de transferência de renda.

Nos seus cálculos, tais medidas resultariam em um montante de 3 trilhões de ienes em investimentos. "Isso é o que é preciso para tirar a economia do Japão da deflação até o outono de 2016 e torná-lo pronto para mais um aumento de impostos de vendas em abril de 2017", ele disse. 

Fonte: Dow Jones Newswires

PIB do Japão recua no 3º tri e economia do país entra em recessão

A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 1,6 por cento no terceiro trimestre deste ano, em dados anualizados, frustrando as previsões de recuperação modesta depois da severa contração no trimestre anterior e consolidando a visão de que o premiê Shinzo Abe vai adiar o segundo aumento de impostos no próximo ano. 

Abe disse que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira seriam a chave para sua decisão de prosseguir com o aumento para 10 por cento em outubro do próximo ano. Essa decisão vinha sendo esperada para até o final do ano. 

O segundo trimestre consecutivo de contração, diante da previsão de crescimento de 2,1 por cento em pesquisa da Reuters, reforça os sinais de que a terceira maior economia do mundo tem mostrando recuperação lenta do consumo depois do primeiro aumento de impostos em abril. 

O aumento de impostos de abril a 8 por cento, ante 5 por cento, levou a uma contração econômica de 7,3 por cento no segundo trimestre, em dados revisados, a maior queda desde a crise financeira global. 

Uma autoridade próxima ao premiê disse à Reuters que Abe adiaria o segundo aumento e convocaria eleição geral, num esforço para seguir no poder. 

Em comparação com o segundo trimestre, a economia japonesa teve contração de 0,4 por cento ente julho e setembro, após uma queda revisada de 1,9 por cento entre abril e junho. Economistas esperavam crescimento de 0,5 por cento. 

Fonte: Reuters

Japão não precisa de mais estímulo econômico, diz Honda

Embora a economia do Japão tenha recuado no terceiro trimestre e decepcionado o mercado, o país não precisa de mais estímulos monetários, disse o economista Etsuro Honda, um dos principais conselheiros do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Na segunda-feira, o governo japonês informou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,6% no período de julho a setembro deste ano em comparação com igual intervalo do ano passado. O resultado foi considerado uma surpresa, já que os analistas esperavam uma expansão de 2,25%. Por ter sido o segundo trimestre seguido em que o país apresentou recuo, já se pode falar em recessão técnica.

Apesar disso, Honda não vê motivos para mais medidas de relaxamento monetário. Na sua avaliação, o que deve ser feito é adiar para abril de 2017 o próximo aumento de imposto sobre vendas, por enquanto previsto para outubro de 2015.

Para ele, não há diferença nas formas como o banco central e o governo percebem a atual conjuntura econômica.

Fonte: Estdão

株式会社Active Solutions、WOCA代表が会議所を訪問

セミナー開催の提案を行う黒崎代表取締役(左)と大城会頭/浄水器の紹介を行うアリさんと下地代表取締役(左から)

11月17日、株式会社Active Solutionsの黒崎哲代表、株式会社WOCAの下地秀吉代表取締役、パラナ州マリンガ市のビジネスセンターを手掛けるアリ・ヤミさんがパラナ日伯商工会議所を訪問し、大城義明会頭、幅崎増江コーディネーター、地元ブラジル企業とパラナ州での事業の可能性について話し合いを持ちました。

教育・コンサルティング業を行うActive Solutionsの黒崎代表は、大城会頭にブラジル人企業家に向けて日本の接遇、接客の考え方を紹介するセミナーの開催を提案しました。セミナーではその分野の日本のスペシャリストを講演者として招き、企業での職場環境の改善方法や、日本のおもてなし文化のブラジルサービス業界への導入について考えます。セミナーの開催は、来年4月以降に予定されました。


WOCAの下地代表は、集まった関連業者を前にデモンストレーションを行い、同社が販売する浄水器と活水器VG7(ニュージーセブン)の紹介を行いました。VG7を利用すると、波動を活性化させる作用を備えた量子水ができます。量子水は制菌・消臭効果、溶存水素の増加、酵素の活性化、界面活性力の向上などをもたらし、その水を利用することでより料理がおいしくなったり、洗い物の汚れが簡単に落ちる、入浴後に肌や髪がしっとりするといった効果がみられるそうです。

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

発電床をブラジルに普及 関係者5人がパラナ州を訪問

発電床をブラジルに普及しようと、株式会社音力発電の速水浩平代表取締役と株式会社日本開発サービス(JDS)の山田光男・調査部主任研究員、田中規子・調査部主任研究員、高野修一・調査部研究員、安田高法・海外ビジネス展開・官民連携支援室室長代理兼調査部研究員が11月5日から7日にかけてパラナ州クリチバ市を視察しました。

一行は5日午前にパラナ日伯商工会議所を訪問し、大城義明会頭と話し合いを行なった後、その滞在期間に大城会頭、高村富士夫理事らの案内のもと中桐廣文副会頭のブラジルCCM社、西村ニルソン副会頭のElco電気エンジニアリング社、会員企業のIndusparque社、パラナ州企画調整局、クリチバ都市公社(URBS)、社会発展技術研究所(Lactec)、クリチバ市消防局などを訪問し、震動発電による発電床の紹介を行いました。

◆「発電床」とは、人が歩くときに発生する床の振動を利用して発電を行う床型の発電機です。詳細は、同社サイト(http://soundpower.co.jp/)まで。

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Japão: índice de confiança do consumidor cai em outubro

O índice de confiança dos consumidores japoneses caiu para 38,9 em outubro, de 39,9 em setembro, segundo informou o governo nesta terça-feira. Esta foi a terceira queda consecutiva após quatro meses de alta.

O referido índice reflete as perspectivas dos consumidores sobre a situação de vida, crescimento da renda, as condições do mercado de trabalho e as perspectivas de compra de bens duráveis. O índice atua como referência para dados sobre gastos dos consumidores.

Uma pontuação acima de 50 indica que os consumidores estão esperando melhores condições em meio ano e uma pontuação abaixo de 50 aponta que os consumidores esperam piora das condições de negócios nos próximos seis meses. O índice não atinge 50 ou mais desde fevereiro de 2006. 

Fonte: Estadão 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ata do BC japonês mostra que Kuroda agiu para assegurar meta de inflação

Alguns formuladores de política do banco central do Japão disseram, em uma reunião em outubro, que a inflação poderia mergulhar abaixo de 1 por cento devido à queda dos preços de energia, o que ajuda a explicar porque o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, escolheu ampliar o estímulo monetário. 

Alguns membros também expressaram preocupação de que a inflação poderia estar perdendo força devido à falta de dinamismo nos gastos do consumidor, mostrou nesta quinta-feira a ata da reunião de política monetária da reunião de 6 e 7 de outubro. 

A maioria dos membros concordou que a inflação deve subir novamente com a melhora do hiato do produto, o que poderia ser a razão pela qual quatro dos nove membros do conselho do BC japonês votaram contra a decisão da última sexta-feira para estimular ainda mais a economia. 

A ata não ofereceu pistas sobre a decisão surpresa do banco central de expandir suas compras de dívida pública, mas mostrou mais preocupação com as perspectivas de preços no curto prazo. 

"Alguns membros observaram que, em função da evolução dos preços da energia, a taxa anual de alta dos preços ao consumidor pode cair temporariamente abaixo de 1 por cento", informou o documento. 

Na reunião de outubro, o BC havia mantido seu programa de estímulos, apesar da persistente fraqueza depois do aumento de impostos sobre as vendas em abril.

Fonte: Reuters

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Presidente do BC japonês promete atingir meta de inflação, se diz pronto para mais medidas

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, que na semana passada surpreendeu os mercados financeiros globais aumentando o programa de estímulo monetário, disse que o banco central está pronto para fazer mais para chegar à meta de 2 por cento de inflação e recarregar a cambaleante economia. 

Kuroda destacou que a autoridade monetária está determinada a fazer o que for preciso para atingir a meta de inflação em dois anos e vencer quase duas décadas de deflação. 

"Não há nenhuma mudança na nossa política de tentar atingir 2 por cento de inflação na data mais próxima possível, com um horizonte de dois anos mais ou menos em mente", disse o presidente em discurso durante um seminário nesta quarta-feira. 

"Não há limites para os nossos instrumentos de política, incluindo as compras de títulos do governo japonês", disse ele em resposta a uma pergunta após o discurso. 

O banco central japonês surpreendeu os mercados financeiros globais na semana passada ao expandir o forte estímulo, reconhecendo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram como esperado após o aumento do imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Reuters

Presidente do BC japonês promete atingir meta de inflação, se diz pronto para mais medidas

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, que na semana passada surpreendeu os mercados financeiros globais aumentando o programa de estímulo monetário, disse que o banco central está pronto para fazer mais para chegar à meta de 2 por cento de inflação e recarregar a cambaleante economia. 

Kuroda destacou que a autoridade monetária está determinada a fazer o que for preciso para atingir a meta de inflação em dois anos e vencer quase duas décadas de deflação. 

"Não há nenhuma mudança na nossa política de tentar atingir 2 por cento de inflação na data mais próxima possível, com um horizonte de dois anos mais ou menos em mente", disse o presidente em discurso durante um seminário nesta quarta-feira. 

"Não há limites para os nossos instrumentos de política, incluindo as compras de títulos do governo japonês", disse ele em resposta a uma pergunta após o discurso. 

O banco central japonês surpreendeu os mercados financeiros globais na semana passada ao expandir o forte estímulo, reconhecendo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram como esperado após o aumento do imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Reuters

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ministro da Economia do Japão aponta para mais estímulos

O ministro da Economia do Japão, Akira Amari, disse nesta segunda-feira que o governo deve implementar novo estímulo fiscal para impulsionar a economia se os dados preliminares do terceiro trimestre, que serão divulgados em 17 de novembro, vierem fracos, informou a emissora pública NHK. 

Amari também disse que as medidas de estímulo devem ser adotadas independentemente da decisão a ser tomada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe até o final do ano de avançar com um segundo aumento de impostos sobre as vendas previsto para o próximo ano, visando frear a enorme dívida pública.

Os comentários foram feitos dias após o Banco do Japão decidir expandir seu estímulo monetário maciço, o que levantou especulações de que Abe iria em frente com o próximo aumento de impostos em outubro. 

Amari disse que o estímulo fiscal adicional deve ser destinado a estimular o consumo privado, particularmente os grupos de baixa renda e famílias com crianças, duramente atingidos pela alta do imposto feita em abril para 8 por cento, ante 5 por cento. 

Fonte: Reuters

Conselheiro do premiê japonês se opõe à nova alta do imposto sobre vendas

Um importante conselheiro do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fez um apelo nesta terça-feira para que o governo adie uma alta no imposto sobre vendas previsto para o próximo ano, a fim de evitar queda nos gastos do consumidor que prejudicaria a economia. 

Koichi Hamada, professor emérito de Economia na Universidade de Yale e um conselheiro próximo a Abe, já vinha dizendo publicamente suas visões mas elas se chocaram com a posição assumida pela maioria dos consultores de um comitê especial criado pelo governo. 

Eles têm dito que o aumento do imposto deveria ir em frente como planejado para desacelerar a crescente dívida pública japonesa, que tem o dobro do tamanho da economia do país, pior marca do mundo desenvolvido. 

"Retirei meu apoio a uma segunda alta do imposto porque a economia não está mostrando qualquer sinal de que ele poderia ocorrer", disse Hamada. "Eu apoiaria esse plano se ele fosse adiado por cerca de um ano e meio." 

Hamada falou a jornalistas depois de participar do primeiro encontro do comitê que Abe criou no mês passado para aconselhá-lo sobre se deveria ir em frente com o aumento de 10 por cento no imposto sobre vendas, previsto para outubro do próximo ano. 

Abe deve decidir sobre isso até o final deste ano, mas existem especulações de que políticos tentarão adiar o plano depois que o aumento inicial do imposto em abril passado ajudou a empurrar a economia para sua queda mais forte desde a crise financeira global em 2009. 

A frágil recuperação desde então tem levantado dúvidas sobre o bom senso de seguir em frente com os planos de um segundo aumento do imposto. 

Fonte: Reuters