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domingo, 30 de setembro de 2012

Tempestade deixa dezenas de feridos no Japão


Um forte tufão que se dirigia, neste domingo, para Tóquio deixou dezenas de feridos, apagões e trânsito parado no Sul e no Oeste do Japão. O Serviço Meteorológico do Japão informou que o tufão Jelawat chegaria na noite de domingo à região de Tóquio.

O serviço alertou sobre possíveis chuvas torrenciais e fortes rajadas de vento, aconselhando as pessoas a ficar em casa. A agência informou que a tempestade tinha ventos de até 128 quilômetros por hora ao passar pela zona metropolitana de Nagoya, no centro do país.

A prefeitura de Nagoya pediu o desalojamento de pelo menos 50 mil pessoas em razão do risco de enchentes devido à elevação do nível de seu rio. Mais de 10 mil pessoas foram evacuadas da cidade de Ishinomaki, na costa norte do Japão, que foi devastada pelo tsunami do ano passado.

Por causa do tufão, 145 pessoas tiveram ferimentos leves no Sul e no Oeste do Japão. Metade dos feridos estava no sul da ilha de Okinawa, segundo noticiou a rede de televisão NHK.

Dezenas de milhares de casas ficaram sem eletricidade. Dezenas de trens suspenderam seus serviços nas zonas costeras da periferia de Tóquio, e muitas lojas fecharam as portas na capital japonesa, na manhã deste domingo, enquanto a tempestade se aproximava. O otufão também poderia chegar na madrugada de segunda-feira ao norte do país e entrar no Oceano Pacífico.

(Associated Press)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Devon fecha parceria de US$ 1,4 bilhão com Sumitomo


A Devon Energy acertou hoje os termos para seu empreendimento conjunto de US$ 1,4 bilhão com a Sumitomo, do Japão. O negócio abrange 263 mil hectares, em dois campos: o de Cline e o de Midland-Wolfcamp, ambos nos Estados Unidos.

Os ativos consistem de reservas para exploração de petróleo não convencional, por meio do gás de xisto. Empresas americanas tentam focar na modalidade para evitar uma carência energética no país.

Esse é o segundo negócio que a Devon fecha em 2012 no esquema de parceria. “Os acordos que assinamos neste ano vão melhorar significativamente nossa eficiência de capital dos programas de exploração”, comentou John Richels, presidente da americana.

O plano prevê que a asiática invista o montante de US$ 1,4 bilhão em troca de 30% de participação nos campos, que pertencem hoje à Devon. Já foram aportados US$ 410 milhões à vista pela Sumitomo.

Para dar continuidade ao planejamento, que foi anunciado pela primeira vez em agosto, a japonesa também terá de injetar US$ 980 milhões no negócio, para as atividades de perfuração. Com isso, 79% dos custos do segmento serão pagos pela empresa.

A Devon será responsável por operar o empreendimento e 30% do total necessário para os investimentos virá da americana. A expectativa é que por volta da metade de 2014 a exploração já esteja em curso.

(Renato Rostás | Valor)

ONU reúne representantes de empresas em Curitiba


Nesta quinta-feira, 27, a câmara japonesa de comércio do Paraná participou do treinamento do Pacto Global da ONU, realizado no Instituto Superior de Administração e Economia – ISAE.

Contando com cerca de 40 pessoas, incluindo representantes de empresas como a Copel, Sanepar e Arauco do Brasil, o treinamento, ministrado pela secretaria executiva da ONU, Karla Correa, teve por objetivo instruir os participantes a respeito dos objetivos do pacto, além de elucidar como o mesmo pode auxiliar no desenvolvimento de políticas de sustentabilidade dentro da empresa.

SOBRE O PACTO

O Pacto Global é uma iniciativa desenvolvida pelo ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção refletidos em 10 princípios. Essa iniciativa conta com a participação de agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros necessários para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário. Hoje já são mais de 5.200 organizações signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo.

As empresas participantes do Pacto Global são diversificadas e representam diferentes setores da economia, regiões geográficas e buscam gerenciar seu crescimento de uma maneira responsável, que contemple os interesses e preocupações de suas partes interessadas - incluindo funcionários, investidores, consumidores, organizações militantes, associações empresariais e comunidade.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Toyota e Nissan reduzem produção na China


Toyota e Nissan decidiram reduzir a produção na China em consequência das tensões entre Tóquio e Pequim, que afetam as vendas de automóveis japoneses, informaram as duas empresas nesta quarta-feira.

"Nossas filiais na China estão ajustando a produção em função da demanda", declarou um porta-voz da Toyota à AFP.

"Há um efeito da situação atual entre Japão e China sobre nossas vendas", admitiu.

A Toyota tem três unidades de montagem na China, que produzem aproximadamente 800.000 veículos por ano. A maior montadora japonesa também tem uma rede de 860 concessionárias em todo o país.

Uma fonte da Nissan disse que "com a atual situação do mercado e as próximas férias na China, a produção será suspensa de 27 de setembro a 7 de outubro".

A semana de 1º a 7 de outubro é de recesso na China, como parte das celebrações do aniversário da fundação da República Popular da China no dia 1 de outubro de 1949.

Fonte: Valor

Sharp aprova cancelamento de registro de ações em três bolsas do Japão


A fabricante de eletrônicos Sharp anunciou que seu conselho de diretores aprovou hoje o plano de cancelamento de registro das ações ordinárias da companhia nas bolsas de Nagoya, Fukuoka e Sapporo. Os papéis da empresa continuarão a ser negociados nas bolsas de Tóquio e Osaka.

A razão para a adoção dessa estratégia é o baixo volume de negociação dos papéis da empresa nesses pregões, informou a Sharp em comunicado. A companhia disse acreditar que o cancelamento não afetará substancialmente os acionistas e investidores.

No início desta semana, a agência Kyodo News teve acesso a um plano de reestruturação da Sharp, que inclui o corte de 10.966 postos de trabalho no Japão e no exterior. Entre outras medidas, a estratégia inclui ainda a venda de ativos, com o objetivo de gerar 213,1 bilhões de ienes até o fim de março de 2013.

No ano fiscal de 2011, encerrado em março de 2012, a companhia japonesa apurou o maior prejuízo líquido de sua história, de 376 bilhões de ienes.

Fonte: Valor

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Disputa já afeta vendas do Japão ao mercado chinês


Exportadores japoneses enfrentam atrasos em remessas para algumas cidades chinesas devido à intensificação das inspeções aduaneiras. O problema ocorre num momento em que continuam elevadas as tensões entre os dois países em torno de ilhas reivindicadas por ambos.

Os atrasos das remessas para a China foram causados pelo aumento das vistorias por parte dos funcionários alfandegários de Cantão, Xangai e Tianjin, disse ontem Yumiko Yoshimura, alto funcionário da Organização Japonesa de Comércio Exterior. No entanto, a situação mostrava-se normal em outras cidades importantes, como Pequim, Dalian e Qingdao.

A Kintetsu World Express, segunda maior empresa de transporte de carga do Japão, advertiu seus clientes sobre possíveis atrasos, embora não tenha recebido relatórios sobre problemas. A Sojitz, uma das maiores tradings especializadas em comércio com a China, disse estar acompanhando de perto a situação, mas informou não ter registrado quaisquer atrasos ou problemas relevantes.

O total da balança comercial entre China e Japão somou US$ 352 bilhões no ano passado. As tensões entre a China e o Japão se intensificaram no início do mês, quando o governo japonês comprou várias ilhas reivindicadas pelos dois países na porção oriental do Mar da China das mãos de donos japoneses. A medida visava barrar um plano mais ousado do governador nacionalista de Tóquio de comprar e desenvolver as ilhas, que são rodeadas por ricas áreas de pesca e de recursos naturais inexplorados. Mesmo assim, Pequim reagiu à aquisição prometendo "sérias consequências", e manifestantes chineses danificaram na semana passada lojas e fábricas de propriedade de japoneses na China.

Em 2010, em irrupção anterior de hostilidade em torno das ilhas, os produtos japoneses importados pela China enfrentaram maiores atrasos na alfândega. Pequim reagiu à prisão de um pescador chinês por parte do Japão impondo uma proibição de fato sobre suas exportações de terras-raras - matéria-prima especial utilizada na produção de equipamentos eletrônicos avançados.

O Japão enviou ontem um vice-ministro das Relações Exteriores para reunir-se com seu colega chinês. Por seu lado, a China disse pretender usar aviões não tripulados (conhecidos como "drones") para fazer a vigilância marítima até 2015, enquanto tenta aumentar sua presença em torno das ilhas desabitadas, chamadas Senkaku no Japão e Diaoyu na China.

Ele não deu detalhes sobre o teste, mas citou artigos da mídia estatal que disseram que a China pretende ter drones e bases de monitoramento instaladas até 2015. As reportagens não revelou quando os drones serão enviados para o entorno das ilhas.

O governo do Japão apresentou um protesto oficial à China ontem depois que quatro embarcações do país entraram em águas territoriais reivindicadas por Tóquio. Segundo a agência chinesa Xinhua, dois barcos civis de patrulha estavam exercendo o "direito de defesa" perto das ilhas - os outros dois barcos eram da vigilância pesqueira.

Fonte: Valor

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Toyota reduz produção da Lexus por causa de protestos anti-Japão na China


Por conta dos protestos e vandalismo contra itens de origem japonesa na China, a Toyota decidiu reduzir a produção da Lexus em casa.

A fim de reduzir as exportações para a China, a planta de Fukuoka deverá ter a produção diária reduzida de 1.300 para 1.000 carros.

A fábrica exporta 22% da produção para a Ásia, o que dá em torno de 66.440 carros de um montante de 302.000. A maioria vai para a China.

A Toyota planejava atingir 350.000 carros feitos em Fukuoka, mas a produção não deverá atingir esse nível. As vendas da Toyota na China caíram 30% depois do início dos protestos e ondas de vandalismo que se espalhou pelo país.

carros e concessionárias de marcas japonesas foram atacados, depredados e até incendiados por uma multidão enfurecida.

O motivo é a disputa entre China e Japão por um pequeno arquipélago no Mar da China Oriental, que foi nacionalizado recentemente pelo governo japonês.

Fonte: Valor

Sharp corta 11 mil postos de trabalho e aliena ativos


A fabricante nipónica de eletrónica Sharp prevê cortar 11 mil postos de trabalho e vender ativos para encaixar mais de 2000 milhões de euros, segundo o plano de reestruturação da empresa, dado hoje a conhecer pela agência local Kyodo.

O projeto, enviado esta semana às instituições financeiras nipónicas, mostra que em abril de 2014 a Sharp prevê reduzir em 19% a equipa de 57170 trabalhadores, o que implica o despedimento de 10966 pessoas.
Em agosto, os media nipónicos avançaram que a Sharp estava a estudar vender as fábricas de montagem de televisões no México e na China à tailandesa Hon Hai Precision Industries, o que permitirá reduzir a equipa em 3000 empregos.

A Sharp prevê ainda vender a subsidiária norte-americana de energia solar Recurrent Energy por 25000 milhões de yenes (248 milhões de euros).

Fonte: Valor

domingo, 23 de setembro de 2012

Toyota planeja lançar 21 modelos com motores híbridos até 2015


A montadora japonesa Toyota reforçou hoje a estratégia de investimento em veículos híbridos ao anunciar um plano para introduzir 21 novos modelos com motores a eletricidade e gasolina nos próximos três anos.

A empresa estima que as vendas mundiais de modelos híbridos atingirão um milhão de unidades neste ano, a maioria da Toyota. A montadora projeta que as vendas da empresa atinjam este patamar anualmente, entre 2013 e 2015.

Enquanto o lançamento e as projeções de vendas sinalizam a confiança da Toyota nos modelos híbridos, a companhia reconhece que os custos ainda precisam ser reduzidos para que a lucratividade aumente e impulsione as vendas.

"Os lucros com carros convencionais continuam maiores, então precisamos reduzir os custos de modelos híbridos para promover sua difusão", disse Takeshi Uchiyamada, vice-presidente do conselho da Toyota, em coletiva de imprensa.

No Japão, as vendas de híbridos da Toyota atingiram 310 mil veículos no ano passado, ou 26% das vendas totais. Mas, em outros mercados, como os Estados Unidos, foram vendidos 178,6 mil modelos híbridos, apenas uma fração das 1,64 milhão de unidades comercializadas em 2011.

Uchiyamada disse que a companhia projeta produzir motores híbridos na China em 2015 e espera seguir o mesmo movimento nos Estados Unidos, mas frisou que a montadora ainda não tem planos definitivos.

A Toyota iniciará as vendas de um veículo utilitário esportivo (SUV, na sigla em inglês), com um motor elétrico fabricado pela Tesla Motors, nesta semana, nos Estados Unidos. A empresa projeta vender 2,6 mil unidades do RAV4 em três anos.

Fonte: Valor

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Reuniões e visitas institucionais marcam passagem de empresas do Japão por Curitiba


O engenheiro Massakazu Sato (Microsonic) com o professor Phd Fábio Kurt Schneider (UTFPR) 

Durante as últimas duas semanas, dando suporte às empresas japonesas ligadas ao setor de ultra-sonografia Microsonic Co.. Ltd. e Apple House Co., Ltd. a câmara japonesa de comércio do Paraná agendou e mediou uma série de reuniões em Curitiba a fim de dar seqüência ao projeto de expatriação de ambas empresas no Paraná.

Recebidos por empresas, instituições e universidades como Dataprom, FIEP, Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS), e UTFPR, os representantes Massakazu Sato (Microsonic) e Kazuhiko Uehara (Apple House) mostraram-se otimistas com a possibilidade do Paraná estar constituindo em parceria do Japão uma plataforma de desenvolvimento de equipamentos de diagnóstico de ultra-sonografia. “Todas as reuniões realizadas em Curitiba superaram as nossas expectativas. Notamos um ambiente favorável para a realização de futuras parcerias, além de profissionais dispostos a desenvolverem o setor” disse Sato.

ENTENDA O PROCESSO

Ney Luiz Bellegard (FIEP) apresenta o portfólio de serviços da federação aos representantes da Microsonic e Apple House

Desde 2010, por intermédio de Satoshi Tsuda, presidente da FMO Co., Ltd., empresa de consultoria empresarial sediada em Nagano, no Japão, a câmara vem auxiliando a Microsonic a introduzir sua revolucionária tecnologia de ultra-som no país.

Para tanto, é um desejo da empresa que seus produtos e tecnologias não sejam simplesmente comercializados com o Brasil, mas sim, que os mesmos sejam desenvolvidos e manufaturados na região sob a chancela técnica dos engenheiros da empresa em parceria de universidades locais capazes de conduzirem este trabalho conjunto.

Marcos Olandoski, sócio-proprietário da Dataprom recebe a comitiva da Câmara 

“No Japão é muito comum universidades nortearem o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos em parceria do capital privado japonês. Por isso há uma enorme preocupação por parte da empresa em encontrar o parceiro ideal neste campo” diz Fujio Takamura, diretor da câmara.

Para tanto, além do viés técnico a empresa também precisa prospectar indústrias capazes de “construírem” e viabilizarem estes produtos e soluções no Brasil - outro imenso desafio. “De fato há uma baixa ocorrência de empresas dispostas a investirem na pesquisa e desenvolvimento deste tipo de plataforma, sobretudo em função das suas limitações comerciais. Mesmo assim estamos confiantes, pois a avançada tecnologia japonesa é um grande diferencial que impulsiona e avaliza projetos bilaterais deste porte" diz Fujio Takamura, diretor da Câmara.

A comitiva no Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS)

Apesar das inúmeras dificuldades, a câmara cumpriu seu papel, servindo de ponte e mediando os interesses do capital privado japonês no Paraná. ”Todas as solicitações feitas pela Microsonic e Apple House durante esta curta estadia em nosso estado foram amplamente atendidas pela entidade, sendo o feedback extremamente positivo para todos os players envolvidos” disse Yoshiaki Oshiro, presidente da Câmara.

AGRADECIMENTOS

Aproveitamos o espaço concedido para agradecer a todas as empresas, instituições e universidades que gentilmente nos atenderam durante as últimas semanas, em especial Marcos Olandoski (Dataprom), Antenor Junior (Dataprom), Ney Luiz Bellegard (FIEP), Henrique Stefani Neto (FIEP), Fábio Kurt Schneider (UTFPR), Jefferson Miranda (CITS), Felipe Sória (CITS), Marilda Packer (CITS) e Hans Schorer (CITS).

Links:
http://www.cits.br

Hitachi Zosen confirma estudo de viabilidade econômica em Curitiba

O secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, recebe a comitiva da Hitz

Na manhã desta sexta-feira, 21, uma comitiva composta por membros da câmara japonesa de comércio do Paraná, Jetro (órgão de fomento e comércio exterior ligado ao governo japonês) e Hitachi Zosen (Hitz), reuniu-se com o secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná, Cassio Taniguchi, para oficializar junto ao governo do estado o início dos estudos de viabilidade econômica para a recuperação energética de resíduos no município de Curitiba.

Segundo Kan Kurihara, diretor da Jetro, o Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão acabou de aprovar o repasse de recursos à empresa, que até fevereiro de 2013 irá prospectar as potencialidades do município de Curitiba para a introdução de incineradores de resíduos capazes de gerar energia. 

Comum em países como Alemanha, Japão e Holanda, este sistema possui amparo legal, sendo sua implantação prevista pela Política Nacional de Resíduos, em vigor desde 2010.

De acordo com Fujio Takamura, diretor da câmara, foi a partir da "I° Conferência Paraná Japão de Recuperação Energética de Resíduos" realizada pela câmara em parceria da FIEP e Jetro, que o município de Curitiba deu início aos diálogos com o Japão.  "Os aterros sanitários a céu aberto estão com os dias contados no país e Curitiba sai na frente neste trabalho em consonância com o Japão. A conferência realizada na FIEP em março deste ano trouxe ao poder público local um novo leque de possibilidades" disse Takamura.

Para mais sobre a empresa, acesse:

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Japão registra déficit comercial pelo segundo mês seguido


A balança comercial japonesa foi deficitária pelo segundo mês consecutivo, com a desaceleração da economia global afetando as exportações do país.

Dados preliminares do Ministério das Finanças apontam que o déficit comercial foi de 754,1 bilhões de ienes (US$ 9,6 bilhões) no mês passado. O resultado acabou 3% inferior àquele apurado em agosto de 2011 e menor do que o esperado por alguns economistas.

As vendas externas recuaram 5,8% em agosto, na comparação com um ano antes, o terceiro declínio seguido, para 5,05 trilhões de ienes. Os embarques para a Europa caíram mais de 20% e as exportações para a China cederam quase 10%.

As importações japonesas, por sua vez, diminuíram 5,4% no mês passado, perante um ano antes, somando 5,8 trilhões de ienes.

(Juliana Cardoso | Valor, com agências internacionais)

China e Japão dão sinais de fragilidade na economia


Dados divulgados ontem pela China e o Japão mostram o enfraquecimento das duas principais economias asiáticas, em meio à crise da dívida na Europa.
Na China, o indicador antecedente da atividade industrial medido pelo HSBC sugere que o setor deve se contrair, aumentando sinais de que a economia está desacelerando pelo sétimo trimestre consecutivo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) atingiu 47,8 pontos em setembro, contra 47,6 em agosto, completando a maior série histórica de leituras abaixo de 50 pontos - foi o 11º mês seguido. Números menores que 50 indicam contração da atividade.
O relatório sugere que o governo terá que lançar novas medidas de estímulo para não perder a meta de crescimento para o PIB do país neste ano, de 7,5%.
No Japão, dados preliminares apontam que o país teve o segundo déficit comercial seguido em agosto, com a desaceleração da economia global afetando as exportações - o saldo negativo foi de US$ 9,6 bilhões. As vendas externas recuaram 5,8% contra um ano antes, o terceiro declínio seguido. Os embarques para a Europa caíram mais de 20% e para a China cederam quase 10%. Já as importações caíram 5,4% no mês passado, perante um ano antes.
Fonte: Valor

Japão desiste de usina nuclear e agita mercado de energia


A decisão do Japão de fechar gradualmente seus reatores nucleares deverá ter impacto profundo nas discussões globais a respeito do futuro da energia. O governo japonês anunciou na semana passada que vai abandonar a energia nuclear até 2040. Os 50 reatores existentes no país, construídos entre 1970 e 2006, serão fechados gradativamente, assim que atingirem 40 anos de vida operacional, e nenhuma nova planta do tipo será construída. Enquanto isso, o país, com escassas fontes renováveis de energia, terá que desenvolver alternativas.

A opção japonesa era esperada depois que os três reatores da usina de Fukushima derreteram em consequência do desastre que atingiu o nordeste do Japão, em março de 2011, com um terremoto seguido de tsunami. Uma série de explosões liberou gases venenosos durante dias. Material radioativo foi encontrado na água encanada em locais tão distantes quanto Tóquio, a 240 quilômetros da usina; em produtos agrícolas como vegetais e chá, e até nos peixes da região. As consequências para o ser humano ainda não foram totalmente calculadas, mas devem ser duradouras.

O desastre derrubou o governo antes mesmo de vir à tona o resultado das investigações de uma comissão parlamentar de inquérito independente que concluiu, em julho passado, que o desastre era evitável, mas nada teria sido feito por causa do conluio com a poderosa indústria nuclear japonesa. Segundo o relatório, havia sinais de que a usina já havia sido danificada antes da chegada do tsunami, apesar da alardeada segurança japonesa, e não foi desligada a tempo.

Depois de tantas trapalhadas, não é de se estranhar que metade dos eleitores japoneses sejam contra a energia nuclear. A opinião pública certamente influenciou o governo, mas não foi uma decisão fácil. Até o desastre de Fukushima, 30% da geração de energia elétrica do Japão era de origem nuclear e o plano era chegar a 50% em 2030, com a construção de 12 novas usinas. São escassas as fontes próprias de energia para atender o consumo do país, que é o terceiro maior importador de petróleo, depois dos EUA e da China; o maior de carvão e de gás natural. O mercado de commodities de energia já se agitou com a notícia. A expectativa é que o país intensifique os investimentos externos para garantir o abastecimento em gás, petróleo e carvão.

A opção de Tóquio envolveu outro ponto igualmente sensível, que é o futuro da famosa indústria japonesa de equipamentos para o setor nuclear, formada por gigantes como a Itachi, Mitsubishi e Toshiba. Essas empresas, muito importantes na economia japonesa, perderam encomendas domésticas e receiam ter a competitividade abalada a longo prazo. Uma compensação não explícita do plano de energia, ainda não totalmente detalhado, é permitir a religação de usinas que estavam ociosas e seu funcionamento até o fim da vida útil.

Até o desastre de Fukushima, a energia nuclear vinha ensaiando um retorno e ameaçando recuperar o prestígio perdido depois dos acidentes de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, e de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Inclusive ambientalistas puseram de lado antigas restrições e, preocupados com o aquecimento global, apoiaram a energia nuclear.

A decisão japonesa certamente vai influenciar o restante do mundo. Entre as grandes economias, a Alemanha já havia decidido deixar a energia nuclear depois de Fukushima. A ordem foi dada no ano passado pela chanceler Angela Merkel, que pretende, em dez anos, substituir a energia nuclear, que representa 28% da matriz do país, por alternativas renováveis, que respondem por 25%. Estados Unidos, Reino Unido e França não mudaram suas políticas até agora. Os EUA estão inclusive construindo 34 novas usinas.

Afortunado pela natureza e pela tecnologia da biomassa, o Brasil conta com fontes renováveis de energia em abundância, basicamente hidrelétricas e biocombustível, suficientes para compor 45% de sua matriz, mais de três vezes a média mundial. Apenas 1,2% da matriz energética é de fonte nuclear. Ainda assim, após Fukushima, o governo apressou-se em garantir que as usinas brasileiras são seguras e que outras seriam construídas. Pouco depois, porém, voltou atrás e revisou o Plano Nacional de Energia 2030. O plano previa a instalação de quatro a oito usinas nucleares. Apenas Angra 3, em construção no Rio de Janeiro, continuou de pé e deve começar a funcionar em 2016. As outras foram adiadas por pelo menos dez anos.

Fonte: Valor Econômico

BC japonês lança pacote de estímulos de US$ 127 bilhões


O Banco do Japão, o banco central do país, anunciou ontem um novo pacote de estímulo monetário, uma vez que a desaceleração da demanda global e as tensões com a China afetam as chances de uma recuperação a curto prazo. O BC ampliou em 10 trilhões de ienes (US$ 127 bilhões) o programa de compra de ativos e empréstimos financeiros, atingindo 80 trilhões de ienes (US$ 1,02 trilhão) - cerca de um quinto da economia japonesa.

- As economias de outros países estão desacelerando mais do que esperávamos - afirmou o presidente do BC japonês, Masaaki Shirakawa. - A recuperação econômica do Japão pode se atrasar em um semestre.

Ele assegurou que a decisão se deveu aos indicadores do país, não ao estímulo anunciado pelo Federal Reserve, o BC americano, na semana passada. Os recursos extras do programa, hoje a principal ferramenta do Banco do Japão para estimular a economia, serão destinados à compra de títulos do governo. Seu prazo foi ampliado em seis meses, para dezembro de 2013.

Como esperado, a taxa básica de juros foi mantida entre zero e 0,1%. O BC japonês ainda estimou que a economia, por enquanto, não crescerá.

O anúncio do pacote japonês animou os mercados. Tóquio avançou 1,19%, e Hong Kong, 1,16%. Já Londres teve alta de 0,35%, enquanto Frankfurt e Paris subiram 0,59% e 0,54%, respectivamente. Em Wall Street, ainda pesou a alta de 7,8% na venda de imóveis em agosto. O índice Dow Jones avançou 0,10%. Nasdaq e S&P tiveram ganhos, respectivamente, de 0,12% e 0,15%.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), chegou a subir mais de 1% de manhã com o pacote japonês. Mas à tarde, perdeu força e acabou fechando em queda de 0,25%, aos 61.651 pontos, com volume negociado de R$ 7,2 bilhões. O recuo se deveu aos papéis de Vale e Petrobras, influenciados pela queda nos preços das commodities . No mercado de câmbio, no segundo dia sem atuação do BC, o dólar encerrou em alta de 0,19% frente ao real, cotado a R$ 2,027.

- O preço do barril de petróleo encerrou em queda de 3,5%, a US$ 91,98, e o índice de metais da Bolsa de Nova York caiu. Isso fez o Ibovespa perder força - diz o operador da corretora Renascença Luiz Roberto Monteiro.

O papel preferencial (PNA, sem direito a voto) da Vale caiu 1,09%, a R$ 37,84, e Petrobras PN recuou 2,28%, a R$ 22,69. Entre as demais ações com forte peso na Bolsa, OGX Petróleo ON avançou 2,01%, Itaú Unibanco PN subiu 0,05%, e PDG Realty ON perdeu 0,49%.

Já o BC informou ontem que o Brasil registrou uma entrada líquida de quase US$ 2 bilhões no mercado financeiro somente na semana passada, o que fez o fluxo ficar positivo em US$ 460 milhões. Segundo especialistas, isso reflete fortes captações de empresas como a Vale, não o estímulo do Federal Reserve - que o governo teme que provoque uma enxurrada de dólares no Brasil.

Para o especialista em câmbio Sidney Nehme, isso não deve ocorrer, porque a medida foi apenas uma repetição de decisões anteriores e o Brasil não é tão atraente como antes, já que os juros estão em seu menor nível histórico:

- O mercado cria essa expectativa de tsunami só para alavancar a Bolsa.

Desde janeiro, o Brasil recebeu US$ 23,5 bilhões líquidos, incluindo operações de comércio exterior e do mercado financeiro. É praticamente um terço do registrado no mesmo período de 2011. 

Fonte: O Globo ( João Sorima Neto e Gabriela Valente, com agências internacionais )

China envia navios e eleva tensão com Japão


Ao menos dois dos 11 navios chineses que navegam perto das ilhas disputadas com o Japão no mar do Leste da China entraram ontem em território considerado pelo governo japonês sua propriedade. Em Pequim, o ministro da Defesa Liang Guanglie, disse em encontro com o chefe do Pentágono, Leon Panetta, que o país se reserva o direito de tomar ações mais drásticas na disputa, agravando a crise diplomática com Tóquio.

Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, Liang disse que o Japão deve ser responsabilizado pela disputa. O ministro garantiu, no entanto, que a China ainda vê uma saída diplomática para o impasse. Para isso, ele espera que o "governo japonês desfaça seus erros e volte a negociar". O ministro também defendeu perante Panetta que as ilhas fiquem de fora do acordo de defesa mútua que os EUA têm com o Japão e espera neutralidade na disputa.

O secretário de Defesa americano, em sua primeira visita à China desde que assumiu o Pentágono, evitou polêmicas. "Há muito acredito que a relação sino-americana requer uma perspectiva de longo prazo", disse Panetta. "Ela tem sua base menos em grandes avanços e mais em um trabalho lento por temas de interesse comum."

Os protestos em cidades chinesas contra o Japão cresceram ontem, no 81.º aniversário da invasão da China pelo Japão. O número de manifestantes, segundo a imprensa estatal chinesa, é maior do que o dos atos convocados no fim de semana. A polícia teve de conter os ânimos mais exaltados, apesar de as marchas terem sido autorizadas pelo governo.

Do lado de fora da Embaixada do Japão em Pequim, a polícia paramilitar, munida de equipamento antidistúrbio, patrulhou a área. Helicópteros sobrevoaram o protesto e os manifestantes foram separados em grupos. Por meio de alto-falantes, orientaram os participantes a "manter a calma e evitar comportamento impulsivo".

No começo da semana, Tóquio ordenou o fechamento temporário de algumas fábricas japonesas na China - como Nissan, Mazda e Canon. Lojas de marcas japonesas também fecharam as portas para prevenir vandalismo. Além disso, o governo chinês anunciou o envio de mil pesqueiros ao arquipélago.

Apesar da tensão, alguns analistas afirmam que a China adotou uma posição dúbia com relação à crise diplomática. Apesar de encorajar discretamente os protestos nacionalistas contra o Japão, Pequim também tenta refreá-los publicamente. Há preocupação para que as manifestações não saiam de controle e venham a se voltar contra o regime. Autoridades em Pequim assinalaram ontem que pretendiam reduzir a intensidade dos protestos pela soberania do arquipélago em razão, entre outros fatores, do impacto da disputa, que já teria afetado o comércio entre os dois países.

De acordo com analistas, a estratégia de dubiedade foi cuidadosamente elaborada pela China para aumentar a pressão sobre o Japão, mas sem deixar de levar em conta a política interna. O governo chinês manobra para garantir posições de vantagem antes da transição de líderes - programada para outubro -, como é praxe a cada dez anos no país. O comércio entre China e Japão - a segunda e a terceira economia do mundo - somou US$ 340 bilhões no ano passado.

Fonte: NYT, AP E REUTERS

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Consulado Geral do Japão em Curitiba recepciona empresas de construção civil e urbanismo do Japão

Na noite desta quarta-feira, 19, o Consulado Geral do Japão em Curitiba promoveu jantar para representantes dos setores da construção civil e urbanismo do Japão.

A comitiva, composta por 14 membros, incluindo presidentes e diretores de empresas como Toda e NTT Urban Development, encontra-se no Paraná para conhecer de perto as potencialidades econômicas do estado e o mercado da construção civil na região.

O jantar reuniu também representantes das secretarias de estado do Planejamento, Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Fazenda, Sanepar, Copel, além de empresários locais do setor, como Atsushi Yoshii, presidente da A. Yoshii Engenharia, sediada em Londrina.

Para Yoshiaki Oshiro, presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, o encontro serviu para estreitar relações institucionais com empresas dispostas a investirem num dos setores mais prósperos da economia brasileira, o da construção civil. “Apesar de ter passado por altos e baixos no passado, hoje o setor (da construção civil) é um dos que mais crescem no país, sobretudo em virtude da queda dos juros e a facilidade de acesso ao crédito. Este cenário favorável a construção e incorporação de novos empreendimentos fazem com que as empresas japonesas estudem a possibilidade de aportarem novos investimentos neste aquecido mercado, que atualmente conta com mais de 170 mil empresas (segundo recente levantamento da CNI)” finalizou Oshiro.

Visitas à Câmara: A. Yoshii Engenharia

Na foto: o presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e o presidente da A. Yoshii Engenharia, Atsushi Yoshii

Na tarde desta quarta-feira, 19, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, recebeu na sede da entidade o presidente da A.Yoshii Engenharia, o empresário londrinense, Atsushi Yoshii.

De passagem por Curitiba, Yoshii, que foi vice-presidente da entidade entre 1999 e 2003, além de vice-presidente da FIEP de 1995 a 1999, atualmente ocupa os cargos de vice-presidente para Assuntos de Empreendedorismo e diretor para a região norte, dando suporte aos trabalhos realizados pela entidade em Londrina e região como no caso do apoio concedido a comitiva da empresa japonesa NSK (autopeças), que no ano passado esteve prospectando imóveis nas proximidades de Apucarana.

Na pauta, a discussão de projetos ligados ao jovem empreendedorismo.

A. YOSHII ENGENHARIA

Fundada em 1965, a A.Yoshii Engenharia é considerada uma das principais empresas de engenharia civil do sul do país, tendo em seu portfólio de clientes importantes representantes do capital japonês como Honda, Denso e Marubeni.  

Além de obras corporativas e industriais, a empresa, que emprega hoje cerca de 3 mil funcionários e já construiu mais de 2 milhões de m² em obras que vão do nordeste ao sul do Brasil, desde 2009 vem atuando no ramo da incorporação residencial através da empresa Yticon Construção e Incorporação, também sediada em Londrina.

Para mais sobre a A.Yoshii Engenharia, acesse:

Decisão do BC japonês e dados americanos sustentam mercado


Os mercados financeiros consolidaram um movimento positivo nesta quarta-feira, mas longe de qualquer sinal de euforia, reagindo ao anúncio de mais alívio monetário no Japão e a um dado de vendas de imóveis usados nos EUA mais forte do que o esperado.

O Banco do Japão ampliou em 10 trilhões de ienes (US$ 127 bilhões de dólares) o programa de compra de ativos, para 80 trilhões de ienes, injeção considerada mais forte do que o previsto.

Paralelamente, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também dá sinais de que deve aumentar o programa de compra de ativos, atualmente em 375 bilhões de libras. De acordo com a ata da reunião dos dias 4 e 5 de setembro, os membros do comitê de política monetária da instituição consideram estímulos adicionais para a economia britânica, mesmo com as pressões inflacionárias.

Contribuiu para os ganhos em  Wall Street o dado de vendas de imóveis residenciais usados nos EUA, que subiram 7,8% em agosto na comparação com julho, acima da previsão de alta de 2%.

A Bovespa mostra um desempenho melhor do que o visto em Wall Street, movida principalmente por ações que se beneficiam da valorização das commodities, como Vale. O dólar opera perto da estabilidade, travado entre a melhora externa e a expectativa de intervenção do Banco Central.

Por volta de 14h, o Ibovespa ganhava 0,60%, cotado em 62.175 pontos. O dólar à vista negociado no balcão mostrava estabilidade, em R$ 2,023, retornando à mínima do dia, após subir a R$ 2,027 (+0,20%).

Os juros futuros operam sem tendência definida, oscilando ao redor do nível do fechamento de ontem. Segundo operadores, agentes evitam assumir posições novas neste momento, à espera de novos indicadores que ajudem a afinar as apostas. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) jandeiro de 2014 tinha taxa de 7,82%, estável. O DI janeiro de 2017 projetava 9,24%, ante 9,25% ontem.

Fonte: Valor

Uma mexida no câmbio "estilo osaka"


Podem anotar uma vitória, ou algo do tipo, para a Sharp e a Panasonic. Em agosto, Masaaki Shirakawa, presidente do Banco do Japão, autoridade monetária do país, em visita a Osaka, cansou de tanto ouvir representantes de fabricantes japonesas de bens eletroeletrônicos sobre o rápido declínio de suas operações.

A força do iene estava matando seus negócios, lhe disseram. A indústria japonesa precisava de algum alívio diante do implacável ciclo de quedas nos lucros, na demanda e na criação de empregos.

A mensagem parece ter sido captada. A decisão de ontem do Banco do Japão de elevar seu programa de compras de ativos em 10 trilhões de ienes (US$ 128 bilhões), embora retocando as regras para facilitar que se chegue a um total de 80 trilhões de ienes até o fim de 2013, foi bastante notável, especialmente em um momento em que a maioria do mercado não esperava nenhuma ação.


O que muitos observadores também notaram, em especial, foi um novo item na lista de grandes riscos do Banco do Japão: "os impactos dos desdobramentos financeiros e no mercado de câmbio sobre os preços e a atividade econômica". Tradução: um iene alto prejudica o Japão.

"Tudo isso se trata da moeda", disse Shogo Fujita, estrategista-chefe de bônus japoneses no Bank of America Merrill Lynch, em Tóquio.

Se o Banco do Japão quisesse impulsionar o mercado acionário, poderia comprar ETFs, como são chamados os fundos negociados em bolsa como se fossem ações. Se quisesse reduzir o rendimento dos bônus de longo prazo, poderia comprar papéis com vencimentos mais distantes.

Em vez disso, vai gastar um volume adicional equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em notas de curto prazo e em bônus de até três anos - que é a parte do mercado de títulos mais relacionada ao câmbio. Eleve os preços desses papéis e, em teoria, o iene desvaloriza-se em relação ao dólar.

"O objetivo foi depreciar o iene, comprar tempo", afirmou Fujita. A mudança de direção é significativa, em dois aspectos. Primeiro, indica que o Banco do Japão tem consciência cada vez maior da necessidade de tentar acompanhar o ritmo da flexibilização monetária aparentemente interminável do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) e do Banco Central Europeu (BCE).


Na semana passadas, nos minutos que se seguiram à declaração de Ben Bernanke, presidente do Fed, de que continuaria a imprimir dinheiro até que houvesse uma criação suficiente de empregos no país, o iene valorizou-se em relação ao dólar, para depois recuar um pouco. Talvez o Banco do Japão, sob ordens do governo, tenha enviado sinais de que intervirá. Talvez não. O episódio, de qualquer forma, evidenciou o poder da autoridade monetária para influenciar a moeda.

Segundo, a nova linha assumida pelo iene indica que Shirakawa, cujo mandato de cinco anos acaba em abril, está de olho no que deixará como legado. Anteriormente, o presidente sustentava que as vantagens e desvantagens da força do iene estavam bastante equilibradas. Embora o argumento tenha muito a ser aplaudido - um iene mais forte significa, por exemplo, combustíveis mais baratos - não há sentido em que o presidente o sustente, se com isso ameaçar a estimada independência do banco central.

O Japão está próximo de eleições em que o principal partido de oposição - o Partido Liberal Democrático (PLD) - tem todas as chances de vencer. Uma de suas promessas pode incluir anular a lei que rege o Banco do Japão e tornar seu conselho mais dependente do governo, caso o banco central falhe em estimular o crescimento.

Pode ser demasiado esperar o surgimento de uma nova perspectiva sobre a interação entre política monetária e mercado de câmbio para reanimar o coração industrial do Japão. Mas é possível dizer que qualquer ação prolongada para enfraquecer o iene tenha se originado em Osaka.

Fonte: Financial Times

Banco do Japão pode seguir Fed e BCE em afrouxamento


Em meio a tensões geopolíticas com a China por conta da disputa das ilhas Senkaku (ou Diaoyu, para os chineses), o Japão decide hoje se altera seu programa de compras de ativos.

Havia um consenso entre os analistas de que qualquer aumento do programa - hoje em 70 trilhões de ienes (US$ 890 bilhões) - só viria em outubro, quando o Banco do Japão divulgará suas novas projeções para a economia. Mas com os anúncios de novos QEs (afrouxamento monetário) na zona do euro e nos Estados Unidos, a pressão sobre o governo japonês para que se mova na mesma direção vem crescendo.

Na zona do euro foi criado o OMT, programa de compras ilimitadas de títulos soberanos no mercado secundário, totalmente esterilizadas. Nos EUA, um novo programa de MBS - compras de títulos hipotecários também, em tese, ilimitado, de valor mensal de US$ 40 bilhões. Isso tudo somado à "operação Twist", que contempla mais US$ 45 bilhões ao mês até dezembro na venda de títulos de curta maturidade e na compra de longos. O objetivo claro é manter as taxas de juros longas em níveis baixíssimos e, desta forma, estimular a demanda. Ocorre que o dólar, nesse ambiente, sofre (desejáveis) desvalorizações frente às demais moedas, iene incluso.

A pressão de valorização do iene aumentou sobremaneira, atingindo em cheio as exportações japonesas em um contexto de desaceleração da demanda global. A moeda está cotada a 78,4 ienes por dólar, 3,4% acima do ponto que deflagrou a última intervenção do Banco do Japão (BoJ) no mercado de moedas, em outubro de 2011.

Por outro lado, a economia vem andando a passos mais lentos do que se esperava, o que ficou evidente na revisão do PIB do segundo trimestre (primeiro trimestre, se considerado o ano fiscal japonês) de 1,4% para 0,7% (taxa anualizada). Entre janeiro e março, a economia cresceu 5,3%, o que mostra uma freada na atividade, sem dúvida, contundente. Isso diante dos esforços para recuperar o país após o tsunami de março do ano passado e das inundações na Tailândia, que jogaram o PIB de 2011 para o terreno negativo (- 0,74%).

Do aumento do programa de compras de ativos em abril e, antes disso, da mudança de postura do BoJ ao estabelecer uma meta (ao menos informal) de 1% para a inflação em fevereiro, o nível de preços não reagiu a contento e a deflação continua um fantasma - o que tem siso, aliás, há 15 anos, salvo curtos períodos de tempo. O último dado do CPI (o índice de preços ao consumidor) mostrou deflação de 0,4% em julho, sendo que o núcleo permanece no terreno negativo desde janeiro de 2009.

Masaaki Shirakawa, presidente do Banco do Japão, terá a missão de ajustar a política monetária às mudanças recentes nos demais bancos centrais e coordenar, assim, as expectativas dos agentes. Os juros baixíssimos - entre zero e 0,1% - não têm sido suficientes para animar a economia.

Especula-se que o BoJ possa derrubar a taxa sobre reservas em excesso para zero, como fez o Banco Central Europeu (BCE), e ampliar as compras de títulos curtos - hoje a ênfase é na ponta de dois anos. Espaço para aumentar o balanço existe, ao menos na comparação com o que foi feito até agora por BCE, Fed e Banco da Inglaterra.

O Fed aumentou em 215% seu balanço entre 2007 e 2012 (para US$ 2,8 trilhões); o BCE, em 105% (para € 3,08 trilhões); e o BoE, em 278% (para 386,7 bilhões de libras). O BoJ, nesse período, fez crescer seu balanço em apenas 34,7% (para 149,9 bilhões de ienes), mostrando um alto grau de conservadorismo nesse cenário crescente de medidas não convencionais de política monetária.

Considerando os perfis de dois novos membros votantes do banco central japonês, que são advindos do mercado - Takehiro Sato (ex- Morgan Stanley) e Takahide Kiuchi (ex- Nomura) -, não será surpresa mais um QE a caminho.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Eficiência Energética


Trabalho desenvolvido por estudantes brasileiros indica que, além de serem mais econômicas, as lâmpadas LED causam menos danos ao meio ambiente, por não conterem mercúrio

Belo Horizonte — O que era a solução para o setor energético brasileiro virou problema. Apesar de ser mais econômica, a lâmpada fluorescente não tem sido devidamente descartada e, por isso, apresenta um risco ao meio ambiente. O alerta é feito por alunos do curso de ciências biológicas do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, que apostam na tecnologia LED (diodo emissor de luz) para eliminar o risco de contaminação e gerar economia ainda maior de eletricidade.

A lâmpada fluorescente veio para substituir a incandescente, que ainda é bastante usada, principalmente em residências, por fornecer uma luz mais aconchegante e ser mais barata. Depois do apagão de 2001, quando houve racionamento de energia em todo o país, o governo passou a incentivar o uso da fluorescente, na tentativa de diminuir o consumo de energia elétrica. Também foi anunciado recentemente que a fabricação da incandescente será interrompida. A decisão preocupa os grupo de estudantes, que condenam as lâmpadas fluorescentes em pesquisa apresentada em sala de aula. "O número vai aumentar e muita gente vai descartá-las de forma incorreta, pois desconhece que essas lâmpadas contêm mercúrio, que causa dano à saúde", diz Vivian Jordania da Silva, uma das autoras do projeto que propõe a instalação de LED em todas as unidades do centro universitário.

Cada lâmpada fluorescente contém 21mg de mercúrio, substância que ajuda a tornar a luz visível. Pode parecer pouco, mas essa quantidade do metal tóxico, se não for descartada de maneira correta, pode contaminar o ar, o solo e a água. O analista de sustentabilidade do UNA, Herbert Lima, explica que o mercúrio é bioacumulador. "Os animais vão absorvendo o metal e, com o passar do tempo, o acúmulo no organismo pode causar danos." Quando inalado ou ingerido,ele é capaz de afetar o funcionamento normal dos pulmões, do sistema nervoso central, dos rins e do fígado.

A lâmpada fluorescente só polui o meio ambiente se estiver quebrada, o que faz com que o mercúrio escape em forma de vapor. A informação seria animadora se não fosse comum ver o vidro jogado de qualquer maneira no lixo, podendo ser facilmente rompido em um transporte inadequado. Estima-se que, de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes consumidas anualmente no Brasil, 70 milhões sejam descartadas de maneira incorreta. "As pessoas jogam essas lâmpadas no lixo comum. Elas acabam quebradas em caçambas ou aterros sanitários e contaminam o solo, o lençol freático, o ar e os alimentos", pontua Vivian.

Implementada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é clara: fabricantes, importadores,distribuidores e comerciantes de lâmpadas fluorescentes são obrigados a recolhê-las depois que são usadas pelo consumidor para dar a destinação adequada, independentemente do serviço público de limpeza urbana. A regra, chamada de logística reversa, prevê a disponibilidade de postos de coleta de resíduos sólidos para toda a população. Mas isso não é o que ocorre na prática. "Infelizmente, para você dar a destinação correta, tem que pagar, o que dificulta muito o descarte. Ninguém quer ter gasto a mais", observa a universitária. De acordo com Vivian, representantes do setor alegam que o custo de recolher e dar o fim adequado ao material é muito alto.

Alguns empresários enxergaram a oportunidade de ganhar dinheiro recolhendo lâmpadas fluorescentes, mas o levantamento dos estudantes mostra que, ao menos em Belo Horizonte, o preço não é nada acessível. Além do transporte, o consumidor tem que pagar pela quantidade de material que será recolhido em casa. Cada lâmpada inteira custa R$ 0,50 e a lâmpada quebrada vale, em média, R$ 2,50 o quilo. O grupo sugere, portanto, que o poder público de cada cidade fique responsável pelo recolhimento do material, como já ocorre em São Paulo. Na capital paulista, pontos de entrega voluntária recebem, além de lâmpadas, pilhas e baterias.

Com a pesquisa, os universitários querem provar que a melhor alternativa para substituir a fluorescente é a lâmpada LED, ainda pouco usada no país. A primeira vantagem é ela não conter mercúrio, o que elimina o risco de poluição do meio ambiente. Pelo mesmo motivo, as LED podem ser descartadas  com o vidro comum e não precisam de tratamento especial antes da reciclagem. Quando se compara a durabilidade, a nova tecnologia também desponta como a melhor opção. As fluorescentes funcionam por cerca de 30 mil horas, enquanto as LED podem durar 45 mil horas.

O que ainda dificulta a popularização das lâmpadas LED é o preço. Uma unidade chega a custar R$ 100. Até o ano passado, não havia nenhuma empresa no Brasil que fabricasse o produto, que era importado principalmente da China e dos Estados Unidos. Apesar de ainda não ter a tecnologia para produzir todos os componentes das LED, que continuam a ser trazidos de outros países, a boa notícia é que elas algumas peças começam a ser produzidas aqui. "Isso aumenta o incentivo para o brasileiro comprá-las", ressalta o analista de sustentabilidade do UNA.

Apesar de reconhecer que o gasto com a implantação da lâmpada LED é mais alto que o da fluorescente, a universitária Vivian da Silva não tem dúvida de que a nova tecnologia deve ser mais usada. "Você vai ter um custo inicial alto, mas, com o tempo de uso, consegue economizar na conta de luz e ter retorno do seu investimento. A LED consome bem menos energia", diz.

O engenheiro de soluções energéticas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) Leonardo Resende Rivetti defende que o consumidor mude a lógica. "É preciso analisar quanto custa utilizar o equipamento, e não o valor dele. Assim, a pessoa vai tomar uma decisão consciente." Segundo Rivetti, o valor de uma lâmpada LED já baixou bastante desde que chegou ao Brasil, quando custava cerca de R$ 300. Ele afirma que a nova tecnologia consome, sim, menos energia e está se mostrando economicamente atrativa, por ser mais durável.

Fonte: Correio Braziliense

Câmara recebe diretor do governo japonês para realização de pesquisas no Paraná

A comitiva da Câmara na sede do Grupo Hubner em Araucária

Nesta segunda-feira, 17, o diretor de pesquisas da Jetro Tóquio (Organização de Fomento e Comércio Exterior do Japão – coligada ao Ministério da Economia, Indústria e Comércio do mesmo país), Yasushi Ninomiya, esteve visitando uma série de empresas e indústrias instaladas no Paraná a fim de colher opiniões e depoimentos a respeito do desempenho da economia local; seus avanços, retrocessos, obstáculos e desafios.

A pesquisa tem por objetivo relatar ao governo japonês a realidade e o panorama da economia paranaense sob a perspectiva dos empresários locais (incluindo representantes de multinacionais) especialmente dos setores da metalurgia, fundição, autopeças e reciclagem de eletrônicos.

Contando com o apoio da Câmara para o cumprimento deste objetivo, sobretudo no agendamento de visitas institucionais a empresas como Nissan (São José dos Pinhais), Igasa S/A (Curitiba), Grupo Hubner (Araucária) e Hamaya do Brasil (Fazenda Rio Grande), Ninomiya relatou que o país atravessa um bom momento, enfrentando com solidez o pessimista cenário em que se insere a economia mundial. “O Brasil vem demonstrando através de uma série de medidas como a redução do IPI e dos juros, desoneração da folha de pagamentos, aumento do crédito e controle da inflação, que existe um real e concreto desejo de desenvolver a indústria local. Este promissor desenvolvimento nos incentiva a divulgar o país como uma rota segura para futuros investimentos no Japão” completou.

Galpão de lixo eletrônico (e-waste) da Hamaya do Brasil 

Segundo Fujio Takamura, diretor da câmara, o trabalho realizado pela Jetro também serve de estímulo para que novas empresas japonesas aportem investimentos no estado. "A pesquisa também visa o fomento de parcerias e a constituição de joint ventures, pois este tipo de trabalho, além de transmitir com fidelidade a realidade da nossa indústria, incentiva as empresas japonesas a conhecerem nosso estado e a visitarem as empresas locais, principalmente aquelas dispostas a celebrarem parcerias internacionais" relatou.

AGRADECIMENTOS

Registramos aqui os nossos sinceros agradecimentos a todos aqueles que nos atenderam gentilmente durante as visitas institucionais programadas, em especial Janete Tomelin (Diretora Geral Bricarbras – Grupo Hubner), Tadeu Santos (Diretor de Vendas Grupo Hubner) Carlos Hasegawa (Gerente de Projetos Nissan Automóveis), Edgar Gonçalves (Diretor Industrial Igasa S/A), Nélio de Oliveira (Supervisor de Vendas Igasa S/A), e Roberto Itai (Diretor Geral Hamaya do Brasil).

Para mais sobre a Jetro e as empresas mencionadas, acesse:

sábado, 15 de setembro de 2012

Cooperativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo) recebe comitiva da Câmara e Consulado Geral do Japão

A comitiva da Câmara na fábrica de vinhos da Sanjo em São Joaquim, SC

Neste final de semana uma comitiva formada pela presidência da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná e o Cônsul Geral do Japão para os estados do Paraná e Santa Catarina, Noboru Yamaguchi, esteve visitando a cidade de São Joaquim, interior de Santa Catarina.

Na pauta, a visita a sede da Cooperativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo) fundada em 1993 por um grupo de 34 fruticultores, em sua maioria imigrantes e descendentes de japoneses.

Contando com 80 cooperados, que juntos produzem cerca de 40 mil toneladas de maçã das variedades Fuji e Gala, além de uva, mirtilo e goiaba, a cooperativa emprega hoje cerca de 330 funcionários, comercializando não só frutas, bem como derivados como vinhos, fermentados, espumantes e sucos.

Acompanhada pelo presidente da Sanjo, Nobuyoshi Shimizu, e pelo diretor de packing, Paulo Iida, a comitiva visitou também as instalações da fábrica de vinhos da cooperativa, premiados com os rótulos Núbio Sauvignon Blanc 2011 e o Maestrale Chardonnay 2010 (Concurso Nacional de Vinhos Finos e Destilados do Brasil e Concurso Mundial de Bruxelas-Brasil (CMBB)).  

A medalha de prata no concurso Vinalies Internacionales, realizado em 2010 em Paris, foi um dos pontos altos na história da vinícola. Promovido pela Associação de Enólogos da França, o concurso contou com a participação de 3199 rótulos de 39 países, que foram avaliadas por 126 degustadores e jornalistas especializados de várias nacionalidades.

A visita serviu também para formalizar o convite de sociedade entre a Câmara e a cooperativa. "A cooperativa é um exemplo concreto do idealismo e trabalho que sempre norteou as atividades da comunidade nipo-brasileira em nosso país. Seria uma honra para a instituição ter a Sanjo como parceira" disse Yoshiaki Oshiro, presidente da CCIBJ do Paraná.

Para mais, acesse:

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Apresentação de empresas japonesas do setor de ultra-sonografia reúne especialistas na sede da Câmara

Na foto: Massakazu Sato, engenheiro da Microsonic Co. Ltd., faz apresentação do 
"Microsonic's Ultrasound Diagnostic Equipment Development Platform"

A Câmara japonesa de comércio do Paraná - em parceria do Instituto Cultural e Científico Brasil Japão (ICCBJ) e FMO Co. Ltd., (empresa de consultoria empresarial do Japão) - realizou na tarde desta sexta-feira, 14, a apresentação oficial das empresas Microsonic Co. Ltd., e Apple House Co. Ltd., ambas sediadas em Tóquio e que há mais de duas décadas atuam no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias no campo da ultra-sonografia.

Contando com a presença de cerca de 35 convidados (em sua maioria especialistas de universidades como  PUC & UTFPR) incluindo o Cônsul Geral do Japão para os estados do Paraná e Santa Catarina, Noboru Yamaguchi, o Vice-Presidente da FIEP, Rommel Barion, e Eduardo Tavares Costa, professor Doutor da Unicamp (considerado um dos principais especialistas do assunto no país), o evento teve como escopo a introdução da plataforma de desenvolvimento de hardware e software de ultra-sonografia de ambas empresas no país.

Na foto: o engenheiro Sato esclarece as dúvidas do professor Doutor da UTFPR, Joaquim Maia

Segundo os representantes Massakazu Sato (Microsonic) e Uehara Kazuhiko (Apple House), a intenção é expatriar estas soluções para o Brasil. "Viemos apresentar nossos produtos e soluções aos brasileiros porque entendemos que o país - em termos de América Latina - é o mais preparado para receber e desenvolver a tecnologia apresentada. Não queremos simplesmente vender um determinado produto, mas sim, que o Brasil passe a fabricar estes equipamentos aqui, barateando e nacionalizando o processo" disse Sato.

Para o professor Costa, que também é pesquisador do Centro de Engenharia Biomédica (CEB), o evento abre um importante canal de diálogo com o capital privado japonês. "Sem dúvida o Japão possui um vasto know-how tecnológico que pode ser utilizado para o desenvolvimento de novas plataformas e equipamentos de ultra-sonografia no Brasil. Contudo, é preciso que ambos os países, sobretudo através de suas chancelarias, sinalizem este real interesse (de constituírem projetos conjuntos) a fim de garantirmos a manutenção legal de uma relação win/win e não de interdependência. A exemplo de parcerias bem sucedidas com a Alemanha, por exemplo, estou seguro que é possível trabalharmos em consonância do Japão na transferência deste tipo de tecnologia" ressaltou.

Na foto: o engenheiro Uehara da Apple House apresenta o software da plataforma apresentada pela Microsonic

De acordo com o professor Doutor da UTFPR, Joaquim Maia, o evento concedeu a acadêmicos e especialistas a oportunidade de conhecerem a plataforma proposta in loco, uma vez que a Microsonic trouxe pela primeira vez ao país seu equipamento de demonstração. "Foi muito importante conhecermos alguns dos avanços do Japão nesta área, principalmente com a apresentação do equipamento em si. Desta forma pudemos visualizar de perto seus componentes e esclarecemos todas as dúvidas em torno deste. Parabéns a Câmara pela iniciativa" completou.

Para mais sobre a Microsonic e seus produtos e tecnologias, acesse:
http://microsonic.co.jp/index.html

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Richa apresenta na Fiesp oportunidades de negócios no Paraná


O governador Beto Richa apresentou setores e oportunidades de investimentos e negócios no Paraná para empresários paulistas na noite de segunda-feira (10/09), durante a reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A convite da entidade, Richa expôs o novo cenário econômico paranaense e detalhou o programa Paraná Competitivo.

O encontro foi acompanhado pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rommel Barion, e secretários estaduais; Luiz Carlos Hauly (Fazenda), Cassio Taniguchi (Planejamento), Jonel Iurk (Meio Ambiente), José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) e o presidente da Copel Lindolfo Zimmer. 

“Vim aqui para afirmar que o Paraná volta a ser uma terra promissora. Aqueles que quiserem investir no nosso Estado podem ter certeza que farão uma escolha adequada. O nosso governo será parceiro dos investidores”, disse o governador, que foi recebido pelo vice-presidente da Fiesp Benjamin Steinbruch. 

Falando para uma platéia formada por presidentes e diretores de indústrias, presidentes de sindicatos patronais e lideranças industriais do Estado de São Paulo o governador apresentou dados recentes da economia do Paraná. “Tivemos no ano passado o maior crescimento industrial do país com 7 %, o PIB do Paraná cresceu 4 % e temos a projeção de crescer mais 3 % este ano, o dobro da previsão do país”.

Segundo Richa, parte dos bons resultados é reflexo da abertura do atual governo ao diálogo com os empreendedores, do respeito aos contratos e da garantia de segurança jurídica. “Temos hoje no Paraná a consciência da importância do poder público trabalhar lado a lado com a iniciativa privada para garantir investimentos que geram emprego e renda”, acrescentou.

INFRAESTRUTURA - O governador também apresentou obras consideradas prioritárias pelo governo estadual para o desenvolvimento do Paraná. Ele citou a ampliação e modernização do Porto de Paranaguá, que receberá R$ 1 bilhão em recursos públicos e privados; construção de ramais ferroviários (Maracaju – Cascavel e Guarapuava – Paranaguá), em negociação com o governo federal.

Richa também ressaltou o trabalho realizado para a consolidação de um local para abrigar indústrias do pré-sal no Litoral do Estado, que já está recebendo investimentos privados. Ele também lembrou que a Copel desenvolve um programa para a ampliação da estrutura de fornecimento e geração de energia e o Estado iniciou um programa de investimento de R$ 840 milhões para melhorias em rodovias.

O governador também apresentou um elenco de setores considerados estratégicos para o Estado que podem receber investimentos privados. “Hoje o Paraná tem potencial para novas fronteiras de produção em biotecnologia, nanotecnologia, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, metalmecânica, equipamentos médicos e energia”, enumerou.

Richa reforçou ainda a constante busca pela modernização da gestão pública. “Queremos reduzir gastos, ampliar a arrecadação sem o aumento de impostos e dar maior transparência à administração pública”.

Benjamin Steinbruch, empresário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e do Grupo Vicunha, afirmou que o Governo do Paraná vem recuperando o ciclo de industrialização ocorrido no final da década de 1990. “O Paraná tem um potencial enorme, com qualidade de vida, agronegócio forte, indústrias e um Estado organizado”, disse. “É uma opção fantástica para investimento”, frisou.

PARANÁ COMPETITIVO – Beto Richa detalhou também o programa Paraná Competitivo, que foi criado em 2011 para reinserir o Estado na agenda dos investidores nacionais e internacionais. “Uma ação de muito sucesso que já assegurou R$ 18 bilhões e a geração de 90 mil empregos”, disse.

Entre os outros empreendimentos que receberam incentivos do Estado estão unidades da Klabin, Techint, Sadia, Volvo, Renault, Paccar, Sumitomo, Arauco, Tetra Pak, Caterpillar e dezenas outras. “O Estado está de portas abertas para receber mais investimentos”, afirmou o governador.

Ele explicou que o Paraná Competitivo assegura uma série de medidas como a dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, comércio exterior, desburocratização e capacitação profissional. “O objetivo é fortalecer as empresas paranaenses e atrair novos empreendimentos produtivos que gerem emprego, renda, riqueza e desenvolvimento sustentável em todo o estado”.

CONSELHOS – A palestra do governador Beto Richa à diretoria da Fiesp faz parte do trabalho do Governo do Estado de ampliar a divulgação das áreas e oportunidades de investimentos para o desenvolvimento do Paraná. Secretários e técnicos estão agendando participações nas reuniões mensais de alguns dos conselhos superiores e comitês da federação paulista. O trabalho é coordenado pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, em parceria com a Fiep.

No final de agosto, o secretário do Meio Ambiente, Jonel Iurk, esteve no Conselho de Meio Ambiente. No início de setembro o técnico da Secretaria da Agricultura, José Tarciso Fialho, participou do Comitê de Agronegócio.

Nesta semana está agendada a participação do presidente do Tecpar, Júlio Félix, e o coordenador do Fundo Paraná, Gerson Koch, no encontro mensal do Conselho de Inovação e Competitividade. Também já há negociações com a Fiesp para a presença paranaense em outros encontros dos conselhos e comitês como de Infraestrutura e de Comércio Exterior.

FIESP - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a maior entidade de classe da indústria brasileira. Representa cerca de 130 mil indústrias de diversos setores, de todos os portes e das mais diferentes cadeias produtivas, distribuídas em mais de 130 sindicatos patronais.

Fonte: AEN