Translation Support

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Participe do BONENKAI 2012 da Câmara!

Clique para ampliar

Com sorteio brindes, muita alegria e descontração, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná tem a honra de convidá-lo para participar do Bonenkai 2012, nosso tradicional jantar de fim de ano!

Data: 13/12/2012 (quinta-feira) 
Horário: 19h30
Local: Salão de Festas do Restaurante Bimy’s
Rua 24 Maio, 765, Rebouças, Curitiba, PR 
*Anexo ao Hara Palace Hotel (estacionamento próprio - acesso pelo Mercadorama)
Valor: R$50,00 (incluso cerveja e refrigerante)
Traje: Esporte Fino
É possível adquirir ingressos na hora: sim

Compras antecipadas via depósito bancário:

Banco do Brasil
Ag: 1244-0
Cc: 12.265-3
Cnpj: 77.995.413/0001-88
Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná
Valor: R$50,00 (incluso cerveja e refrigerante)

Ao confirmar o depósito através do envio do comprovante para o e-mail camarabrasiljapao@hotmail.com / ccibj@ccibj.com.br, nós garantimos sua participação através de reserva.

Favor confirmar presença até o dia 10/12 pelo telefone: (41) 3362-3663 
Ou via e-mail: ccibj@ccibj.com.br

Participe!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Companhia japonesa pede autorização para aumentar a conta de luz


Uma companhia de energia elétrica que abastece a região oeste do Japão solicitou ao governo nacional que aprove um aumento médio de 11,88% na tarifa que cobra de domicílios. Argumenta ser necessário cobrir gastos resultantes da suspensão do funcionamento de usinas nucleares.

O presidente da Companhia de Energia Elétrica de Kansai, Makoto Yagi, entregou segunda-feira o pedido à Agência de Recursos Naturais e Energia do Japão. A empresa planeja reajustar a tarifa a partir de abril.

Yagi explicou à agência que a sua empresa também analisa um possível aumento médio de 19%, a partir de abril, na tarifa que cobra de empresas com grande consumo de eletricidade. O esquema tarifário para grandes usuários está liberado e não exige aprovação do governo.

Yagi afirmou que a sua empresa esforça-se para racionalizar a administração, mas não lhe resta alternativa além de repassar aos usuários os custos crescentes do combustível que utiliza em usinas termoelétricas.

Todas as usinas nucleares do Japão suspenderam a sua operação para inspeções de segurança após o acidente de Fukushima, no ano passado. Desde então, voltaram a funcionar apenas dois reatores, ambos pertencentes à Companhia de Energia Elétrica de Kansai.

Se for aprovado, o reajuste para os domicílios será o primeiro aumento de monta nas tarifas da empresa em 33 anos.

Fonte: NHK

Japão e Canadá negociam Acordo de Parceria Econômica


Na segunda-feira, em Tóquio, o Japão e o Canadá começaram as negociações de cinco dias a respeito de um Acordo de Parceria Econômica. 

O comércio entre os dois países chega a mais de 20 bilhões de dólares anualmente. O Japão exporta principalmente carros e equipamentos eletrônicos para o Canadá. 

Os representantes japoneses da área comercial pedirão aos canadenses que eliminem ou reduzam as tarifas sobre os produtos industrializados japoneses. Além do corte de tarifas, os japoneses querem assegurar suprimento estável de carvão e gás de xisto provenientes do Canadá. 

O Canadá provavelmente pedirá ao Japão que reduza ou elimine as tarifas sobre produtos agropecuários, incluindo trigo e carne suína. Espera-se que os representantes japoneses tomem uma posição de precaução para prevenir possíveis danos aos agricultores do país.

Fonte: NHK

Partidos políticos do Japão revelam promessas de campanha eleitoral


Partidos políticos do Japão deverão anunciar até o fim desta semana os compromissos de campanha que usarão na eleição para a Câmara Baixa do Parlamento, a se realizar em 16 de dezembro.

Presidentes dos partidos já começaram a pedir o apoio dos eleitores com a aproximação do início da campanha oficial, no dia 4.

O Partido Liberal Democrático - maior legenda de oposição - anunciou seus compromissos de campanha na semana passada. Entre eles, estão ousadas medidas de afrouxamento monetário para dar fim à deflação e à valorização do iene, com a perspectiva de modificar a lei que regulamenta o funcionamento do Banco do Japão.

O Partido Democrata - maior sigla governista - planeja anunciar a sua plataforma eleitoral na terça-feira. A agremiação política diz que buscará meios de fechar todas as usinas nucleares do Japão até a década de 2030.

Entre as principais questões esperadas para os debates da campanha eleitoral estão medidas de estímulo monetário e outras relacionadas à energia nuclear. Também deverá ser dada ênfase à possível participação do Japão nas negociações de livre-comércio para a Parceria Transpacífica, assim como a questões diplomáticas e de segurança nacional em meio ao estremecimento dos laços com a China e a Coreia do Sul.

Fonte: NHK

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Minutas revelam que Banco Central apoiou emissão de declaração conjunta com o governo para combater a deflação


O governo japonês e o Banco do Japão tomaram a medida fora do comum no mês passado, de emitir uma declaração conjunta a fim de enfatizar a determinação, partilhada por ambos, de lidar com os atuais problemas econômicos do país.

Minutas da reunião de outubro, da diretoria de políticas do Banco Central do Japão, revelam que o presidente do banco, Masaaki Shirakawa, apoiou a emissão da declaração conjunta com o governo central japonês.

Shirakawa propôs que o Banco Central e o governo definam claramente os seus papéis no combate à deflação.

No entanto, alguns membros da diretoria do banco manifestaram receios de que tal documento possa por em dúvida a autonomia do Banco Central.

O ministro japonês da Economia e de Políticas Fiscais, Seiji Maehara, também participou da reunião. Ele disse que uma declaração conjunta seria um passo importante rumo ao fim de mais de uma década de deflação.

Fonte: NHK

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Visitas à Câmara: Tama Home Co., Ltd.

Na tarde desta quinta-feira, 22, o presidente da câmara japonesa de comércio do Paraná, Yoshiaki Oshiro, recebeu na sede da entidade,  Fumihiko Masuda, diretor da empresa japonesa Tama Home Co., Ltd. 

Fundada em 1998, a empresa, sediada em Tóquio, atua nos segmentos da construção civil, arquitetura, compra e venda de imóveis e seguros, contando com mais de 225 showrooms e 11 filiais no Japão. 

Segundo Masuda, a visita, de cunho institucional, teve o propósito de apresentar à entidade o portfólio de atividades da empresa, que atualmente estuda uma eventual imersão no mercado brasileiro.

Também participaram da reunião: Laura Tamaru (assessora do Deputado Federal Luiz Nishimori), Kazuo Matsuda (representante da Nan Bei Kou Ryuu) e Fujio Takamura (diretor da Câmara).

Para mais, acesse:
http://www.tamahome.jp/index.html 

Partidos minoritários oposicionistas podem formar aliança no Japão


Dois pequenos partidos oposicionistas que são contra a energia nuclear no Japão iniciaram as negociações para formar uma aliança à frente da eleição da Câmara Baixa, que ocorre no próximo mês.

A representante Akiko Kamei anunciou que seu partido Midori no Kaze, da ala ambientalista, pode vir a se unir na próxima eleição geral ao partido Kokumin no Seikatsu ga Daiichi, que defende que a vida da população seja prioridade.

Os dois partidos também estão buscando a cooperação da governadora Yukiko Kada, da província de Shiga. Eles querem combinar todas as forças políticas que se opõem ao uso da energia nuclear. Alguns membros dos partidos que estão negociando disseram que, se ela formar um novo partido, eles a seguiriam.

Kamei afirmou que o Midori no Kaze e o Kokumin no Seikatsu ga Daiichi estão buscando meios de cooperar na eleição enquanto permanecem como duas entidades distintas.

Fonte: NHK

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Conselho de Assuntos Tributários define medidas contra Resolução nº 13 do Senado


O conselho temático de Assuntos Tributários da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) indicou nesta segunda-feira (19) qual deverá ser o posicionamento da federação em relação à Resolução nº 13/2012 do Senado Federal, que modifica a alíquota do ICMS para 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas do exterior, a partir de 1º de janeiro de 2013.

A medida, que surgiu com objetivo de combater a “guerra fiscal” entre os Estados, desperta receio entre especialistas da área do direito tributário, pois traria insegurança jurídica aos investidores externos e aumentaria o custo operacional das empresas para a adaptação no tempo previsto.

Segundo o coordenador do conselho da Fiep, José Fernando Dillenburg, duas ações deverão ser encampadas pela federação para minimizar os efeitos negativos desta medida. A primeira será uma interlocução com o governo do Paraná para antecipar possíveis reações da Receita Estadual à Resolução do Senado. “Temos que saber qual será a postura do Estado em face à nova legislação”, afirmou Dillemburg. O ponto de interesse é saber qual o percentual do ICMS cobrado nas operações interestaduais que poderá ser usado como incentivo fiscal. Outra medida da federação será uma pressão junto ao Senado para que a entrada em vigor da medida seja postergada.

Na opinião do advogado tributarista advogado Monroe Olsen, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), que durante a reunião do conselho realizou uma apresentação sobre o tema, a resolução criaria um clima de insegurança jurídica, afastando investidores externos que buscam o Brasil. Além disso, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), impetrada pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, questiona a Resolução do Senado, que deverá analisada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro ponto destacado pelo especialista foi o custo operacional desta medida para o empresariado. Segundo ele, com a resolução entrando em vigor em janeiro, não haverá tempo hábil para as empresas se prepararem. “É algo absurdamente custoso para as estruturas empresariais”, disse. “Algo que seria um remédio para acabar com a guerra fiscal é um veneno para as empresas”, comparou.

Simplificação – Outra ação do conselho de Assuntos Tributários da Fiep anunciada nesta segunda-feira (19) foi a criação de um grupo de trabalho formado por técnicos e especialistas em assuntos tributários com objetivo de discutir a “Simplificação tributária”, ou seja, a criação de uma proposta factível a ser apresentada às autoridades competentes e à população como alternativa ao atual sistema tributário brasileiro, considerado o mais complexo do mundo.

O resultado deste trabalho será transformado no conteúdo da quarta cartilha da campanha “A Sombra do Imposto”, que já distribuiu mais de 2 milhões de exemplares. “Queremos apresentar nesta quarta cartilha uma proposta para a população na área tributária”, declarou Dillemburg.

Fonte: Fiep

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Bilionário Hiroshi Mikitani, da Rakuten, investe para ultrapassar a Amazon

Com uma taça de vinho tinto na mão, Hiroshi Mikitani bate papo com uma roda de executivos de tecnologia do Vale do Silício em uma festa ostentosa para o Pinterest, uma das startups mais quentes nas mídias sociais. É metade de agosto, e o Pinterest alugou um antigo depósito no centro de São Francisco, no qual pendurou luzinhas para iluminar os cento e poucos investidores e parceiros importantes, ansiosos por saber sobre alguns dos novos recursos do site.

Uma moça de cabelos compridos segurando uma pilha de folhetos aborda o japonês, que está de terno cinza, camisa social e sem gravata. “Olá”, diz a moça, entregando-lhe um folheto com desconto de 15% na loja on-line dela.

“O que você faz?”, pergunta Mikitani. Katy Tanis conta que é designer de roupas infantis e “obcecada pelo Pinterest”.

Ela faz uma pausa. “E você?”

“Nós trabalhamos com comércio eletrônico no Japão e nos Estados Unidos”, responde Mikitani de forma despreocupada. Ele beberica o vinho e Tanis segue em frente, sem saber que conheceu o bilionário que administra a Rakuten, maior empresa de comércio eletrônico do Japão, que recentemente liderou um investimento de US$ 100 milhões no Pinterest.

Por trás da conduta calma de Mikitani está um dissidente da cultura corporativa japonesa de 47 anos que possui planos globais quase exorbitantes. Seu patrimônio é de cerca de US$ 6 bi- lhões, graças, em grande parte, a seus 44,7% de participação na Rakuten. Ele diz que um dia ela será a maior empresa de serviços via internet do mundo, um mercado abrangente de empréstimos por cartão de crédito, móveis, viagens e filmes por streaming. Isso o coloca contra empresas como Google e Apple, mas seu alvo real estava estampado em uma camiseta que ele deu a um editor de livros em um evento recente em Tóquio. Dizia apenas “Vencer a Amazon”.

Missão difícil. A Amazon é um colosso: US$ 48 bilhões em receitas, US$ 111 bilhões em capitalização de mercado e mais de 100 milhões de visitantes por mês. Comparada a isso, a Rakuten é minúscula. Ela registrou um prejuízo de US$ 14,2 milhões no exercício fiscal de 2011 sobre uma receita de US$ 4,9 bilhões, devido a uma despesa de US$ 600 milhões em sua atividade de cartões de crédito no Japão causada por uma mudança nas regras locais de empréstimo. Seus sites de comércio eletrônico fora do Japão estão abaixo até do segundo lugar em seus mercados. Sua incursão na China fracassou. Enquanto as ações da Amazon dispararam, as da Rakuten não chegaram a triplicar nos 12 anos desde sua abertura de capital, e caíram 10% neste ano.

Mesmo assim, os colaboradores acreditam no homem a quem chamam de Mickey. Os cerca de 10 mil funcionários da Rakuten sintonizam fielmente as transmissões de dez minutos que ele faz em reuniões que envolvem toda a empresa às terças-feiras. Ele publicou dois livros no Japão exaltando os princípios que seus funcionários devem adotar a cada dia. Esses princípios incluem aprimoramento constante, satisfação dos clientes e “Rapidez!! Rapidez!! Rapidez!!”. A Rakuten não contrata pessoal de limpeza; os colaboradores arrumam a sede de Tóquio para, segundo Mickey, “voltarmos ao básico”. O crescimento e os modos iconoclastas da Rakuten garantiram a ela o sétimo lugar na lista FORBES de Empresas Mais Inovadoras do Mundo deste ano.

A Rakuten não fornece previsões de faturamento nem de lucro, mas a empresa de pesquisa RetailNet Group calcula que o valor bruto das vendas da companhia aumentará de US$ 18 bilhões este ano para US$ 27 bilhões até 2016, mantendo uma taxa de crescimento anual de 12,2% e a posição da Rakuten de terceira maior empresa mundial de comércio eletrônico, atrás da Amazon e da chinesa Taobao. Grande parte desse crescimento virá das ondas de compras de Mikitani.

Nos últimos dois anos, ele absorveu uma série de empresas estrangeiras, pagando US$ 250 mi­lhões pela norte-americana Buy.com, US$ 38 mi­lhões pela britânica Play.com e US$ 315 milhões pela empresa canadense de leitores eletrônicos Kobo. O investimento no Pinterest, uma rede social com 20 milhões de usuários que atraem tráfego para toda a web, é uma parceria estratégica. Mikitani vislumbra que os usuários das galerias do site, que rolam sem parar, acabarão por “pinar” imagens usando uma identificação da Rakuten, que é como um número de conta do iTunes e já é usada por 80 milhões de japoneses.

O acordo com o Pinterest mostra a maneira diferente pela qual Mikitani atua no comércio eletrônico em comparação com a Amazon. Ele quer que os usuários naveguem por seus sites por gostarem, e que as compras venham como consequência. Mikitani denomina isso de “compras por descoberta”.

Outro aspecto que a diferencia da Amazon, com seu foco em agradar aos clientes, é que a Rakuten se concentra em agradar aos comerciantes. Seus 40 mil vendedores anunciam de tudo, desde chocolates até ingressos para shows, e pagam à Rakuten um aluguel mensal de US$ 630, em média, e uma comissão de 3% sobre as vendas. Ela emprega 500 consultores de comércio eletrônico, que dão assessoria gratuita em marketing, operações e contratações. Os comerciantes podem customizar suas frentes de loja e comunicar-se diretamente com os clientes, para que estes sintam que estão lidando com gente de verdade. Ele acha que uma visita à Amazon ou ao eBay tem mais a ver com a busca de algo barato e prático. Mikitani não vê sua ambição de derrubar a Amazon como algo tão despropositado. A internet é um lugar fluido, e o comércio eletrônico ainda está na infância, apesar de existir há quase duas décadas. Apenas 18% das empresas dos países da OECD se preocupam em vender on-line.

Mikitani tem como meta expandir de dez para 27 países em cinco anos e obter 70% das vendas fora do Japão, partindo dos 10% atuais. “Precisamos crescer de maneira agressiva, global”, afirma.

O empresário foi criado na cidade portuária de Kobe, no Japão, em uma família imersa no mundo dos negócios e no meio acadêmico. Seu avô ajudou a fundar a fabricante de câmeras Minolta, e seu pai foi professor de economia e lecionou em Yale. Quando papai dava aulas nos Estados Unidos, o jovem Mikitani ia a reboque, e quem o conhece diz que essa exposição à América plantou as sementes de suas ambições globais. Exímio tenista, Mikitani estava prestes a se tornar profissional quando, em vez disso, aos 25 anos de idade, entrou no Industrial Bank of Japan (IBJ), que já foi um dos maiores bancos do mundo.

O IBJ selecionou-o para fazer um MBA em Harvard em 1991. Uma das primeiras coisas que ele notou foi que os americanos respeitavam os empreendedores muito mais do que os japoneses. Ele se formou em 1993 e voltou às atividades bancárias de investimento, debatendo-se com sua lealdade ao IBJ. Então, em janeiro de 1995, veio o forte terremoto de Kobe, que matou milhares de pessoas, inclusive um casal de tios e alguns amigos de Mikitani. Foi uma dura lição sobre a fragilidade da vida.

Um ano depois, ele saiu do banco e abriu sua própria empresa de consultoria; depois fez decolar uma pequena empresa de comércio eletrônico, muito provavelmente para ajudar o Japão e Kobe na reconstrução pós-terremoto. Mikitani e uns poucos jovens cofundadores colocaram no ar seu pequeno portal de compras on-line em maio de 1997, com US$ 250 mil de recursos próprios, sem capital de risco. O site começou com 13 lojas, a maioria de propriedade de amigos de Mikitani. Para incluir mais lojas, ele e outros colaboradores visitavam comércios familiares, muitas vezes fazendo flexões fora da loja para poderem entrar sem fôlego e cobertos de suor. A ideia é que os céticos donos de loja confiariam mais em um cara comum, trabalhador, do que em um vendedor vestindo um terno bonito.

A operação de sedução funcionou. No segundo ano, 320 comerciantes haviam se inscrito na Rakuten Ichiba (ichiba significa “mercado”). Até o fim de 1999 já eram 1.800, de acordo com artigo recente da revista Wired. E o lucro havia chegado a US$ 1 milhão sobre vendas de US$ 5,5 milhões, segundo o livro Executive Strategy, de 2001, que usou a Rakuten como estudo de caso. Ela tinha uma margem de lucro saudável (para uma empresa de comércio eletrônico), de 17%. E estava obtendo 80% de sua receita a partir de comissões sobre vendas e taxas de filiação, enquanto 10% vinham de publicidade e 10% de leilões. Seu modelo de negócios funcionava especialmente bem no Japão, onde as lojas físicas aumentam muito o preço dos produtos para compensar a onerosa distribuição por atacado. Os produtos vendidos on- line são quase sempre mais baratos. Uma faixa de quimono que custa US$ 1.300 na Kyoto Kimono Ichiba saía por apenas US$ 130 na loja do varejista na Rakuten.

No início dos anos 2000, a Rakuten começou a comprar outras propriedades da internet, incluindo uma corretora do Credit Suisse First Boston em 2003 e 22% do site de turismo Ctrip.com em 2004, por US$ 109 milhões. No ano seguinte, a Rakuten pagou US$ 425 milhões pela LinkShare, uma rede de publicidade on-line que alegava estar ligada a 2% das transações de comércio eletrônico nos Estados Unidos. Segundo sua cofundadora Heidi Messer, a LinkShare tinha várias propostas, mas escolheu a de Mikitani porque seus colegas gostaram do foco global da Rakuten.
Mikitani passou os anos seguintes expandindo para outros setores no Japão, entre os quais os de viagens, cartões de crédito, mídia, esportes e ações. Então, em março de 2010, após uma semana de deliberação, ele chocou os funcionários ao anunciar a “inglesificação”, uma regra segundo a qual todos deveriam aprender inglês em dois anos, ou correriam o risco de demissão ou rebaixamento de cargo.

Contudo, o histórico de sucesso e a legião de fãs radicais de Mikitani mascaram inúmeros problemas. A Rakuten fracassou em sua incursão na China, onde lançou o Lekutian, fechado este ano. “Nós poderíamos ter feito melhor”, admite Mikitani, acrescentando em seguida: “Mas a maior parte das coisas foram fatores específicos da China”.

De volta a São Francisco, ele ainda circula pela festa do Pinterest. Quando vê Ben Silbermann, jovem fundador do Pinterest, ele se aproxima sorrindo. “Muito obrigado por vir!”, diz Silbermann, antes de mostrar algo a Mikitani em seu iPhone. O investidor japonês dá boas risadas. Os dois se comportam como amigos íntimos. Neste ano, Mickey está passando um mês no Vale do Silício e chega a fazer seis reuniões por dia. Ele precisará voltar com muito mais frequência se acha que vai avançar sobre a Amazon, quanto mais ultrapassá-la.

Fonte: Forbes

Operações do BNDES no Paraná crescem acima da média nacional


O número de operações de crédito realizadas pelo BNDES nos primeiros nove meses de 2012 cresceu no Paraná acima da média nacional. Entre janeiro e setembro deste ano foram realizadas 91.012 operações no Estado, contra 71.369 feitas em 2011, marcando variação positiva de 28%. No plano nacional, esta variação foi de apenas 19%.

De acordo com o levantamento do banco na semana passada, neste período também cresceu acima da média nacional o volume de desembolso para as indústrias paranaenses, que saltou de R$ 1,8 bilhão em 2011 para R$ 2,5 bilhões em 2012, um crescimento de 39%. No cenário nacional, este variação foi de 18%.

Na avaliação do consultor técnico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) na área de captação e fomento, Eduardo Kossovski, estes resultados refletem a atuação de entidades como a Fiep, que trabalham para difundir entre os empresários do Estado as ferramentas de crédito disponíveis no mercado.

Dentre as ações empreendidas pela Fiep para facilitar o acesso das empresas às linha de financiamento do banco, estão os seminários de crédito promovidos pela federação em diversas regiões do Estado. Nestas reuniões são apresentadas aos empresários as melhores opções de crédito do mercado e as formas de acessá-las.

Outro fruto deste trabalho é a capilaridade de ferramentas de crédito para o empresariado como o Cartão BNDES, que este ano atingiu a marca de 100% dos municípios do Paraná beneficiados pela ferramenta.

Fonte: FIEP

Usina termelétrica da Copel recebe comitiva da Câmara


Durante esta terça-feira, 20, o diretor da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Fujio Takamura, acompanhou os representantes da empresa japonesa Yokogawa Electric Corporation em visita a Usina Termelétrica da Copel, localizada em Araucária, região metropolitana de Curitiba.

A visita, de caráter técnico e institucional, teve por objetivo apresentar aos japoneses a infraestrutura da usina, considerada o primeiro empreendimento da Copel a empregar gás natural para geração de energia elétrica.

Com mais de 480 megawatts de potência, a usina representa mais uma alternativa de abastecimento de energia à população paranaense.

De acordo com Takamura, este atendimento faz parte do suporte que a Câmara se propõe. "Desde o ano passado, nossa entidade tem promovido o intercâmbio de tecnologias japonesas no setor de energia com o governo e empresas locais, auxiliando empresários japoneses a estabelecerem uma agenda construtiva no Paraná. Esperamos que as reuniões realizadas hoje tenham sido satisfatórias para ambos lados" finalizou.

Agradecimentos

Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos representantes da Copel, Carlos Vieira, Marcos de Freitas e Pedro Augusto Vieira que nos atenderam gentilmente durante a visita.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cônsul Geral do Japão despede-se do Paraná


O cônsul geral do Japão em Curitiba, Noboru Yamaguchi, esteve nesta segunda-feira (19/11) no Palácio Iguaçu, para despedir-se do governador Beto Richa. No próximo dia 31, ele deixa o cargo que ocupou por dois anos. “Fiz questão de, antes de retornar ao Japão, agradecer ao governo do Paraná pela grande parceria que formamos”, disse Yamaguchi. 

Acompanhado pelo cônsul adjunto, Takahiro Iwato, deputado federal Luiz Nishimori, pelo presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, pelo coordenador da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Rui Hara, pelo vereador Jorge Yamawaki, e pelo Chefe de Gabinete da Secretaria Estadual do Planejamento, Paulo Base, Yamaguchi  citou exemplos do bom relacionamento com o governo, principalmente na atração de empresas japonesas ao estado, como a Sumitomo Rubber, fabricante de pneus e a Hamaya do Brasil, de reciclagem de resíduos eletrônicos.

O presidente da Câmara, Yoshiaki Oshiro, relata ao governador Beto Richa a realização de trabalhos 
conjuntos com o governo japonês na atração e mediação de empresas japonesas ao Paraná

O cônsul também lembrou a participação do governador Beto Richa na promoção do Jogo da Solidariedade, que em abril do ano passado arrecadou R$ 369 mil doados para as vítimas das enchentes do litoral do Paraná e do terremoto/tsunami no Japão. A partida, realizada em Curitiba, reuniu jogadores de futebol, como Zico, Romário, Dunga, Evair, Careca, entre outros, na qual somente a Câmara foi responsável pela arrecadação de cerca de R$18 mil junto as empresas associadas.

O governador disse que sente uma admiração pessoal pelo Japão, principalmente pela contribuição de imigrantes do país para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. “O Paraná agradece seu empenho para trazer investimentos ao Estado. O Japão foi e será um grande parceiro na gestão”, disse Richa ao cônsul. 

O governador entregou a Noboru Yamaguchi uma carta de agradecimento e uma gravura do artista curitibano Poty Lazzarotto.

Fonte: Governo do Estado
Trechos: CCIBJ do Paraná

Cônsul Geral do Japão para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Noboru Yamaguchi, é nomeado Cidadão Honorário de Curitiba


O vereador João do Suco dá início a Sessão Solene que entregou o título de Cidadão Honorário de Curitiba 
ao Cônsul Geral do Japão, Noboru Yamaguchi

A comunidade nipo-brasileira de Curitiba compareceu em peso à sessão solene desta segunda-feira (19), no plenário da Câmara Municipal, para a entrega do título de cidadão honorário ao cônsul-geral do Japão para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Noboru Yamaguchi. Representando o governador Beto Richa, o secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, prestigiou o evento.

O autor da homenagem, Jorge Yamawaki (PSDB), foi o anfitrião da solenidade, que contou, ainda, com as presenças do presidente da Casa, João Luiz Cordeiro (PSDB) – João do Suco; do presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, e do cônsul-geral da República das Filipinas, Kiyoshi Ishitani.

O diplomata Noboru Yamaguchi assumiu o posto em Curitiba como Cônsul-Geral do Japão para a região sul do Brasil, no dia 23 de outubro de 2010, e estará se desligando no dia 21 de novembro de 2012. Esta é a quinta passagem em missão pelo Brasil. O diplomata que irá substituir o Cônsul-Geral é Yoshio Uchiyama.

De acordo com o vereador, a aprovação do projeto de lei que concede a cidadania curitibana à Noboru Yamaguchi foi unânime, o que reforça a importância de sua contribuição ao desenvolvimento da capital e ao fortalecimento das relações entre o Paraná e o Japão. “Ele exerce papel fundamental na promoção de investimentos de empresas estrangeiras no estado”, frisou.

O crescimento do investimento japonês na região Sul do país, e em especial em Curitiba, também foi lembrado pelo cônsul, ao fazer seu agradecimento na tribuna. Segundo Noboru Yamaguchi, hoje, cerca de 20 empreendimentos japoneses estão instalados na região da capital e de Ponta Grossa.

Para ele, isso é o resultado do intercâmbio comercial e cultural e da colaboração tecnológica entre as duas nações. Mas o aspecto econômico foi apenas um detalhes lembrado por Yamaguchi. Emocionado com a homenagem, o cônsul-geral fez questão de agradecer pela receptividade dos curitibanos e lembrou o apoio e a solidariedade dos paranaenses ao Japão, quando o país sofreu com o terremoto de março de 2011.

“As relações de vida e de mundo estão cada vez mais estreitas, o senhor saiu do outro lado do mundo para prestar serviços à nossa cidade. Tenho certeza que Curitiba está crescendo, tendo como cidadão curitibano o senhor”, ressaltou João do Suco, ao parabenizar o homenageado pelos serviços prestados à capital.

Outras presenças

Também prestigiaram a sessão solene desta segunda o vereador Professor Galdino (PSDB), o diretor geral da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Rui Hara; o superintendente do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, Omar Sabbag Filho; o secretário municipal de Relações Institucionais, Jorge Luiz de Paula Martins, e o cônsul honorário da República do Chile, Luis Celso Branco.

Fonte: CMC

Câmara no I Seminário Nacional dos Fóruns Estaduais das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte


Ricardo Barros, secretário de estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul
em seu discurso de abertura

Foi realizado entre os dias 19 e 20 de novembro na FIEP, o I Seminário Nacional dos Fóruns Estaduais das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, idealizado pela Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais - Conampe e que contou com a participação de membros da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná.

Contando com o apoio da Secretaria do Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul - SEIM,  o seminário reuniu representantes da União, Estado e municípios, iniciativa privada, federações, sindicatos, associações e de outras entidades para trocar experiências e debater ações para o fortalecimento do setor.

Os fóruns estaduais são as instâncias governamentais competentes para cuidar dos aspectos não-tributários relativos ao tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas e empreendedores. São formados por representantes dos poderes públicos municipais, estadual e federal, federações, associações, iniciativa privada e outros. O Fórum paranaense é um dos pioneiros, considerado referência nacional e utilizado como modelo por outros estados.

Gestão

A abertura foi marcada também pela palestra do consultor Maro Aurélio Vianna, especialista no setor de Mpe’s. Vianna, que trabalha há décadas como consultor de empresas, é enfático em classificar a capacidade de gestão como uma das principais ferramentas para o sucesso dos empreendedores. “A capacidade de gestão dá flexibilidade ao empresário para enfrentar as mudanças do mundo moderno”, afirma.

De acordo com Vianna, o Brasil apresenta atualmente as maiores taxas de crescimento do empreendedorismo no mundo. “Eventos como este sediado no Paraná são fundamentais para debater ações para o fortalecimento do setor, seja pela sua própria força, seja pela competitividade ou pelo nível de excelência”, diz.

Participaram da abertura do seminário o senador Sérgio Souza; Pedro Rigo, da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Espírito Santo; Norbert Heinze, do Conselho da Micro e Pequena Empresa da Fiep; Luiz Claudio Romanelli, secretário do Trabalho, Emprego e Economia Solidária; Darci Piana, presidente da Fecomércio; Ardisson Akel, presidente da Jucepar; Jonas Bretão, presidente da Fampepar; e Mirian Gonçalves, vice-prefeita eleita de Curitiba, entre outras lideranças nacionais e regionais.

Fonte: AEN

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Diretor do Iwata Shinkin Bank reúne-se com presidente da Câmara e Cônsul Geral do Japão

Esta semana o Cônsul Geral do Japão para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Noboru Yamaguchi, acompanhado pelo presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, recebeu a visita de Yuma Nagai, diretor do Iwata Shinkin Bank, do Japão.

Fundado em 1950, contando com 598 funcionários em 33 agências espalhadas por todo o Japão, o banco é conveniado desde 2006 à Caixa Econômica Federal, auxiliando milhares de dekasseguis a expatriarem seus investimentos no Brasil, sobretudo mediando operações de câmbio.

Sediado na cidade de Iwata, localizada na província de Shizuoka,  o mesmo realiza há cerca de 2 anos missões empresariais do Japão ao Paraná em parceria do Sebrae e entidades congêneres, como a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná.

A visita teve por objetivo discutir a atual situação dos dekasséguis no Japão, que passam por um momento delicado em virtude do pessimista momento em que se insere a economia do país. 

Segundo o presidente da Câmara, Oshiro, a reunião trouxe resultados positivos. "Foi muito importante contarmos com o feedback do Sr. Nagai nesta reunião, pois o banco situa-se numa região que conta com mais de 18 mil brasileiros e desempenha um papel fundamental no fortalecimento das relações bilaterais Brasil-Japão. Desta forma, o mesmo pôde nos transmitir com fidelidade a realidade destes brasileiros, além de expor ideias de como podemos trabalhar em conjunto a fim de auxiliarmos incisavamente na re-inserção destes dekasseguis na economia local" finalizou Oshiro.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

NTT Data abre centro de software no Brasil e projeta dobrar negócios


Pouco mais de um ano depois de chegar ao Brasil, a NTT Data, empresa de serviços de tecnologia da informação (TI) do grupo japonês NTT, inaugurou em Curitiba seu primeiro centro de desenvolvimento no país. A unidade ficará concentrada no atendimento local. Projetos internacionais não estão nos planos. O investimento na estrutura não foi revelado.

A NTT Data reúne 800 profissionais no Brasil, divididos entre Curitiba e os escritórios de São Paulo e do Rio. A expectativa é que o número dobre em até dois anos. A NTT Data chegou ao país no ano passado, com a aquisição da italiana Value Team, que tinha uma operação local com 600 pessoas e receita de US$ 60 milhões. No começo do ano, a NTT Data incorporou a Total Systems, especializada no segmento financeiro, que tinha 200 pessoas. Hoje, a NTT Data tem 50 clientes no Brasil.

Segundo Angelo Mazzochi, responsável pela operação no país, a maior parte dos contratos é com empresas locais. Os principais segmentos de atuação são telecomunicações, finanças e manufatura. Sob a estratégia de crescimento no Brasil, a companhia pretende disputar espaço principalmente com as empresas de serviços de capital nacional, de acordo com Thomas Balgheim, que comanda as operações na Europa, no Oriente Médio, na Ásia e na América Latina.

Entre as oportunidades que a companhia pretende explorar está a área de pagamentos móveis. Com um projeto de lei para regulamentar o serviço no país, o governo brasileiro pretende criar uma espécie de câmara de compensação para intermediar as transações entre operadoras e bancos. De acordo com Balgheim, a NTT Data administra uma estrutura semelhante no Japão e pode fazer isso no Brasil. Em outra frente, o executivo destacou que a companhia pode conquistar clientes como a montadora BMW, que acaba de anunciar a construção da uma fábrica no Estado de Santa Catarina. A montadora é um dos maiores clientes globais da companhia de serviços de TI.

A NTT Data é a sexta maior do mundo em sua área de atuação, atrás de IBM, Hewlett-Packard (HP), Fujitsu, Accenture e CSC, segundo a empresa de pesquisa Gartner. No ano fiscal 2012, a receita global da companhia foi de US$ 15 bilhões. O resultado do Brasil é divulgado com Austrália e Índia. O bloco de países teve receita de US$ 330 milhões.

O investimento no Brasil faz parte da estratégia de expansão internacional da NTT Data. O processo, iniciado em 2008, tem como foco mercados emergentes, como a América Latina. Só na região, a companhia pretende investir US$ 1 bilhão nos próximos anos, segundo Balgheim.

O processo de expansão vem sendo feito basicamente por meio de aquisições. De acordo com o executivo, a companhia optou por comprar empresas de pequeno e médio portes, em vez de grupos maiores, para ser mais ágil e obter um relacionamento mais próximo com os clientes dos países onde pretende expandir suas operações. Sobre novas aquisições no Brasil, Balgheim afirmou que elas podem ocorrer e não descartou a possibilidade de compra de uma companhia de maior porte.

Fonte: Valor

Governo federal anuncia estudos para construção de nova ferrovia ligando o interior a Paranaguá


Bernardo Figueiredo e Edson Campagnolo, durante reunião na Fiep: alinhamento (Foto: Mauro Frasson)
O diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, anunciou nesta segunda-feira (5), na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que o governo federal vai realizar estudos de viabilidade para a construção de uma nova ferrovia ligando o interior do Paraná ao porto de Paranaguá. Segundo Figueiredo, a expectativa da EPL, estatal criada pelo governo federal em agosto para gerenciar os projetos de infraestrutura, é que a obra comece a ser executada em 2014.
O anúncio atende a uma reivindicação do setor produtivo paranaense e foi feito durante reunião do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, que congrega as principais entidades representativas do Estado. O encontro reuniu representantes da iniciativa privada, governo estadual e parlamentares da bancada paranaense no Congresso Nacional.
Figueiredo explicou que a construção de uma nova ferrovia no Paraná sempre esteve nos planos do governo, apesar de o projeto não ter aparecido entre os apresentados no lançamento do Plano de Investimentos em Logística, anunciado há três meses. “O governo nunca teve dúvidas e não precisa ser convencido de que precisamos fazer uma ligação moderna com Paranaguá. Mas como não tivemos a oportunidade de fechar com o governo do Paraná alternativas de acesso a Paranaguá, não detalhamos isso no lançamento do nosso programa de investimentos”, disse. “Agora temos uma situação boa de alinhamento, uma convergência de todo mundo em torno dos mesmos projetos”, acrescentou.
Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o anúncio de Figueiredo é uma vitória para o Paraná, que desde agosto trabalha para incluir a obra nos planos de investimentos federais. “As entidades do setor produtivo do Estado perceberam que não podiam perder tempo e, através do Fórum Futuro 10, agiram rápido para defender os interesses do Paraná”, declarou. “Agora, esse anúncio nos dá a expectativa de que, em breve, teremos os estudos, projetos e a licitação para a construção desse importante modal, que com certeza vai diminuir o Custo Paraná, tornando o nosso produto mais competitivo dentro e fora do Brasil”, acrescentou.
Campagnolo ressaltou que a nova ferrovia vai potencializar o transporte até o porto de Paranaguá. Pela ferrovia atual, construída no final do século 19, os trens descem a Serra do Mar a uma velocidade de 15 km/h. Além disso, os trilhos comportam composições de no máximo 40 vagões. O novo ramal possibilitará uma velocidade de descida quatro vezes maior, passando para 60 km/h, além de suportar composições com 80 vagões.
Cronograma
O diretor-presidente da EPL classificou a reunião do Fórum Futuro 10 na Fiep como o “primeiro dia de trabalho” para implantação da nova ferrovia que vai ligar Cascavel a Paranaguá. Segundo ele, a Valec, empresa ligada ao Ministério dos Transportes responsável pelos projetos de ferrovias, está finalizando o termo de referência para contratação dos estudos de viabilidade para esse trecho. Terminado o estudo, o governo federal quer imediatamente elaborar o projeto de engenharia para, na sequencia, iniciar a obra. “Estamos trabalhando para que no final do segundo semestre do ano que vem tenhamos o projeto em condições de ser licitado para implantação. A orientação é de trabalhar para que esse projeto tenha condição de começar a ser implantado a partir de 2014, já com a execução”, explicou. Atualmente, a Valec já trabalha no processo de contratação dos estudos de outro trecho da mesma ferrovia, que ligará Cascavel a Maracaju (MS).
Bernardo Figueiredo afirmou, no entanto, que o sucesso do projeto depende da busca por soluções para duas questões consideradas fundamentais. Uma delas é a sustentabilidade ambiental. “O primeiro passo objetivo é pacificar com os órgãos ambientais, como o Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, de que esse novo traçado é viável do ponto de vista ambiental. Essa é uma questão delicada, mas parece que o Paraná já evoluiu, com uma proposta de traçado que aparentemente pacifica essa questão”, afirmou, referindo-se ao trecho da ferrovia que passará pela Serra do Mar.
O segundo entrave é a integração da Ferroeste ao novo modelo de gestão das ferrovias que será implantado pelo governo federal. Empresa de economia mista que tem como maior acionista o governo do Paraná, a Ferroeste é hoje a responsável pela administração do trecho ferroviário entre Cascavel e Guarapuava. “No governo federal, estamos traçando quais são as alternativas. Vamos elencar as possibilidades e o governo estadual vai definir qual é a que se enquadra melhor”, afirmou Figueiredo. “O que não podemos é deixar de fazer essa ferrovia dentro do novo modelo, que é uma ferrovia aberta a qualquer tipo de usuário e com ambiente competitivo na prestação de serviço”, completou.
Norte-Sul
Na reunião do Fórum Futuro 10, Bernardo Figueiredo explicou ainda que outro projeto de interesse do Estado, o traçado do trecho paranaense da ferrovia Norte-Sul, deverá ser analisado em um segundo momento. De acordo com ele, o traçado da ferrovia que ligará Cascavel ao Rio Grande do Sul, passando por Chapecó (SC), já está definido. Mas a ligação direta entre Cascavel e Panorama (SP), reivindicada pelo setor produtivo paranaense, ainda depende de avaliação. “Precisamos estudá-la melhor. Já existe uma ferrovia que atende o Norte do Paraná. Temos que explorar as possibilidades de melhorar essa ferrovia antes de pensarmos em uma ferrovia nova”, justificou. A princípio, a EPL trabalha com a possibilidade de que essa ligação seja feita através de um ramal que desemboque na futura ferrovia entre Maracaju e Cascavel.
Guilherme Cunha Pereira, Edson Campagnolo, Darci Piana (presidente da Fecomercio), Sérgio Souza, Flávio Arns, José Richa Filho e Osmar Serraglio entregaram a Figueiredo uma carta com as demandas do Paraná
Repercussão
O anúncio feito pelo diretor-presidente da EPL deixou otimistas os integrantes do Fórum Futuro 10 Paraná. Para o coordenador do Conselho Diretivo do grupo, Guilherme Cunha Pereira, a união de esforços para inserir o projeto da nova ferrovia nos planos federais é um marco histórico para o Estado. “Alcançou-se no Paraná um consenso ímpar sobre uma das partes que é fundamental para o nosso desenvolvimento, que é a infraestrutura”, afirmou. “Tivemos discussões muito intensas e este foi um momento único para mostrar esse alinhamento”, completou.
O governador em exercício Flávio Arns destacou a importância de novos investimentos em infraestrutura para o Paraná. “Isso significa o enfrentamento de um gargalo essencial e vai nos possibilitar a oportunidade de desenvolvimento econômico e social, com todo o cuidado para a sustentabilidade ambiental do projeto”, disse.
O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, também destacou a união em torno da proposta. “Esse é um marco dentro das discussões de logística no Paraná. Demonstramos ao Bernardo Figueiredo a uniformidade de informações e de entendimento daquilo que o Paraná precisa”, declarou.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB), coordenador da bancada paranaense na Câmara Federal, disse que a reunião na Fiep tem “importância histórica” para o Estado. “As forças políticas, de produção e acadêmicas do Estado se uniram para mostrar o que se pretende no Paraná. E nós deputados demonstramos apreço a essa visão diferente do governo federal, de retornar a um modal de transporte que fortalecerá nossa competitividade”, disse. Além de Serraglio, outros 12 deputados e o senador Sérgio Souza participaram da reunião.
Fonte: FIEP

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Medalha de Honra ao Mérito Cruzeiro do Sul é entregue ao Cônsul Geral do Japão em despedida

Cerca de 80 pessoas estiveram na noite desta terça-feira, 13, na sede da Associação Cultural e Beneficente Nipo-brasileira de Curitiba para a despedida do Cônsul Geral do Japão para a região sul do Brasil, Noboru Yamaguchi, que após dois anos de serviços prestados, retorna a Tóquio.

Contando com a participação de representantes de praticamente todas as entidades nikkeis sediadas em Curitiba, como Câmara, ABD, Bunkyo, Apaex e Nikkei Clube, o presidente da entidade, Jorge Ishii, agradeceu a presença de todos e ratificou a importância dos trabalhos realizados por Yamaguchi no último biênio. "O Cônsul Geral Yamaguchi será lembrado como um diplomata atuante que nos auxiliou em todos os setores que dizem respeito a manutenção harmoniosa da nossa cultura e identidade, através da doação de livros, equipamentos hospitalares, veículos, entre outros, seja na promoção de debates em prol da formação de novas lideranças" completou.

O presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, entrega o diploma e a medalha de Honra ao Mérito Cruzeiro do Sul ao Cônsul Geral do Japão para o Sul do País, Noboru Yamaguchi

Também convidado para discursar, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, realçou o que fora expressado por Ishii. "Não me resta dúvidas que a atuação do Cônsul Yamaguchi fora extremamente presente e de constante demanda, sobretudo no que diz respeito ao auxílio à atração de empresas japonesas ao nosso estado. Não por acaso, nos últimos dois anos duas empresas japonesas aportaram o Paraná, após um trabalho conjunto desenvolvido em parceria do governo do estado e entidades congêneres como a Câmara. Iremos sentir muito sua partida, todavia encontramo-nos confiantes que esta boa relação e os trabalhos realizados até então deverão ser mantidos e aperfeiçoados no futuro" disse.

O evento serviu também para a entrega da medalha de Honra ao Mérito Cruzeiro do Sul, título dado pela câmara japonesa de comércio do Paraná a lideranças e empresários locais que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento das relações bilaterais Brasil-Japão e/ou fortalecimento da comunidade nipo-brasileira local. Visivelmente emocionado, Yamaguchi agradeceu a todas as homenagens, afirmando em tom de descontração que o Paraná, depois do Japão, é a terra onde encontram-se as pessoas mais simpáticas e hospedeiras, e que jamais irá se esquecer desta terra que o acolheu com tamanho amor e carinho.

A medalha de Honra ao Mérito Cruzeiro do Sul entregue ao Cônsul Geral Yamaguchi 

Para o deputado estadual Teruo Kato, o trabalho desenvolvido pelo consulado nos últimos dois anos aproximou o governo japonês das colônias nipo-brasileiras espalhadas por todo o Paraná. "Sou testemunha do incansável trabalho conduzido pelo Cônsul Geral Yamaguchi junto as colônias nikkeis do estado. De Foz do Iguaçu à Londrina, suas viagens abriram um importante canal de diálogo entre o interior e o Japão, renovando os compromissos do governo japonês para com seus descendentes".

DEMAIS PRESENÇAS

Também estiveram presentes: Teichum Hiramatsu, presidente da ABD, Jorge Yamawaki, vereador, Rui Hara, coordenador da COMEC, Rui Lemes, presidente da AGINPAR, Atsushi Yoshii, presidente da A.Yoshii Engenharia, Sergio Maeoka, presidente das farmácias e drogarias Nissei, Kiyoshi Ishiani, Cônsul Geral das Filipinas, Hirofumi Nakagiri, presidente da CCM do Brasil, além de demais autoridades, empresários e lideranças.

Schin vira Brasil Kirin


Com 73 anos de existência, o grupo Schincariol — de cervejas, refrigerantes, sucos e águas — troca de nome. Desde ontem, passou a se chamar Brasil Kirin, incorporando em sua nova marca institucional a controladora japonesa. A mudança ocorre um ano depois da compra, por R$ 6,8 bilhões, da cervejaria brasileira pelo gigante japonês Kirin, dos setores de alimentos e bebidas.

Por enquanto, a empresa seguirá vendendo os mesmos produtos, puxados pelas cervejas Nova Schin e Devassa, além dos sucos Fruthos e refrigerantes e água Schin, entre outros. No entanto, a intenção é incorporar outras marcas da controladora vendidas no Japão nos próximos três anos, informou ontem o presidente da antiga Schincariol e atual Brasil Kirin, Gino Di Domenico. A troca de nome ocorre num momento em que a cerveja Devassa registra o surpreendente crescimento de mais de 50% no país em 2012 em relação a 2011.

Domenico não quis adiantar quanto o grupo pretende investir no Brasil em 2013, mas garantiu que a ampliação da capacidade produtiva de unidades já instaladas e da distribuição é certa. Este ano, os investimentos na filial brasileira foram de R$ 480 milhões. Com receita anual de R$ 6,1 bilhões, a empresa brasileira deve fechar o ano com crescimento de 12% no faturamento e de 9,9% nas vendas de cervejas, acima do avanço médio do mercado, de 3,6%. Com isso, passa a deter participação de 16,6% no volume de cervejas vendidas e de 6,83% no de refrigerante — essa última é a maior alcançada pelo grupo até hoje. A Ambev é a líder, com quase 70% do mercado.

Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Banco do Japão aumenta estímulo em meio à economia fraca


O Banco do Japão (BOJ) decidiu nesta terça-feira (30) ampliar seu programa de compra de ativos em 11 trilhões de ienes (US$ 137,6 bilhões), para 91 trilhões (US$ 1,138 trilhão), a fim de injetar liquidez ao sistema para combater a deflação e os impactos da crise global.
A instituição revisou para baixo a previsão do PIB do país, até 1,5% para este ano fiscal. O banco também decidiu por unanimidade estabelecer um marco regulatório para impulsionar sem um limite estabelecido os empréstimos a longo prazo com juros para as instituições financeiras, com o objetivo de contribuir para aumentar a demanda de crédito.
Esta é a primeira vez que o BOJ faz duas ampliações mensais seguidas de seu programa de compra de ativos desde maio de 2003, quando efetuou duas injeções destas características com o objetivo de reforçar o sistema financeiro.
A instituição afirmou que manterá sua política de flexibilização monetária até confirmar que o objetivo de atingir uma inflação anual de 1% seja possível.
Por enquanto, para este ano fiscal, o governo previu um retrocesso dos preços de 0,1%, embora acredita-se que em 2013 a inflação será de 0,4%, até chegar a 2,8% em 2014, segundo previsões semestrais.

Mais estímulos


Mas nem a linguagem mais forte do BC nem seu novo esquema conseguiram impressionar os analistas. "O problema não é a capacidade dos bancos de emprestar. O problema é a falta de demanda por empréstimos devido à deflação e à taxa de câmbio valorizada", afirmou o economista-chefe para o Japão do Bank of America Merrill Lynch em Tóquio, Masayuki Kichikawa. "Os mercados continuarão esperando mais do BOJ (banco central do Japão, na sigla em inglês)."
Como em suas reuniões anteriores, o Banco do Japão frisou hoje a incerteza que enfrenta a economia global. Por isso, além de revisar para baixo a estimativa de crescimento do PIB japonês para este ano fiscal (de 2,2% para 1,5%), previu que em 2013 este índice crescerá 1,6%, um décimo a menos do que o estimado em julho.
(Com informações de Reuters e Efe)

Mantega propõe unificação e redução do ICMS interestadual


O governo federal propôs nesta quarta-feira a unificação e redução das alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), atualmente em 12 e 7 por cento, para 4 por cento, com o objetivo de combater a chamada guerra fiscal.

A proposta, apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega a governadores, encontra resistência de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que temem a perda de arrecadação e defendem duas alíquotas padrão.

"A guerra fiscal se generalizou e há mais desvantagens que vantagens em praticá-la. É o momento de fazermos mudança no regime do ICMS porque o que mais preocupa os empresários é a falta de segurança jurídica", disse o ministro da Fazenda em entrevista coletiva nesta quarta-feira, depois de se reunir com governadores.

Segundo Mantega, a oferta indiscriminada de incentivos fiscais com base no ICMS por parte dos Estados resulta em renúncia fiscal de 100 bilhões de reais.

Pela proposta, as atuais alíquotas cairiam gradualmente em oito anos para 4 por cento.

Para compensar os Estados perdedores, o governo federal se propõe a criar um fundo de compensação com recursos do orçamento federal, cujos valores serão definidos após o cálculo das perdas a serem ressarcidas.

O governo também propôs a criação de um fundo de desenvolvimento regional, que seria utilizado para a concessão de benefícios.

Segundo o ministro, esse fundo de desenvolvimento, que começaria com 4 bilhões de reais, tem potencial para chegar em 2048 com um estoque de 43 bilhões de reais em recursos do orçamento e mais 129 bilhões de reais em recursos financeiros --empréstimos a serem concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para a Fazenda, o esforço de organização do sistema tributário do ICMS --que é um imposto estadual --, incluindo o aporte de recursos do Orçamento da União nos dois fundos propostos, é válido pelos benefícios da reorganizaçao tributária do país.

"Essa medida faz parte do esforço do governo para dar competitividade aos produtos brasileiros em um momento em que a crise internacional continua. O Brasil não pode ficar à parte, tem que reduzir o custo financeiro, tributário e de logística de modo a darmos mais competitividade para as empresas brasileiras e estimular o investimento", comentou Mantega.

A proposta do governo é intensificar as negociações com os governadores de forma que a iniciativa seja apresentada ao Congresso ainda em 2012. Mantega disse que o governo está preparado para tratar dessa proposta ao longo de 2013, para que as mudanças entrem em vigor em 2014.

Nessa tentativa de reforma, a proposta do governo abrange um acordo de convalidação a ser assinado pelos Estados. A finalidade é garantir a validade dos incentivos fiscais concedidos anteriormente de forma a evitar incertezas jurídicas sobre acertos firmados e uma onda de questionamentos judiciais.

A dificuldade do governo será conciliar os diferentes interesses dos Estados. Alguns governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste não aprovaram a proposta e pretendem negociar um meio termo, no qual sejam mantidas duas alíquotas interestaduais.

"O governo federal está querendo fazer reforma tributária às custas dos Estados", criticou o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB).

Entre os governadores que se posicionaram contra a proposta estão o de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), do Amazonas, Camilo Capiberibe (PSB), e do Ceará, Cid Gomes (PSB). Eles propõem a manutenção de duas alíquotas interestaduais padrão, de 4 por cento e 2 por cento, ao invés de apenas uma na proposta do governo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que seu Estado perderá receita e que apoiará a proposta se houver garantias jurídicas do fundo de compensação. "São Paulo perde e apoiaremos desde que haja um fundo de compensação", argumentou.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), deixou o encontro dizendo que será preciso que o governo dê garantias sobre o ressarcimento aos Estados perdedores.

"Temos que ter segurança e garantias em relação à proposta do fundo de compensação e do fundo de desenvolvimento", disse Perillo.

A discussão técnica sobre a proposta de reforma do ICMS será, a partir da apresentação desta quarta-feira, debatida pelos secretários de Estado da Fazenda e os representantes do Ministério da Fazenda.

DÍVIDA

Além de tratar sobre o ICMS, Mantega também aceitou analisar a proposta de trocar o indexador da dívida dos Estados para a taxa Selic.

Nos contratos de renegociação dessas dívidas com a União, os acordos foram firmados com correção pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), mais uma taxa de juros que varia entre 6 a 9 por cento ao ano.

Com a queda da taxa de juros, os governadores passaram a reivindicar a troca desse indexador, um pedido que a equipe econômica vai analisar.

"Hoje, o IGP-DI está um pouco fora de prumo em relação aos juros praticados na economia brasileira. Agora que praticamos juros mais baixos, o IGP-DI mais 6 por cento representará mais de 12 por cento", disse o ministro, lembrando que a Selic está em 7,25 por cento ao ano.

Ele informou ainda que a troca, se efetivamente decidida, poderá ser feita por parecer interno da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), não havendo necessidade de alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que, segundo ele, não trata desse aspecto do endividamento dos Estados.

Fonte: Reuters

Ghosn prevê Brasil como terceiro mercado global


O presidente do grupo Renault - Nissan, Carlos Ghosn, considera "muito positivo" o novo regime automotivo estabelecido pelo governo brasileiro, que prevê mais proteção para montadoras que produzem e investem no país e penalidades para quem não produz.

Ghosn disse que o Brasil é cada vez mais importante e se tornou o segundo maior mercado da Renault, após a França. Por suas estimativas, o Brasil será em breve o terceiro maior mercado automotivo do mundo, superando Japão e só ficando atrás da China e EUA.

Nesse cenário, o grupo continuará expandindo as operações no país. O executivo contou que o grupo investe € 1 bilhão na construção da nova fábrica da Nissan em Resende, no Rio de Janeiro, para produzir 200 mil carros por ano. Além de ter investido € 200 milhões na fábrica de Curitiba.

Já sobre a Europa, Ghosn prevê que somente dentro de quatro a cinco anos é que a indústria automotiva poderá se recuperar do baque sofrido atualmente. É o prazo dado também por economistas para o velho continente sair do marasmo econômico atual, marcado por queda de demanda, alto desemprego e persistentes incertezas sobre os rumos do euro.

Conforme o Deutsche Bank, em 2012 o número de novos carros registrados nos 15 principais mercados da União Europeia declinará pelo quarto ano consecutivo, caindo a seu mais baixo nivel desde 1993. Os registros serão em média 16% inferiores a média para o periodo 2000-2012. Mas é um declínio menor do que a degringolada na venda de carros leves nos EUA durante a crise em 2008/2009.

Em mercados como Espanha e Itália, as vendas caíram dramaticamente. A expectativa da indústria é de que desde que haja algum sinal de melhor recuperação econômica, as vendas se acelerem.

Para o banco alemão, a atual crise no mercado automotivo europeu é um grande desafio para as montadoras, sobretudo para os franceses e italianos, já que eles estão mais pesadamente focados nos mercados europeus. Já os fabricantes alemães se beneficiam da forte demanda de mercados como China e EUA. Cerca de 40% de toda a produção de carros alemães é exportada para fora da Europa.

Por seu lado, Ghosn rechaçou a ideia de que a baixa de preço dos automóveis nos mercados deprimidos da Europa possa ser compensada por preços mais fortes nos emergentes com demanda estável. "Não dá para aumentar preço assim e fazer esse tipo de compensação, cada mercado tem sua dinamica", retrucou.

Por sua vez, o jornal "Les Echos", de Paris, publicou ontem que os objetivos de Nissan no mercado chinês estão sendo "vitimas do nacionalismo chinês". A crise diplomática entre o Japão e a China afetou os negócios do grupo no maior mercado automotivo do mundo e faz baixar em 20% as previsões de lucros no exercício fiscal 2012-2013.

Conforme o jornal francês, Ghosn nunca escondeu que queria alcançar os gigantes General Motors e Volkswagen na China. No ano passado, a Nissan vendeu 27% a mais de carros no mercado chinês e esperava mais este ano, mas não contava com os problemas políticos entre Tóquio e Pequim.

Em todo caso, o executivo brasileiro-libanes, nascido em Rondônia, procurava demonstrar na terça-feira a noite, em Paris, um certo alívio de que a situação está voltando ao normal na região. 

Fonte: Valor

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Visitas à Câmara: JK Holdings Co., Ltd.

De rápida passagem por Curitiba, os representantes da JK Holdings Co., Ltd. Bumpei Takahashi e Shunchi Funase, estiveram nesta quarta-feira, 7, visitando a câmara japonesa de comércio do Paraná.

Na pauta, a apresentação do grupo, fundado em 1937 com sede em Tóquio e que atualmente controla 9 empresas no Japão, todas co-relacionadas a construção civil, materiais de construção e derivados, além de empréstimos imobiliários e seguros.

Contando com 5 filiais no mundo todo (China, Malásia, Estados Unidos, Rússia e Taiwan) a empresa busca no Brasil parceiros comerciais para seus produtos da área de construção civil, em especial, das suas três empresas do setor: Japan Kenzai Co., Ltd.Tsusho Co., Ltd.; e BUTSURIN Co., Ltd.

Segundo Fujio Takamura, diretor da Câmara, além da atração de indústrias japonesas, a entidade vem dando suporte também a empresas que queiram expatriar produtos no estado. "Através dos nossos parceiros da FIEP, Fecomércio/PR, Aginpar e ADP, esperamos dar sequencia aos contatos pré-estabelecidos, evitando contatos com particulares e expandindo as possibilidades" finalizou.

Para mais, acesse: