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domingo, 31 de março de 2013

Japão afirma que "não permitirá provocação" de Kim

O governo do Japão alertou ontem a Coreia do Norte a não se lançar em uma aventura militar e afirmou estar trabalhando com sul-coreanos, americanos, rus­sos e chineses para evitar que a situação saia do controle. Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo de Tóquio, Yoshihide Suga, prometeu que seu país "não permitirá uma provocação agressiva da Coreia do Norte".

O Japão e a Coreia do Sul são os principais aliados de Washing­ton no extremo leste da Ásia. Na sexta-feira, o regime de Pyong­yang ameaçou atacar alvos dos EUA na região, incluindo as ba­ses americanas espalhadas pelo território japonês. Segundo o por­ta-voz do Japão, medidas preven­tivas contra um possível ataque norte-coreano, como o aumento da vigilância aérea e naval, já fo­ram tomadas.

Na frente diplomática, o Japão está buscando uma articulação conjunta com Seul, Washington, Pequim e Moscou para evitar o descontrole da crise, disse Suga. As três últimas potências traba­lharam juntas no mês passado para aprovar uma nova rodada de sanções contra o programa nuclear da Coreia do Norte.

Fonte: O Estado de São Paulo

sábado, 30 de março de 2013

Secretário-chefe do Gabinete do Japão ressalta sinais de recuperação da economia

O secretário-chefe do Gabinete do Japão Yoshihide Suga declarou que a última pesquisa Tankan indica confiança em uma gradual recuperação da economia japonesa.

Falando com a imprensa nesta segunda-feira, Suga disse que tal expectativa é resultado de uma melhora nas condições para as exportações assim como efeito de políticas econômicas e monetárias adotadas pelo governo.

Questionado por repórteres, Suga negou que a cautela em investimentos de capital de algumas empresas indique uma nascente desconfiança do mercado em relação às políticas econômicas do primeiro-ministro Shinzo Abe, as chamadas "Abenomics".

Embora admita que alguns setores da economia ainda demonstram resultados fracos, sinais de recuperação são visíveis. Ele também declarou que o governo vai implementar a atual política econômica de maneira rápida e consistente.

Fonte: NHK

sexta-feira, 29 de março de 2013

Venda de carros novos no Japão chega a 5 milhões em 2012

TÓQUIO - Vendas de carros novos no Japão no ano fiscal de 2012 deverá atingir, pela primeira vez em cinco anos, a marca de cinco milhões de veículos.

O comércio de carros novos no perído fiscal, que termina no fim de março, deve ser de 5,2 milhões de unidades, 10% a mais que no ano anterior. Analistas do mercado disseram que as vendas foram impulsionadas por subsídios governamentais de "carros ambientalmente corretos".

De acordo com montadoras que atuam no Japão, foram vendidos 2,8 milhões de carros normais em 11 meses encerrados em fevereiro e 1,7 milhão de veículos com itens de tecnologia verde, como são conhecidos no Brasil os carros híbridos (com dois motores, um elétrico e outro a combustão).

Fonte: Dow Jones Newswires

quinta-feira, 28 de março de 2013

Chapa "Consolidação e Progresso" é eleita para gestão do triênio 2013-2016 na CCIBJ do Paraná

Foi realizada na noite desta quinta-feira, 28, na sede da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná a assembléia geral que elegeu a nova diretoria executiva e conselhos para o triênio 2013-2016 da entidade.

Composta por empresários, lideranças locais e representantes do capital privado do Japão, como Hideyo Kawazoe, chairman da Furukawa, a assembléia também discutiu e aprovou o relatório de atividades 2012, além da prestação de contas do biênio 2010-2012.

A chapa “Consolidação e Progresso” norteada pelo atual presidente Yoshiaki Oshiro foi eleita pela maioria absoluta dos membros presentes, sendo seus membros empossados imediatamente.


O presidente Yoshiaki Oshiro (a esquerda) apresenta o relatório de atividades 2012. 
Ao lado, o chairman da FurukawaHideyo Kawazoe

De acordo com o vice-presidente Nilson Nishimura, proprietário da empresa Elco Engenharia Elétrica, o amplo apoio à recondução de Oshiro para os próximos três anos refletem o reconhecimento dos trabalhos executados nos últimos quatro anos. “Apesar das inúmeras conquistas do passado e de termos participado ativamente da vinda de tantas empresas japonesas ao Paraná, nossa entidade vinha enfrentando muita dificuldade em manter-se ativa e prosperando. Após este choque de gestão, o presidente Oshiro conseguiu nos manter unidos e em prol desta reestruturação institucional que hoje colhe seus frutos” disse.

Para o ex-vereador e empresário Jorge Yamawaki, a vitória da presente chapa traduz o continuísmo da boa relação com o governo japonês. “Uma das conquistas da atual gestão é o trabalho de reaproximação com as lideranças japonesas, sejam elas do Consulado Geral do Japão em Curitiba e/ou demais órgãos e ministérios. Vamos trabalhar em conjunto para continuarmos fomentando esta relação bilateral” relatou Yamawaki, que no início do ano assumiu o cargo de coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Curitiba.

Assumindo a diretoria de assuntos comerciais, o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), também proprietário da rede de estacionamentos Estacenter, Luiz Carlos Adati, evidenciou a história da entidade, alertando para os desafios do futuro. “Tive a oportunidade de integrar a Câmara na época em que a mesma era presidida pelo seu fundador, o ex-deputado federal Antônio Ueno (falecido em 2010). Como líder, o mesmo nos deixou diretrizes que continuam atuais e precisam ser trabalhadas, dentre elas a ampliação de associados e receita, uma das nossas prioridades para este triênio” concluiu.


A sala de reuniões ficou pequena para a assembléia geral que elegeu a chapa 
"Consolidação e Progresso" para o triênio 2013-2016

Além destes, outros empresários e lideranças manifestaram apoio a nova gestão, entre eles Atsushi Yoshii (A. Yoshii Engenharia), Keiti Suzuki (Suzuki Indústria de Máquinas), Sussumu Higashi (Complast / Sucimark), Hirofumi Nakagiri (CCM do Brasil), Antônio Cabanilhas (Caban Telecom), Gilberto Hara (Viaplan Engenharia), Kenny Tsushima (Air Marketing), Robson Padilha (Tedeschi & Padilha Advogados Associados), João Noma (Noma S. A.), Hélio Uchida (PCI Paraná), Kiyoshi Ishitani (Ishitani Advogados Associados), além do secretário de estado do Planejamento, Cassio Taniguchi.

Em seu discurso de posse, Oshiro relatou brevemente sobre o trabalho de re-estruturação vivido pela entidade. “Sem dúvida os últimos anos foram de muitas dificuldades e privações, contudo, aos poucos, fomos revertendo este quadro, transformando a Câmara numa nova e importante entidade, auxiliando incisivamente no desenvolvimento econômico local por meio da atração e mediação do capital privado japonês em nosso estado”.

Na seqüência agradeceu o inestimável apoio concedido, realçando a importância das empresas associadas para a manutenção dos trabalhos realizados. “Somente nos últimos quatro anos participamos direta e indiretamente no estabelecimento permanente de duas empresas japonesas no Paraná, além de termos realizado uma série de outras ações co-relacionadas ao fomento desta frutífera e promissora relação comercial bilateral. E tudo isso só foi possível graças ao sempre presente suporte das empresas associadas, que acreditam e dão sustentação as nossas atividades” finalizou.

A próxima reunião, ainda sem data marcada, deverá nomear o conselho consultivo da entidade, que deverá ser composto por um time de ex-diretores e tradicionais parceiros.

Segue abaixo os nomes da nova diretoria eleita para o triênio 2013-2016:

Diretoria Executiva

- Presidente:
Yoshiaki Oshiro (Chácara Aizen & Toho Cosméticos)

- Vice-presidente:
Hirofumi Nakagiri (CCM do Brasil)

- Vice-presidente para Assuntos Institucionais:
Nilson Nishimura (Elco Engenharia Elétrica)

- Vice-presidente para Assuntos Governamentais:
Gilberto Hara (Viaplan Engenharia)

- Vice-presidente coordenador (Smart Community):
Atsushi Yoshii (A. Yoshii Engenharia)

- Diretor Administrativo: Mário Azuma
- Suplente: Teichum Hiramatsu

- Diretor Financeiro: Heberthy Daijó
- Suplente: Antonio Cabanilhas

Diretorias Regionais

- Diretor regional Oeste (Atendimento em Cascavel e região): Takao Koike
- Diretor regional Norte (Atendimento em Londrina e região): George Hiraiwa
- Diretor regional Noroeste (Atendimento em Maringá e região): Shiniti Ueta
- Diretor regional Paraguai (Atendimento no Paraguai e região): Marcos Shida

Diretorias Setoriais

- Diretor para Assuntos Comerciais: Luiz Adati
- Diretor para Assuntos Industriais: Hélio Uchida
- Diretor para Assuntos de Meio Ambiente: Antonio Cabanilhas
- Diretor de Projetos: Fujio Takamura
- Diretor de Planejamento Urbano: Carlos Saborido
- Diretor de Relações Públicas (comunidade Nikkei): Teichum Hiramatsu
- Diretor de Relações Internacionais: Jorge Yamawaki
- Diretor de Pesquisas de Energia Alternativa: Jorge Watanabe
- Câmara Junior: Kenny Tsushima
- Coordenadoria de Dados e Estatísticas: Hélio Hagi

Divisão Jurídica

- Diretor Área Cível: Robson Ochiai Padilha
- Diretor Área Trabalhista: Emerson Fukushima
- Diretor de Assuntos Tributários (Federais): Antonio Myasawa
- Diretor de Assuntos Tributários (Estaduais): Fernando Ishikawa

Representante no Japão

- Satoshi Tsuda (FMO. CO., LTD.)

Conselho de Administração

- Presidente: Kiyoshi Ishitani
- Vice-presidente: Rui Hara
- Vice-presidente: Mário Honda
- Vice-presidente: Kenji Wojitani
- Vice-presidente: Keiti Suzuki

Conselho Fiscal

- Membro efetivo: Fujio Takamura
- Membro efetivo: Edson Naoki Kitagawa
- Suplente: Sussumu Higachi
- Suplente: Kenny Tsushima

quarta-feira, 27 de março de 2013

Reunião formaliza participação da Câmara na Agência de Internacionalização do Paraná (Aginpar)

Na tarde desta quarta-feira, 27, as principais câmaras de comércio sediadas em Curitiba reuniram-se na Agência de Internacionalização do Estado do Paraná  (Aginpar).

O encontro formalizou a participação da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, que através do seu presidente, Yoshiaki Oshiro, conduzirá os trabalhos do conselho fiscal. A diretoria financeira ficará com Celso Machado, membro da diretoria do Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná (SIRECOM-PR).

O governador Beto Richa anuncia a criação da agência (junho de 2012)

A AGINPAR é voltada para a promoção do comércio exterior no Estado. O órgão faz parte do programa Paraná Competitivo e representa o esforço do governo para consolidar um bom ambiente de negócios no Paraná a partir da associação entre diversas entidades ligadas ao comércio exterior. É uma associação civil sem fins lucrativos constituída por empresas, pessoas físicas, instituições do setor privado, entidades associativas e os poderes públicos estadual e municipal.

Segundo o presidente da agência, Rui Lemes, industrial com mais de 35 anos de atuação, com larga experiência na área de comércio exterior e diretor da Federação de Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), a Aginpar deverá dar agilidade para os futuros investimentos internacionais que aportarem o estado, além de promover o Paraná no exterior.

Para Oshiro, a agência é um avanço. "Apesar de contarmos com o apoio integral da SEIM, o estado carecia de uma agência dedicada exclusivamente ao atendimento de comitivas internacionais, além da promoção das nossas potencialidades no exterior. Por isso fizemos parte de todas as reuniões que constituiram a Aginpar, pois acreditamos em seus propósitos" completou Oshiro.

Para mais, acesse:
http://www.seim.pr.gov.br

Visitas à Câmara: Ministério das Relações Exteriores do Japão (MOFA)


Nesta quarta-feira, 27, o presidente da câmara japonesa de comércio do Paraná, Yoshiaki Oshiro, recebeu a visita da representante do Ministério das Relações Exteriores do governo japonês (MOFA), Tomomi Mizuno.

Acompanhada pela Vice-consulesa Geral do Japão em Curitiba, Nana Kawamoto, Mizuno está realizando uma pesquisa a respeito do desenvolvimento da colônia nipo-brasileira no Paraná.

Pela primeira vez em Curitiba, Mizuno vem coletando uma série de informações que auxiliem o governo japonês a ter uma melhor compreensão sobre a realidade dos mais de 100 mil descendentes que residem em nosso estado. 

De acordo com o presidente Oshiro, o franco diálogo proporcionou a entidade levantar alguns importantes tópicos que estão intimamente ligados a manutenção dos costumes e tradições , como a formação de novas lideranças. “Um dos pontos abordados foi o factual e preocupante hiato de lideranças entre os membros da colônia em nosso estado. A terceira geração tem se afastado gradativamente das ações ligadas ao terceiro setor, colocando em risco a manutenção e as conquistas das associações nipo-brasileiras em vigência na região. Esta renovação é algo que precisa ser planejada com cautela e atenção” colocou Oshiro.

Além da Câmara, Mizuno também participou de reuniões em demais entidades e lideranças, como o deputado federal Luis Nishimori e o ex-vereador Jorge Yamawaki.

terça-feira, 26 de março de 2013

Novo associado: Schetino de Lima Advogados Associados

Na manhã desta terça-feira, 26, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu na sede da entidade os advogados André Luis Diener e Marco Aurélio Schetino de Lima, representantes da firma de advocacia Schetino de Lima Advogados Associados.

Na pauta a apresentação institucional do escritório, que há mais de uma década vem atuando na consultoria e assessoria de diversos importantes segmentos do comércio internacional, como Incentivos Fiscais e Negociação de Protocolos; Consultoria e Planejamento Tributário; Mercosul e Regime Automotivo; Importação e Exportação; Negociações Empresariais; Contratos; Investimentos Estrangeiros no País; Propriedade Intelectual; Empréstimos e Financiamentos; Importação de Mão de Obra; Transações Imobiliárias; Direito Ambiental; Auditoria Legal; e Relações governamentais.

Segundo Oshiro, uma das grandes singularidades apresentadas pelo escritório é a especialização na tratativa com sindicatos e terceiro setor. "Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas japonesas instaladas não só no Paraná, bem como em todo o país, são alguns sindicatos. Apesar de compreendermos a importância dos mesmos para os trabalhadores, muitos atuam deliberadamente, reajustando subitamente salários e impondo diversas condições que em muitos casos são impossíveis de se negociar, espantando os investidores estabelecidos e as empresas que planejam instalar-se futuramente. Por isso, este trabalho de diálogo preventivo com os sindicatos proposto pelo presente escritório nos dá mais segurança e um novo e importante canal de atuação" completou Oshiro.

Para mais, acesse: 
http://sla.adv.br/

sexta-feira, 22 de março de 2013

Consulado Geral e Câmara reúnem-se com representantes de empresa do Japão

Contando com as participações do Cônsul Geral do Japão para a região sul, Yoshio Uchiyama, e o Cônsul Geral Adjunto, Takahiro Iwato, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, reuniu-se nesta sexta-feira, 22, com Hidetsugu Hamada e Takashi Mizutani, representantes da multinacional japonesa de alimentos Yamasa Corporation.

Fundada em 1645 na região de Chiba, no Japão, a empresa emprega hoje cerca de 830 funcionários por meio de suas 6 filiais, tendo como carro chefe a manufatura de shoyu (molho de soja), consolidando-se como a 2° maior empresa do segmento no país.

Além de produtos alimentícios, a empresa também vem estendendo suas operações para o setor farmacêutico, focando-se na produção de derivados bioquímicos.

A pauta da reunião não foi divulgada.

Para mais, acesse:
http://www.yamasa.com/ 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Como melhorar as cidades

O mundo em desenvolvimento está vivenciando uma urbanização rápida e o número de habitantes urbanos deverá chegar a quatro bilhões em 2030 - o dobro de 2000. Mas o desenvolvimento urbano não planejado e descoordenado cria riscos, ameaçando substituir as esperanças de migrantes por uma vida melhor por condições de vida insalubres, desemprego e alta exposição a desastres naturais.

Em muitos aspectos, a urbanização é racional. Afinal, as cidades são polos de prosperidade onde está concentrada mais de 80% da atividade econômica mundial. E sua densidade facilita a disponibilização de serviços públicos, educação, saúde e serviços básicos. Na verdade, o fornecimento de água encanada em áreas urbanas custa de US$ 0,70 a US$ 0,80 por metro cúbico, em comparação com US$ 2 em áreas esparsamente habitadas.

Mas a alta concentração de infraestrutura e pessoas, especialmente em áreas costeiras, é uma vulnerabilidade econômica, com cerca de US$ 3 trilhões em ativos em risco por ocorrência de desastres naturais. A vulnerabilidade aumentará à medida que as cidades triplicarem suas áreas edificadas, passando a ocupar 600 mil quilômetros quadrados, muitas vezes sem infraestrutura básica ou políticas de prevenção à construção e habitação em locais sujeitos a catástrofes e vulneráveis.

Para incentivar os cidadãos a usar os transportes públicos, os políticos em Tóquio agiram de modo a fazer que andar de automóvel tornasse cinco vezes mais caro do que usar o transporte público. Mas também investiram em transporte interurbano de alta velocidade.
A gestão eficaz do uso do solo pode fornecer acesso confiável e acessível a serviços básicos, educação, transportes, habitação e saúde a populações em crescimento.

Isso implica abandonar a percepção de um dilema entre "construir mais cidades" para acomodar o rápido crescimento urbano e "construir cidades adequadas" para melhorar os resultados sociais e ambientais. Evidências mostram que a construção adequada de cidades gera benefícios em curto prazo, reduzindo os custos de longo prazo associados à expansão, congestionamento, poluição e mudanças climáticas. A outra alternativa deixará os urbanistas em dificuldades no futuro para desenvolver sistemas de transportes públicos, um problema que os EUA estão enfrentando.

Um novo relatório do Banco Mundial1 propõe uma agenda prática para a construção de cidades sustentáveis. O referencial- derivado de um esforço de três anos para desenvolver uma base de dados confiável e análises de países com experiências urbanas diversificadas, como Uganda, China, Índia e Coreia do Sul- pode ajudar os formuladores de políticas a compreender os obstáculos à urbanização e a identificar opções viáveis dos pontos de vista político, técnico e fiscal.

Esse referencial reflete três aspectos principais de desenvolvimento urbano: planejamento, conexão e financiamento. Independente do nível ou velocidade da urbanização, o planejamento do uso do solo deve ser a prioridade. Ao definir os direitos de propriedade e mediante a implementação de sistemas eficazes de uso do solo coordenados com infraestrutura, principalmente de transportes, os formuladores de políticas podem ajudar as cidades a atrair investimento privado, conectar pessoas e empregos, reduzir os riscos ambientais e sociais e diminuir a vulnerabilidade a desastres naturais.

Em vista da probabilidade de o crescimento urbano nos países em desenvolvimento vir a ocorrer em cidades próximas às capitais, ainda estão abertas as oportunidade para moldar o desenho urbano para que, por exemplo, os moradores não gastem metade do dia em seus deslocamentos casa-trabalho.

Em Seul a população mais que triplicou entre 1960 e 2000. Os políticos sul-coreanos, prevendo as dificuldades, fortaleceram as instituições de valoração e precificação da terra, treinaram um grupo de avaliadores para garantir a transparência no processo de avaliação e divulgaram de modo transparente as informações sobre o valor da terra. Ao mesmo tempo, o governo apoiou a construção de arranha-céus residenciais para abrigar a crescente população urbana e desenvolveu diferentes modos de transporte, como estradas, redes ferroviárias e linhas de metrô que ajudaram a conectar as pessoas com oportunidades de emprego dentro das cidades e entre elas.

Da mesma forma, líderes em Cingapura e no Japão trataram o transporte público como um aspecto crucial nos planos diretores de uso do solo. Como resultado eles têm um dos mais baixos consumos de energia em todo o mundo, como proporção do PIB.

Para incentivar os cidadãos a usar os transportes públicos, os políticos em Tóquio reduziram os subsídios ao uso de carros particulares, de modo que andar de automóvel tornou-se cinco vezes mais caro do que usar o transporte público. Investimentos complementares em transportes interurbanos de alta velocidade reduziram os tempos de viagem entre as duas maiores cidades japonesas, Tóquio e Osaka, que distam 333 quilômetros uma da outra, para menos de duas horas e meia, integrando mercados de trabalho e habitacionais e aumentando a produtividade.

É claro que o financiamento do desenvolvimento urbano acelerado requer investimentos significativos de capital para a construção de sistemas eficazes de transporte, fornecimento de água, gestão de resíduos sólidos e remoção e tratamento de esgoto. Mas, como esses investimentos fomentam o crescimento econômico, maiores receitas fiscais implicam financiamento mais sustentável, bem como a capacidade dos governos locais de alavancar os mercados de terrenos e de acessar mercados de dívida em moeda local.

Em Bombaim, o leilão de 13 hectares de terra no centro financeiro, o Complexo Bandra-Kurla, gerou US$ 1,2 bilhão. Isso equivale a mais de 10 vezes os gastos totais da Autoridade de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Mumbai em 2005 e seis vezes o valor total de títulos municipais emitidos por todos os governos locais e companhias prestadoras de serviços de utilidade pública na Índia em mais de uma década.
Da mesma forma, em Istambul, o leilão de uma velha estação de ônibus e de um prédio governamental em 2007 gerou US$ 1,5 bilhão - mais do que os gastos totais da cidade e dos investimentos com infraestrutura em 2005. E o ministério das Finanças da Colômbia criou o Findeter, um banco emissor de títulos que financia projetos regionais de infraestrutura urbana fornecendo recursos a intermediários financeiros que os alocam a autoridades locais.

Com a construção de cidades sustentáveis, os formuladores de políticas podem apoiar o desenvolvimento social e econômico e minimizar danos ao ambiente. A gestão da urbanização, à medida que evolui, em vez de enfrentar dificuldades para corrigir as cidades mais tarde, é uma oportunidade que os líderes dos países em desenvolvimento não devem perder. (Tradução de Sergio Blum).

Mahmoud Mohieldin é diretor-gerente do Grupo Banco Mundial.
Zoubida Allaoua é diretor do departamento Gestor de Riscos de Desastres Urbanos no Banco Mundial. 

Copyright: Project Syndicate, 2013.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Prefeito de Londrina recebe representantes da Câmara e capital privado japonês


Na tarde de quarta-feira (20), foi a vez do presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, visitar o prefeito, acompanhado do gerente de novos projetos da Hitachi no Brasil, Emil Kosuke Seko, e representantes da comunidade nipo-brasileira em Londrina. Também organizado pelo vereador Roberto Kanashiro, o encontro serviu para reforçar os laços entre a entidade e o município.

Oshiro é um entusiasta do conceito de cidades inteligentes, muito aplicado no Japão, e acredita que ele deve ser adotado no Estado. O conceito envolve integração de serviços vitais como energia, destinação do lixo e esgoto, transporte e trânsito e tem a tecnologia como base. Ele citou como exemplo Tóquio, que tem população semelhante a de São Paulo mas não enfrenta congestionamentos.

Kireeff ressaltou que o Município vai se empenhar para fortalecer o relacionamento com suas cidades irmãs, como Nishinomia, e com a comunidade nipônica. “Temos vários pontos favoráveis para esse intercâmbio”, disse. Para o prefeito, esse relacionamento deve ser baseado na cooperação.

Fonte: Prefeitura de Londrina

segunda-feira, 18 de março de 2013

Multinacionais compram empresas de autopeças no Brasil

Duas empresas brasileiras do setor automotivo, uma de autopeças e outra de artefatos de borracha foram vendidas para multinacionais nesta semana. Ontem, o grupo americano Dayco anunciou a compra da Nytron, fabricante de tensionadores com duas unidades em Itapira (SP), por valor não revelado. A japonesa Toyo Tires deve pagar US$ 15,5 milhões pela Produflex, com fábricas em São Paulo e Minas Gerais.

A venda da Produflex foi divulgada pelo jornal japonês Nikkei, mas ainda não foi confirmada no Brasil. A empresa brasileira emprega 430 funcionários e fornece componentes de borracha para várias montadoras, especialmente a Fiat. A Toyo é uma das maiores produtoras de pneus no mundo e tem quatro fábricas na América do Sul.

Fundada há 20 anos por um grupo familiar, a Nytron é líder nacional do mercado de reposição de tensionadores, item que compõe o sistema do motor dos automóveis. Com a compra, a Dayco, que também lidera no País as vendas de correias automotivas, passa a ser a maior fornecedora desses dois itens no mercado de reposição.

"Nosso objetivo é fazer da Nytron também uma grande exportadora para a América do Sul e Europa", diz o vice-presidente da Dayco, Ronaldo Teffeha. A Dayco tem duas fábricas no Brasil (em São Paulo e Minas Gerais) e uma na Argentina e exporta 20% de sua produção para a América do Sul, Europa e China.

Segundo Teffeha, as aquisições no Brasil "não param por aí". O grupo que espera faturar US$ 150 milhões neste ano (7% mais que em 2012) avalia novas aquisições, mas ele não revela detalhes.

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças), Paulo Butori, afirma que há um novo movimento de desnacionalização de empresas no setor, em razão das dificuldades financeiras que muitas enfrentam.

"Com as crises na Europa, EUA e Japão, muitas multinacionais se voltaram para o Brasil e acabam adquirindo companhias locais", diz Butori. Em 1994, as empresas nacionais respondiam por 52,% do faturamento total do setor de autopeças, participação que em 2011 caiu para 30%.

Fonte: O Estado de São Paulo

I° Seminário Internacional de Energia Inteligente deverá contar com representantes do Japão


Recebido pelo presidente do Tecpar, Julio Felix, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, esteve na manhã desta segunda-feira, 18, visitando a sede do instituto.

Acompanhado pelo diretor Fujio Takamura, a reunião teve por objetivo delinear a participação da Câmara no I° Seminário Internacional de Energia Inteligente a ser organizado em novembro de 2013 pelo Tecpar.

Felix, que fez parte da comitiva que participou do “2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building”, evento realizado no início deste ano no Japão e que contou com a coordenação da Câmara, solicitou apoio na prospecção de palestrantes e empresas do Japão interessadas em exporem seus produtos e soluções no país.

Ainda segundo Felix, a expectativa é que o seminário reúna palestrantes e empresas do mundo todo, sendo indispensável à participação do Japão por tratar-se de um key player do setor. 

O presidente Oshiro reafirmou o compromisso assumido em Tóquio, colocando a entidade ao dispor do governo do estado no que diz respeito à mediação de possíveis participantes japoneses. “É de interesse não só da Câmara, bem como do governo japonês intensificar as relações diplomáticas e comerciais vigentes através do intercâmbio de soluções no setor energético. Vamos dar seqüência aos diálogos e procurar sanar as eventuais demandas do governo, garantindo a participação do Japão no evento” finalizou Oshiro.

Sobre a participação do Paraná no Workshop em Tóquio, acesse:
http://japancham.blogspot.com.br/2013/01/2nd-brazil-japan-workshop-for-promotion.html

quarta-feira, 13 de março de 2013

Seis jovens japoneses são premiados no Fórum Econômico Mundial

Seis japoneses foram selecionados como Jovens Líderes Globais no Fórum Econômico Mundial de Davos este ano.

O instituto de pesquisa suíço recebe a conferência anual e também premia jovens líderes bem-sucedidos e inspiradores que tenham menos de 40 anos de idade.

O instituto selecionou 199 indivíduos de 70 países este ano.

Um dos seis ganhadores do Japão é o prefeito Naomichi Suzuki de Yubari, cidade localizada em Hokkaido, no norte do Japão. Ele recuperou as finanças da cidade por meio da reestruturação da sua dívida. Outro ganhador é o popular jornalista da internet Daisuke Tsuda.

Fonte: NHK

Negociadores dizem que conversações sobre a TPP progrediram

Os negociadores do acordo de livre comércio da Parceria Transpacífica anunciaram um progresso em direção ao seu objetivo de concluir as conversações este ano. Eles também concordaram que, caso o Japão se una às negociações, sua participação não deveria atrasar os outros membros.

Delegados de 11 países da região do Pacífico, incluindo os Estados Unidos e a Austrália, finalizaram a décima-sexta rodada de negociações em nível de trabalho em Cingapura na quarta-feira.

O negociador-chefe de Cingapura, Ng Bee Kim, disse que as equipes de negociações alcançaram um sólido progresso em diminuir suas diferenças em uma série de temas.

No entanto, ele disse que ainda existem muitos desafios em áreas como propriedade intelectual e questões ambientais. Também enviou uma mensagem ao Japão, dizendo que as nações-membros esperam que novos participantes mantenham o ritmo que foi criado durante as negociações.

As próximas discussões em nível de trabalho estão marcadas para maio no Peru.

Fonte: NHK

Companhia japonesa revela à imprensa o maior tanque subterrâneo de estocagem de gás natural liquefeito do mundo


A Companhia de Gás de Tóquio mostrou para a imprensa o maior tanque de estocagem de gás natural liquefeito do mundo. No Japão, a demanda por esse recurso natural vem subindo, uma vez que a maior parte das estação de energia nuclear do país estão paralisadas desde a ocorrência do desastre na usina nuclear de Fukushima em março de 2011.

A companhia de gás iniciara a construção do tanque quatro anos atrás na cidade de Yokohama, próxima a Tóquio.

O tanque tem 72 metros de diâmetro e cerca de 62 de profundidade. Ele pode estocar até 250 mil quilolitros de gás, o suficiente para suprir as necessidades anuais médias de cerca de 360 mil residências.

A fim de evitar vazamentos, o interior do tanque está coberto com placas de aço inoxidável de 2 milímetros de espessura.

A companhia disse que o tanque poderia também ser usado para estocar gás de xisto. Acrescentou também que tenciona começar o uso do tanque em novembro, depois de o mesmo ser terminado em julho.

Funcionários da Companhia de Gás de Tóquio antecipam que a demanda por gás natural liquefeito deverá se elevar ainda mais, uma vez que o mesmo produz menos dióxido de carbono do que o óleo ou o carvão quando incinerado.

Fonte: NHK

Empresas do Japão aumentam bônus a funcionários


 Algumas empresas do Japão anunciaram aumentos dos bônus dados aos seus funcionários durante as negociações salariais anuais.

A medida foi tomada já que o desempenho de seus negócios melhorou com a desvalorização do iene e o aumento dos preços de suas ações.

Na quarta-feira, representantes de grandes fabricantes de produtos eletrônicos e de automóveis também concordaram em manter os aumentos baseados em tempo de serviço como resposta aos pedidos por elevações salariais dos sindicatos trabalhistas.

Representantes da Toyota Motor disseram que os bônus para o próximo ano fiscal serão equivalentes a 5 meses de salário e mais 3.000 dólares. Desde a crise financeira de 2008, esse é o valor mais alto dado pela empresa.

A Nissan, a Honda e a Mitsubishi Motors também concordaram em dar bônus mais altos.

Gerentes da fabricante de maquinários Mitsubishi Heavy Industries anunciaram bônus num valor médio de 18.000 dólares. Esta é a primeira vez que a empresa atende a todas demandas salariais apresentadas pelos seus funcionários em 16 anos.

Fonte: NHK

Câmara nos 70 anos do SENAI

O diretor regional do Senai, Marco Secco, em seu discurso de abertura do evento 
que comemorou os 70 anos do Senai

Na última terça-feira, 12, o SENAI comemorou 70 anos de existência. O evento contou com a presença de empresários, lideranças do setor industrial e representantes do poder público, que destacaram o importante papel que o Senai desempenha para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

A solenidade também foi marcada por homenagens a colaboradores da instituição e a empresas e órgãos públicos e privados parceiros do Senai. Entre as empresas homenageadas, duas são membros da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná: Noma S. A. e Denso do Brasil.

O presidente da ALEP, Valdir Rossoni, o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, e o fundador da NOMA S. A. e conselheiro da CCIBJ do Paraná, João Noma

A Câmara esteve representada no evento pelo seu presidente Yoshiaki Oshiro, pelos vice-presidentes Gilberto Hara e Nilson Nishimura, pelo conselheiro e um dos fundadores da entidade, João Noma, e pelo diretor Fujio Takamura.

Para Oshiro, o Senai/PR vem tornando-se um parceiro estratégico da entidade, funcionando como um laboratório para o futuro, trabalhando novos conceitos e preparando a mão-de-obra local com qualidade e eficiência. "O trabalho desenvolvido pelo Senai/PR em conjunto da FIEP vem auxiliando incisivamente a transformar o nosso estado num grande pólo de novos investimentos, pois este know-how, sobretudo no que diz respeito a qualificação da mão-de-obra local é extremamente valorizado por investidores estrangeiros, especialmente os japoneses. É por isso que tanto o presidente da FIEP (Edson Campagnolo) quanto o diretor regional do Senai/PR (Marco Secco) estiveram conosco no Japão participando de missões empresariais coordenadas pela Câmara, pois ambas entidades buscam constantemente a excelência em suas áreas de atuação, inclusive no âmbito internacional" completou Oshiro.

Para mais sobre o evento, acesse: 
http://www.agenciafiep.com.br/noticia/celebracao-pelos-70-anos-reforca-papel-do-senai-no-desenvolvimento-do-parana/

Foto e trechos : FIEP

terça-feira, 12 de março de 2013

Rússia deseja exportar maior volume de gás natural liquefeito para o Japão

O ministro de Energia do governo russo declarou esperar chegar a um acordo de exportação de um maior volume de gás para o Japão.

Na quarta-feira, Alexander Novak se encontrou, em Tóquio, com Toshimitsu Motegi, ministro do Comércio e Indústria do governo japonês.

Os ministros se reuniram em antecipação à programada viagem do premiê japonês Shinzo Abe à Rússia no mês que vem.

Novak disse que o gás natural liquefeito seria um ponto importante da agenda de negociações durante a visita de Abe.

Ele acrescentou que os funcionários russos estão elaborando planos de exportação de gás natural liquefeito proveniente das regiões do extremo oriente da Rússia e do Ártico.

Motegi disse que o aumento das importações deste gás liquefeito desempenhou um importante papel no acúmulo de débito comercial por parte do Japão. O Japão vem dependendo da importação de combustível desde a ocorrência do desastre nuclear da usina Fukushima 1, ocorrido dois anos atrás.

Motegi disse que os funcionários japoneses vão se concentrar na questão do preço quando de sua decisão sobre onde adquirir o gás importado.

Fonte: NHK

Visitas à Câmara: Hitachi do Brasil

Recebido por membros da diretoria executiva da Câmara do Comércio e Indústria e Brasil Japão do Paraná, Hidenori Zen, vice-presidente da Hitachi do Brasil, esteve nesta terça-feira, 12, visitando a sede da entidade em Curitiba.

Acompanhado por cinco engenheiros do Japão, Zen apresentou o portfólio de produtos e soluções da empresa para o Paraná abrangendo 5 setores: industrial; desenvolvimento urbano; transportes; TI; e geração de energia. 

Fundada em 1910 com sede em Tóquio, no Japão, a empresa emprega globalmente mais de 320 mil funcionários, atuando em mais de 10 setores distintos, que variam desde a fabricação de projetores à escavadoras hidráulicas, tornando-se assim uma das mais dinâmicas e bem sucedidas empresas do país.

Do total da receita arrecadada pela empresa em 2012, 57% provêm do mercado japonês, seguido de demais partes do mundo (43%); Ásia (26%); China (11%); América do Norte (9%) e Europa (8%).

Segundo os representantes da empresa, o objetivo é expandir suas operações no Brasil, prospectando novos empreendimentos e contribuindo para a criação de uma nova e funcional infraestrutura social, majoritariamente sustentável, com soluções voltadas a melhoria gradativa da qualidade de vida dos cidadãos.

Colocando a entidade à disposição, o presidente Yoshiaki Oshiro ressaltou o trabalho de mediação e suporte realizado pela câmara japonesa de comércio junto às empresas japonesas que queiram se instalar no Paraná - seja diretamente ou por meio da constituição de parcerias. “É a primeira vez que a Hitachi busca regionalizar suas operações no Brasil, elegendo nossa entidade como uma das portas de entrada no estado. Iremos trabalhar para que a mesma estabeleça uma nova e duradoura rede de relacionamentos na região, criando um ambiente favorável para a celebração de novos negócios” completou Oshiro.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Japão rejeita proposta chinesa de realizar levantamento sobre ilhas Senkaku

O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, afirmou que é totalmente inaceitável que a China conduza um levantamento sobre as ilhas Senkaku. As ilhas em questão se localizam no Mar da China Oriental e são controladas pelo Japão, mas reivindicadas pela China e por Taiwan.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de quarta-feira, Suga declarou que as Senkaku são parte inerente do território japonês de acordo com a história e o direito internacional.

Yoshihide Suga se referia a um comentário feito por Li Pengde, vice-chefe da Administração Nacional de Levantamento, Mapeamento e Geoinformações do governo chinês durante entrevista à Rádio Nacional da China na terça-feira.

Perguntado se as autoridades japonesas iriam deter pesquisadores chineses que desembarcassem nas ilhas Senkaku, Suga disse que não podia responder sobre questões hipotéticas.

Porém, ele frisou que as ilhas são parte do território japonês, e que o governo vai agir de maneira apropriada.

Fonte: NHK

sábado, 9 de março de 2013

Japão também está ao alcance

O Japão, a menos de 1 mil quilômetros de distância por água é um alvo freqüente da retórica norte-coreana, também poderia ser atingido por mísseis de curto e médio alcances da Coreia do Norte. Em números, o Exército de Pyongyang parece formidável, muito maior do que o do Sul, tanto em pessoal quanto em equipamento. O contingente de 1,2 milhão de soldados do Norte é quase o dobro dos 640 mil militares sul-coreanos, que são apoiados por 26 mil soldados americanos instalados no país. Contudo, as capacidades de Pyongyang não são o que os números sugerem. Em razão da falta de recursos, a empobrecida Coreia do Norte deixou de investir no Exército convencional para uma eventual batalha e tem se concentrado no desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos.

Fonte: REUTERS

quinta-feira, 7 de março de 2013

Chapa que irá concorrer nas eleições para o triênio 2013-2016 é apresentada em reunião de diretoria

Na noite desta quinta-feira, 7, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro, apresentou em reunião de diretoria a chapa "Consolidação e Progresso" que deverá concorrer ao executivo do triênio 2013-2016.

Em seu discurso, Oshiro confirmou que a entidade seguirá trabalhando em consonância do poder público local, terceiro setor e empresas privadas, objetivando o gradativo desenvolvimento econômico do Paraná através da atração e mediação de novos investimentos japoneses na região.

Visando a continuidade dos trabalhos de reestruturação iniciados há cerca de 4 anos, a nova chapa apresentou poucas mudanças, todavia encontra-se mais enxuta e objetiva. “O trabalho realizado nos últimos quatro anos cadenciou a Câmara Japonesa de Comércio do Paraná a enfrentar novos desafios, porém sem deixarmos de lado as conquistas obtidas no passado. Vamos trabalhar para nos mantermos nesta rota de crescimento, polarizando relacionamentos, inovando e transformando as diversas realidades deste complexo e singular relacionamento bilateral. Para tanto, buscamos, através da composição desta nova chapa, unir diretorias e simplificar o organograma institucional. Desta forma aliamos qualidade com eficácia, melhorando a agilidade dos serviços prestados” disse o presidente Oshiro.

Contando com a aprovação unânime dos diretores presentes, a chapa fora protocolada nos anais da entidade, publicada na seqüência no presente blog.

Segue abaixo os nomes da chapa que irá concorrer nas eleições da última quinzena de março:

Diretoria Executiva

- Presidente:
Yoshiaki Oshiro (Chácara Aizen & Toho Cosméticos)

- Vice-presidente:
Hirofumi Nakagiri (CCM do Brasil)

- Vice-presidente para Assuntos Institucionais:
Nilson Nishimura (Elco Engenharia Elétrica)

- Vice-presidente para Assuntos Governamentais:
Gilberto Hara (Viaplan Engenharia)

- Vice-presidente coordenador (Smart Community):
Atsushi Yoshii (A. Yoshii Engenharia)

- Diretor Administrativo: Mário Azuma
- Suplente: Teichum Hiramatsu

- Diretor Financeiro: Heberthy Daijó
- Suplente: Antonio Cabanilhas

Diretorias Regionais

- Diretor regional Oeste (Atendimento em Cascavel e região): Takao Koike
- Diretor regional Norte (Atendimento em Londrina e região): George Hiraiwa
- Diretor regional Noroeste (Atendimento em Maringá e região): Shiniti Ueta
- Diretor regional Paraguai (Atendimento no Paraguai e região): Marcos Shida

Diretorias Setoriais

- Diretor para Assuntos Comerciais: Luiz Adati
- Diretor para Assuntos Industriais: Hélio Uchida
- Diretor para Assuntos de Meio Ambiente: Antonio Cabanilhas
- Diretor de Projetos: Fujio Takamura
- Diretor de Planejamento Urbano: Carlos Saborido
- Diretor de Relações Públicas (comunidade Nikkei): Teichum Hiramatsu
- Diretor de Relações Internacionais: Jorge Yamawaki
- Diretor de Pesquisas de Energia Alternativa: Jorge Watanabe
- Câmara Junior: Kenny Tsushima

Divisão Jurídica

- Diretor Área Cível: Robson Ochiai Padilha
- Diretor Área Trabalhista: Emerson Fukushima
- Diretor de Assuntos Tributários (Federais): Antonio Myasawa
- Diretor de Assuntos Tributários (Estaduais): Fernando Ishikawa

Representante no Japão

- Satoshi Tsuda (FMO. CO., LTD.)

Conselho de Administração

- Presidente: Kiyoshi Ishitani
- Vice-presidente: Rui Hara
- Vice-presidente: Mário Honda
- Vice-presidente: Kenji Wojitani
- Vice-presidente: Keiti Suzuki

Conselho Fiscal

- Membro efetivo: Fujio Takamura
- Membro efetivo: Edson Naoki Kitagawa
- Suplente: Sussumu Higachi
- Suplente: Kenny Tsushima

quarta-feira, 6 de março de 2013

A arriscada tarefa de relançar o Japão

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, continua a surpreender. Dificilmente poderia escolher equipe mais radical do que essa que indicou para comandar o Banco do Japão, autoridade monetária do país. Haruhiko Kuroda, crítico da passividade da instituição no passado, agora é o encarregado da política monetária.

Não se enganem. Kuroda não quer apenas uma inflação anual de 2%. Também considera que atingi-la está dentro do poder de alcance do Banco Central. Ele também pode contar com o apoio certo do governo e de Kikuo Iwata e Hiroshi Nakaso, novos vice-governadores da autoridade monetária. O Banco do Japão pode até resmungar contrariado. Mas uma mudança de política monetária parece ser algo certo. A questão é: será que vai funcionar? Na verdade, o que será que significa "funcionar"?

Podemos começar por ressaltar a peculiar posição do Japão. As expectativas de deflação já estão bem arraigadas nos mercados de bônus, quando não nas pesquisas, com o rendimento dos papéis de dez anos atualmente em 66 pontos-base. As taxas de juros reais permanecem positivas, mesmo na ponta mais curta. A deflação também vem se mostrando bastante arraigada. Por fim, o endividamento passou do setor privado para o público: de acordo com a firma de assessoria econômica Smithers & Co., a dívida líquida das empresas não financeiras caiu de 150% do patrimônio em 1995 para 30%. A dívida líquida governamental, por outro lado, saltou de 29% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1996 para 135% no fim de 2012.

O Japão tenta fazer voar uma pipa monetária que há muito não sai do chão. Alguns vão argumentar que a independência do banco central foi violada. A resposta a isso é que o Banco do Japão não conseguiu cumprir seu papel de garantir a estabilidade dos preços.

Esses fatos têm implicações profundas. Primeira, acabar com a deflação vai ser muito mais difícil do que teria sido no fim dos anos 90. Segunda, ajudaria muito se uma inflação mais alta também tornasse negativas as taxas de juros reais, o que encorajaria os gastos das pessoas. Terceira, taxas de juros reais negativas também redistribuiriam a riqueza, dos credores do Estado para os futuros contribuintes.

Essas taxas reais negativas podem ser atingidas limitando os juros ou fazendo com que a inflação fique acima da esperada. Não está claro, de fato, se as autoridades japonesas querem criar taxas de juros reais muito abaixo de zero. Mas deveriam querer, mesmo se isso também trouxesse o risco de uma reação política adversa.

Como isso deveria ser feito e com que transparência? O Banco do Japão poderia reiterar que almeja uma inflação de 2%, mas seguir políticas que a levassem a um patamar ainda maior. Isso seria um engôdo arriscado.

Seja como for, a política poderia ser reforçada por uma mudança temporária com a adoção de uma meta de preços ou de níveis nominais do PIB. O argumento para isso é que águas passadas não deveriam ser, neste caso extremo, águas passadas. O atual nível de preço é 30% menor do que seria se a inflação anual desde 1997 tivesse sido de 2%.

Da mesma forma, o PIB nominal está 40% abaixo do que estaria se o crescimento anual tivesse sido de 3%. Se o Banco do Japão quisesse atingir o PIB nominal decorrente de uma expansão anual de 3% desde 1997, estaria se comprometendo a um crescimento anual próximo a 9% nos próximos dez anos.

Não é apenas questão de novas metas. Os instrumentos de política também são importantes. Os novos chefes do Banco do Japão precisam considerar o uso de um menu mais amplo de compras de ativos, incluindo a monetização dos déficits do governo. Richard Werner, da Southampton University, há muito defende que a monetização fiscal seria mais positiva se viesse da captação direta pelo governo de dinheiro dos bancos. No limite, o Japão poderia valer-se da estratégia de jogar "dinheiro do helicóptero", como discutido em minha coluna de 13 de fevereiro. Se o Banco do Japão usar o dinheiro fiduciário que não quer tirar da economia, também terá de impor exigências explícitas de reservas aos bancos comerciais.

O ponto de vista tradicional no BoJ vinha sendo de que a política monetária não pode elevar a inflação. Isso mostra uma falta de imaginação surpreendente. Em princípio, o BoJ pode usar seu dinheiro fiduciário para comprar qualquer coisa no mundo, a qualquer preço que quiser. Isso certamente reduziria o poder de compra do iene. O risco, em particular, é que seria como arremessar um tijolo com um elástico: pouco movimento no início e muito depois. Daí a importância da meta: a mudança de política precisa ser tanto plausível, como poder ser refreada.

É possível vislumbrar dois grandes perigos, claramente interligados. Primeiro, a nova abordagem poderia ser vista como uma tentativa deliberada de seguir políticas de "empobrecer o vizinho" e, como resultado, provocar retaliações perigosas. Segundo, poderia estimular a fuga para longe do iene e, portanto, o colapso do câmbio e a disparada da inflação. O primeiro é um perigo mais imediato; o segundo, mais remoto. Os dois significam que a mudança das políticas precisa ser ancorada na certeza de uma volta à normalidade que seja plausível.

Por fim, então, será que uma mudança radical da política monetária é suficiente? A resposta é "não". No curto prazo, o governo pode, e deveria, monetizar seus déficits. No longo prazo, no entanto, vai precisar reequilibrar a economia, afastando-a da dependência em relação à demanda criada pelo governo.

Como argumentei em 6 de fevereiro, o governo precisa em algum momento reduzir seu déficit fiscal estrutural. Para isso, o setor privado japonês precisa reduzir a contraparte, que são seus superávits financeiros estruturais. Portanto, no longo prazo, o excesso de lucros retidos, em relação aos investimentos do setor empresarial, precisa encolher. Um aumento permanente do superávit em conta corrente, que é uma alternativa, não deveria ser adotado agora pela terceira maior economia do mundo: desestabilizaria uma economia mundial que sofre com o excesso de poupança.

O Japão tenta fazer voar uma pipa monetária que há muito não sai do chão. Alguns vão argumentar que a independência do banco central foi violada. A resposta a isso é que o Banco do Japão não conseguiu cumprir seu papel de garantir a estabilidade dos preços. A questão, em vez disso, é se a nova equipe vai conseguir elevar a inflação e reduzir as taxas de juros reais sem desestabilizar a economia doméstica ou a mundial. Talvez, trabalhar em uma meta de inflação de 2% seja suficiente para garantir o necessário. Suspeito, entretanto, que pode ser necessária uma meta mais radical para o nível dos preços ou para o PIB nominal, pelo menos, por algum tempo. A nova equipe no Banco do Japão terá de fugir do risco de não fazer o suficiente, mesmo se para isso correr o perigo de fazer mais do que o suficiente. Vai precisar de muito poder de discernimento e certa dose de sorte. O mundo deveria desejar-lhe o melhor. 

(Tradução de Sabino Ahumada)

Martin Wolf é editor e principal comentarista econômico do FT.

Fonte: Valor

terça-feira, 5 de março de 2013

Secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul recebe o presidente da Câmara


O secretário de estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul (SEIM), Ricardo Barros, recebeu na tarde desta terça-feira, 5, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná Yoshiaki Oshiro.

Acompanhado pelo vice-presidente, Hirofumi Nakagiri, Oshiro reportou ao secretário Barros os mais recentes trabalhos desenvolvidos pela Câmara no que diz respeito à atração de novos investimentos japoneses à região.

Oshiro reforçou que o governo japonês, sobretudo através de suas agências e órgãos especializados como JICA e JETRO, vem trabalhando em consonância da entidade, fomentando novas oportunidades comerciais entre ambos os países. 

Ainda segundo Oshiro, por meio desta mediação, somente no mês de fevereiro cerca de 13 empresas japonesas de pequeno e médio porte visitaram o estado, o que evidencia o real e clarividente interesse do Japão pelo Paraná. 

Ouvindo atentamente, Barros reforçou a importância das atividades desempenhadas pela Câmara, colocando a estrutura da secretaria a disposição da entidade. “Desde que assumimos a secretaria temos buscado um estreitamento das relações institucionais vigentes com a Câmara Japonesa de Comércio do Paraná. Este produtivo canal de diálogo já nos trouxe importantes investimentos ao estado, desenvolvendo diretamente nossa economia. Vamos continuar atuando em conjunto, atraindo cada vez mais novas empresas de origem japonesa à região” concluiu.

Visitas à Câmara: Ashcroft Willy

ASHCROFT – MANÔMETROS

O diretor da Câmara Japonesa de Comércio do Paraná, Fujio Takamura, recebeu na manhã desta segunda-feira, 05, os diretores Paulo Roberto Costa e Elio Fukushima da Ashcroft Willy, empresa do grupo Ashcroft Nagano Keiki Holdings Inc.

Fundada em 1850 (ano da invenção do manômetro), a multinacional nipo-americana é especializada na fabricação de manômetros, termômetros, termostatos, transmissores de pressão e temperatura, entre outros, atuando no Brasil desde 1975 com a aquisição da empresa Manômetros Willy. Além do Brasil, a empresa possui fábricas na Alemanha, China, Estados Unidos, Japão, México e Singapura, além de joint ventures na Arábia Saudita, Índia e Venezuela, constituindo-se como líder mundial no segmento de instrumentos de medição.

Contando com duas fábricas em São Caetano do Sul, estado de São Paulo, a empresa emprega hoje 350 funcionários em seus mais de 10 mil m², atendendo não só o Brasil bem como demais países da América do Sul, através do seu portfólio de produtos, certificados pelo INMETRO, ISSO 9001, ISSO 14001 e ISSO 17025.

De acordo com Takamura, a visita de cortesia faz parte de um roteiro que teve início no Japão. “Em fevereiro deste ano, a CCIBJ do Paraná esteve na província de Nagano realizando visitas institucionais junto a algumas empresas da região, onde tivemos a oportunidade de conhecer os companheiros da Nagano Keiki. Hoje estamos dando seqüência a este diálogo, fortalecendo os laços comerciais bilaterais com a empresa”.

Para mais, acesse:
http://www.ashcroft.com.br

sexta-feira, 1 de março de 2013

BC japonês terá titular em sintonia com o governo


Haruhiko Kuroda foi anunciado como novo presidente do Banco do Japão (BoJ), confirmando as expectativas de escolha de um profissional altamente alinhado às premissas de condução da política econômica tornadas públicas e já parcialmente implementadas pelo primeiro ministro, Shinzo Abe.

Kuroda é atualmente presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático e substituirá Masaaki Shirakawa a partir de 20 de março, juntamente com dois novos membros do BoJ. O primeiro é Kikuo Iwata, professor de economia na Universidade Gakushuin em Tóquio e conhecido por suas críticas ao BoJ; o segundo é Hiroshi Nakaso, atualmente responsável por assuntos internacionais do banco central japonês e sempre lembrado por seus comentários em relação à sobrevalorização do iene.

Antes de ser oficialmente nomeado para o cargo, Kuroda precisa ser aprovado pelo parlamento. Historicamente, esse processo é demorado e os candidatos podem ser rejeitados. Mas desta vez a aprovação não deverá enfrentar obstáculos, na opinião do UBS. Para o banco, é consenso entre os políticos japoneses que o país precisa de incentivos monetários radicais neste momento, algo amplamente defendido por Kuroda.

A política instituída pelo primeiro ministro Shinzo Abe desde o fim do ano passado tornou-se conhecida por "Abenomics", agressivamente focada no processo de reflação desejado pelo país (o BoJ tem agora meta formal de inflação de 2%) e por estímulos fiscais direcionados à retomada do crescimento. Há similaridades nas ações de Abe com as políticas implementadas por Korekiyo Takahashi, ministro das Finanças na década de 30. Talvez tenha vindo daí a inspiração.

Em estudo publicado nesta semana, o Nomura comparou a política econômica conduzida por Abe àquela feita por Takahashi, encontrando similaridades no que tange a política monetária acomodatícia e a política fiscal expansionista no combate à deflação e ao baixo crescimento econômico do Japão.

O resultado da política na década de 30 foi benéfico para a economia, o que, por analogia, aponta a possibilidade de sucesso da estratégia definida por Abe, segundo opinião do Nomura. Quando a política de Takahashi foi introduzida, o governo japonês abandonou os esforços para voltar ao padrão ouro e efetivamente passou para um sistema de controle cambial.

Somada às expectativas de afrouxamento monetário e inflação, o iene depreciou-se 40% entre 1931 e 1933; as exportações começaram a subir em 1932 e atingiram seu primeiro superávit desde 1918 três anos depois. O produto da economia nos primeiros estágios da recuperação foi puxado pelos gastos do governo, que depois redundaram no crescimento das exportações e do investimento privado. O PNB (produto nacional bruto), que crescia em torno de 1% em 1932, superou 10% em 1934.

O governo de Abe sabidamente sustenta-se em três pilares: política monetária agressiva; política fiscal flexível; e estratégia de crescimento para estimular o investimento privado. Comparativamente, desde que o "Abenomics" entrou em vigor (em outubro de 2012), o iene depreciou-se quase 20% em relação ao dólar. Os economistas do Nomura acreditam que na atual política as exportações podem sustentar a recuperação econômica.

Outra semelhança histórica é a política de expansão fiscal. Tanto Takahashi como Abe lançaram mão de planos emergenciais de gastos públicos, que o Nomura vê como capazes de criar uma demanda efetiva. Abe propôs um orçamento complementar de 13,1 trilhões de ienes (2,7% do PIB nominal) que foi aprovado em 14 de fevereiro, prevendo um crescimento de 15,6% nos gastos do governo em 2013.

Uma ressalva é que, considerando a experiência de Takahashi, mesmo após o fim da deflação os salários podem demorar a reagir, o que derrubaria o poder de compra das famílias. Por conta disso, a estratégia de crescimento de Abe, que deve ser anunciada oficialmente em junho, deve conter ações para impulsionar os salários, na opinião do Nomura.

Há, entretanto, três diferenças importantes entre os dois planos: o nível da dívida como proporção do PIB; o funding para os gastos fiscais; e o nível da taxa de juros. A dívida em 2012 é projetada em 226% do PIB e na década de 30 correspondia a apenas 56,3% do PIB. Nesse sentido, a política fiscal não pode ser tão expansionista como no passado. Quanto ao funding, a política de Takahashi era baseada em emissões de títulos soberanos (JGB) pelo BoJ, o que hoje não é mais permitido. Ademais, a taxa de juros situava-se em 6,57% em 1933 (e foi reduzida em 292 pontos base durante o plano). Hoje é virtualmente zero.

As expectativas positivas com o novo governo de Abe levaram o índice acionário Nikkei a subir de 8,8 mil pontos em outubro para acima de 11 mil pontos em fevereiro, sendo que no mesmo período o iene enfraqueceu de 78 ienes por dólar para 93 ienes por dólar.

Uma ressalva feita por Richard Koo, chefe do Instituto de Pesquisa do Nomura, em artigo pessoal, é que a recente desvalorização do iene e a alta da bolsa foi causada primeiramente pelos investidores externos, através dos "hedge funds" nos EUA e no Reino Unido. Portanto, é cedo para dizer que essa tendência de depreciação perdurará e se as políticas, afinal, serão tão eficientes como na década de 30.

Fonte: Valor