Por Junichi Sugawara
O empenho do primeiro-ministro Abe para reforçar os laços econômicos, bem como os de segurança, com três países do Sudeste Asiático e a Austrália tem grande importância. Isto dado que o novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos será empossado em breve.
Na minha opinião, foi importante o premiê ter conseguido conversar com as Filipinas, que preside este ano a Asean, e com o Vietnã, que encabeça a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Espera-se que os dois países exerçam papeis chave na região este ano.
A perspectiva de cooperação econômica na região ainda é incerta. Por um lado, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promete sair da TPP. Enquanto isso, a China está tentando estreitar a cooperação com outros países asiáticos através do Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura e outros canais.
Devido à relutância do lado americano em aprovar o pacto, o acordo de livre comércio conhecido como TPP não deve entrar em vigor tão cedo. Mas ainda há chances de que os Estados Unidos voltem para a TPP ou algo equivalente, ainda que isso leve alguns anos. Durante sua viagem, Abe deixou claro para as Filipinas, país que não é membro do acordo, que o Japão está disposto a manter seu comprometimento com a TPP. Ele também confirmou para a Austrália e o Vietnã que vai se empenhar pela implementação antecipada do pacto, cujos signatários incluem as duas nações. Acredito que as ações de Abe ajudaram a promover a TPP de um certo modo.
Por outro lado, os esforços do premiê para reiniciar as negociações ora paralisadas da Parceria Regional Econômica Abrangente, conhecida como RCEP, na sigla em inglês, não foram tão bem-sucedidos. Este pacto de livre comércio envolveria países do Leste Asiático, e as quatro nações visitadas por Abe participam das negociações.
A fim de obter progressos nas conversações da RCEP, é fundamental o envolvimento da China. Caso Donald Trump adote a política protecionista que ele alardeou durante sua campanha eleitoral, a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China deve aumentar. Isso poderia ter um efeito negativo sobre as negociações da RCEP.
Para o Japão, o fechamento do acordo, que envolve parceiros comerciais de peso como China, Coreia do Sul e Índia, não apenas expandiria os mercados para produtos japoneses mas também promoveria reformas estruturais internas. O Japão, junto com outros países asiáticos, precisa convencer Trump que uma atitude protecionista seria prejudicial tanto para os Estados Unidos quanto para a região Ásia-Pacífico. Eles precisam convencer o presidente eleito de que manter o compromisso com a região está de acordo com os interesses nacionais americanos.
Na minha opinião, foi importante o premiê ter conseguido conversar com as Filipinas, que preside este ano a Asean, e com o Vietnã, que encabeça a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Espera-se que os dois países exerçam papeis chave na região este ano.
A perspectiva de cooperação econômica na região ainda é incerta. Por um lado, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promete sair da TPP. Enquanto isso, a China está tentando estreitar a cooperação com outros países asiáticos através do Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura e outros canais.
Devido à relutância do lado americano em aprovar o pacto, o acordo de livre comércio conhecido como TPP não deve entrar em vigor tão cedo. Mas ainda há chances de que os Estados Unidos voltem para a TPP ou algo equivalente, ainda que isso leve alguns anos. Durante sua viagem, Abe deixou claro para as Filipinas, país que não é membro do acordo, que o Japão está disposto a manter seu comprometimento com a TPP. Ele também confirmou para a Austrália e o Vietnã que vai se empenhar pela implementação antecipada do pacto, cujos signatários incluem as duas nações. Acredito que as ações de Abe ajudaram a promover a TPP de um certo modo.
Por outro lado, os esforços do premiê para reiniciar as negociações ora paralisadas da Parceria Regional Econômica Abrangente, conhecida como RCEP, na sigla em inglês, não foram tão bem-sucedidos. Este pacto de livre comércio envolveria países do Leste Asiático, e as quatro nações visitadas por Abe participam das negociações.
A fim de obter progressos nas conversações da RCEP, é fundamental o envolvimento da China. Caso Donald Trump adote a política protecionista que ele alardeou durante sua campanha eleitoral, a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China deve aumentar. Isso poderia ter um efeito negativo sobre as negociações da RCEP.
Para o Japão, o fechamento do acordo, que envolve parceiros comerciais de peso como China, Coreia do Sul e Índia, não apenas expandiria os mercados para produtos japoneses mas também promoveria reformas estruturais internas. O Japão, junto com outros países asiáticos, precisa convencer Trump que uma atitude protecionista seria prejudicial tanto para os Estados Unidos quanto para a região Ásia-Pacífico. Eles precisam convencer o presidente eleito de que manter o compromisso com a região está de acordo com os interesses nacionais americanos.
Acredito que vai ser cada vez mais importante para os países asiáticos fazer um apelo em uníssono ao novo presidente americano para que ele mude de opinião.
Junichi Sugawara é pesquisador sênior do Instituto de Pesquisas Mizuho
Fonte: NHK