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sábado, 31 de dezembro de 2016

Petrobras vende refinaria no Japão por US$ 165 milhões, mas não atinge meta

SÃO PAULO - A Petrobras informou nesta quinta-feira que concluiu a venda de 100% das ações da refinaria Nansei Sekiyu para a Taiyo Oil Company, com o pagamento de US$ 165 milhões realizado na quarta-feira. A operação de hoje somada a venda do Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco, e da Guarani, produtora de álcool e açúcar, anunciadas ontem, as vendas chegam a US$ 752 milhões. O desinvestimento no período de 2015-2016, chega a cerca de US$ 13,7 bilhões, abaixo da meta, de US$ 15,1 bilhões.

O programa de desinvestimentos visa ajudar a empresa a reduzir o elevado endividamento da estatal, que argumentou não ter atingido a meta devido a uma decisão judicial liminar da Justiça de Sergipe que impediu a conclusão de tratativas para venda dos campos Tartaruga Verde e Baúna, que seriam negociados com a australiana Karoon Gas Australia. Conforme a petroleira, a venda desses campos “já estava em estágio avançado de negociação”.

O montante de US$ 1,5 bilhão de desinvestimentos não realizados será automaticamente incorporado à meta do biênio 2017/2018, que sobe para US$ 21 bilhões, disse a empresa em comunicado na véspera.

A estatal afirmou que o valor da venda da refinaria Nansei Sekiyu ainda está sujeito a ajustes finais. Em 17 de outubro, a Petrobras havia informado que o seu Conselho de Administração havia aprovado a venda da unidade, localizada na ilha de Okinawa, no Japão, por US$ 129,285 milhões.

O negócio feito no Japão envolve uma refinaria com capacidade de processamento de 100 mil barris por dia de petróleo, 36 tanques que armazenam 9,5 milhões de barris de petróleo e derivados, além de três píeres para carga e descarga de navios e uma monoboia.

A empresa compradora, a Taiyo, atua na importação, exportação, refino e venda de produtos petrolíferos, com sede em Tóquio.

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira a venda de sua fatia na Guarani ao grupo francês Tereos por US$ 202 milhões, além da negociação da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para subsidiárias da mexicana Alpek por US$ 385 milhões.
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De acordo com a companhia, os dois acordos faziam parte de uma lista de cinco transações de vendas de ativos que estavam autorizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que no início de dezembro proibiu a estatal de fechar novos desinvestimentos que não aqueles já em fase final de negociação.

O TCU exigiu que a Petrobras realize adequações nas metodologias que regem os processos de desinvestimentos. Mas a estatal garantiu que as transações anunciadas seguiram os procedimentos necessários. “Todas as transações foram conduzidas por meio de processo competitivo e o preço das vendas foram avaliados por diversas instituições financeiras, através de opiniões independentes sobre o valor justo (fairness opinion) e um relatório de avaliação (valuation report)”, destacou a Petrobras em nota.

A Tereos, que já detinha uma fatia de 54,03% na Guarani, disse em nota que está satisfeita com a compra dos 45,97% da Petrobras na companhia de açúcar e etanol. “Para a Tereos, essa aquisição é uma oportunidade para fortalecer sua presença no Brasil, líder global na produção de açúcar”, afirmou o diretor-presidente da Tereos, Alexis Duval.
Fonte: OGlobo

Mais de 6500 sismos no Japão em 2016, o triplo de 2015

Mais de 6500 sismos perceptíveis sacudiram o Japão ao longo de 2016, o triplo relativamente ao registrado no ano passado.

Até às 19 horas de quinta-feira (29), 6566 terremotos de nível um ou superior na escala japonesa afetaram o arquipélago, contra os 1842 contabilizados em 2015, informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).

A JMA baseou-se na escala sísmica japonesa -- que vai desde o nível zero (imperceptível para um humano) até ao nível sete (máximo) - e centrou-se mais nas zonas afetadas do que na intensidade dos sismos.

O Japão registrou em 2011 mais de 10 mil terremotos, na sua maioria réplicas do sismo que provocou um tsunami, a 11 de março desse ano, que devastou o nordeste do país e desencadeou em Fukushima a pior crise nuclear desde a de Chernobil, na Ucrânia, em 1986.

O número de sismos diminuiu desde então e o organismo meteorológico japonês apresentou como causa do aumento este ano os terremotos de abril na prefeitura de Kumamoto, na ilha meridional de Kyushu.

O primeiro, de 6,5 na escala de Richter, foi registrado a 14 de abril, ao qual se seguiu, dois dias depois, um outro de 7,3 que fez meia centena de mortos.

Só nesse mês contabilizaram-se mais de três mil sismos no sudoeste japonês.

EUA anunciam sanções contra máfia japonesa por lavagem de dinheiro

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (30) sanções contra vários líderes e duas entidades ligadas a quadrilhas da Yakuza, a máfia japonesa, por suas atividades de lavagem de dinheiro.

O Departamento do Tesouro americano informou em comunicado das sanções foram impostas aos membros do grupo yakuza Kobe Yamaguchi-gumi, uma facção recém-separada da Yamaguchi-gumi que se transformou em uma das principais gangues mafiosas do país, com quase 7 mil membros.

As sanções incluem o congelamento de ativos de três líderes mafiosos: Takashi Ikeda, de 71 anos; Kunio Inoue, de 68, e Osamu Teraoka, de 67, com quem as instituições financeiras dos EUA não poderão mais fazer negócios.

As punições também afetam duas entidades, a própria Kobe Yamaguchi-gumi e o Yamaken-gumi, considerado pelas autoridades americanas como uma organização subsidiária da rede criminosa.

"Esta ação reflete o compromisso contínuo do Departamento do Tesouro de proteger os sistemas financeiros americanos e internacionais da influência maligna das organizações criminosas transnacionais", afirmou no comunicado John Smith, diretor interino do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês).

A Kobe Yamaguchi-gumi se formou em setembro de 2015, quando 13 de suas gangues, incluindo a Yamaken-gumi, se separaram da organização principal para formar seu próprio grupo.

As autoridades americanas incluíram a Yamaguchi-gumi em sua lista negra de organizações sancionadas em fevereiro de 2012.

A Yakuza mantém relações com quadrilhas criminosas na Ásia, Europa e América, onde utiliza empresas legítimas dos setores de construção, bens imobiliários e finanças, entre outros, para lavar dinheiro e ocultar os lucros de suas atividades ilegais.

Nos Estados Unidos, segundo o Tesouro, a Yakuza esteve envolvida no narcotráfico e na lavagem de dinheiro.

Nova tecnologia japnesa para dores musculares é apresentada na Expoatleta

Para quem deseja praticar exercícios físicos sem incômodos durante ou após os treinos, uma nova tecnologia para alívio das dores musculares foi apresentada na EXPOATLETA, feira onde os atletas que participaram da 92ª Corrida Internacional de São Silvestre fizeram a retirada dos seus kits oficiais para a corrida e ainda conferiram as novidades do segmento.

Fabricado com nanotecnologia japonesa, o produto acaba de chegar ao mercado brasileiro. 

Conhecido como Helical, o disco de silicone com nanotubos de carbono é aplicado sobre a pele. Ao entrar em contato com o músculo tensionado, absorve ondas eletromagnéticas, gerando energia térmica e o relaxamento da musculatura.

O dispositivo é ideal para pessoas que fazem exercícios físicos regularmente, pois alivia e previne as dores, sem prejudicar os treinos. "Os tratamentos não farmacológicos são geralmente considerados seguros porque têm efeitos adversos mínimos", diz o presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, Dr. Irimar de Paula Posso. 

Segundo a entidade, a atividade física regular, progressiva e com acompanhamento profissional ajuda a tratar, cuidar e prevenir esse desconforto, além de restabelecer o equilíbrio articular, lubrificar as articulações e fortalecer a musculatura. 

Fonte: Terra

Infracommerce recebe R$ 40 mi em aporte de gigante japonesa e investidores

SÃO PAULO - A empresa brasileira de soluções para comércio eletrônico Infracommerce recebeu um total de R$ 40 milhões em investimentos da gigante japonesa de serviços terceirizados Transcosmos e de seus atuais investidores. O aporte é o primeiro no Brasil da Transcosmos, que desembarcou aqui em novembro.

A Infracommerce se apresenta como especialista em fullcommerce porque faz para seus clientes a gestão de diversas áreas, como criação de plataformas de e-commerce, logística e atendimento ao cliente, meios de pagamento, produção de conteúdo e marketing digital. A companhia mantém uma equipe que lida diretamente com o cliente final, cuidando de estornos, trocas, vendas e ligações ativas.  

O CEO da Infracommerce, Kai Schoppen, diz que o aporte será 100% direcionado para acelerar a internacionalização e os investimentos em inovações que facilitem as vendas de seus clientes no modelo omnichannel (integração de todos os canais, para que o cliente final possa continuar um contato inicial por qualquer outro meio).
"Temos alguns investimentos, automatizações e algumas inovações que queremos fazer, mas principalmente o dinheiro está reservado para trazer a Infracommerce para outros países da América Latina", explica Shoppen.

A empresa iniciou suas operações no México em agosto, outro país que está na mira da Transcosmos. Em 2017, abrirá operações na Colômbia, Argentina e Chile.

Atualmente, tem 52 clientes,entre eles Unilever, Ambev, Johnson, Alpargatas, Ray-Ban, Oakley e JBL.

No fim do ano passado, a Infracommerce precisou ampliar seu centro de distribuição. O investimento na compra do novo espaço - a área passou de 3 mil metros quadrados para 20 mil - já foi recuperado. "Mas foi necessário alugar mais 10 mil metros quadrados para a empresa dar conta do crescimento previsto para 2017", destaca Shoppen.

O CEO não abre o faturamento, mas revela que neste ano a Infracommerce passou de 200 funcionários para 420 e houve um crescimento de 150% em relação a 2015. Para 2017, o empresário espera registrar 100% de crescimento sobre o resultado de 2016.

Início

Criada em 2012, a Infracommerce recebeu sócios investidores como Grupo RBS/Ebricks e o fundo Flybridge, de Boston. O plano de negócio foi baseado em estrangeiras que já ofereciam o modelo fullcommerce em países onde o comércio eletrônico estava mais consolidado.

Schoppen trabalhava em uma empresa desse nicho e que foi vendida para o Ebay. O executivo viu no Brasil a possibilidade de crescer oferecendo algo que até então não era conhecido e que poderia suprir deficiências no setor.

Elaine Coutrin

Fonte: DCI

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Refinaria do Japão foi um dos projeto deficitários da Petrobras

RIO - A refinaria de Nansei, em Okinawa, no Japão, é mais um triste legado deixado à Petrobras pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, participante confesso do esquema de de corrupção que existiu durante anos na estatal e que foi descoberto pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Essa refinaria é considerada a “Pasadena japonesa”, uma referência refinaria do Texas, nos Estados Unidos, que também causou elevados prejuízos à Petrobras. A refinaria japonesa estava fechada desde o início do ano passado.

A Petrobras comprou 87,5% do capital da Nansei em 2008 e a parcela restante em 2010, por cerca de US$ 76 milhões. De acordo com fontes fontes do setor, se estima que a estatal brasileira já teria gasto cerca de US$ 1,9 bilhão com despesas de manutenção em melhorias operacionais, principalmente, para atender a inúmeras exigências dos órgãos ambientais do país.

A compra da refinaria no Japão foi fechada na gestão de José Sérgio Gabrielli. Na diretoria, além de Paulo Roberto Costa, estava Nestor Cerveró, na área internacional, também envolvido na Operação Lava-Jato. Na época da comprada refinaria, Costa afirmava que entre os principais objetivos da aquisição era fazer com que a Petrobras se tornasse uma forte exportadora de derivados que seriam produzidos na refinaria com o petróleo produzido no pré-sal brasileiro. 
 
Outra meta era tornar a estatal brasileira uma importante exportadora de etanol para o Japão (que seria adicionado na gasolina nos automóveis) usando as bases de estocagem da refinaria. Mas a refinaria de Okinawa, assim como outros investimentos da Petrobras, se transformou em prejuízo para a estatal e o país.

Fonte: OGlobo

Kuroda, do BC japonês, espera recuperação estável do país no próximo ano

(Reuters) - O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que espera que a economia do país desfrute de uma recuperação estável ao longo do ano que vem, com a expectativa de uma redução nos fatores negativos ao redor do mundo, de acordo com o jornal Nikkei.

A avaliação reforça as expectativas do mercado de que o banco central vai segurar uma expansão do estímulo no futuro previsível.

"Há muitas coisas que podemos fazer, se necessário" para impulsionar o crescimento, disse Kuroda em uma entrevista ao jornal Nikkei, publicada nesta quinta-feira, refutando as opiniões de alguns analistas de que o Banco do Japão ficou sem munição política, depois de mais de três anos de agressiva impressão de dinheiro.

Mas ele disse que as perspectivas otimistas para a economia global, o aumento dos preços das ações japonesas e uma reversão no fortalecimento excessivo do iene permitirão que a economia do Japão sustente uma recuperação econômica estável ao longo do próximo ano.

"No geral, as economias globais e a japonesa estão se movendo em uma direção positiva e mais desejável", acrescentou ele, em uma entrevista realizada na terça-feira.

Em relação às políticas esperadas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, Kuroda disse que não espera que o novo governo implemente medidas extremas, como restrições comerciais, pois elas prejudicariam a economia dos EUA, bem como as economias dos países rivais.

(Por Leika Kihara)

Em reunião de dezembro, um membro do BC do Japão pediu meta de rendimento mais alta

TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão deveria ser flexível em relação a aumentar a meta de rendimento de títulos e permitir que as taxas de juros de longo prazo subam se tal movimentação refletir melhoras na economia, disse um de seus membros na reunião de política monetária deste mês.

"Sou contra determinar a meta de rendimento do título de 10 anos em torno de zero, e acredito que a curva de rendimento deveria poder inclinar um pouco mais", disse o membro não identificado do conselho, de acordo com um resumo de opiniões da reunião de 19 e 20 de dezembro divulgada nesta quinta-feira.

A opinião é provavelmente de Takehiro Sato, que foi dissidente na decisão do Banco do Japão de manter a meta de redimento do título de 10 anos em torno de zero.

Embora a opinião dele seja minoria, destaca uma divergência dentro do conselho, formando por nove membros, sobre a viabilidade da nova estrutura de política monetária, que exige que o banco central aumente as compras de títulos se as pressões dos mercados elevarem os rendimentos acima de sua meta.

Na reunião de dezembro, vários membros do conselho argumentaram que o Banco do Japão deveria manter sua meta de rendimento nos níveis atuais por enquanto para evitar retirar o estímulo de forma prematura, de acordo com o resumo de opiniões.

(Reportagem de Leika Kihara)

Fonte: Reuters/R7

Ministra do Japão vai a santuário de guerra polêmico depois de visitar Pearl Harbor

Por Nobuhiro Kubo

TÓQUIO (Reuters) - A ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, visitou nesta quinta-feira um santuário polêmico dedicado aos mortos de guerra do país, dias depois de acompanhar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em uma visita histórica a Pearl Harbor, onde um ataque do Japão levou os Estados Unidos a entrarem na Segunda Guerra Mundial.

Imagens de televisão mostraram a ministra sorridente ao chegar ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os japoneses que perderam a vida nas guerras da nação, inclusive vários líderes executados por crimes de guerra.

Visitas de autoridades japonesas proeminentes ao local irritam os vizinhos China e Coreia do Sul, que consideram Yasukuni um símbolo do militarismo japonês e um lembrete de suas atrocidades nas batalhas.

Pequim e Seul voltaram a expressar sua desaprovação nesta quinta-feira, e a China disse ainda que irá fazer "representações solenes" ao Japão.

"Isso não somente reflete a visão obstinadamente equivocada que alguns japoneses têm da história, mas também compõe uma grande ironia com a viagem de reconciliação a Pearl Harbor", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exterior chinês.

O Ministério da Defesa sul-coreano classificou a visita como "deplorável".

"Expressamos profunda preocupação e pesar por a ministra da Defesa do Japão ter visitado o Santuário Yasukuni no momento em que nosso governo vem enfatizando a necessidade de criar uma relação Coreia do Sul-Japão que seja nova e olhe para a frente", disse o ministério em comunicado.

Os laços chineses com o Japão estão tensionados há tempos devido ao que Pequim vê como uma relutância dos líderes japoneses para reconhecer erros do passado do país. China e Coreia do Sul sofreram com a ocupação às vezes brutal e o governo colonial do Japão antes da derrota de Tóquio em 1945.

Na terça-feira, Inada acompanhou Abe e o presidente norte-americano, Barack Obama, durante a primeira visita de um líder japonês e um presidente dos EUA a Pearl Harbor para lembrar as vítimas do ataque japonês de 75 anos atrás.

A visita se seguiu à que Obama fez em maio a Hiroshima, a primeira de um presidente no exercício do cargo ao local onde os EUA lançaram a primeira bomba atômica da história nos dias derradeiros da Segunda Guerra.

(Reportagem adicional de Ju-min Park, em Seul, e Jake Spring, em Pequim)

Fonte: Reuters

Presidente de maior agência de publicidade do Japão renuncia após suicídio de funcionária

TÓQUIO (Reuters) - O presidente da Dentsu, maior agência de publicidade do Japão, vai renunciar depois que uma jovem funcionária morreu "por excesso de trabalho", um suicídio que levou a investigações de autoridades e novas críticas sobre a cultura de horas extras do país.

Matsuri Takahashi, uma promissora graduada da principal universidade do Japão, se suicidou em dezembro de 2015, deixando para trás uma série de queixas sobre dias implacáveis. Ela registrou 105 horas extras em outubro de 2015, antes de tornar-se depressiva.

A morte da jovem, considerada pelo governo japonês como "karoshi" ou morte por excesso de trabalho, fez autoridades organizarem buscas nos escritórios da Dentsu, mas também a criação do primeiro documento do governo com diretrizes para enfrentamento do assunto.

O documento descobriu que em um país que impõe poucos limites sobre os funcionários com relação a horas extras e pagamento, mais de um quinto das companhias tinham funcionários que faziam mais de 80 horas extras em um mês, o limite permitido pelo governo.

"É extremamente lamentável que não conseguimos evitar o excesso de trabalho de um novo funcionário", disse o presidente da Dentsu, Tadashi Ishii, a jornalistas. "Como forma de assumir completa responsabilidade, eu vou apresentar minha renúncia na reunião do conselho de administração em janeiro."

A renúncia de Ishii vem no momento em que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, está promovendo uma campanha de grande alcance para reformar as leis trabalhistas do Japão, o que poderia incluir uma regulamentação mais restrita para horas extras.

O trabalho árduo e o sacrifício têm sido sinônimos de Japão, e fortes expectativas sociais tornam difícil para empregados e sindicatos pressionarem agressivamente por reformas.

Os trabalhadores sentem frequentemente uma dívida da gratitude por terem sido contratos e relutam em se demitir mesmo se as condições de trabalho sejam ruins. Outros, especialmente os novos contratados, sentem que têm de trabalhar mais horas do que seus colegas para serem promovidos.

A mãe de Takahashi, Yukimi, disse em comunicado divulgado à imprensa por seus advogados no domingo que ela quer "mudar a consciência de cada trabalhador no Japão". O comunicado foi divulgado no aniversário de um ano da morte de sua filha.

Nos anos mais recentes, o governo tem revisado leis trabalhistas para encorajar jornadas menores, mas críticos afirmam que as medidas ainda dependem muito de autoregulação das empresas.

O Japão considera oficialmente dois tipos de karoshi: morte por doença cardiovascular ligada ao excesso de trabalho e suicídio após estresse relacionado ao trabalho.

(Por Kiyoshi Takenaka)

Fonte: Reuters

Petrobras conclui venda de refinaria no Japão por US$ 165 mi

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta quinta-feira (29) que concluiu a venda de 100% das ações da refinaria Nansei Sekiyu para a Taiyo Oil Company, com o pagamento de US$ 165 milhões realizado na quarta-feira.

A estatal afirmou que o valor ainda está sujeito a ajustes finais.

Em 17 de outubro, a Petrobras havia informado que o seu Conselho de Administração havia aprovado a venda da unidade, localizada na ilha de Okinawa, no Japão, por US$ 129,285 milhões.

A transação foi contabilizada no programa de parcerias e desinvestimentos, que atingiu US$ 13,6 bilhões em 2015-2016 e visa ajudar a empresa a reduzir seu elevado endividamento.

A meta de vendas de ativos para o biênio ficou abaixo do objetivo de US$ 15,1 bilhões, com a estatal argumentando que enfrentou barreiras por decisões judiciais que a impediram de completar o programa no prazo.

O montante de US$ 1,5 bilhão de desinvestimentos não realizados será automaticamente incorporado à meta do biênio 2017/2018, que sobe para US$ 21 bilhões, disse a empresa em comunicado na véspera.

O negócio feito no Japão envolve uma refinaria com capacidade de processamento de 100 mil barris por dia de petróleo, 36 tanques que armazenam 9,5 milhões de barris de petróleo e derivados, além de três píeres para carga e descarga de navios e uma monoboia.

A empresa compradora, a Taiyo, atua na importação, exportação, refino e venda de produtos petrolíferos, com sede em Tóquio.

(Por Camila Moreira e Roberto Samora)

Como suicídio de funcionária exausta levou à renúncia do presidente de gigante japonesa

O presidente da principal agência de publicidade do Japão anunciou sua renúncia ao cargo após o suicídio de uma funcionária que se dizia física e mentalmente exausta por causa do excesso de trabalho. 

Yukimi, mãe de Matsuri Takahashi, mostra foto da filha, que se matou com 24 anos Tadashi Ishii liderava a Dentsu, uma gigante nipônica de publicidade, e assumiu a responsabilidade pela morte da jovem. Ele afirmou que vai tornar a renúncia efetiva na próxima reunião da diretoria da empresa, em janeiro.

Matsuri Takahashi tinha 24 anos e trabalhava na companhia havia sete meses quando pulou da janela de um prédio onde morava - que era da própria Dentsu - na noite de Natal de 2015. 

O caso veio à tona nesta semana, depois da decisão do Ministério do Trabalho japonês de processar a empresa pela morte dela. 

O governo chegou a fazer uma investigação e uma varredura na Dentsu para obter informações sobre as práticas de trabalho. Foi determinado que a empresa descumpriu as leis trabalhistas e, portanto, tem responsabilidade legal pela morte da jovem. 

Na última quarta-feira, a empresa admitiu que cerca de 100 trabalhadores ainda faziam cerca de 80 horas extras por mês. 

Exausta 

As mortes por excesso de trabalho são um problema tão grande no Japão que já existe até um termo para descrevê-las: "karoshi". 

Antes de se matar, Takahashi deixou um bilhete para a mãe, no qual escreveu: "você é a melhor mãe do mundo, mas por que tudo tem que ser tão difícil?". 

Semanas antes da morte, ela escreveu uma mensagem nas redes sociais em que dizia: "quero morrer". Em outra, alertava: "estou física e mentalmente destroçada".

Contratada em abril do ano passado, a jovem chegava a fazer cerca de 105 horas extras por mês.
Além disso, a família acusou a empresa de obrigá-la a registrar menos horas do que de fato trabalhava. Em muitos casos, o registro mostra que ela trabalhou 69,9 horas por mês, perto do máximo de 70 horas permitidas, mas a cifra era bem maior. 

Takahashi havia acabado de se formar na prestigiosa Universidade de Tóquio e expunha as condições duras de trabalho na sua conta no Twitter, onde detalhava jornadas de até 20 horas diárias.  

A carga horária disparou em outubro de 2015, quando ela só chegava em casa por volta de 5h, depois de ter trabalhado dia e noite. Além disso, ela não teve nenhum dia de folga em sete meses. 

Ao anunciar sua demissão, o presidente da Dentsu afirmou que jamais deveriam ser permitidas essas quantidades excessivas de trabalho. 

"Lamento profundamente não ter prevenido a morte da nossa jovem funcionária por excesso de trabalho e ofereço minhas sinceras desculpas", disse Ishii.

Outros casos 

A morte de Takahashi não foi a única por esse motivo no quadro de funcionários da Dentsu. 

As autoridades concluíram que o falecimento de um jovem de 30 anos, ocorrido em 2013, também teria ocorrido pelo mesmo motivo. 

Antes disso, o Ministério do Trabalho havia determinado uma mudança nas práticas de trabalho da Dentsu desde o suicídio de outro empregado, Ichiro Oshima, em 1991, também por causa de carga de trabalho excessiva. 

A morte de Ichiro foi a primeira a ser oficialmente atribuída ao trabalho em excesso. Ele havia tirado apenas um dia de folga em 17 meses e só conseguia dormir uma média de duas horas por noite. 

Mesmo assim, a empresa argumentou na Justiça em 1997 que o suicídio havia sido motivado por "problemas pessoais". 

Mais de 2 mil 'karoshis' 

O caso de Takahashi reacendeu o debate sobre o karoshi e levou o governo a aprovar, nesta semana, um pacote de medidas destinadas a prevenir novas mortes. 

A sociedade japonesa valoriza estilos de vida que incluem uma extrema dedicação à profissão. Dados oficiais apontam que mais de 2 mil pessoas se suicidam anualmente pelo estresse relacionado ao trabalho excessivo. 

Mas a quantidade de mortes pode ser maior se considerados problemas de saúde, como falhas cardíacas ou acidentes vasculares cerebrais, também causados pela prática. 

Um relatório apresentado pelo governo em outubro revelou que, em 22,7% das empresas analisadas, alguns empregados fazem mais de 80 horas extras todos os meses. 

Fonte: BBC/Terra

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Toshiba diz que baixa contábil pode atingir bilhões de dólares

RIO - A Toshiba não consegue superar seus problemas de contabilidade. A empresa japonesa, que pagou uma multa recorde por suas práticas contábeis há um ano, alertou que agora pode ter que pagar outra multa de vários bilhões de dólares relacionada a uma aquisição realizada pela unidade americana Westinghouse Electric.

As ações da companhia caíram 12%, para 392 ienes, no fechamento desta terça-feira em Tóquio, maior declínio desde dezembro de 2015, após relatos iniciais de que a empresa poderá contabilizar um prejuízo de até 500 bilhões de ienes (US$ 4,3 bilhões). A Toshiba emitiu um comunicado após o fechamento do mercado afirmando que embora ainda precise ser determinada, a baixa contábil final afetará os lucros.

O prejuízo está relacionado a uma disputa sobre o valor da aquisição de uma empresa de construção nuclear chamada CB&I Stone & Webster feita pela Westinghouse. O jornal “Nikkei” afirmou que a baixa contábil seria de cerca de 100 bilhões de ienes, enquanto a emissora japonesa NHK afirmou que o valor poderá chegar a 500 bilhões de ienes. Um prejuízo do tipo eclipsaria os 168 bilhões de ienes em lucro líquido que os analistas vinham projetando para o ano fiscal atual da Toshiba até março. A companhia com sede em Tóquio contabilizou um prejuízo de 460 bilhões de ienes no ano passado.

— Prevemos que, se a reportagem estiver certa, a frágil situação financeira da Toshiba será prejudicada ainda mais — disse Takeshi Tanaka, analista do Mizuho Securities.

A Toshiba não deu mais detalhes no comunicado de terça-feira à Bolsa de Valores de Tóquio, limitando-se a informar que a baixa contábil excederia o montante inicialmente previsto de US$ 87 milhões e que provavelmente seria de bilhões. O aumento dos valores está relacionado a custos de projeto por parte da CB&I Stone & Webster, que foi adquirida pela Westinghouse Electric em janeiro.
O risco dos títulos da Toshiba teve a maior alta em mais de 10 meses após as reportagens na imprensa, na terça-feira. O custo para proteção contra o não pagamento pela Toshiba subia 50 pontos-base, para 135 pontos-base, às 13h50m em Tóquio, segundo dados de um trader de swap de crédito (CDS), que pediu para não ser identificado. O CDS da empresa caminha para o maior ganho desde 8 de fevereiro, segundo dados da CMA. Os contratos estavam em 84,4 pontos-base na segunda-feira.

As ações da Toshiba haviam subido 77% neste ano até segunda-feira com a recuperação de um escândalo contábil que custou os empregos de três presidentes, gerou prejuízo recorde e forçou a companhia a reduzir pessoal e a vender negócios. O conglomerado, que fabrica desde refrigeradores, chips e computadores até equipamentos para energia nuclear, também está sendo processado por acionistas, que o acusam de enganá-los em relação às suas finanças.

Fonte: O Globo

Em Pearl Harbor, premiê do Japão apresenta "sinceras e eternas condolências"

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apresentou na terça-feira "sinceras e eternas condolências" pelos militares americanos mortos no ataque de 7 de dezembro de 1941 num dos momentos mais importantes da histórica visita de ontem realizada a Pearl Harbor ao lado do presidente dos EUA, Barack Obama.

Esta, que foi a primeira visita de um chefe do governo de Tóquio ao USS Arizona Memorial, Abe e Obama colocaram primeiro duas coroas de flores junto da parede onde estão gravados os nomes dos 1177 tripulantes, num total de 1.512 pessoas que perderam a vida quando a base naval norte-americana de Pearl Harbor foi atingida por caças-bombardeiros japoneses, acabando por se incendiar e afundar em seguida.

Abe, no entanto, não se desculpou, mas admitiu que o Japão "nunca mais deve repetir os horrores de uma guerra novamente".

"Como primeiro-ministro do Japão, ofereço o minha sincera e eterna condolências às almas daqueles que perderam suas vidas aqui, bem como aos espíritos de todos os homens e mulheres corajosos cujas vidas foram tomadas por um começo neste lugar ", disse Abe.

Isso foi o mais próximo que Abe chegou a um pedido de desculpas pelo ataque. E foi o suficiente para Obama, que também se recusou a pedir desculpas sete meses atrás, quando ele se tornou o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar Hiroshima, onde os EUA lançaram uma bomba atômica em uma tentativa de acabar com a guerra.

Autoridades japonesas disseram que em suas conversas, Abe e Obama concordaram em acompanhar de perto os movimentos do primeiro e único porta-aviões da China, que navegou para o Pacífico ocidental pela primeira vez. O Ministério de Defesa de Taiwan informou segunda-feira que o porta-aviões e cinco navios de guerra navegaram 144 quilômetros ao sul de Taiwan, uma ilha autônoma reivindicada pela China. Pequim chamou de um exercício de treinamento de rotina. 

Em visita histórica a Pearl Harbor, premiê do Japão oferece condolências a vítimas de ataque

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, homenagearam nesta terça-feira (27), no memorial "USS Arizona", as vítimas do ataque a Pearl Harbor, cometido há 75 anos.

Em seu discurso, Abe, conforme esperado, não pediu desculpas em nome do Japão, mas ofereceu condolências e falou sobre os soldados mortos no ataque. "Cada um deles tinha pai e mãe, muitos tinham esposas e namoradas. Muitos tinham filhos que adorariam terem visto crescer. Tudo isso foi encerrado. Quando contemplo isso, fico completamente sem palavras", disse.

Em sua visita a Hiroshima este ano, Obama também lamentou, mas não pediu desculpas pelo ataque americano que lançou uma bomba atômica sobre a cidade japonesa.

Abe disse ainda que depositou flores nas águas em nome dos japoneses. E se dirigiu a Obama, às pessoas nos EUA e no resto do mundo, dizendo oferecer suas "mais profundas condolências pelas pessoas que morreram aqui e por todas as pessoas inocentes que se tornaram vítimas da guerra" e afirmando que "não devemos nunca mais repetir os horrores da guerra".

O primeiro-ministro japonês lembrou ainda o papel dos EUA em reabilitar seu país na diplomacia internacional após o fim da guerra e disse que as duas nações se uniram pelo "poder da reconciliação". Ele afirmou também que a união de ambos os países é uma "aliança de esperança" para o futuro.

Obama disse que a visita de Abe é um lembrete de que as feridas de uma guerra podem dar espaço a uma amizade e chamou o local da homenagem de "sagrado" para os americanos, citando nominalmente alguns dos soldados que executaram atos de heroísmo durante o ataque, salvando a vida de colegas.

"Aqui em Pearl Harbor, a primeira batalha dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial despertou uma nação. Aqui, de muitas maneiras, a América amadureceu", afirmou.

Obama acrescentou que os dois países "escolheram a amizade e a paz" e lembrou que os ex-inimigos se tornaram dois dos mais importantes aliados do mundo. "A aliança dos EUA com o Japão permanece como um pilar da paz na Ásia e no Pacífico e uma força de progresso ao redor do mundo e nunca esteve tão forte".

"Os frutos da paz sempre superam o saque da guerra. Esta é a verdade duradoura deste porto sagrado", acrescentou.

Ao dar as boas-vindas a Abe, Obama disse que, juntos, espera que eles deem ao mundo a lição de que há muito mais a se ganhar com a paz do que em guerra. "Não podemos escolher a história que herdamos. Mas podemos escolher as lições que tiramos dela", concluiu.

Durante seu discurso, o presidente dos EUA homenageou ainda veteranos da II Guerra que estavam no local, inclusive sobreviventes do ataque a Pearl Harbor. Ele pediu que todos se levantassem e os saudassem. "Uma nação grata os agradece", disse.

Homenagens


Sete meses depois de visitarem juntos o lugar histórico de Hiroshima atingido pela bomba atômica americana, Obama e Abe depositaram várias coroas de flores no espaço construído sobre os restos do encouraçado destruído pela Força Aérea japonesa em 7 de dezembro de 1941.

O ataque da aviação japonesa, preparado durante meses em segredo, provocou mais de 2.400 mortes e colocou os Estados Unidos definitivamente na Segunda Guerra Mundial.

É a primeira vez que um dirigente japonês visita o memorial, construído no início de 1960 e que atrai mais de dois milhões de turistas por ano.

Acessível apenas de barco, o prédio branco do memorial foi erguido sobre os destroços do "USS Arizona".

No extremo da estrutura aberta ao mar, há uma imensa parede sobre a qual estão gravados os nomes dos 1.177 americanos que perderam a vida a bordo do "USS Arizona".

Fonte: G1

As incríveis invenções que facilitam a vida de idosos no Japão

O Japão é o país com a maior proporção de idosos do mundo: mais de 26% da população tem 65 anos ou mais.

Em 2015, o número de pessoas com mais de 80 anos alcançou 10 milhões pela primeira vez, e a perspectiva é que o envelhecimento continue avançando.

Autoridades calculam que praticamente um terço da população japonesa será idosa em 2030.

Mas o Japão também é um dos países em que a terceira idade desfruta de melhor qualidade de vida - depois de Suécia e Noruega -, segundo informe de 2013 da HelpAge International, rede internacional de organizações pelo direito dos idosos.

E a forma como o país usa a tecnologia tem muito a ver com isso. Confira.

1. Códigos QR nas unhas para problemas de memória

A demência é uma das enfermidades que mais afetam as pessoas em terceira idade em todo o mundo.

Mas o país asiático encontrou uma solução para que, na medida do possível, pessoas afetadas por problemas de memória possam encontrar o caminho de casa caso se percam. 

Em Iruma, cidade ao norte de Tóquio, muitos moradores com demência senil estão sendo monitorados por meio de códigos de barra quadrados, os QR codes, instalados nas unhas dos dedos das mãos e pés.

Os QR codes também são conhecidos como "códigos de resposta rápida" (daí a sigla QR, iniciais de "quick response", "resposta rápida" em inglês) e armazenam informações pessoais em uma matriz de pontos ou em um código de barras bidimensional.

Esses códigos estão sendo colocados em adesivos de um centímetro, e reúnem dados do idoso, como endereço de casa e telefone de contato.

O serviço é gratuito e foi lançado em dezembro de 2016 pela primeira vez no país.

A tecnologia permite à polícia obter dados pessoais da pessoa apenas escaneando o código, que é a prova d'água e pode ficar grudado na unha por até duas semanas.

Segundo um policial relatou à agência de noticias AFP, o novo método tem vantagens em relação ao sistema anterior.

"Já existiam adesivos com QR codes para roupa ou sapatos, mas pessoas com demência nem sempre os usavam."

2. Carrinhos de golfe

Wajima, no oeste do país, acabou de lançar um novo serviço automático e gratuito de carrinhos de golfe para facilitar o deslocamento de moradores mais velhos.

O objetivo também é reduzir o crescente número de acidentes de trânsito, muitos causados por motoristas de idade avançada.

Com a medida, autoridades locais pretendem aumentar a segurança e também atrair turistas à cidade, uma pequena vila costeira.

Nos carros de golfe, controlados por um imã e um sensor integrado, os idosos podem se deslocar até três quilômetros a uma velocidade entre 6 e 12 km/h sobre uma faixa eletromagnética escondida sob a pista.

Os veículos têm motorista e possuem cortinas para proteger os passageiros da chuva e do vento, conforme informou o jornal japonês Asahi Shimbun.

Mas há um porém: o serviço opera apenas por quatro horas durante o dia e não está disponível à noite.

3. Robôs

O Japão é um dos países que mais investem em robôs para ajudar no cuidado com idosos. 

Em 2013, o primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, anunciou investimento de cerca de US$ 18 milhões (R$ 59 milhões) para desenvolver esse tipo de tecnologia.

Mas mesmo naquela época o Japão já somava anos de investigação na área.

Em 2006, o Centro Riken de Investigação Científica para Assuntos Emergentes desenvolveu um robô-enfermeiro batizado "Ri-Man", cujos braços, feitos de silicone, permitem transportar pessoas mais velhas, entre outras funções.

"O país considera necessário construir robôs e sistemas para auxílio domiciliar à saúde. Sem eles o sistema de saúde do país não existiria", afirmou à BBC a cuidadora de idosos Yasuko Amahisa.

"Simplesmente haverá muitos idosos para cuidar, porque o país enfrenta uma redução drástica da taxa de natalidade, envelhecimento da população e perda dos laços familiares", acrescenta.

"E acima de tudo o Japão quer que seus sonhos sobre robôs domésticos se tornem realidade porque sua política é claramente contrária à imigração."

Mas a maioria prefere humanos às máquinas. Ou, em caso de defeitos das máquinas, os bichos.

Talvez por esse motivo um robô com aspecto de foca esteja fazendo tanto sucesso.

Esse bichinho mecânico, chamado Paro, não ajuda a lavar pratos ou transferir um idoso da cama à cadeira, mas oferece outro tipo de assistência fundamental: a sensação de companhia.

O robô foi projetado especificamente para ajudar pessoas com mal de Alzheimer e outros tipos de demência.

"Paro é meu amigo", diz à BBC Kazuo Nashimura, morador de asilo no Japão. "Gosto porque ele parece entender as emoções humanas."

Mas alguns veem os robôs como uma tecnologia que ameaça substituir cuidadores e parentes na atenção a entes queridos.

"Certos dispositivos robóticos podem melhorar a vida de uma pessoa que está sozinha", afirma Nick Hawes, especialista em robótica da Universidade de Birmingham, no Reino Unido.

"Mas isso não deveria eximir a sociedade de sua obrigação de encontrar novas formas de dar contato humano aos mais velhos", avalia.

"Pensar que poderíamos dar um robô a eles e não nos preocuparmos mais é um enfoque errado."

Fonte: BBC

Sismo de magnitude 6.3 no Japão

Um sismo abalou esta quarta-feira o nordeste de Tóquio, anunciaram a agência nacional de meteorologia e o instituto de geofísica norte-americano USGS.

Segundo a agência de meteorologia japonesa, não existe risco de tsunami na sequência do sismo ocorrido às 21:38 locais (12:38 em Lisboa) e cujo epicentro se localiza a norte da prefeitura de Ibaraki.

A agência de meteorologia japonesa avaliou a magnitude do sismo em 6.3.

A televisão NHK interrompeu os seus programas para dar informações sobre o abalo que foi fortemente sentido na região situada entre Tóquio e a central nuclear de Fukushima.

A empresa que gere a central, afetada pelo tsunami de março de 2011, indicou estar a tentar ver se há novas anomalias.

Não foram assinalados problemas nas diversas instalações nucleares situadas em Tokai-mura, na prefeitura de Ibaraki, informou a Autoridade de Regulação Nuclear.

Os comboios foram parados para verificações.

O Japão situa-se na junção de quatro placas tectónicas e regista um número de terramotos relativamente violentos todos os anos. Em março de 2011, um sismo de magnitude 9 seguido de tsunami causou cerca de 18.500 mortos e provocou uma catástrofe na central nuclear de Fukushima, obrigando à deslocação de dezenas de milhares de pessoas.

Fonte: TSF

Japão processa agência de publicidade após caso de suicídio por excesso de trabalho

As autoridades japonesas anunciaram esta quarta-feira ter decidido processar na justiça a agência de publicidade Dentsu e um dos seus dirigentes após o suicídio, no ano passado, de uma funcionária, cuja morte foi atribuída ao excesso de trabalho. 

"Temos que acabar com as excessivas longas horas de trabalho", declarou o porta-voz do governo, numa conferência de imprensa. 

O Ministério do Trabalho encaminhou o caso para o Ministério Público após considerar que a empresa violou a legislação laboral e que, por conseguinte, tem responsabilidade legal na morte da jovem, indicaram fontes governamentais à emissora pública NHK.

As autoridades japonesas consideraram como um caso de "karoshi", morte relacionada com o excesso de trabalho, o que sucedeu com Matsuri Takahashi, de 24 anos.

A jovem funcionária da Dentsu, empresa líder do setor publicitário no país asiático, que pôs termo à sua vida há um ano, chegou a trabalhar até 105 horas extra por mês, apesar dos registros da Dentsu mostrarem um cômputo dentro do limite legal.

A família denunciou que a empresa forçou a jovem registrar menos horas que as realmente cumpridas.

A funcionária deixou testemunho sobre as duras condições de trabalho na sua conta de Twitter, onde detalhava dias de 20 horas diárias.

Dias depois da confirmação deste caso de "karoshi" foi estabelecido que a morte, em 2013, de outro trabalhador de 30 anos da mesma empresa aconteceu também devido ao excesso de trabalho.

O Governo japonês aprovou em 2015 uma lei para travar a epidemia de excesso laboral, ainda que a falta de rigor no registro das horas extraordinárias por parte das empresas e a disponibilidade dos funcionários para alargar as suas jornadas para receber bônus dificulte o controlo sobre esta prática.

O jornal econômico Nikkei noticiou na terça-feira que o governo do Japão adotou uma série de medidas de emergência para prevenir as mortes por excesso de trabalho, aprovadas na véspera pelo Ministério do Trabalho, para aumentar a vigilância sobre as empresas para garantir que cumprem o regulamento das horas extraordinárias.

As autoridades japonesas vão fazer inspeções surpresa e publicar os nomes das empresas onde se tenham registrado mortes relacionadas com o excesso de trabalho, assim como das que obriguem os seus funcionários a trabalhar mais horas extraordinárias que as recomendadas por lei (80 por mês).

Esse pacote de medidas, que entrará em vigor em janeiro, inclui algumas para aconselhar as empresas sobre as normas laborais e para promover a atenção médica e psicológica aos funcionários que precisem dela, por cansaço ou "stress" laboral.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Japão registra deflação pelo 9º mês seguido

O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão sofreu deflação em novembro de 2016 na comparação anual, marcando o nono mês consecutivo de queda anualizada, de acordo com o relatório preliminar divulgado nesta terça-feira (27) pelo governo japonês, em sinal de que a economia ainda não tem impulso suficiente para levar a inflação em direção à ambiciosa meta de 2% almejada pelo banco central do país.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, declinou 0,4% em novembro ante o mesmo mês do ano passado, de acordo com os números preliminares do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do país.

A leitura marcou o nono declínio mensal consecutivo em termos anualizados e registrou a mesma queda observada no mês anterior, ou seja, -4%. O índice situou-se em 99.8 contra a base de 100 estabelecida em 2010. Na comparação mensal, o CPI não apresentou alteração.

Em relação ao CPI que inclui todos os itens, o índice apresentou alta de 0,5% na base anual e manteve estável na comparação mensal, situando-se em 100.4 contra a base de 100.

Já o índice que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, a medida preferida do BC japonês, cresceu 0,1% na base anual e recuou 0,1% no mês. Embora apresente alta pelo 38º mês consecutivo, esse indicador vem desacelerando gradativamente. No mês passado, ele cresceu apenas 0,2%, enquanto subiu 1,1% em janeiro, ambos na comparação anual.

Apesar dos persistentes resultados ruins, analistas esperam que a inflação acelere no ano que vem, refletindo a recente recuperação dos preços do petróleo e a queda do iene que impulsionou os preços de importação, aliviando a pressão sobre o Banco do Japão para complementar um programa de estímulo.

Quanto à área Metropolitana de Tóquio, o núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, apresentou queda tanto na base anual como mensal, de -0,6% e -0,1%, respectivamente. A queda em termos anualizados foi maior que o recuo de -4% registrado em outubro.

Os economistas veem os números de Tóquio como um indicador principal das tendências de preços em todo o país, já que é calculado um mês à frente.

*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.

Fonte: Mundo Nipo

2016 aponta para uma nova liderança global em vendas de automóveis

A maior montadora do mundo, a Toyota Motor Corp. foi superada pelo grupo Volkswagen AG desde janeiro até novembro de 2016. E há não ser que o mês de dezembro seja espetacularmente bem sucedido (em termos de vendas), a empresa nipônica deverá começar 2017 atrás dos alemães.

O grupo alemão “virou” o jogo especialmente por dois motivos: melhor desempenho no mercado chinês e o desempenho aquém do esperado registrado pelos japoneses nos EUA, mercado tradicionalmente receptivo e essencial para a Toyota.

A produção doméstica da empresa, no entanto, continua estável, registrando crescimento, bem como a atuação no mercado europeu, especialmente através do ecologicamente correto “Prius”.

Fonte: JapanTimes

Tesla e Panasonic iniciam produção de painéis solares em NY

(Bloomberg) - A Tesla Motor e a Panasonic começarão a produzir células e módulos solares no ano que vem em uma fábrica em Buffalo, Nova York.

A produção começará no verão americano e a capacidade de produção da fábrica se expandirá para 1 gigawatt em 2019, disseram as empresas em comunicado na terça-feira. A Panasonic investirá mais de 30 bilhões de ienes (US$ 256 milhões) na instalação de equipamentos de produção, disse Yayoi Watanabe, porta-voz da empresa com sede em Osaka, Japão, por telefone. O investimento total não foi revelado no comunicado.

O anúncio ressalta o aprofundamento dos laços entre as duas companhias. Elas estão construindo em conjunto uma mega fábrica de íon de lítio de US$ 5 bilhões em Nevada, EUA, para produzir baterias para carros elétricos e produtos de armazenagem de energia para residências e empresas distribuidoras de energia. Em outubro, a Tesla revelou planos de trabalhar com a Panasonic para produzir células e módulos solares para a instaladora de telhados solares SolarCity - companhia adquirida pela Tesla no mês passado por US$ 2 bilhões.

"Quando a produção dos telhados solares começar, a Tesla também incorporará as células da Panasonic nos muitos tipos de telhas de vidro solares que a Tesla fabricará", diz o comunicado. O presidente do conselho da Tesla, Elon Musk, revelou os planos dos telhados solares feitos de telhas de vidro em outubro.

Os componentes solares da planta de Buffalo também funcionarão perfeitamente com os aparelhos de armazenagem de energia da Tesla, como o Powerwall e o Powerpack, afirmaram as companhias.

Inflação ao consumidor no Japão cai em novembro

TÓQUIO (Reuters) - O núcleo dos preços ao consumidor no Japão marcou o nono mês consecutivo de quedas anuais, segundo dados divulgados nesta terça-feira, sugerindo que a economia ainda não tem impulso suficiente para levar a inflação em direção à ambiciosa meta de 2 por cento do banco central.

O núcleo do índice de preços ao consumidor, que inclui produtos de petróleo mas exclui preços voláteis de alimentos, caiu 0,4 por cento em novembro em relação ao ano anterior, segundo dados do governo, em comparação com a previsão de queda de 0,3 por cento. A inflação geral, no mesmo período, subiu 0,5 por cento.

Analistas esperam que a inflação acelere no ano que vem, refletindo a recente recuperação dos preços do petróleo e a queda do iene que impulsionou os preços de importação, aliviando a pressão sobre o Banco do Japão para complementar um programa de estímulo.

"É claro que a tendência de inflação foi fraca até dezembro, porque os preços estavam caindo para muitos itens não-energéticos", disse o economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute, Yoshiki Shinke. 

Fonte: Reuters

Honda pode ser a segunda montadora parceira da Waymo

A Honda negocia fechar uma parceria com a Waymo, a empresa irmã do Google que desenvolve tecnologias de condução autônoma. Caso a parceria se confirme, a montadora japonesa será a segunda montadora a abrir suas portas para conribuir com a gigante da tecnologia.

As conversas entre as duas empresas foram confirmadas por um representante da Honda à Reuters. "Há apenas uma quantidade de tecnologia que uma empresa pode desenvolver enquanto foca em uma abordagem específica. Ao abordar o tema por meio de múltiplos ângulos é possível propor inovações mais rapidamente", disse o porta-voz da Honda, Teruhiko Tatebe. Já a Waymo não se pronunciou oficialmente. Segundo a Reuters, um representante da empresa apenas disse, de forma anônima, que a Waymo está "ansiosa para explorar oportunidades de colaboração com a Honda".

Segundo a publicação, as conversas entre as duas empresas começaram há poucos dias, logo depois que a Waymo foi oficialmente lançada. Até então, o desenvolvimento de tecnologias de condução autônoma era tocado pela divisão de experimentos da Alphabet, o conglomerado que reúne diversas empresas, como o Google e, agora, a Waymo.

Ainda enquanto era um projeto embrionário, a Alphabet fechou parceria com a FCA para testar as tecnologias desenvolvidas. Para isso, a Chrysler cedeu algumas unidades da minivan Pacifica. O modelo será um dos destaques da Waymo durante a CES 2017, a maior feira de tecnologia do mundo. A próxima edição do evento será realizada no início de janeiro de 2017.

Fonte: Autoesporte

Sistema japonês "5S" é adotado em Santa Casa de município brasileiro

A Santa Casa de Cachoeiro está investindo em organização, infraestrutura e melhor aproveitamento dos espaços internos. Por isso, implantou o sistema 5S, um método japonês que vai garantir um ambiente mais agradável para os pacientes e funcionários. 

Segundo a coordenadora administrativa, Aline Silveira, a implantação do projeto já tem dado resultado. “Está sendo gratificante ver o empenho da equipe neste projeto. Já alcançamos 70% de nossa meta e mesmo não tendo finalizado o trabalho já é possível colher frutos como: ganho de espaço, facilidade de limpeza e manutenção, melhor controle dos estoques, facilidade de localização e identificação dos objetos e ferramentas”, comenta.

Para alcançar a meta foi necessário incorporar uma nova cultura ao hospital, contando com o comprometimento e participação de todos os funcionários. 

Metodologia

O 5S surgiu no Japão enquanto o país se reconstruía, após a segunda guerra mundial. A metodologia é baseada em cinco palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que traduzidas para o português significam ‘sensos’, e cada um está ligado a uma nomenclatura. São elas: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de autodisciplina.

O objetivo da metodologia é promover o aprendizado e a prática de conceitos e ferramentas para a qualidade, incluindo cuidados com pessoas, ambiente, equipamentos, materiais, etc. Para que isso ocorra, é preciso investir em programas de qualidade e focar em uma boa gestão e assim, evitar desperdícios.

Como funciona

SEIRI – Senso de Utilização: Atua na estruturação do espaço, ou seja, eliminar do espaço de trabalho o que não for útil, ganhando mais espaço; reduzir custos; melhorar controle de estoques.

SEITON – Senso de Organização: Organizar o espaço de trabalho de forma eficiente, o que gera entre outras coisas, economia de tempo.

SEISO – Senso de Limpeza: Limpar e organizar o ambiente de trabalho, tornando-o mais saudável e agradável; reduzir acidentes; melhorar a conservação do local e dos equipamentos; melhorar o relacionamento interpessoal.

SEIKETSU – Senso de Padronização e Saúde: Criar normas claras para triagem/arrumação/limpeza Facilidade de localização e identificação dos objetos e ferramentas; Equilíbrio físico e mental; Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc); Melhoria nas condições de segurança.

SHITSUKE – Senso de Disciplina ou Autodisciplina: Incentivar a melhoria contínua no local de trabalho; Melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho; Trabalho diário agradável; Melhoria nas relações humanas; Valorização do ser humano; Cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos.

Fonte: R7

Estádio Nacional de Tóquio de Kengo Kuma começa a ser construído

Foi iniciada a construção do projeto de Kengo Kuma para o Estádio Olímpico Nacional de Tóquio 2020, um ano após a proposta ter sido selecionada para substituir o projeto original de Zaha Hadid e três anos e meio antes da cerimônia de abertura do evento em 24 de julho de 2020.

Estima-se que o estádio de madeira com capacidade para 80.000 lugares custará US$ 1,5 bilhão, mais do que o orçamento original de US$ 850 milhões, mas significativamente menos do que os US $ 2,1 bilhões estimados para o projeto de ZHA antes de seu cancelamento.
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O estádio ocupa o mesmo local do Estádio Olímpico de Tóquio de 1964, de Kenzo Tange, que foi demolido no ano passado para dar lugar à nova estrutura. Após as duras críticas sofridas pela proposta de ZHA, devido à sua descabida escala, a nova proposta assume um gabarito mais baixo e tem sua estrutura desenvolvida em madeira, retomando, ao menos simbolicamente, a arquitetura tradicional japonesa.

Veja mais imagens do projeto divulgadas pelo Conselho Esportivo do Japão, aqui

Fonte: Archdaily

Japão reforça medidas para prevenir mortes por excesso de trabalho

O Governo do Japão adotou uma série de medidas de emergência para prevenir as mortes por excesso de trabalho, após a morte de dois funcionários da agência de publicidade Dentsu.

As medidas, aprovadas na segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e noticiadas hoje pelo jornal económico Nikkei, têm como objetivo aumentar a vigilância sobre as empresas para garantir que cumprem o regulamento das horas extraordinárias.

As autoridades japonesas vão fazer inspeções surpresa às empresas e vão publicar os nomes daquelas onde se tenham registado mortes relacionadas com o excesso de trabalho, ou "karoshi", bem como das empresas que obriguem os seus funcionários a trabalhar mais horas extraordinárias que as recomendadas por lei (80 por mês).

No passado mês de outubro, o Governo publicou um relatório em resposta a dois casos de "karoshi" que revelou que quase um quarto dos funcionários no Japão pode exceder esse limite.

O pacote de medidas, que entrará em vigor em janeiro, inclui algumas para aconselhar as empresas sobre as normas laborais e para promover a atenção médica e psicológica aos funcionários que precisem dela, por cansaço ou stress laboral.

A preocupação com o excesso de trabalho no Japão reapareceu depois de, em outubro, as autoridades terem classificado como "karoshi" o suicídio de uma funcionária de 24 anos da Dentsu, empresa líder do setor publicitário no país asiático.

A jovem chegou a trabalhar até 105 horas extra por mês, apesar dos registos da Dentsu mostrarem um cômputo dentro do limite legal.

A família denunciou que a empresa forçou a jovem a registar menos horas que as realmente cumpridas.

A funcionária, que morreu em dezembro do ano passado e tinha entrado sete meses antes para a empresa, deixou testemunho sobre as duras condições de trabalho na sua conta de Twitter, onde detalhava dias de 20 horas diárias.

Dias depois da confirmação deste caso de "karoshi" foi estabelecido que a morte, em 2013, de outro trabalhador de 30 anos da mesma empresa aconteceu também devido ao excesso de trabalho.

O Governo japonês aprovou em 2015 uma lei para travar a epidemia de excesso laboral, ainda que a falta de rigor no registo das horas extraordinárias por parte das empresas e a disponibilidade dos funcionários para alargar as suas jornadas para receber bónus dificulte o controlo sobre esta prática.

Japão legaliza abertura de cassinos no país

A lei que legaliza a abertura de cassinos no Japão entrou em vigor nesta segunda-feira, 26, no país onde, até agora, a proibição dos jogos de azar impossibilitava a criação desses estabelecimentos.

A nova norma, impulsionada pelo governante Partido Liberal-Democrata (PLD) do primeiro-ministro Shinzo Abe apesar da rejeição majoritária da oposição, permitirá a partir de agora os jogos de azar em cassinos localizados em hotéis e complexos de lazer.

Os opositores da lei consideram que ela poderá reavivar o problema do vício em jogos no Japão e colocar em risco a segurança pública.

Após a entrada em vigor da lei, o governo japonês ampliará a legislação necessária para implementar a norma, assim como o regulamento para lidar com os problemas relacionados ao assunto, incluindo maneiras para evitar a dependência ao jogo e a participação nos negócios do crime organizado.

A lei do Japão proíbe de forma geral as apostas e os jogos de azar, embora sejam permitidas certas exceções para as corridas de cavalos e certos esportes a motor, além de loterias administradas por governos locais.

A legalização dos cassinos tem como objetivo atrair mais visitantes estrangeiros e fomentar a despesa destes no Japão. 

Fonte: EFE

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Abe mostra em Pearl Harbor solidez da aliança com EUA

A visita do primeiro-ministro japonês a Pearl Harbor está a ser encarada como uma forma de enviar uma mensagem de que a aliança entre Japão e Estados Unidos é sólida e vital. Barack Obama e Shinzo Abe vão estar hoje no memorial do ataque nipónico que em 1941 levou os norte-americanos a entrarem na Segunda Guerra Mundial.

"Nos últimos quatro anos, o presidente Obama e eu temos trabalhado muito em conjunto para desenvolver todas as facetas das relações Japão-EUA e para a paz e prosperidade da região da Ásia-Pacífico e do mundo", declarou Abe no início do mês. "Gostaria de fazer deste encontro no Havai uma oportunidade para resumir os últimos quatro anos e enviar uma mensagem ao mundo sobre o significado ou reforço futuro da nossa aliança", sublinhou.

O encontro de hoje entre os dois líderes ganha também especial significado por se realizar a menos de quatro semanas da tomada de posse de Donald Trump. Antes das eleições, o agora presidente eleito comentou a sua preocupação com a possibilidade do Japão adquirir armas nucleares e começar a exigir mais dinheiro pela presença de tropas americanas no país.

Há pouco mais de um mês, Shinzo Abe tornou-se no primeiro líder estrangeiro a encontrar-se com Donald Trump depois das eleições. Depois do encontro, o primeiro-ministro japonês descreveu Trump como alguém em quem depositava "grande confiança".

"Não só Abe, mas toda a comunidade diplomática no Japão, está desesperada para mandar uma mensagem não só ao mundo, mas ao presidente eleito Trump, de que a aliança EUA-Japão é forte e só pode ficar mais forte", explicou à Reuters Koichi Nakano, professor da Universidade de Sophia, em Tóquio.

"O valor e significado da aliança Japão-EUA é imutável, para o passado, presente e futuro. Este encontro será uma oportunidade significativa para confirmar isso mesmo", deixou bem claro Shinzo Abe numa conferência de imprensa dada no passado dia 5.

Falando ontem em Tóquio, Shinzo Abe garantiu também que com a sua visita de hoje a Pearl Harbor pretende passar a mensagem de que o Japão não voltará a repetir as atrocidades de anteriores guerras. "A aliança entre os Estados Unidos e o Japão é uma com esperança em lidar com variados problemas no mundo", declarou o japonês. "Espero que esta visita seja histórica com os líderes do Japão e os Estados Unidos a visitarem em conjunto Pearl Harbor num sinal de reconciliação", acrescentou.

O encontro de hoje entre Abe e Obama realiza-se 20 dias depois do 75.º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor, episódio que fez os Estados Unidos participarem na Segunda Guerra Mundial e no qual morreram 2403 norte-americanos. Fonte do governo japonês já adiantou que Shinzo Abe não irá pedir desculpas pelo ataque. E que vai na linha da atitude de Obama na sua visita a Hiroxima.

Shinzo Abe não será o primeiro líder de um governo japonês a visitar Pearl Harbor. Esse papel coube a Shigeru Yoshida que, em 1951, parou no Havai numa viagem de regresso a Tóquio, depois de ter assinado em São Francisco um acordo de normalização das relações entre o Japão e os países vencedores da Segunda Guerra Mundial.

A discreta visita a Pearl Harbor foi noticiada pelo Yomiuri Shimbun, tendo Yoshida dito a um jornalista deste diário que a experiência o tinha deixado "comovido".

Nada de dinheiro público: governos do Japão rejeitam assumir parte do custo de Tóquio 2020

Vários governos regionais e locais do Japão notificaram nesta segunda-feira ao comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 que não estão dispostos a assumir o custo da construção das instalações temporárias para o evento.

Os líderes de seis Prefeituras japonesas e quatro localidades próximas à capital expressaram esta postura em uma carta enviada hoje ao presidente do comitê organizador, Yoshiro Mori, e à governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

Em particular, eles pedem que seja respeitado o plano inicial do comitê organizador segundo o qual este órgão assumiria o custo da construção de todas as instalações, explicaram os responsáveis regionais e locais em declarações aos veículos de imprensa após um encontro em Tóquio com Koike.
Em abril, o governo da Área Metropolitana de Tóquio e o comitê organizador decidiram modificar esta estratégia e chamaram os governos regionais que acolherão provas esportivas dentro da reunião olímpica a custear as instalações temporárias.

O comitê organizador afirmou na semana passada que o orçamento total para os Jogos Olímpicos ficará entre 1,6 trilhão e 1,8 trilhão de ienes (13 e 14,7 bilhões de euros ou R$ 44 e R$ 50 bilhões).
Deste montante, o comitê organizador assumiria 500 bilhões de ienes (4 bilhões de euros ou R$ 13 bilhões) e o resto seria coberto pelos governos de Tóquio, o Executivo central e outras administrações.

Os dez signatários da carta incluem os governos das Prefeituras de Saitama, Kanagawa e Chiba, contíguas com a capital, assim como várias cidades próximas e a de Sapporo, ao norte do arquipélago japonês.

A governadora de Tóquio, que chegou ao cargo em julho após colocar a transparência e o controle dos custos para Tóquio 2020 entre suas prioridades, liderou várias iniciativas para revisar os planos de construção de novas instalações e seu financiamento.

Fonte: ESPN

Limitada imunidade dos funcionários das bases dos EUA no Japão

Washington e Tóquio planeiam estabelecer quatro categorias de pessoal civil nas bases e excluir da proteção do Acordo sobre o Estatuto das Tropas dos Estados Unidos no Japão (SOFA, na sigla inglesa) todos os que não pertençam a elas.

O Japão espera que o acordo seja assinado antes da mudança de administração nos Estados Unidos, em janeiro.

"É [um pacto] novo, e o acordo é um bom exemplo de como os Governos japonês e norte-americano podem obter resultados visíveis se cooperarem. Creio que contribuirá para um aprofundamento da aliança entre os Estados Unidos e o Japão", disse Kishida, em declarações à agência Kyodo.

O novo pacto vai complementar o SOFA, que deixa nas mãos dos Estados Unidos a jurisdição sobre militares e pessoal civil das suas bases acusados de cometer um crime enquanto estão de serviço.

Apesar de os Estados Unidos terem acordado, em 1995, a exceção de entrega à justiça japonesa dos suspeitos de crimes graves, o acordo não obrigava até agora o exército norte-americano a transferir os suspeitos antes que fossem acusados.

O pré-acordo acontece depois da detenção, em maio, do ex-militar Kenneth Franklin Shinzato, de 32 anos, que nessa altura era trabalhador civil na base de Kadena em Okinawa, pelo assassínio de uma jovem local de 20 anos, Rina Shimabukuro.

O incidente despertou a indignação local e reavivou críticas ao SOFA, que também será revisto pelos governos dos dois países para delimitar o denominado "componente civil" do mesmo.

A prefeitura de Okinawa alberga mais de metade dos cerca de 48 mil efetivos que os Estados Unidos mantêm no Japão, bem como 70% das instalações militares norte-americanas no país.

Toyota confirma novo presidente para a companhia no Brasil

A Toyota anunciou um novo presidente para comandar as operações da companhia japonesa no Brasil a partir do primeiro dia últil de 2017, 2 de janeiro. A montadora japonesa divulgou que Rafael Chang vai assumir o cargo, no lugar do atual presidente, Koji Kondo.

A empresa agradeceu Kondo pelos serviços prestados durante os últimos anos considerados dífíceis, pois a demanda por automóveis no País caiu pela metade. Chang foi responsável pelas operações da montadora na Venezuela. O novo presidente chega com a promessa de ajudar a Toyota crescer ainda mais rápido no Brasil.

A participação da companhia japonesa no mercado brasileiro de automóveis subiu de 4,3% em 2014 para 8,8% atualmente, segundo a empresa. informações obtidas pelo O Globo.

Fonte: OPOVO

Kuroda, do Banco do Japão, prevê "grande passo" em 2017 para derrotar deflação

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, mostrou-se otimista em relação à economia japonesa em 2017, ao dizer que o país dará um "grande passo à frente" na iniciativa de escapar da tendência de deflação.

Em discurso à maior federação empresarial do Japão, a Keidanren, Kuroda também afirmou hoje que a economia mundial está "entrando numa nova fase", após passar anos lidando com os efeitos da crise financeira global iniciada em 2008.

Os comentários de Kuroda vieram após sinais de crescente otimismo entre formuladores de políticas de Tóquio. Tanto o BoJ quanto o governo fizeram comentários mais favoráveis da economia na semana passada, em meio a ganhos nas exportações e produção. A forte reversão da tendência de alta do iene, causada por expectativas de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, será mais agressivo na concessão de estímulos fiscais, foi particularmente comemorada.

Este foi um ano "difícil" para os negócios e para o banco central japonês, notou Kuroda. "Felizmente, o vento desfavorável começa a soprar a favor."

Kuroda citou a forte desvalorização das ações na China, no início do ano, e o plebiscito que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia, em junho, entre fatores que contribuíram para o forte aumento temporário no valor do iene.

Sobre a política adotada pelo BoJ em setembro para controlar os rendimentos de bônus do governo japonês (JGBs), Kuroda disse que o instrumento "gerou os efeitos desejados". Ele ressaltou ainda que o juro do JGB de 10 anos tem se mantido em torno de zero, minimizando a alta para 0,1% vista em meados deste mês.

O BoJ tem o objetivo de manter o rendimento do JGB de 10 anos próximo de zero e impõe uma taxa de depósitos de -0,1%, como parte de amplos esforços para atingir uma meta de inflação de 2%.
Para Kuroda, a nova política pode "fortalecer ainda mais os efeitos do vento favorável que impulsiona a economia e os preços".

Kuroda não falou sobre a possibilidade de o BoJ ampliar o relaxamento de sua política monetária, mas defendeu a necessidade de as empresas elevarem os salários de seus funcionários para estimular o consumo, antes de negociações salariais previstas entre sindicatos e empregadores. 

Fonte: Dow Jones Newswires

Primeiro-ministro do Japão faz visita inédita a Pearl Harbor

TÓQUIO - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, deixou Tóquio nesta segunda-feira, 26, para o Havaí, onde visitará a base americana de Pearl Harbor, ao lado do presidente Barack Obama, com os dois países ansiosos por comemorar décadas de reconciliação. 

A viagem de Abe a Pearl Harbor, a primeira de uma chefe de governo japonês, ocorre 75 anos depois do ataque surpresa da aviação japonesa em dezembro de 1941, o que precipitaria a entrada dos Estados Unidos na 2.ª Guerra. 

A visita do primeiro-ministro japonês havia sido anunciada no início de dezembro e ocorre após a visita em maio de Obama a Hiroshima, onde a primeira bomba atômica foi lançada por um avião americano sobre a cidade japonesa, pouco antes do fim da guerra em 1945. 

"Vou a Pearl Harbor no Havaí para honrar as vítimas (do ataque) como primeiro-ministro e representante do povo japonês", disse Abe à imprensa no aeroporto de Haneda, pouco antes de sua partida. "Nós não devemos nunca mais repetir os horrores da guerra. Com o presidente Obama, quero expressar ao mundo este compromisso para o futuro e o valor da reconciliação". 

Ambos os líderes querem que a sua visita alimente a aliança entre os dois países desde a 2.ª Guerra. 

As autoridades japonesas disseram que a viagem de Abe não tinha a intenção de pedir desculpas, mas honrar as vítimas e incentivar reflexões históricas, como o presidente Obama fez em Hiroshima. 

Transição

Mas a visita de Abe também ocorre pouco antes da saída da Casa Branca de Obama e da chegada de seu sucessor, Donald Trump, no próximo mês. O republicano causou profunda comoção no Japão, quando propôs durante a campanha eleitoral a retirada das tropas americanas do sul da Península Coreana e do arquipélago japonês, apesar de um aumento significativo da contribuição financeira dos dois países. 

Trump também sugeriu que o Japão e a Coreia do Sul se equipem com armas nucleares contra a ameaça da Coreia do Norte, observações que sacudiram a opinião pública em um país onde a memória do ataque nuclear a Hiroshima está gravado na memória. 

Abe se apressou em viajar a Nova York e encontrar o magnata após sua eleição. Ele foi a primeira autoridade estrangeira a se reunir com o presidente eleito. Na ocasião, o chefe de governo japonês ressaltou a importância das relações entre o Japão e os EUA. 

Fonte: AFP/Estadão

Governos locais do Japão se negam a assumir parte dos custos de Tóquio-2020

Vários governos regionais e locais do Japão informaram nesta segunda-feira à organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, que não estão dispostos a assumir o custo da construção das instalações temporárias para o evento esportivo.

Ao todo, seis prefeitos e quatro líderes de localidades próximas à capital expressaram essa postura em uma carta enviada ao presidente do comitê organizador, Yoshiro Mori, e à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, com quem se reuniram.

Em particular, pedem que seja respeitado o plano inicial do comitê organizador, que havia se comprometido a assumir os custos da construção de todas as instalações.

Entre os líderes que assinaram a carta, estão os prefeitos de Saitama, Kanagawa e Chiba, cidades vizinhas da capital, assim como o de Sapporo, ao norte de Tóquio.

Em abril deste ano, o governo da Região Metropolitana de Tóquio e o comitê organizador decidiram modificar a estratégia e convocaram os líderes regionais de localidades que sediarão alguma disputa a bancar as instalações temporárias.

O comitê organizador afirmou na semana passada que o orçamento total para os Jogos Olímpicos chegará a entre 1,6 trilhão e 1,8 trilhão de ienes (de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões), maior que o que foi gasto na Rio-2016, que ficou perto de R$ 40 bilhões.

Desse montante, a organização se responsabilizaria por 500 bilhões de ienes (R$ 13,95 bilhões), e o restante seria coberto pelos governos de Tóquio, o Executivo central e outras administrações.

A governadora da capital, que chegou ao cargo em julho, liderou várias iniciativas para revisar os planos de construção de novas instalações e seu financiamento.

Fonte: EFE/Estadão