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terça-feira, 29 de março de 2011

Regional da câmara em Maringá terá seus trabalhos iniciados este ano

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná acaba de criar uma superintendência em Maringá, com o objetivo de atrair empresas japonesas para a cidade e incentivar negócios locais com empresários japoneses.

O presidente da Câmara, o maringaense Yoshiaki Oshiro, afirma que no ano passado, 45 empresas nipônicas expressaram interesse em se instalar no Estado. "Dessas, três efetivamente vieram: a Toshiba, em São José dos Pinhais; a Makita, em Ponta Grossa, e a Yazaki, em Santo Antônio da Platina e Guarapuava", revela.

O superintendente em Maringá é Cláudio Suzuki, que preside o Instituto Tomodati. Ele afirma que a cidade tem condições de atrair uma série de empresas japonesas.

"Já sabemos de uma empresa que estava interessada em se instalar em Londrina. Claro que vamos brigar para trazê-la a Maringá", afirma. Os detalhes da empresa ainda não foram revelados. Entre japoneses e descendentes, estima-se que Maringá tenha 14 mil habitantes.

Atrativos

Oshiro afirma que empresas consideradas médias no Japão têm faturamento equivalente às grandes brasileiras. No Brasil, os japoneses buscam benefícios fiscais e núcleos regionais que possam oferecer mão de obra qualificada. "Neste quesito, Maringá tem a vantagem de contar com sete instituições de ensino superior".

Planos

"Sabemos de uma empresa interessada em se instalar em Londrina. Vamos brigar para trazê-la a Maringá" Cláudio Suzuki Superintendente da Câmara em Maringá. Ele afirma que a maior possibilidade para Maringá é a atração de empresas de vestuário, hardware e alimentação. Oshiro esteve na Câmara Municipal e na prefeitura, onde solicitou ao município um levantamento de dados sobre a cidade para ajudar na negociação com os japoneses. "Eles gostam de muita informação, principalmente a distância de portos e aeroportos, além da parte ambiental".

O aeroporto de carga de Maringá e o Porto Seco Norte do Paraná colocam o município em vantagem diante dos outros, afirma o presidente da câmara de comércio.
Reconstrução

Num momento em que o Japão se recupera de sua pior catástrofe natural, uma série de oportunidades se abrem para o Paraná. Oshiro afirma que os japoneses precisam adquirir alimentos com urgência. Além de interrompida a produção e o cultivo no país oriental, várias regiões estão sob suspeita de contaminação por radiação.

Oshiro afirma que empresas paranaenses que produzem alimentos conservados em embalagens à vácuo já conseguiram fechar negócio nas últimas semanas.

"São itens de fácil transporte e que duram bastante tempo, sem necessidade de refrigeração", explica. "O Paraná pode e deve participar da reconstrução do Japão".