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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Banco do Japão aumenta estímulo em meio à economia fraca


O Banco do Japão (BOJ) decidiu nesta terça-feira (30) ampliar seu programa de compra de ativos em 11 trilhões de ienes (US$ 137,6 bilhões), para 91 trilhões (US$ 1,138 trilhão), a fim de injetar liquidez ao sistema para combater a deflação e os impactos da crise global.
A instituição revisou para baixo a previsão do PIB do país, até 1,5% para este ano fiscal. O banco também decidiu por unanimidade estabelecer um marco regulatório para impulsionar sem um limite estabelecido os empréstimos a longo prazo com juros para as instituições financeiras, com o objetivo de contribuir para aumentar a demanda de crédito.
Esta é a primeira vez que o BOJ faz duas ampliações mensais seguidas de seu programa de compra de ativos desde maio de 2003, quando efetuou duas injeções destas características com o objetivo de reforçar o sistema financeiro.
A instituição afirmou que manterá sua política de flexibilização monetária até confirmar que o objetivo de atingir uma inflação anual de 1% seja possível.
Por enquanto, para este ano fiscal, o governo previu um retrocesso dos preços de 0,1%, embora acredita-se que em 2013 a inflação será de 0,4%, até chegar a 2,8% em 2014, segundo previsões semestrais.

Mais estímulos


Mas nem a linguagem mais forte do BC nem seu novo esquema conseguiram impressionar os analistas. "O problema não é a capacidade dos bancos de emprestar. O problema é a falta de demanda por empréstimos devido à deflação e à taxa de câmbio valorizada", afirmou o economista-chefe para o Japão do Bank of America Merrill Lynch em Tóquio, Masayuki Kichikawa. "Os mercados continuarão esperando mais do BOJ (banco central do Japão, na sigla em inglês)."
Como em suas reuniões anteriores, o Banco do Japão frisou hoje a incerteza que enfrenta a economia global. Por isso, além de revisar para baixo a estimativa de crescimento do PIB japonês para este ano fiscal (de 2,2% para 1,5%), previu que em 2013 este índice crescerá 1,6%, um décimo a menos do que o estimado em julho.
(Com informações de Reuters e Efe)