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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Temores sobre piora dos problemas fiscais na Espanha derrubam cotação do euro em Tóquio


A venda de euros ganhou dinamismo no mercado de câmbio de Tóquio na quinta-feira devido aos temores de que os problemas fiscais na Espanha contribuam para piorar a crise de crédito na Europa.

O euro despencou até o patamar de 97 ienes, atingindo a maior baixa em quatro meses e meio.

Preocupações quanto à deterioração da situação fiscal na Espanha, já que o governo do país tem injetado fundos públicos para socorrer bancos comerciais em dificuldades, motivaram os investidores a vender euros em favor do iene, tido como uma moeda segura.

Às 17h de quinta-feira, no mercado de câmbio de Tóquio, a moeda única europeia era negociada entre 97,74 e 97,78 ienes, com um recuo de 1,07 iene em relação à cotação do dia anterior.

Já o dólar apresentou enfraquecimento perante a moeda japonesa, tendo sido negociado entre 78,80 e 78,81 ienes, ou seja, uma queda de 0,55 iene.

Participantes do mercado de câmbio estão preparados para lidar com uma piora da crise de crédito provocada pelo aumento nos rendimentos dos títulos públicos da Espanha e Itália. Além disso, a Grécia vai realizar novas eleições gerais em meados do próximo mês. 

Segundo os participantes, por enquanto, o mercado de câmbio será altamente influenciado pela situação fiscal na Espanha e pelo quadro político na Grécia.

Fonte: NHK

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasil e Japão trocam tecnologia naval para exploração do pré-sal


BRASÍLIA - Os governos do Brasil e do Japão assinaram acordo para a transferência de tecnologia entre os dois países na área naval. Segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a medida trará benefícios para a exploração de petróleo na camada pré-sal.

O acordo tem validade de cinco anos e “é parte do esforço brasileiro para importar e desenvolver tecnologia para um setor que deverá passar por grandes transformações”, disse o ministro Fernando Pimentel, em nota.

A estimativa do Mdic é de que o Brasil precisará de “aproximadamente 5 mil embarcações, desde sondas de extração de alta complexidade a barcos de apoio, para explorar o petróleo em águas profundas”.

Um segundo memorando de entendimento, assinado entre Pimentel e o ministro japonês da Terra, Infraestrutura, Transportes e Turismo, Takeshi Maedatrata, trata da associação entre as empresas SOG Óleo e Gás S/A, do Brasil, e Toyo Engineering Corporation, do Japão. Elas formarão duas empresas que atuarão “na área de construção e integração de plataformas marítimas no país”.

O inicio das operações está previsto para junho de 2012, informou o Mdic.

(Lucas Marchesini | Valor)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Produção industrial no Japão cresce 0,2% em abril


A produção industrial no Japão cresceu em abril 0,2% em relação ao mês anterior, impulsionada pelo fabrico de equipamentos de transporte e pela indústria química, informa o Governo. 

O valor de abril, que indica o segundo mês consecutivo de crescimento depois da subida de 1% em março, é 13,4% superior ao registado em abril de 2011, quando a indústria sofreu os efeitos do terramoto e tsunami que arrasou o nordeste do país a 11 de março de 2011. 

As indústrias que mais contribuíram para o aumento de abril foram as dos equipamentos de transporte, química e maquinaria elétrica, segundo o relatório preliminar do Ministério de Economia, Comércio e Indústria. 

As previsões apontam para uma quebra da produção industrial em 3,2% em maio em relação ao mês anterior. 

Em contrapartida, estima-se uma recuperação em junho, mês em que é apontado um aumento de 2,4%, de acordo com um inquérito do ministério japonês junto dos fabricantes. 

A produção industrial, que mede o ritmo das fábricas japonesas, é considerada um indicador fundamental para antecipar a evolução da economia, altamente dependente do setor manufatureiro.

Fonte: Valor

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vendas no varejo do Japão crescem 5,8% em abril


TÓQUIO, 28 Mai (Reuters) - As vendas no varejo do Japão subiram 5,8 por cento em abril na comparação ao mesmo mês do ano passado, menos do que a média prevista pelo mercado, de um aumento de 6,3 por cento, mostraram dados do governo na terça-feira (horário local).

As vendas no varejo continuaram crescendo fortemente se comparadas com o último ano, quando caíram após o devastador terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão em março de 2011.

(Reportagem de Leika Kihara)

Em Tóquio, Pimentel diz que japoneses têm interesse no trem-bala


BRASÍLIA - Empresas japonesas estão interessadas em participar do projeto de construção do trem-bala ligando as cidades de Campinas (SP), São Paulo e Rio de Janeiro, informou nesta terça-feira, em nota, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que visita o Japão.

“O crescimento da economia, acompanhado de um processo de distribuição de renda, incorporou ao mercado de consumo cerca de 40 milhões de brasileiros”, disse Pimentel em Tóquio, ressaltando alguns dos motivos da atratividade do empreendimento.

Além disso, informou o ministro, os japoneses estariam interessados em obras de construção e ampliação de portos, aeroportos e rodovias no Brasil. Outro setor que necessita de investimentos é a indústria naval, segundo ele. “Nos próximos seis a oito anos o Brasil vai precisar de 500 embarcações, de navios de apoio a sondas de perfuração flutuante, para a exploração do pré-sal. O Japão dispõe de tecnologia que poderia nos ser muito útil”, disse Pimentel.

O ministro informou que o presidente da Mitsubishi Corporation, Ken Kobayashi, disse, durante encontro entre ambos, que “pretende investir em engenharia naval e monitoramento de risco de desastres naturais”.

Pimentel também se reuniu com o ministro dos Transportes japonês, Takeshi Maeda.  Por fim, participou de seminário do Keidanren, a federação das organizações econômicas do Japão, que contou com a participação de aproximadamente 700 empresários japoneses, segundo o ministério. O objetivo da viagem, de acordo com a pasta, é levar novas empresas para o Brasil e abrir caminho para ampliar investimento daquelas que já estão instaladas no país.

Nesta quarta-feira Pimentel terá reunião com o ministro da economia japonês, Yukio Edano. Ele também almoçará com o embaixador brasileiro em Tóquio, Marcos Galvão. Depois do Japão, visitará autoridades e empresários na Coreia do Sul e no Qatar.

Fonte: Valor

Visitas à Câmara: Tokushukai Co., Ltd.

Na tarde desta segunda-feira (28), a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu a visita de representantes da empresa Tokushukai Co., Ltd. 

Situada em Tóquio, a empresa gerencia um grupo de 67 hospitais mundo a fora, provendo uma extensiva gama de serviços médicos que teve início em 1973, com a constituição do Hospital de Tokuda, em Matsubara, na província de Osaka.

Acompanhados por membros do Consulado Geral do Japão, a reunião, que contou com a participação do conselheiro tributário da câmara, Antônio Myasava, teve por objetivo a definição de uma estratégia que facilite a transferência de equipamentos hospitalares do Japão ao recém inaugurado Hospital do Coração Torao Tokuda, de Apucarana. 

O hospital, que atualmente possui capacidade para 500 consultas/mês, contou com a doação de 5 milhões de dólares do grupo japonês, e agora aguarda a doação de equipamentos para seu pleno funcionamento.

Segundo Makoto Ando, gerente geral do hospital Tokushukai Sapporo Higashi, do Japão, a reunião foi de extrema importância para o grupo. "Agradecemos o apoio da câmara e consulado frente as questões levantadas. Estamos seguros que neste primeiro momento, muitas dúvidas foram devidamente saciadas" finalizou.

Para mais sobre o Grupo Tokushukai, acesse:

domingo, 27 de maio de 2012

Marubeni compra Gavilon para acessar mercado americano de grãos


SÃO PAULO - A empresa Marubeni adquiriu o Gavilon Group, a terceira maior comercializadora de grãos dos Estados Unidos, por US$ 3,6 bilhões. Este seria o maior negócio da companhia japonesa. A compra deve dobrar a capacidade de grãos da empresa, anunciou a Marubeni, com sede em Tóquio. 

A aquisição também deve permitir à Marubeni, a maior comercializadora de grãos do Japão, a expandir as operações e competir com a Cargill e outras empresas globais do segmento, além de fortalecer a posição da companhia japonesa no fornecimento de alimentos para a Ásia, disse Daisuke Okada, diretor-executivo da Marubeni.

A companhia vai assumir também os US$ 2 bilhões de dívidas da Gavilon, de acordo com o diretor-financeiro Yukihiko Matsumura. As ações da Marubeni subiram 2,6% nesta terça-feira em Tóquio.

(Bloomberg News)

sábado, 26 de maio de 2012

Taxa de desemprego do Japão sobe a 4,6%, em abril


SÃO PAULO - O Ministério de Assuntos Internos do Japão informou nesta manhã de terça-feira, 29, em Tóquio (hora local) que a taxa de desemprego sazonalmente ajustada subiu para 4,6% em abril, de 4,5% em março. Esta foi a primeira alta na taxa de desemprego em três meses.

Apesar da alta, de acordo com o ministério, o número total de desempregados somava 3,15 milhões de pessoas em abril, uma queda de 140 mil em comparação com igual mês de 2011. O número de pessoas empregadas somava 62,75 milhões — uma queda de 270 mil sobre abril do ano passado.

Ao mesmo tempo, o ministério informou que o gasto médio mensal de consumo por família subiu 3,2%, para 301.948 ienes, em termos nominais, e aumentou 2,6%, em termos reais comparado com abril de 2011.

Fonte: Valor

Japão e China vão fazer troca direta de suas moedas a partir de junho


SÃO PAULO - O Japão e a China vão começar a negociar diretamente suas moedas nos mercados de Tóquio e Xangai a partir de 1º de junho, avisou o ministro japonês das Finanças, Jun Azumi, nesta terça-feira. Com isso, os países vão abandonar o sistema existente, que conta com a etapa intermediária de usar o dólar para estabelecer as taxas de câmbio.

Conforme a agência chinesa de notícias Xinhua, esse movimento é visto como uma forma de impulsionar o comércio e o investimento entre as duas economias e como parte das medidas para internacionalizar a moeda chinesa.

A rede japonesa NHK apontou, por sua vez, que a iniciativa vai ajudar os negócios tanto da China como do Japão ao reduzir custos e riscos do câmbio estrangeiro.

Azumi acrescentou ainda que o governo japonês vai continuar dialogando e cooperando com a administração chinesa no sentido de ampliar a negociação direta do câmbio.

(Juliana Cardoso | Valor, com agências internacionais)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sony planeja investimento de R$ 500 milhões no Brasil até 2014


SÃO PAULO - A companhia japonesa Sony planeja investir R$ 500 milhões no Brasil até 2014, ano em que o país sediará a Copa do Mundo de futebol. A cifra envolve gastos com marketing, produtos e com a expansão da fábrica em Manaus, onde é produzida a maioria dos produtos da empresa vendidos no país.

“O ano de 2014 será muito importante para o Brasil e também para a Sony”, afirmou Kazuo Hirai, executivo-chefe da companhia, que está no cargo desde abril e veio ao país para o evento anual da empresa.  

Essa foi a primeira vez que o executivo participou de uma coletiva de imprensa fora do Japão. “Não é por acaso”, brincou o executivo, fazendo referência ao desempenho do país. O faturamento da Sony no Brasil cresceu 24% no ano fiscal de 2011, encerado em 31 de março. No ano fiscal de 2010, a receita local apresentou alta de 65%.

Quem também falou com jornalistas pela primeira vez foi o presidente da Sony Brasil, Osamu Miura. O executivo assumiu o comando da operação local da companhia em março. De acordo com o executivo, a expectativa da companhia é dobrar de tamanho no Brasil até 2014.

A Sony lançou hoje no país o seu modelo de tablet e também apresentou os três novos modelos de smartphone da Sony Mobile – como a divisão de celulares da companhia passou a ser chamada depois que a Sony comprou a fatia da Ericsson na joint venture Sony Ericsson. O preço dos aparelhos, que chegam às lojas em junho, vai de R$ 1799 a R$ 899. Já o tablet da Sony chega ao mercado brasileiro custando R$ 1649.

Uma das estratégias da Sony para crescer no Brasil tem sido a aproximação com consumidores da classe C. De acordo com executivos da companhia, a tática – que começou a ser delineada há cerca de três anos – já se provou e é, inclusive, uma das responsáveis pelo crescimento do faturamento local. A contratação do apresentador Rodrigo Faro foi uma das vertentes dessa nova estratégia de comunicação. Hoje, Faro esteve no evento da companhia e participou da apresentação do Sony Tablet.

Fonte: Valor

Câmara na inauguração da Indústria do Conhecimento do SESI na região oeste do estado

Na foto: o prefeito Claudiomiro Quadri, o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, o diretor da câmara japonesa de comércio do Paraná, Takao Koike, e Gilberto Luiz Bordin, coordenador regional da FIEP em Cascavel e Foz do Iguaçu.

Na última quarta-feira (23), o município de Capitão Leônidas Marques ganhou uma unidade da biblioteca "Indústria do Conhecimento", fruto da parceria entre a prefeitura e o SESI PR, parte integrante do Sistema FIEP.

Segundo o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, que esteve na inauguração, a constituição desta biblioteca só tem a somar, e auxilia numa eventual mudança no perfil da cidade, hoje essencialmente agrícola. “Essa é a única inauguração que está sendo realizada na Semana da Indústria no interior e isso deve ser um motivo de orgulho para a cidade. Hoje a indústria está se desenvolvendo. A prefeitura e o município estão investindo na industrialização e mudando o perfil econômico. Por isso é importante que o Sistema Fiep esteja presente principalmente com suas ações de educação” disse Campagnolo.

Para o prefeito Claudiomiro Quadri, o município vem vivendo um bom momento. “Há muito tempo estamos buscando meios para tornar a cidade um  polo na agregação de valor com atração de investimentos e indústrias”, disse Quadri, ao agradecer a instalação da Indústria do Conhecimento.

A Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná esteve representada pelo diretor para a região oeste, Takao Koike. "A CCIBJ do Paraná é parceira da FIEP e apoia toda e qualquer iniciativa que tenha por finalidade a industrialização no estado, incluindo ações de conscientização e suporte às comunidades" finalizou.

O QUE É A INDÚSTRIA DO CONHECIMENTO

A Indústria do Conhecimento é um centro multimídia de inclusão digital, onde o trabalhador, sua família e a comunidade em geral têm acesso gratuito a livros, revistas, publicações eletrônicas e computadores conectados à internet.

Cada unidade da Indústria do Conhecimento possui um acervo com cerca de 1.300 títulos, entre livros e DVDs de conteúdo didático, e dez computadores com acesso à internet. O projeto acontece por meio de uma parceria entre o Sistema Fiep, através do Sesi PR – responsável por construir e equipar a unidade – e o município, que fornece o terreno e a manutenção do espaço.

Esta é a 28º Indústria do Conhecimento inaugurada no Paraná. Na região Oeste e Sudoeste, também há centros multimídia nos municípios de Terra Roxa e Palmas.

Foto e trechos: FIEP

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reuniões em vídeo conferência com o Japão são realizadas com êxito na câmara

Utilizando-se de programas que permitem o fácil estabelecimento de vídeo conferências através da internet, como Skype e Oovoo, a câmara japonesa de comércio do Paraná vem encurtando distâncias e introduzindo esta prática no meio corporativo, realizando reuniões e consultas internacionais em Curitiba.

Segundo o diretor Fujio Takamura, apesar da modalidade ainda não estar entre as preferidas dos empresários japoneses, a solução vem atraindo cada vez mais novos adeptos, sobretudo pelo seu baixo custo de implantação (basta ter uma boa conexão e uma boa webcam) e pela baixa emissão de carbono. 

Dentre os vários exemplos mencionados por Takamura, destaque para a série de reuniões realizadas com a Hamaya Corporation, de Saitama, empresa de reciclagem de lixo eletrônico (e-waste) na qual a câmara teve participação direta na mediação e vinda ao Paraná. 

Além do contato com empresas do exterior, a videoconferência também é utilizada na realização de reuniões com associados no Brasil, como é o caso da Toro Investimentos, corretora financeira sediada Curitiba. Segundo Mehanna H. Mehanna, sócio-proprietário da corretora, a modalidade já é uma realidade no dia-a-dia de suas operações. "A plataforma Skype é um grande facilitador no diálogo com clientes e parceiros, incluindo a câmara. A apresentação de produtos, como foi no caso do fundo Ecoo 11 do BNDES, torna-se mais dinâmico e  pessoal" completou.

Para mais sobre as empresas e softwares mencionados, acesse:

Takeda fecha compra da brasileira Multilab por R$ 540 milhões


A Takeda Pharmaceutical Company anunciou hoje que vai comprar a brasileira Multilab por R$ 500 milhões. A transação deve ser concluída até o fim do segundo trimestre do ano fiscal de 2012 da companhia japonesa e vai incluir ainda um pagamento adicional de R$ 40 milhões aos donos da Multilab.

A maior farmacêutica do Japão acredita que a aquisição fortalece sua posição no Brasil, principalmente por conta da rede de distribuição da empresa, que inclui “mercado de alto crescimento” como o Nordeste, e da possibilidade de expansão de seu portfólio de vendas no balcão.

Com a compra, a Takeda torna-se uma das dez maiores do setor, de acordo com ranking da IMS/PMB divulgado em março. Além disso, ela vai adicionar ao seu mix de produtos, que já contém Neosaldina e Eparema, itens como o Multigrip, o mais vendido para tratamento da gripe, segundo a mesma consultoria.

Fontes ouvidas pelo Valor afirmaram que o valor do negócio correspondeu a 17 vezes o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa. Os ativos das indústrias nacionais estão supervalorizados, o que tem afugentado negócios no país. A última grande aquisição foi no fim de 2010, quando a Hypermarcas adquiriu a Mantecorp. O valor do negócio chegou a 21 vezes o Ebtida.

O laboratório nacional, de pequeno porte, teve seu valor de negócio elevado às alturas, segundo a mesma fonte.

A Takeda entrou no Brasil no ano passado por meio da Nycomed, que foi adquirida pela farmacêutica japonesa. “A Takeda tem planos ambiciosos para crescer em mercados emergentes”, disse Jostein Davidsen, diretor da japonesa para estes países, em nota. “O Brasil é nosso segundo maior mercado emergentes depois da Rússia em termos de receitas, e a compra da Multilab é um sinal claro de nossa intenção de nos tornarmos um concorrente significativo.”

A operação, que deixa a gigante farmacêutica com um portfólio também de remédios genéricos, não deve alterar a perspectiva de resultados da companhia para este ano, informa o comunicado. A Multilab registrou uma receita líquida de R$ 140 milhões em 2011.

(Renato Rostás e Mônica Scaramuzzo| Valor)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Banco do Japão mantém juro perto de zero e volume de compra de ativos


TÓQUIO - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve, por unanimidade, inalterada a taxa básica de juros do país, em torno de zero e 0,1%, bem como o volume de seu programa de ativos em 70 trilhões de ienes, depois de uma reunião de dois dias que se encerrou nesta quarta-feira.

O resultado ficou em linha com o esperado, embora alguns fundos de hedge do país especulassem que a autoridade monetária poderia adotar alguma medida surpreendente.

Em comunicado, o comitê de política monetária do BoJ observou que as economias estrangeiras como um todo ainda não saíram da fase de desaceleração e que os mercados financeiros têm passado por certo nervosismo, “principalmente por causa das preocupações com o problema da dívida na Europa”.

“Está se tornando cada vez mais evidente que a economia japonesa está se voltando para uma fase de aceleração, embora sua atividade econômica tenha permanecido mais ou menos estável”, aponta o BoJ. De acordo com o banco central japonês, as exportações têm ficado mais ou menos estáveis, enquanto o investimento público tem aumentado e o consumo crescido moderadamente.

“Espera-se que a economia do Japão volte ao caminho de recuperação moderada, à medida que a recuperação das economias estrangeiras se acelera”, diz o BoJ.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mazda e Fiat unem-se para produzir carros esportivos


A Mazda e a Fiat anunciaram um memorando de entendimento para o desenvolvimento e produção de carros esportivos. O objetivo, segundo comunicado divulgado hoje, é lançar dois modelos, das marcas Mazda e Alfa Romeo, baseados na arquitetura do MX-5 da Mazda.

Cada modelo deve manter as características específicas da marca, mas ambos serão de peso leve e com tração traseira. Ainda de acordo com o comunicado, os dois novos carros vão vir com motores exclusivos.

O projeto assume que os veículos serão produzidos na fábrica da Mazda em Hiroshima, no Japão. A produção do modelo Alfa Romeo está prevista para começar em 2015. Já o esportivo da Mazda não teve uma data estimada de início de produção.

O acordo final para concretizar a parceria entre a Mazda e a Fiat será assinado no segundo semestre. As duas montadoras disseram ainda que vão discutir novas oportunidades de cooperação na Europa.

Fonte: Valor

segunda-feira, 21 de maio de 2012

IPI mais alto não impede Toyota de lançar luxuosos da Lexus


O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos percentuais pretende frear a entrada de carros importados mais simples. Mas não ameaça o segmento de luxo. A Toyota apresentou hoje três modelos da Lexus, que serão vendidos a partir do dia 1º de junho, importados do Japão. Consagrada nos Estados Unidos, a Lexus é a divisão luxuosa do grupo japonês.

"Este não é o melhor momento, mas já estávamos preparados para lançar a marca no mercado brasileiro", afirmou hoje o presidente da Toyota no Mercosul, Shunichi Nakanishi. O modelo mais simples custa R$ 218,5 mil e o mais caro, R$ 615 mil.

 A elevação do IPI para carros vindos fora do Mercosul e México foi totalmente repassada nos carros da Lexus. Esses veículos  custariam cerca de 28% menos não fosse a elevação do tributo, segundo Luís Carlos Andrade Jr., vice-presidente da empresa no Mercosul.

Somente uma concessionária, pertencente ao braço de distribuição veículos da Toyota, situada na Zona Sul de São Paulo, terá exclusividade na venda da marca Lexus em todo o Brasil.

Fonte: Valor

sábado, 19 de maio de 2012

Fitch reduz nota de crédito do Japão


TÓQUIO, 22 Mai (Reuters) - O rating da dívida soberana do Japão foi reduzido em um nível pela Fitch nesta terça-feira, enquanto um impasse político diminui as chances de o país conseguir controlar sua dívida.

A Fitch reduziu o rating em moeda estrangeira de longo prazo do Japão de AA para A+. A agência reduziu o rating em moeda local de AA- para A+. Ambos foram reduzidos com perspectiva negativa.

A Fitch alertou que mais reduções são possíveis a menos que o governo adote novas medidas de política fiscal para estabilizar as finanças e a relação da dívida com o Produto Interno Bruto (PIB).

O rebaixamento pode servir como uma lembrança a países altamente endividados da Europa de que uma ação urgente é necessária para reduzir a dívida pública e evitar preocupações de que a dívida soberana pesará ainda mais sobre a economia global.

O rating de A+ da Fitch para o Japão é o mais baixo entre as três maiores agências de classificação de risco. A Moody's Investors Service classifica o Japão como Aa3 com perspectiva estável. O rating da Standard & Poor's é AA- com perspectiva negativa.

(Reportagem de Stanley White)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

PIB do Japão estimula altas em bolsas da Ásia


O resultado acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e o otimismo de investidores com o posicionamento do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) de que irá fazer o necessário para estimular a economia americana, impulsionou as altas dos principais índices das bolsas asiáticas, compensando parcialmente as preocupações com as turbulências políticas da Grécia.

O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio subiu 0,86%, aos 8.876,59 pontos; o Xangai Composto, da bolsa de Xangai, ganhou 1,39%, aos 2.378,89 pontos; o Shenzen Composto avançou 1,37%, aos 954,95 pontos e o Kospi, de Seul, valorizou 0,26%, aos 1.845,25 pontos. Na contramão, o Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, caiu 0,31%, aos 19.200,93 pontos.

O governo do Japão informou que o PIB do primeiro trimestre expandiu 4,1% na comparação com igual período do ano passado, superando a previsão de alta de 3,5%. Ante o quarto trimestre de 2011, a alta foi de 1%.

Depois de passar dias em terreno negativo, algumas das grandes exportadoras do país conseguiram recuperar parte das perdas nas negociações de hoje. Em Tóquio, os papéis da Honda Motor Company subiram 2,3%, enquanto a Sony fechou em alta de 3,9%. Siderúrgicas como a JFE Holdings e a Nippon Steel também se destacaram entre as altas, terminando o dia com ganhos de 5,5% e 3,9%, respectivamente.

O mercado asiático ainda reagiu positivamente à divulgação da ata da reunião do Fed, na última quarta-feira, na qual vários membros do comitê de política monetária entendem que um novo afrouxamento monetário pode ser necessário, caso o processo de recuperação econômica perca força.

Fonte: Valor

Presidente da câmara realiza palestra na 8° edição do Fórum de Negócios Internacionais da Expoingá 2012

Oportunidades de negócios com o mercado asiático foi o tema do “8º Fórum de Negócios Internacionais” realizado pelo Instituto Mercosul, Sociedade Rural de Maringá, e Associação Comercial de Maringá, na tarde desta quinta-feira (17), em Maringá.

Contando com o apoio institucional do Ministério da Agricultura, Pecuária, e Abastecimento, o fórum, que contou com a presença de cerca de 200 pessoas, integrou o calendário de eventos da Expoingá 2012, que neste ano comemora sua 40° edição.

Representando a câmara, e palestrando sobre o tema “Como Atrair Investimentos Japoneses ao Paraná”, o presidente Yoshiaki Oshiro apresentou propostas para o fortalecimento das relações comerciais bilaterais com o Japão tendo como base a intensificação de investimentos na infraestrutura intermodal paranaense, melhoria da qualidade da mão-de-obra, a aplicação de modelos de gestão comercial pautadas no associativismo (a fim de evitar a tributação em cascata), e a necessidade da constituição bons projetos que sigam metodologias internacionalmente reconhecidas e aplicadas. 

Além do presidente da CCIBJ do Paraná, o evento contou com as palestras de Márcio Abdenur, vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil China, e Boniperti Oliveira, representante da APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ligada ao MDIC.

Aproveitamos a oportunidade para registrar os nossos sinceros agradecimentos aos senhores (as) Johny Magalhães e Paula Silva Silvério (Instituto Mercosul), e Shiniti Ueta, no suporte e assessoria prestada durante todo o evento.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manabi prevê investir US$ 4,1 bi até 2016


Idealizada por ex-executivos da Vale e de empresas de Eike Batista, a mineradora pré-operacional Manabi revelou planos ambiciosos em seu prospecto preliminar de oferta de ações. O plano de negócios prevê investimentos de US$ 4,1 bilhões até 2016, para montar um projeto de duas minas de ferro em Morro do Pilar e Morro Escuro, em Minas Gerais. O empreendimento inclui um terminal portuário em Linhares (ES).

Para sustentar financeiramente esse plano, a Manabi planeja fazer uma oferta inicial de ações (IPO) ao mesmo tempo no Brasil, Estados Unidos e Canadá. A operação será inteiramente primária. Na parte brasileira da operação, a empresa se listará no Novo Mercado e emitirá também ADRs para investidores americanos. Já na parte canadense, emitirá recibos globais de ações (GDRs).

Apesar de já ter enviado o pedido de análise à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na semana passada, a Manabi deve esperar ainda alguns meses para concretizar sua oferta de ações, dado o fraco apetite dos investidores com o cenário de incertezas na economia internacional.

"Com o aumento da aversão ao risco, só vai tentar captar na bolsa quem está precisando de muito do dinheiro. Quem puder, vai esperar um momento mais oportuno se não quiser um desconto no preço estimado para as ações", avalia Flavio Leoni Siqueira, sócio do Leoni Siqueira Advogados.

O projeto da Manabi é lançado em uma hora de muitas incertezas sobre os rumos da economia global: crise dos países da zona do euro, desaceleração da China - maior mercado de minério de ferro no mundo - e retomada econômica lenta dos EUA. Há um grande excesso mundial de oferta de aço e uma legião de novos projetos de minério de ferro - no Brasil, na África e na Austrália.

No Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), novas minas e projetos de expansão anunciados levariam até 2015 a produção do patamar atual de 400 milhões para 770 milhões de toneladas. Somente Vale e CSN ofertariam cerca da metade desse excedente. Além delas, há MMX, Anglo American, Usiminas, ArcelorMittal, Bamin e Ferrous, dentre outros grupos.

Estudos de consultorias e bancos especializados apontam superávit na oferta no mercado transoceânico a partir de 2013, após três anos de déficit. Esse fator terá peso nos preços futuros da matéria-prima do aço. De mais de US$ 200 a tonelada no mercado à vista chinês, antes da crise de 2008, a cotação desabou em 2009, recuperou-se em 2010, para US$ 185, e no ano passado, com o cenário de crise e desaceleração chinesa, caiu a US$ 116. Atualmente, o minério oscila entre US$ 130 e US$ 140.

Esse é, ainda, um bom patamar de preço. Todavia, está amarrado no potencial de demanda chinesa pela matéria-prima. Outros grandes mercados estão estagnados ou em queda: Japão e Europa. Metade da exportação brasileira vai a China. Algumas projeções otimistas apontam o minério em torno de US$ 120 a tonelada daqui um ano. As mais negativas já indicam a faixa de US$ 80.

O projeto da Manabi, no Quadrilátero Ferrífero de Minas, tem nos seus estudos preliminares de viabilidade, conforme o prospecto, jazidas que abrigam, juntas, 1,5 bilhão de toneladas de recursos inferidos e cerca de 2 bilhões em potencial exploratório.

A expectativa é de que as minas comecem a operar até o fim de 2016, com produção estimada de 31 milhões de toneladas por ano. A qualidade do minério, diz, é elevada, com teor de ferro de 68,5% - a título de comparação, o minério da Vale, considerado "premium" e negociado com ágio em relação à média, tem um teor de ferro de 66%. A Manabi almeja justamente o mercado "premium"..

Conforme o plano de negócios, a mina de Morro do Pilar, com o maior potencial de produção - 25 milhões de toneladas ao ano - será voltada para o mercado externo. O produto será escoado pelo Polo Norte: terminal portuário de 1,2 mil hectares e 6 km de costa, a ser construído em Linhares.

A ligação entre a mina e o porto será feita por um mineroduto de 503 km, cuja construção deve ser terceirizada. No prospecto, a empresa afirma que está em negociação com construtoras para o projeto. A Manabi pagaria uma taxa pela utilização da estrutura.

Outra opção avaliada pela empresa é utilizar a Estrada de Ferro Vitória a Minas, da Vale. Essa possibilidade, se negociada com sucesso, demandaria a construção de um mineroduto de 107 km ligando a mina aos trilhos da EFVM e mais uma ferrovia de 80 km, para completar o percurso até o porto.

A mina de Morro Escuro, por sua vez, apta a fazer 6 milhões de toneladas/ano, prevê atendimento do mercado interno, como as siderúrgicas da região de Itabira (MG). Segundo a empresa, dada a proximidade, não há necessidade de construção de estrutura de escoamento. Prevê modal rodoviário ou ferrovias da região.

A Manabi foi criada em março de 2011, por Ricardo Antunes Carneiro Neto, que trabalhou 22 anos na Vale e foi co-fundador da LLX e da MMX, controladas do grupo EBX. Em junho, a empresa levantou R$ 759 milhões em uma oferta privada de ações feita nos Estados Unidos, que permitiu a entrada de estrangeiros, predominantemente canadenses.

Hoje, a Fábrica Holdings, fundo de investimentos liderado por Carneiro, tem 60% das ações ordinárias da companhia e 19,13% do capital total. Michael Vitton e Mathew Goldsmith, canadenses que participaram da fundação da HRT e tiveram passagem pelo conselho da MMX, detém 20% das ações votantes e 7% do capital total cada um.

O fundo de pensão dos professores de Ontario tem 21% do capital total e o fundo soberano da Coreia do Sul, 12,5%. Fundos geridos pela Southeastern Asset tem mais 13% do capital.

Fonte: Valor

Instituto Reciclar Terra Santa sela parceria com a câmara


Nesta semana a CCIBJ do Paraná formalizou apoio institucional ao Instituto Reciclar Terra Santa - IRTS, criado para a promoção da reciclagem de resíduos sólidos, em especial e-waste ou lixo eletrônico, em Curitiba e região metropolitana.

De acordo com um dos representantes do instituto, Jose Juvanci, o intuito principal é auxiliar as empresas locais a darem um destino correto aos resíduos sólidos gerados e produzidos, provendo amparo e suporte no cumprimento de algumas das leis e regulamentos decorrentes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde outubro de 2010, com previsão de sua total aplicação e obrigatoriedade em 2014.

Para o diretor da câmara, Fujio Takamura, a iniciativa merece atenção. "Além da PNRS,  a Lei Ordinária Municipal n° 13.965, irá obrigar fabricantes, importadores, distribuidores, e revendedores de Curitiba a darem um destino correto aos resíduos sólidos gerados, incluindo lixo eletrônico. Com esta decisão, estamos cientes que muitos empresários não terão condições de atender tamanha demanda e é neste sentido que o IRTS deverá lhes propor um conjunto de soluções efetivas e em consonância com o meio ambiente" completou.

Além da câmara, o IRTS conta com o apoio da Assespro Paraná, TKS Educação e Tecnologia, Teletex, TKY Informática, Caban Telecom, e Intertele Paraná.

Para mais, acesse:
http://www.irts.com.br/

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ex-deputado estadual e ex-vereador por Curitiba, Julio Ando realiza promoção de livro na Assembléia Legislativa do Paraná

Na segunda-feira (14) Julio Ando esteve na Assembléia Legislativa do Paraná realizando a promoção de seu mais recente trabalho, o livro "Dicas de Campanha Municipal: Vereador e Prefeito”, lançado em março deste ano na sede da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná.

A convite do deputado estadual Teruo Kato, Ando fez uma breve palestra sobre os temas cuidadosamente abordados pela obra, que abrange desde noções básicas sobre quociente eleitoral à montagem de equipe, discursos, e legislação eleitoral. 

Questionado se o livro possui um nicho específico, como políticos de primeira viagem, Ando afirma que, apesar do livro não possuir qualquer tipo de restrição, sem dúvida irá auxiliar os iniciantes da prática política. "Jamais pensei em compor uma obra voltada a um determinado público. Todavia não existem manuais práticos de "como ser um político". Não existe faculdade para isso ou livros que abordem a política como algo técnico, um jogo de regras pré-estabelecidas que costuma premiar aqueles que estão mais preparados. Estou seguro que com esta obra, muitos políticos em início de carreira poderão extrair algumas preciosas noções e lições que muitos políticos só adquiriram com o tempo e experiência" completou.
Em entrevista concedida a repórter Nadia Fontana, da ALEP, Ando diferencia sua obra das demais publicadas sobre o tema. “Existe farta publicação sobre marketing político, mas poucos se voltaram para a constituição de um manual dirigido às pessoas que pretendem iniciar uma carreira política e necessitam de todo tipo de orientação, sobretudo em relação à condução de uma campanha eleitoral”. 

Ando, que já foi deputado estadual e vereador pelo município de Curitiba, hoje encontra-se focado na promoção do livro. No mês de junho ele dá início a uma série de palestras pelo país, atendendo pedidos desde Salvador, na Bahia, até Paranavaí, no interior do estado.

Para mais sobre o autor e sua obra, acesse:

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Câmara no suporte a empresas do Japão: Hitachi Zosen & Nippon Koei


Nesta segunda-feira (14), o diretor para Assuntos do Meio Ambiente da CCIBJ do Paraná, Hitoshi Nakamura, recebeu a visita dos representantes das empresas japonesas Masanori Tsukahara (Hitachi Zosen), e Shigeyuki Shoji (Nippon Koei), além do representante da Jetro São Paulo, Kan Kurihara.

Na pauta, a definição de novas estratégias para a implantação de produtos e soluções voltados a recuperação energética de resíduos no Paraná, tecnologia na qual o Japão encontra-se na vanguarda mundial há algumas décadas.

Trata-se de um follow up em decorrência da realização da I° Conferência Paraná Japão de Recuperação Energética de Resíduos realizada em março pela câmara em parceria da FIEP e Jetro. 

Na oportunidade foram apresentadas diferentes tecnologias de incineradores de lixo que geram energia, além de soluções adotadas com sucesso em Tóquio, e que podem ser efetivamente aplicadas no Brasil, sobretudo após vigência da Política Nacional de Resíduos.

Para mais sobre a conferência, acesse:

Workshop no TECPAR conta com presença da câmara


Realizado nesta segunda-feira (14), o “Workshop Mecanismos de Cooperação União Europeia e Brasil – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)” reuniu embaixadores de 17 países da comunidade europeia, além de representantes do governo, academia, terceiro setor, e setor produtivo.

Promovido pelo TECPAR em conjunto da Representação da União Europeia no Brasil, o evento teve como principal objetivo apontar os caminhos para o crescimento das ações conjuntas entre Brasil e os países que compõem a União Europeia em projetos de PD&I.

RELAÇÃO BRASIL - EUROPA

O Brasil já é um dos maiores parceiros da Europa em projetos de PD&I. Um dos referenciais para este dado é o principal instrumento de cooperação entre a Europa e as demais nações do mundo, o Programa-Quadro, que está na sétima edição financiando projetos de pesquisa conjuntos. O Brasil ocupa a quinta posição em número de projetos aprovados pelo programa, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Rússia, China e Índia. Só na última edição do programa (2007-2013) que disponibilizou recursos da ordem de 54 bilhões de euros, o Brasil teve mais de 190 projetos aprovados, envolvendo 220 instituições nacionais e mais de 60 milhões de euros investidos.

O PARANÁ E AS NOVAS TECNOLOGIAS

De acordo com o Governo do Estado, é um objetivo da atual gestão transformar o Paraná num estado referência no setor tecnológico. Para tanto, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia, e Ensino Superior, Alípio Leal, confirmou o desenvolvimento de projetos que visam este objetivo, como no caso dos programas de Excelência no Ensino, Paraná Inovador, Parque Tecnológico Virtual do Paraná e Smart Energy Paraná como instrumentos de estímulo ao desenvolvimento.

PARCERIAS COM O JAPÃO

Para o diretor da CCIBJ do Paraná, Heberthy Daijó, o debate foi extremamente produtivo. “Pelo que pudemos constatar, há um real interesse do governador Beto Richa, do TECPAR, e de todas as secretarias envolvidas, no desenvolvimento de novas matrizes e soluções energéticas no âmbito estadual. O Japão certamente tem interesse em expatriar investimentos e conhecimento neste setor conforme pudemos constatar em recente participação no Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building, em Tóquio. Vamos manter o diálogo com todos os players envolvidos para que possamos continuar provocando o desenvolvimento de novas parcerias e projetos.” finalizou.

domingo, 13 de maio de 2012

Japonesa Prime Polymer compra 70% da brasileira Produmaster


A companhia japonesa Prime Polymer, vice-líder mundial no mercado de polímeros e compostos plásticos, anunciou a compra de 70% do capital da empresa química brasileira Produmaster. O valor do negócio não foi divulgado. O escritório Tozzini Freire assessorou a transação.

A empresa brasileira fornece compostos de polímeros para a indústria automobilística e fabricantes de eletrodomésticos. O negócio foi divulgado ontem na Bolsa de Valores do Japão.

Essa operação marca o ingresso da Prime Polymer, controlada pelo grupo Mitsui Chemicals e Idemitsu, no Brasil, dentro da estratégia de fortalecer a atuação do grupo na América do Sul.

A Produmaster tem fábricas em Mauá (SP) e Camaçari (BA), com capacidade produtiva anual de 55 mil toneladas. O trabalho do escritório foi coordenado pelo sócio Jun Makuta, um dos responsáveis pelo Japan Practice Group de Tozzini Freire.

Fonte: Valor

sábado, 12 de maio de 2012

Ajinomoto busca aquisições no mercado internacional


Apesar de já ter incursionado por mais de 100 mercados em todo o mundo, a fabricante de temperos Ajinomoto Co. está intensificando suas buscas por mais aquisições em mercados emergentes e desenvolvidos.

"Queremos crescer mais rápido", disse Masatoshi Ito, presidente da empresa japonesa que produz glutamato monossódico e aspartame, em entrevista ao The Wall Street Journal. As aquisições "acelerarão [a meta de] expandir nossa gama de produtos", disse o executivo.

A empresa, dona no Brasil dos temperos Sazón e Sabor a Mi e dos sucos Fit, também pretende reiniciar as operações de uma fábrica em Mianmar no início do próximo ano, à medida que o país asiático se abre a um regime democrático depois de quase cinco décadas de ditadura militar.

Para identificar alvos de aquisição e facilitar as negociações, a empresa formou no ano passado uma equipe de menos de dez pessoas subordinadas a Ito.

As principais áreas no plano de metas da equipe continuam sendo aquelas em que a empresa tem forte presença: os temperos e a biotecnologia, disse Ito, de 64 anos. "Em vez de competir para adquirir uma empresa que já está no mercado, queremos selecionar a que melhor se encaixe na nossa estratégia".

A Ajinomoto — palavra japonesa que significa "essência do sabor" —, não faz segredo de seus planos de aquisição. A empresa disse que pode gastar até 300 bilhões de ienes (US$ 3,73 bilhões) em fusões e aquisições até o fim do ano fiscal que se encerra em março de 2014. E esse caixa para aquisições vai crescer, graças à recente decisão da Ajinomoto de vender a fabricante japonesa de bebidas não alcoólicas Calpis Co. por cerca de 100 bilhões de ienes.

Com a ampla aceitação de seus temperos por consumidores em mercados como a Tailândia, Indonésia e Brasil, a empresa já gera mais da metade do seu lucro operacional no exterior e tem presença em mais de 130 países e territórios. As vendas fora do Japão representaram 32% da receita total da Ajinomoto para o ano fiscal passado, maior do que as de suas rivais japonesas. No longo prazo, a Ajinomoto pretende aumentar a proporção das vendas no exterior para mais de 50%. Diante do envelhecimento da população no mercado doméstico, muitas empresas japonesas estão em busca de mercados em crescimento.

A Ajinomoto quer expandir sua presença em novos mercados da África, Oriente Médio e Ásia. No Brasil, a empresa anunciou este ano um investimento de R$ 47 milhões para expandir sua fábrica em Limeira, SP. Segundo a empresa, a ampliação da planta aumentará em quase 40% a produção do tempero Sazón, seu carro-chefe, ou um acréscimo de 6.700 toneladas do produto por ano.

A empresa estabeleceu um escritório em Mianmar em 1996, mas as operações fabris no país foram suspensas quatro anos depois, devido a uma proibição governamental à importação de matérias-primas. Embora a empresa ainda tenha uma fábrica em Mianmar para embalar GMS produzido na Tailândia, o equipamento terá que ser reinstalado, disse Ito.

"Acreditamos que Mianmar tem um enorme potencial", disse ele, observando que, com uma população de cerca de 60 milhões de habitantes, Mianmar é quase tão grande quanto a Tailândia.

Embora a Ajinomoto esteja buscando aquisições de empresas que tenham marcas e canais de distribuição fortes em seus respectivos mercados, Ito disse que a empresa também continuará sua tradição de décadas de construir mercados a partir do zero. "Nosso estilo básico é fazer incursões para chegar à vida das pessoas comuns", disse o executivo, mostrando um pequeno pacote de tempero que a empresa lançou na Nigéria em 2010.

"É preciso pelo menos uma década [para ganhar popularidade] em todos os mercados", disse ele, e as fusões e aquisições podem encurtar esse intervalo de tempo.

Ito ajudou a Ajinomoto a orquestrar a aquisição de US$ 239 milhões, em 2006, de Amoy Food, empresa de alimentos de Hong Kong que pertencia à Danone SA. Ele também liderou a aquisição, em 2007, da americana New Season Foods pela Knorr Foods Co., subsidiária da Ajinomoto. Em 2009, a Ajinomoto gastou US$ 210 milhões para adquirir os direitos no Japão do tratamento de osteoporose Actonel, da americana Procter & Gamble Co.

Mas Ito disse que a atual estratégia de fusões e aquisições da empresa é diferente da do passado. "A maioria dos casos anteriores veio até nós", disse. "Agora, nós é que vamos abordar" as empresas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Panasonic registra perda anual recorde de US$ 9,6 bilhões


A Panasonic encerrou o ano fiscal com prejuízo líquido recorde de 772,1 bilhões de ienes (US$ 9,6 bilhões), ante um lucro líquido de 74 bilhões de ienes apurado no mesmo período do ano anterior. O resultado está um pouco abaixo da perda de 780 bilhões de ienes projetado pela companhia há cerca de três meses.

Repetindo o roteiro encenado por outras fabricantes japonesas de eletroeletrônicos, como a Sony, a empresa enfrentou dificuldades com o terremoto no Japão, as inundações na Tailândia, a valorização do iene e a queda nas vendas do segmento de televisores.

A receita no período foi de 7,8 trilhões de ienes (US$ 97,7 bilhões), desempenho 10% inferior ao total de vendas de 8,7 trilhões registrado um ano antes. As vendas domésticas caíram 8%, para 4,1 trilhões de ienes, enquanto as receitas internacionais recuaram 12%, para 3,6 trilhões de ienes.

O lucro operacional foi de 43,7 bilhões de ienes (US$ 547 milhões), o equivalente a uma queda de 86% se comparada ao lucro operacional de 305,3 bilhões de ienes no ano fiscal 2011.

Para o ano fiscal 2013, a Panasonic espera voltar a registrar resultados positivos, mesmo com a permanência de alguns riscos, informou a companhia. A projeção de receita é de 8,1 trilhão de ienes, com lucro operacional de 260 bilhões de ienes e lucro líquido de 50 bilhões de ienes.

(Moacir Drska/Valor)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sony registra prejuízo anual recorde de US$ 5,7 bilhões


Em meio a um processo de reestruturação de seus negócios, a Sony fechou o ano fiscal, encerrado em 31 de março, com um prejuízo líquido recorde de 456,7 bilhões de ienes (US$ 5,7 bilhões). Há um ano, o grupo japonês divulgou uma perda líquida de 259,6 bilhões de ienes (US$ 3,26 bilhões).

No período, a companhia registrou uma receita de 6,4 trilhões de ienes (US$ 80,2 bilhões), uma queda de 9,6% em relação ao mesmo intervalo do último exercício, quando a empresa apurou um total de vendas de 7,2 trilhões de ienes.

A Sony atribuiu o recuo na receita a fatores como as taxas desfavoráveis de câmbio, o impacto do terremoto no Japão e das inundações na Tailândia e o ambiente de incertezas econômicas em mercados desenvolvidos. Esses aspectos afetaram especialmente o desempenho das unidades de produtos e serviços de consumo, cuja receita recuou 18,5%, para 3,1 trilhões de ienes (US$ 38,8 bilhões), e de equipamentos profissionais, que obteve um faturamento de 1,3 trilhão de ienes (US$ 16,3 bilhões), queda de 12,6% na mesma base de comparação.

O prejuízo operacional no ano foi de 67,3 bilhões de ienes (US$ 820 milhões), comparado um lucro operacional de 199,8 bilhões de ienes registrado um ano antes.

Dentro de seu processo de realinhamento estratégico, há pouco mais de um mês, a Sony nomeou Kazuo Hirai como novo presidente e executivo-chefe da empresa, além de eleger os segmentos de imagem digital, jogos e dispositivos móveis como suas prioridades. Os anúncios foram seguidos pelo corte de cerca de 10 mil postos de trabalho em todas as unidades de negócio até o fim do ano fiscal que será encerrado em 31 de março de 2013. O índice representa um impacto de 6% em relação ao número de funcionários da empresa em todo o mundo. O custo da reestruturação está avaliado em 75 bilhões de ienes (US$ 940 milhões).

Para o ano fiscal em curso, a Sony projeta uma receita de 7,4 trilhões de ienes.

(Moacir Drska/Valor)

Hitachi puxa reforma empresarial no Japão


Quando Hiroaki Nakanishi se tornou presidente da Hitachi Ltd., em abril de 2010, a gigante japonesa dos eletrônicos estava no período mais negro da sua história de 102 anos, com quatro anos de prejuízos totalizando quase 1 trilhão de ienes (US$ 12,5 bilhões).

A Hitachi agora está passando por uma das recuperações mais notáveis da história empresarial japonesa.

O presidente da Hitachi, Hiroaki Nakanishi, tem feito algo raro entre empresas japonesas: buscar lucros, mesmo à custa da geração de empregos

Enquanto outros fabricantes japoneses de eletrônicos continuam a sofrer com prejuízos nos produtos de consumo e com o impacto da moeda forte do país, a Hitachi, maior fabricante de produtos eletrônicos do Japão, registrou lucros recordes pelo segundo ano consecutivo.

Na semana passada, a empresa anunciou um aumento de 45% em seu lucro líquido no ano fiscal encerrado em março, para 347,18 bilhões de ienes (US$ 4,35 bilhões), beneficiando-se da venda da sua divisão de discos rígidos.

Sob o comando de Nakanishi, a Hitachi rompeu com um estilo pesado de gestão, pautado pela aversão ao risco. Ela se desfez de suas divisões de produtos de consumo, como celulares, peças para computador e TVs de tela plana, para se concentrar em produtos de grande porte, mais lucrativos, como usinas elétricas, ferrovias e instalações para tratamento de água.

Seu próximo passo é um ambicioso programa de corte de custos abrangendo todos os cantos do grande conglomerado, que tem o equivalente a US$ 121 bilhões em vendas anuais e 900 subsidiárias fabricando desde usinas nucleares até panelas para cozinhar arroz.

Nakanishi pretende duplicar as margens de lucro para perto de 10% até 2015, trazendo o capital necessário, disse ele, para que a empresa se torne um grande nome no cenário mundial.

"É uma questão de vida ou morte", disse Nakanishi ao The Wall Street Journal. "Para se tornar um nome global, o maior gargalo não é o volume da nossa receita, mas sim a nossa lucratividade."

Muitos dos produtos da Hitachi ficam escondidos dentro de uma vasta gama de bens. A Hitachi fornece inversores e motores para o carro elétrico Chevy Volt, da GM. Suas baterias movem os carros híbridos. Seus sistemas de armazenamento de dados estão em muitos centros de informática; seus sistemas de terapia por prótons são usados ​​para o tratamento do câncer.

O objetivo de Nakanishi de gerar um lucro de 10% não é raro entre os gigantes globais. Empresas como General Electric Co., Siemens AG, International Business Machines Corp . e ABB Ltd. têm margens de dois dígitos.

Mas é uma meta radical para os conglomerados japoneses, que tendem a se concentrar no volume dos negócios, e não nos lucros. NEC Corp., Toshiba Corp., Fujitsu Ltd. e a maioria dos demais grandes conglomerados japoneses de eletrônicos têm margens de lucro inferiores a 5% — isso quando têm lucros. A margem operacional da Hitachi foi de 4,3% no ano fiscal mais recente.

Essas ambições mundiais exigiram uma mudança na mentalidade de Nakanishi, de 66 anos, e na empresa onde ele entrou ainda jovem, em 1970, depois de se formar na Universidade de Tóquio.

Nakanishi obteve seu mestrado em ciência da computação na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em 1979, durante um intervalo em seu trabalho na Hitachi.

No início da década de 1990, ele liderou o desenvolvimento de um novo sistema de controle automatizado para o sistema ferroviário de Tóquio, capaz de atualizar os horários dos trens levando em conta os acidentes ou atrasos, e ao mesmo tempo instruir os maquinistas para aumentar ou reduzir a velocidade a fim de manter o horário previsto.

Ao contrário da mais recente história de reviravolta empresarial no Japão — o enxugamento da Nissan Motor Co. no início dos anos 2000, sob o comando do diretor-presidente franco-brasileiro Carlos Ghosn, que veio de fora da montadora — Nakanishi é um consumado homem da empresa. Com sua figura de avô, de cabelos grisalhos e óculos sem aro, ele declarou, ao ser nomeado presidente: "Ninguém conhece a Hitachi melhor do que eu".

Sob o comando de Nakanishi, a empresa se afastou dos eletrônicos de consumo e dos componentes desses produtos. Em vez disso, passou a focar-se em projetos mundiais de infraestrutura, tais como a construção de um sistema ferroviário no Reino Unido ou uma usina nuclear na Lituânia.

Os produtos de consumo devem representar menos de 10% do faturamento da Hitachi neste ano fiscal — quase a metade que apenas um ano atrás. Já seus negócios de infraestrutura responderão ​​por dois terços da receita total da Hitachi este ano e quase 80% do seu lucro.

A venda e a construção de projetos de infraestrutura de alto preço também trazem riscos. A divisão de sistemas de geração de energia da Hitachi caiu no vermelho no último ano fiscal, devido ao tempo e ao dinheiro gastos para corrigir fissuras de soldagem em caldeiras para usinas térmicas na Alemanha.

E, embora a empresa tenha registrado um lucro recorde no ano fiscal passado, os lucros caíram 42% no ano corrente, já sem o reforço extraordinário proporcionado pela venda da sua divisão de discos rígidos por US$ 4,8 bilhões.

Mesmo assim, a recuperação da Hitachi reflete uma triste realidade do combalido setor de eletrônicos do Japão: os maravilhosos aparelhos e produtos eletrônicos domésticos que outrora simbolizavam a grande capacidade de fabricação do país já não são fontes confiáveis de lucro. Nesse panorama, a Hitachi se destaca em uma cultura empresarial restringida pelas tradições, que dificulta para os executivos fazer mudanças bruscas de estratégia.

A Sony Corp., por exemplo, perdeu dinheiro vendendo TVs durante oito anos, mas afirmou que estava focada em dar uma reviravolta na divisão, e não a abandonar. A empresa divulgou este mês seu quarto balanço anual consecutivo no vermelho, com prejuízo líquido recorde de 456,7 bilhões de ienes para o ano fiscal terminado em março, o pior de seus 66 anos de história.

Durante a maior parte dos últimos dez anos, a Hitachi foi a primeira entre as empresas japonesas de capital aberto em número de empregados. Mas durante o ano passado ela reduziu sua folha de pagamento para 323,540 funcionários, uma queda de 10,5%, sobretudo devido à venda da divisão de discos rígidos . Espera-se que o número deverá cair mais, ficando abaixo da fabricante rival de eletrônicos Panasonic Corp.

No Japão, o tamanho de uma empresa em termos de receitas e de número de funcionários muitas vezes rivaliza com a lucratividade, refletindo a visão tradicional do país de que as empresas existem para sustentar seus funcionários e contribuir para o bem maior da sociedade, não só para ganhar dinheiro.

As leis japonesas também dificultam descartar divisões e demitir funcionários. Mas a recente racionalização da Hitachi é vista por analistas como um modelo para ressuscitar a grande potência industrial que o país já foi no passado.

"Podemos começar a ver até mesmo empresas tradicionais ficando mais agressivas na busca de mais lucratividade", disse Yoshiharu Izumi, analista de eletrônica no J.P. Morgan. "As companhias japonesas seguem a maioria; assim, se uma empresa como a Hitachi diz que sua meta é alcançar margens de lucro de dois dígitos, outras empresas serão influenciadas por isso."

No mês passado, Nakanishi discursou para 800 novos funcionários. Ele disse que o futuro da Hitachi depende da sua transformação em uma empresa mundial.

"Não basta simplesmente tomar os serviços e produtos que vendemos no Japão e levá-los aos nossos clientes no exterior", disse ele. "Para descobrir realmente o que eles precisam, você não pode ficar sentado na sua mesa no Japão e estudar o assunto. É preciso ir até o local, aprender a língua e sentir o mercado por você mesmo."

Câmara no evento em comemoração a ampliação no prazo de validade das certidões negativas de débitos fiscais

A Associação Comercial do Paraná (ACP) comemorou nessa quinta-feira (10), em ato que contou com a presença do secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, a formalização das instruções normativas baixadas pelo Estado e município, determinando a ampliação do prazo de validade para 120 dias, das certidões negativas de débitos fiscais emitidas pelas duas esferas governamentais.

O secretário Luiz Carlos Hauly assinou a Norma de Procedimento Fiscal editada pela Receita Estadual e o prefeito Luciano Ducci o decreto nº 670/2012, dispondo sobre a ampliação do prazo de validade das certidões negativas em ambas as instâncias. Solicitação nesse sentido havia sido encaminhada pela ACP ao governo do Estado e à Prefeitura de Curitiba.

Na conclusão do evento, o prefeito Luciano Ducci afirmou que a ampliação do prazo das negativas de débitos fiscais para 120 dias “é uma conquista da Associação Comercial do Paraná, cuja mobilização nos levou a entender a importância da medida”. Para dar um vislumbre do alcance da mesma, Ducci revelou que em 2011 a municipalidade emitiu 150 mil certidões negativas e, cerca de 50 mil até o final do mês anterior. Com a ampliação do prazo, os ganhos não serão apenas de empresários ou pessoas físicas, “mas também e, principalmente, na economia e desburocratização no atendimento aos munícipes”, afirmou.

A CCIBJ do Paraná esteve representada pelo diretor para Assuntos Comerciais, Antonio Cabanilhas.

Trechos e fotos: ACP / Sicontiba

terça-feira, 8 de maio de 2012

PayPal e Softbank criam joint-venture de pagamentos móveis no Japão


O PayPal, empresa de pagamentos eletrônicos do eBay, e o Softbank, grupo japonês de tecnologia e telecomunicações, anunciaram planos para a criação de uma joint-venture que irá atuar no segmento de pagamentos pela internet no mercado do Japão. A unidade fruto da parceria terá foco na base de usuários locais do iPhone, smartphone da Apple.

Cada um dos parceiros investirá, inicialmente, 1 bilhão de ienes (US$ 12,5 milhões) no projeto. A nova unidade terá como executivo-chefe Hiroaki Kitano, atual vice-presidente sênior e diretor da Softbank Mobile Corp.

Em comunicado, David Marcus, presidente do PayPal, destacou o potencial de crescimento de pagamentos eletrônicos no país. “Embora o Japão seja o mercado móvel mais avançado do mundo, a economia no país é, ainda, em grande parte, baseada em dinheiro. Juntamente com o Softbank, podemos mudar esse cenário e abrir novas oportunidades de comércio para as quase cinco milhões de empresas que formam a espinha dorsal da economia japonesa”, afirmou.

O executivo disse também que a parceria ganha perspectivas positivas ao combinar os pontos fortes das duas companhias. De um lado, apontou, o PayPal possui 110 milhões de contas ativas em 190 mercados. Em outra frente, o Softbank alia conhecimento do mercado local a uma base de 29 milhões de assinantes de serviços móveis e uma ampla rede de distribuição no país.

Fonte: Valor

Novo associado: Tedeschi & Padilha Advocacia Empresarial


Sediado em Curitiba e contando com importantes clientes como a multinacional Hertz, e o Sebrae, o escritório de advocacia empresarial Tedeschi & Padilha é o mais novo associado da CCIBJ do Paraná.

A sociedade fora formalizada ontem, segunda-feira (07), em visita a nossa sede por parte do sócio-proprietário da empresa, Dr. Rob­son Ochiai Padilha.

Recebido pelo diretor Antonio Cabanilhas, Padilha relevou a importância da entidade no fortalecimento das relações bilaterais Paraná-Japão, e a disponibilidade do escritório no atendimento e desenvolvimento de novos projetos que tenham por finalidade a manutenção deste objetivo. “A câmara japonesa do Paraná é um importante elo na mediação e atração de novas empresas do Japão ao estado. Estamos contentes com esta nova parceria e esperamos que a mesma nos traga novos desafios e contatos” completou.

Para mais sobre o escritório, acesse:

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Toyota se recupera no 4º trimestre fiscal com lucro de US$ 1,52 bilhão


A montadora japonesa Toyota mostrou forte recuperação no quarto trimestre fiscal de 2012, de acordo com o balanço anunciado pela empresa hoje. O lucro líquido da companhia chegou a 121,03 bilhões de ienes (US$ 1,52 bilhão), frente a 28,40 bilhões de ienes (US$ 310 milhões) registrados nos 12 meses antes.

No acumulado do ano encerrado em 31 de março, o resultado final foi positivo em 283,56 bilhões de ienes, aproximadamente US$ 3,56 bilhões. Frente ao período fiscal de 2011, porém, a queda foi de 30,5%.

Akio Toyoda, presidente-executivo da automotora, explicou a forte baixa em bases anuais com a deterioração da demanda e da oferta, depois dos desastres naturais ocorridos no início do ano passado no Japão, e também os observados na Tailândia.

Além disso, ganhos foram reduzidos por causa da valorização do iene frente a outras moedas. “Mas fomos capazes de recuperar a produção e as vendas mais rápido do que antecipamos, alcançando um forte resultado”, afirmou o executivo.

A receita líquida no acumulado dos 12 meses foi de 18,583 trilhões de ienes, ou US$ 230 bilhões, caindo apenas 2,2%. No quarto trimestre, o faturamento alcançou 5,702 trilhões de ienes, perto de US$ 60 bilhões, uma alta ano a ano de 22,8%, na comparação anual.

As vendas chegaram a 7,35 milhões de automóveis no ano fiscal. Mesmo com a crise instaurada na Ásia, o continente permaneceu como o principal mercado da Toyota. Só no Japão, as vendas aumentaram em 158 mil unidades, para 2,07 milhões de automóveis. No resto da área, o total chegou a 1,33 milhões.

Os europeus também compraram mais carros da montadora, uma alta de dois mil produtos, na comparação com o período fiscal anterior. No resto do mundo, as entregas foram menores — 159 mil menos nos Estados Unidos e queda de 29 mil nas Américas do Sul, Central, na Oceania e na África.

Com a aceleração do plano de investimentos da companhia para dar conta da recuperação necessária após o terremoto e o tsunami em seu país-sede, a posição de caixa da Toyota caiu 19,3%, para 1,679 trilhões de ienes, perto de US$ 10 bilhões.

Ano fiscal 2013

Para o ano fiscal de 2013, a companhia espera que o lucro líquido chegue a 760 bilhões de ienes (US$ 9,55 bilhões), o que representaria mais do que o dobro do montante registrado em igual intervalo anterior.

Para a montadora, o período, que se encerra em 21 de março de 2013, será importante pelas mudanças totais que os modelos das marcas Toyota e Lexus devem passar. “Pretendemos colocar esses produtos tanto nos mercados desenvolvidos como nos emergentes”, afirma Akio Toyoda, presidente da companhia.

Esse patamar de lucro para o ano é esperado pela montadora com o aumento de 1,35 milhões de unidades vendidas em 12 meses, o que fixaria o portfólio anual em 8,7 milhões de carros. Com isso, a receita líquida subiria 18,4%, para 22 trilhões de ienes, ou US$ 280 bilhões.

A maior alta nominal na venda de veículos é esperada nos Estados Unidos, com 478 mil unidades a mais, e na própria Ásia, 453 mil maior. Todas as outras regiões devem vender mais, nas perspectivas da empresa.

Para conseguir acelerar ainda mais sua produção, a Toyota afirmou que deve investir mais no próximo ano fiscal. A companhia espera gastos de capital no valor de 820 bilhões de ienes (US$ 10,31 bilhões), avanço de 16% em relação ao mesmo período anterior.

Já a meta de lucro operacional foi fixada em 1 trilhão de ienes — perto de US$ 10 bilhões — para o ano fiscal de 2013, superando os 468,28 bilhões reportados um ano antes.

A Toyota destacou que todas essas projeções foram feitas na expectativa de que a relação entre dólar e iene, atualmente perto de 1 para 50, seja mantida durante os próximos trimestres.

(Renato Rostás | Valor)

Câmara no lançamento da Agenda Legislativa da Indústria do Estado do Paraná



Na foto: o presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, o deputado estadual e diretor da CCIBJ do Paraná, Teruo Kato, e o diretor da CCIBJ do Paraná, Fujio Takamura

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) lançou nesta segunda-feira (7), em Curitiba, a edição 2012 da Agenda Legislativa da Indústria. A publicação traz uma coletânea dos principais projetos de lei de interesse do setor industrial do Estado que tramitam na Assembleia Legislativa, indicando o posicionamento da entidade em relação a cada um deles. Participaram do lançamento empresários, diretores da Fiep, deputados estaduais e federais e o senador Sérgio Souza (PMDB).

Organizada pelo Departamento de Assuntos Legislativos da Fiep, a publicação chega a sua oitava edição. Em 2012, apresenta 40 projetos de lei de autoria de deputados estaduais ou do governo do Estado, que tramitam na Assembleia e são considerados prioritários para o setor industrial paranaense. “Em um ambiente democrático, é ideal que tudo seja feito às claras”, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “Por meio da Agenda Legislativa, apresentamos de forma transparente nossas demandas aos parlamentares”, acrescentou.

Os projetos de lei que compõem a Agenda foram escolhidos entre as 1.029 proposições apresentadas pelos parlamentares no ano passado. Eles estão divididos em sete áreas distintas, todas com influência direta sobre a atuação e a competitividade do setor industrial paranaense. Entre as propostas, cinco se referem a assuntos econômicos, três a infraestrutura, 12 a meio ambiente, uma a responsabilidade social, cinco a tributos, 12 a política social e duas a questões institucionais.

Para Campagnolo, é fundamental que os parlamentares estejam cientes do impacto que as propostas podem causar no setor industrial. “Vivemos atualmente um cenário de desindustrialização no Brasil. O que mostramos é um contraponto a projetos que podem prejudicar ainda mais nossa indústria, além de apoiar propostas que consideramos positivas”, afirmou o presidente.

Junto com a descrição de cada proposta, a Agenda Legislativa mostra se a posição da Fiep é convergente ou divergente em relação ao que diz o texto. Dos 40 projetos destacados, a entidade se coloca favorável a 22, apoia com ressalvas outros quatro e discorda de 14. Todos os posicionamentos da entidade são embasados por pareceres técnicos.

O coordenador do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da Fiep, Sebastião Ferreira Martins Júnior, explicou que o objetivo da publicação é fornecer subsídios para que os parlamentares possam analisar os projetos dentro de critérios técnicos. “A Fiep tem como uma de suas missões a defesa dos interesses da indústria. Nesse sentido, no âmbito do Legislativo temos a oportunidade de apoiar projetos que melhoram o ambiente de negócios no Estado, além do desafio de propor mudanças em projetos que interferem no setor”, afirmou.

PARLAMENTARES

O lançamento da Agenda Legislativa da Indústria 2012 contou com a presença do senador Sérgio Souza, dos deputados federais Osmar Serraglio (PMDB), Alex Canziani (PTB), Rosane Ferreira (PV), André Zacharow (PMDB) e Eduardo Sciarra (DEM), além dos deputados estaduais Elio Rusch (DEM), Teruo Kato (PMDB), Fernando Scanavaca (PDT), Leonaldo Paranhos (PSC) e Luiz Eduardo Cheida (PMDB). Na sequência, a publicação será entregue a todos os deputados estaduais e também à bancada federal.

Segundo Elio Rusch, a publicação é fundamental para que a atuação dos deputados esteja de acordo com os anseios da sociedade paranaense. “É importante que as entidades organizadas do Estado, como a Fiep, deem sustentação ao trabalho dos parlamentares”, disse. “A Agenda Legislativa é um instrumento que ajuda a pautar nossa atuação em prol do desenvolvimento do Paraná”, completou.

Apesar de se referir a projetos de lei que tramitam em âmbito estadual, o deputado federal Osmar Serraglio, coordenador da bancada paranaense na Câmara dos Deputados, afirma que a Agenda Legislativa da Fiep é importante também para orientar a atividade dos parlamentares em Brasília. “Hoje tramitam pelo Congresso mais de 10 mil projetos de lei e cerca de mil medidas provisórias. Por isso, é fundamental que sejamos orientados sobre quais são as prioridades e as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial”, afirmou.

A opinião é compartilhada pelo senador Sérgio Souza. “Ações como esta, da Agenda Legislativa, mostram os pleitos do setor e a preocupação que existe no país com o processo de desindustrialização. A publicação serve para mostrar o que podemos fazer pela nossa indústria e pelo crescimento do Brasil”, disse.

Fonte: Fiep