Nesta segunda-feira, 22, o
presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki
Oshiro, encaminhou ofício ao secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima,
propondo a formalização de uma parceria entre o município e o setor privado no
que diz respeito à gestão do denominado “Parque da Imigração”.
Idealizado para celebrar os 100
anos da imigração em 2008, o parque tinha como escopo principal a revitalização da Vila
Audi/União, região que sempre sofreu com alagamentos sazonais por localizar-se próxima das
nascentes do rio Iguaçu.
Com a obra, cerca de 855 famílias
que viviam na região foram totalmente deslocadas e a área transformada no referido parque.
Todavia, o mesmo, apesar de inaugurado em dezembro de 2012, continua “inacabado”
após ter parte de sua estrutura de vidro danificada durante a própria
construção.
Sem utilidade
Por iniciativa do prefeito Gustavo
Fruet, na semana passada diversas lideranças nikkeis, incluindo o Cônsul Geral
do Japão em Curitiba, Yoshio Uchiyama, se reuniram com o secretário Lima para
debaterem as melhores soluções em torno da utilização apropriada do parque, que
até o momento continua inativo.
A proposta formalizada hoje pela
CCIBJ do Paraná prevê a terceirização do parque transformando-o num espaço
cultural, sendo mantido por um representante do capital privado japonês em
parceria da prefeitura. “Seguindo outros modelos bem sucedidos de parcerias neste
segmento (como é o caso do Grupo
Boticário frente à gestão do Jardim Botânico), compreendemos que o parque
da imigração pode ser mantido por uma empresa japonesa não só disposta a expor
seus produtos, bem como manter na localidade um museu contando um pouco sobre a
história da imigração japonesa no país, servir de base para amostras sazonais
de cultura, além de sediar uma central de apoio a turistas” relata Oshiro.
A imagem acima (meramente ilustrativa) mostra como o espaço poderia ser utilizado pelo capital privado japonês:
showroom de novas tecnologias integrado com a comunidade
Segundo o diretor da Câmara,
Heberthy Daijó, o espaço pode transformar-se num HUB turístico e de educação,
integrando-se com a rede regional de ensino. “Peguemos apenas como exemplo a Nissan (que está sediada no Paraná). Sob
sua gestão a empresa poderia alocar no parque as suas mais recentes tecnologias
de automóveis elétricos, exibindo ao público em geral peças, simuladores, vídeos,
automóveis, etc... e esta experiência por si só já estaria cadenciando a visita
diária de comitivas de alunos do ensino público de toda região, incluindo
estudantes de cursos técnicos, abrindo margem para a execução de atividades extracurriculares
e consolidando um franco canal de diálogo com a comunidade” completou.
Apesar do despacho da proposição,
ainda não há garantias de qual formato será adotado. Segundo o próprio secretário, a prefeitura não deverá se pronunciar oficialmente até estudar devidamente todas as possibilidades existentes.