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domingo, 21 de abril de 2013

Asiáticas mostram interesse em leilão da ANP

A cobiça de petroleiras asiáticas pelos campos da margem equatorial brasileira agita os preparativos para a rodada de licitações de blocos exploratórios organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis (ANP) e marcada para 14 e 15 de maio. 

O sigilo em torno de valores a ser ofeitados e das negociações de parcerias nas disputas por blocos é obrigatório nessa fase, mas entre as empresas, na agência reguladora e nas entidades que representam o setor é esperada uma forte investida oriental nos blocos offshore em leilão. 

Estendendo-se da fronteira com a Guiana Francesa, no Amapá, à costa do Rio Grande do Norte, a margem equatorial brasileira promete ser "a nova fronteira" do petróleo mundial, avalia a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. De olho nas oportunidades desse trecho do litoral do Brasil, quatro companhias petrolíferas do Japão que nunca participaram da disputa de blocos nas rodadas anteriores se habilitaram a participar: JX Nippon, Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo. A gigante Cnooc, da China, também vai estrear, assim como Petronas, da Malásia, e a tailandesa PTT.

Descobertas recentes de campos gigantes no offhore da Guiana (a não mais do que 50 km do Amapá) firmaram a convicção de que há óleo e gás abundantes nesse trecho da costa brasileira. Poderosas, as petroleiras do Extremo Oriente são apontadas como adversários difíceis de serem batidos por gigantes europeias e americanas habilitadas. 

Para a diretora-geral da ANP, o número de empresas habilitadas revela o interesse internacional nos 289 blocos. Destes, 94 estão em águas profundas. Os blocos somam 155,8 mil km2, em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambu-co-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-AIagoas e Tucano. O governo federal ofertou 166 blocos marítimos, dos quais 72 são de águas rasas. Há ainda 123 blocos terrestres. As 64 empresas são originárias de 18 países e três territórios ultramarinos.

Fonte: Estadão