O sucesso do serviço Wi-Fi no Brasil se deve, em boa medida, à velocidade de transmissão proporcionada pelas redes de banda larga fixa, nas quais estão conectados os roteadores que distribuem o sinal para residências, estabelecimentos comerciais e demais ambientes. Invariavelmente, os melhores desempenhos são verificados quando a conexão se dá por meio de fibra óptica, que ainda está em fase de consolidação no mercado brasileiro, mas já atende quase todas as casas japonesas.
De acordo com o Ministério das Comunicações e Assuntos Interiores do Japão, em março deste ano a rede de fibra óptica proporcionava a 92,7% das residências do país asiático banda larga “ultrarrápida”, com capacidade de transmissão superior a 30 megabits por segundo (Mbps). Se consideradas as velocidades um pouco inferiores, o órgão informa que 100% do Japão está coberto pelo serviço.
A rede de fibra óptica japonesa é um misto dos modelos. Com FTTH (Fiber to the Home), a infraestrutura chega até a casa do cliente. Mas há também uma estrutura híbrida que leva a fibra até perto do domicílio, seguindo nessa última etapa com cobre. O Japão apresenta, no entanto, a maior densidade de FTTH entre os países desenvolvidos, com 59% do total de assinantes de banda larga. Em segundo aparece a Coreia do Sul, com 55%.
Enquanto no Brasil as redes são de propriedade das operadoras de telefonia, no Japão o governo participa com financiamento na universalização da superbanda larga, que pode ser atingida em 2015. As melhores condições são oferecidas para investimentos em áreas rurais e de baixa densidade demográfica.
Fonte: Valor