Em uma reunião na Inglaterra, autoridades de finanças do G-7 — grupo das sete principais economias do mundo — deram aval à política monetária expansionista do Japão. Apesar de ressalvas em relação à decisão do governo do país oriental de desaguar US$ 1,4 trilhão na economia para tentar sair da recessão crônica, a escolha foi não se posicionar contra a medida.
Os Estados Unidos, principalmente, além da Alemanha, têm se mostrado incomodado com a estratégia de Tóquio, embora, desde 2008, a Casa Branca venha usando ações semelhantes para combater a crise. O temor é que a enxurrada de recursos no sistema financeiro acabe desvalorizando o iene e provocando expansão artificial das exportações japonesas.
Além desse debate, o encontro serviu para discutir reformas bancárias que devem ser implementadas para diminuir riscos e impedir situações como a de Chipre, que não conseguiu honrar todos os depósitos de suas instituições financeiras.
Os ministros de finanças evitaram falar em guerra cambial e classificaram a estratégia do Japão como uma medida doméstica adotada para resolver problemas internos. Como em reuniões internacionais anteriores, o governo do primeiro ministro Shinzo Abe escapou de qualquer censura por imprimir dinheiro numa escala que gerou uma forte desvalorização da moeda do país.
“Continua havendo numerosos desafios para uma recuperação. Nos comprometemos a trabalhar por essa retomada, a garantir que ela seja duradoura, e que traga prosperidade a todos os nossos países”, disse o ministro britânico das Finanças, George Osborne, anfitrião do encontro.
Fonte: Correio Braziliense