Translation Support

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Jtekt investirá R$ 75 milhões em ampliação de fábrica em São José dos Pinhais


A japonesa Jtekt está investindo 3 bilhões de ienes, pouco mais de R$ 75 milhões, na ampliação de sua fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metro­po­li­tana de Curitiba (RMC). A empresa, que produz sistemas de direção hidráulica, passará a fabricar sistemas de direção assistida elétrica, conhecida como EPS.

A nova linha de produção deve ficar pronta no início do ano que vem, mas a expectativa é de que comece a funcionar em escala comercial apenas em março de 2014, depois que os clientes validarem os novos produtos. Cerca de 60 pessoas devem ser contrata­das, segundo o diretor co­mer­cial e de engenharia da Jtekt no Mercosul, Lucio Pinto. Hoje a empresa tem 500 funcionários.

A ampliação vai elevar a capacidade da fábrica de 1,3 milhão para 1,9 milhão de sistemas de direção por ano. Hoje ela pode produzir 1 milhão de sistemas hidráulicos, além de fazer a parte mecânica e a montagem final de até 300 mil sis­temas elétricos. Com a no­va linha, para 600 mil uni­dades, a Jtekt vai produzir em São José todo o sistema EPS, incluindo a coluna de direção elétrica, hoje importada.

Os sistemas elétricos da Jtekt vão equipar carros de quatro montadoras japonesas que têm fábrica no Brasil: os modelos Corolla e Etios, da Toyota; o Nissan March; o Mitsubishi ASX; e ainda um novo modelo da Honda, mantido em segredo.

Dona de 28% do mercado brasileiro, a empresa fornece equipamentos para Volkswagen, Fiat, Toyota, GM e PSA Peugeot Citroën. E espera produzir 1 milhão de direções neste ano, 100 mil a mais que no ano passado. Cerca de 80% da produção é vendida no Brasil, e o restante vai para a Argentina.

A produção de sistemas elétricos estava nos planos da Jtekt desde que ela se mudou de Piraquara (também na RMC) para São José dos Pinhais, em 2010. Hoje nenhuma empresa instalada no Brasil fabrica esses equipamentos. Comuns em países desenvolvidos, eles estão presentes em menos de 10% dos carros do mercado brasileiro, mas tendem a ganhar espaço nos próximos anos.

Na comparação com a direção hidráulica, o conforto para o motorista é semelhante, mas o sistema elétrico é mais eficiente, segundo o diretor comercial da Jtekt. “A hidráulica é alimentada por correias, e ‘rouba’ energia do motor. A elétrica, não, pois usa somente energia da bateria. Com isso, gera uma economia de combustível de 3%, em média”, diz.

A Jtekt também está investindo em pesquisa. Em maio, abriu um centro tecnológico, que vai acelerar o desenvolvimento de novos produtos, e no mês que vem inaugura nove pistas de testes, com 150 metros de comprimento cada. O centro tecnológico e as pistas ficam no mesmo terreno da fábrica da empresa, localizada perto do parque industrial da Volkswagen.

Fonte: Gazeta do Povo