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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Resfriamento da usina de Fukushima fracassa e exige plano B

SÃO PAULO – A Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela central atômica de Fukushima, se viu obrigada a mudar o plano de resfriamento dos reatores da usina depois que foi constatado que as barras de combustível do reator 1 derreteram.

Segundo informações divulgadas pela rede de televisão japonesa NHK, a Tepco acredita que o material radioativo derretido provocou danos no reservatório de contenção do reator, permitindo o vazamento de água contaminada.

A Tepco afirma que os medidores dos reatores 2 e 3 podem não estar refletindo o real nível de água dentro das estruturas, e que as barras de combustível dos dois reatores podem ter derretido. Com isso, um plano alternativo de resfriamento terá de ser adotado, já que não será possível encher os reservatórios de contenção com água como planejado.

Está sendo considerada a possibilidade de bombear a água para fora do reservatório de contenção, resfriá-la e reintroduzi-la no reator. Outra alternativa seria bombear de volta para o reator a água que vazou para os porões do edifício, após filtrá-la para retirar as substâncias radioativas.

Apesar da mudança de planos, a Tepco diz que vai manter seu calendário de operações, que prevê de seis a nove meses o tempo necessário para o resfriamento da usina. Há a expectativa de que amanhã a Tepco apresente um plano atualizado para controle da situação em Fukushima.

Enquanto isso, a agência de classificação de risco Moody´s voltou a reduzir a nota de crédito da companhia, e informou que poderá promover novos cortes no futuro. O rating da Tepco caiu um nível, para Baa2. Para títulos de longo prazo, o corte foi de dois degraus, de Baa1 para Baa3.

Esse foi o terceiro rebaixamento da nota de crédito da maior empresa de energia da Ásia desde o terremoto de 11 de março no Japão.

Fonte: Francine De Lorenzo | Valor