A desvalorização do iene diminui os custos de fabricação de produtos no Japão. Por essa razão, é cada vez mais evidente a tendência de repatriação da produção ou “reshoring” (trazer a produção de volta para casa).
De acordo com o Yomiuri Shimbun, fabricantes de eletroeletrônicos como Sharp, Panasonic e Daikin já planejam o retorno de parte da sua produção para o país. Grandes montadoras e fábricas de autopeças, como Honda, Nissan e Sumitomo Riko Co., se não decidiram transferir a produção para terras nipônicas, já estão considerando a possibilidade. A Kobayashi Pharmaceutical Co., também revelou um plano para trazer da China a produção de purificadores de ar e máscaras cirúrgicas.
No caso da relação entre China e Japão, a repatriação de empresas foi impulsionada não só pela desvalorização do iene mas também pelo aumento do custo da mão de obra chinesa: os salários na China triplicaram nos últimos dez anos.
Embora muitos fabricantes considerem que o retorno ao Japão possa ser positivo, não há garantias em relação ao tempo em que as condições permanecerão favoráveis. Dessa maneira, algumas empresas hesitam em transferir maiores porcentagens da produção e são cautelosas em relação à construção de novas fábricas.
O jornal conclui que, caso a desvalorização do iene continue por um longo período, um número crescente de empresas poderá expandir suas fábricas e, naturalmente, favorecer a geração de empregos.
Fonte: Yomiuri Shimbun / IPC Digital