As empresas japonesas precisam aumentar ainda mais os salários, se quiserem manter a economia em uma base sólida e combater a deflação. A afirmação foi feita nesta segunda-feira por Sadayuki Sakakibara, presidente da Keidanren (Federação das Organizações Econômicas do Japão). Ele participa em Tóquio de uma reunião com grandes empresas para decidir a posição do lado patronal antes da próximas negociações da primavera.
O aumento salarial também é pedido pelo governo, que defende um programa econômico para por fim a um ciclo deflacionário de 15 anos através do crescimento nos lucros das empresas, salários e consumo.
Se as grandes empresas exportadoras estão bem devido à desvalorização do iene, as pequenas que precisam importar matéria-prima não têm o mesmo fôlego para dar o aumento de 2% reivindicado pela maior confederação de sindicatos trabalhistas do Japão, a Rengo.
Ela defende que esse índice é o mínimo para manter o nível de vida dos trabalhadores que sofrem com o aumento do imposto sobre o consumo para 8%. Os 2% também seriam uma margem de segurança para que o consumo não seja afetado pelo aumento dos preços.
Os sindicatos de trabalhadores de três grandes montadoras anunciaram que irão pedir aumento de ¥6.000 no piso salarial É bem mais do que foi negociado no ano passado, quando os representantes sindicais da Toyota reivindicaram aumento de ¥4.000, e Honda e Nissan ¥3.500.
No entanto, muitas empresas pensam em negociar aumento do bônus em vez do piso, para não elevar os custos fixos. Nesta semana, os presidentes da Keidanren (Sadayuki Sakakibara) e da Rengo (Nobuaki Koga) deverão se reunir para discutir o assunto.
Fonte: IPC Digital