SÃO PAULO - Com a manutenção da força do iene japonês, Tóquio continua sendo a cidade mais cara para transferências de executivos, segundo estudo divulgado pela ECA International. A capital do Japão ocupa o topo da lista pelo segundo ano consecutivo. A segunda cidade mais cara do mundo, segundo a lista, é Oslo, na Noruega, que em 2010 ocupava a sexta posição no ranking. Completa o pódio Genebra, na Suíça, que passou da oitava colocação em 2010 para a terceira neste ano.
A cidade brasileira mais cara para se viver é o Rio de Janeiro, ocupando a 22ª posição da lista. Também aparecem no ranking São Paulo (29ª) e Brasília (33ª). Segundo o levantamento, o custo de vida nas cidades brasileiras aumentou bastante nos últimos anos. A capital fluminense, por exemplo, ocupava a 141ª posição no ranking da ECA em 2008, pulando para o 51º lugar em 2009 e chegando nas 20 primeiras posições em 2010. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, esse encarecimento é justificado pela valorização do real frente a diversas outras moedas no período, ao aumento do preço das commodities e à inflação dos preços de forma geral.
Lauren Smith, gerente geral da ECA International Nova York, explica que o encarecimento do custo de vida no Brasil é uma "faca de dois gumes". "Para as empresas que trazem talentos seniores para o país, o custo de um trabalhador aumentará, já que são necessários subsídios maiores para manter o poder de compra desse funcionário. Por outro lado, as empresas que enviam profissionais para fora do Brasil podem aplicar licenças de custo de vida mais baixas e ainda assim oferecer uma remuneração suficiente para manter um bom padrão de vida", disse ela na conclusão da pesquisa. Ela adverte, no entanto, que essa situação pode mudar em um curto espaço de tempo por conta da incerteza econômica atual, que tem afetado moedas além da zona do euro.
Nas Américas, a cidade mais cara para transferências internacionais é Caracas, na Venezuela, que ocupa a 13ª posição no ranking global. Buenos Aires, por sua vez, foi o local que mais ganhou posições na lista mundial, consequência da inflação excessiva, segundo a ECA. A cidade argentina passou da 163ª colocação para a 95ª.
Cidades mais caras do mundo | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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