Na foto: os membros da comitiva brasileira e coordenadores do evento. Ao centro, Rui Hara, diretor presidente da Comec, ao lado do presidente da Fiep, Edson Campagnolo, e do gerente geral do departamento de cooperação internacional do ECCJ, Hitoshi Maeshima.
(TÓQUIO) - Nesta segunda-feira (30) teve início em Tóquio, o "Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building", promovido pelo Centro de Eficiência Energética do Japão (ECCJ), coligado ao Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão (METI), e que contou no Brasil com a coordenação da CCIBJ do Paraná.
Com mais de 30 anos de existência, o centro é o único do Japão a lidar com assuntos co-relacionados a eficiência energética, tema extremamente em voga devido ao tsunami/terremoto que atingiu o país em março deste ano, invalidando a usina de Fukushima e trazendo a tona discussões voltadas a confiabilidade da energia nuclear e a busca por novas matrizes energéticas.
É a primeira vez que o ECCJ convida o nosso país (Rio de Janeiro e Paraná) a fazer parte deste, que terá a duração de 1 semana e tem por objetivo a criação de uma sociedade mundial de baixa emissão de carbono, apresentando as mais recentes tecnologias do Japão em termos de geração de energia (eólica, solar, incineradores de lixo), além da exposição de projetos de edificações sustentáveis e visitas técnicas.
APRESENTAÇÕES
Após a abertura do evento, o ECCJ realizou uma completa apresentação a respeito da atual situação energética do Japão, abrangendo as políticas (regulamentações, leis e normas) e ações (programas, cases, procedimentos e necessidades) norteadas pelo METI e Agência para Recursos Naturais e Energia do Japão (ANRE) em torno da constituição e desenvolvimento de uma sociedade voltada para a baixa emissão de carbono.
Baseado no conceito denominado "3E" (stable supply, economy, e enviromental compatibility), concebido na primeira crise do petróleo (1973) e que determina a pluralidade de matrizes energéticas, o governo japonês vem buscando reduzir a dependência de combustíveis fósseis promovendo alternativas, reformas, e novas maneiras de se produzir, consumir, e conservar energia no país.
Na sequencia, foi a vez dos membros da comitiva brasileira realizarem suas respectivas apresentações.
Composta por Governo do Estado do Paraná (através das secretarias do Meio-Ambiente, Planejamento, e Assuntos Metropolitanos de Curitiba), Copel, Itaipu, Fiep, Lactec, Firjan, Eletrobras, Estre Ambiental, Grupo Hubner, Elco Engenharia Elétrica, Wiecheteck Engenharia Elétrica, e CCIBJ do Paraná, a comitiva focou-se na introdução de trabalhos, ações e medidas que estão sendo tomadas no Brasil na busca pelo desenvolvimento e manutenção de novas matrizes energéticas.
PARCERIAS COM O BRASIL
O primeiro dia de evento teve desfecho com as apresentações do capital privado japonês.
Empresas como Mayekawa, Kawasaki, Hitachi Zosen, Nippi, e Banco Mitsubishi, expuseram seus produtos, que vão desde a compressores (chillers) à geradores de energia a partir da incineração de lixo.
Para Nobuya Tamai, da Hitachi Zosen, o Brasil goza de uma privilegiada posição econômica, o que faz com que diversas empresas japonesas procurem expatriar seus investimentos no país. "Nossa empresa possui a real intenção de se instalar no Brasil. Sabemos que economicamente é viável, e o país aparenta desfrutar de todas as condições necessárias para a realização de novos negócios, sendo o workshop proposto pelo ECCJ um belo modelo para a formatação de futuras parcerias".
Além da presença de empresas japonesas, o evento contou ainda com representantes da Jetro Tóquio (Japan External Trade Organization) e Jase-W (Japanese Business Alliance for Smart Energy Worldwide).
A partir de amanhã até o fim da semana, o foco do workshop estará voltado para a realização de visitas técnicas, onde a comitiva brasileira terá a oportunidade de conhecer in loco as atividades desenvolvidas por algumas empresas do setor.
Fotos: Masaki Kimura - ECCJ