Dando sequência 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building, Takahisa Motohashi, diretor do Centro de Eficiência Energética do Japão (ECCJ), apresentou na manhã desta quarta-feira, 30, as principais medidas tomadas pelo governo metropolitano de Tóquio voltadas a conservação e uso racional de energia.
Tóquio é umas maiores megalópoles do mundo e seu consumo de energia, equivalente ao norte europeu, obriga o poder público local a estar se aperfeiçoando constantemente, tomando medidas de prevenção e delineando estratégias não só a fim de garantir o abastecimento integral desta energia à população, bem como reduzir gradativamente as emissões de carbono. Desde 2000, programas como o "Tokyo CO2 Emission Reduction Program" vem introduzindo uma série de medidas visando atenuar esta emissão em cerca de 25% até 2020.
Para que tais ações e políticas pudessem transformar-se em projetos viáveis, foi necessário primeiramente mapear as emissões por setor. Segundo recente levantamento feito pelo governo japonês, 60% destas são oriundas de pequenas e médias empresas; o setor industrial é responsável por 47%; grandes empresas 40%; residências 26%; e transporte 25%. Assim, para cada setor criaram-se diferentes diretrizes e metas, inclusive contemplando novos negócios e construções.
O programa "Tokyo Green Building", constituído em 2002, vem regulamentando as novas edificações com mais de 5 mil m2 de área construída, normatizando o uso racional de energia seguindo uma classificação que avalia desde a utilização de fontes renováveis de energia à sistemas de gerenciamento, classificando os novos empreendimentos em diferentes níveis. Hoje, aproximadamente 1500 edifícios fazem parte deste programa, incluindo a sede do governo metropolitano de Tóquio, que de 1991 a 2008 (por meio deste e outros programas) conseguiu reduzir em cerca de 34% suas emissões de CO2.
Após a apresentação do ECCJ, foi a vez de Michinaga Kohno, diretor da Hitachi apresentar as soluções sustentáveis direcionadas especificamente ao desenvolvimento de Smart Cities no Brasil.
Com sede em Tóquio e contando com mais de 320 mil funcionários em filiais na Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e demais regiões, a empresa, que atua no Brasil desde 1960, anunciou investimentos na ordem 300 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento em diferentes setores (até 2015), incluindo projetos no mercado de cidades inteligentes.
Para Kohno, a Hitachi define o conceito "Smart City" como um processo contínuo, focado na resolução de toda e qualquer questão associada ao crescimento sustentável das cidades.
Seguindo este princípio, a empresa tem desenvolvido soluções que vão além simplesmente da infraestrutura energética, abrangendo também outros setores essenciais e que complementam o conceito de "comunidades sustentáveis", como saneamento (através de medidores inteligentes que mensuram e reportam o volume, consumo, perdas e a qualidade da água) e controle de tráfego automotivo (por meio de sistemas integrados de monitoramento).
LINK: 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 04
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