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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 04


Vista geral do complexo "Panasonic Center", sediado em Tóquio

A comitiva participante do 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building, visitou na manhã desta quinta-feira, 31, o Panasonic Center, complexo  constituído visando expor ao público em geral as principais novidades em termos de produtos e soluções desenvolvidos pela multinacional japonesa voltados à baixa emissão de carbono.

Apresentando um completo show-room de equipamentos como televisores, condicionadores de ar, máquinas de lavar, geradores de hidrogênio, baterias, painéis solares, etc..., a empresa demonstrou na prática algumas de suas inovações para o segmento de Eco-Houses, combinando iniciativas que priorizam, sobretudo, a conservação e o uso racional de energia, tema extremamente em voga na atualidade.

De acordo com Yoshiki Kobayakawa, diretor da empresa, o objetivo é reduzir em até 35% as emissões de CO² nas residências japonesas até 2019,  através não só da venda de produtos considerados "Eco-Friendly", bem como por meio da constituição de comunidades inteligentes. "Nós da Panasonic compreendemos que o bem estar das pessoas vem em primeiro lugar. Por isso estamos desenvolvendo uma série de produtos que beneficiam o coletivo. Ao utilizar um painel solar, o consumidor reduz consideravelmente sua emissão de carbono per capita, algo que beneficia diretamente não só uma família, mas toda comunidade. Estamos seguros que com a implantação coletiva destas soluções reduziremos consideravelmente as emissões de gases nocivos ao nosso planeta" finalizou.

Todavia, a visita também serviu para promover o Paraná enquanto possível parceiro da Panasonic. Segundo o secretário de estado do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, somente nos últimos dois anos o setor privado aportou cerca de R$20 bilhões de novos investimentos. "Empresas de vários países do mundo - incluindo o Japão (Sumitomo Rubber) - estão investindo no Paraná, estado provido por um singular programa de incentivos fiscais, qualificada mão-de-obra e excelente localização (situado no coração do Mercosul). Ressalto ainda que faz parte das diretrizes da atual gestão dar início a implantação Eco Buildings em edificações do poder público local e algumas das soluções apresentadas pela Panasonic vão de encontro com o que queremos introduzir a médio e longo prazo em nosso estado, também visando a gradativa redução das emissões de CO² no Paraná" concluiu.

Participação na ENEX 2013

A comitiva do Paraná participa de palestra na Enex 2013: principal feira de Smart Energy do Japão

No período da tarde a comitiva participou da ENEX 2013, principal feira de Smart Energy do Japão. Contando com mais de 200 expositores, incluindo empresas como Mitsubishi, Nissan, Hitachi Zosen, Sumitomo, Sony, Seiko, Toshiba, entre outras, o evento reuniu as principais inovações do setor através da exposição de produtos, concursos e palestras temáticas.

Estandes de cidades como Kansai, Yokohama e Toyota, expõem os principais avanços 
do Japão no segmento de cidades inteligentes (Smart Cities)

O evento serviu também para introduzir a comitiva do Paraná os principais projetos de Smart Community em desenvolvimento no Japão em cidades como Yokohama, Kansai e Toyota, expondo suas ações, programas e políticas voltadas à geração, distribuição, conservação e utilização inteligente de energia, evitando desperdício e quedas no sistema.

Segundo dados oficiais disponibilizados pelos organizadores da feira, o público total deste ano foi de 46.846 visitantes durante os 3 dias de evento, ultrapassando a média do ano passado que foi de cerca de 14 mil pessoas/dia.

Para Yoshiaki Oshiro, presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, entidade que  auxiliou o governo japonês na coordenação do workshop, o evento aproxima o estado das novidades desenvolvidas pelo Japão no setor. "A participação na Enex 2013 nos traz a oportunidade de constituirmos novos contatos e estreitarmos ainda mais as relações comerciais vigentes com empresas que encontram-se na vanguarda tecnológica de produtos voltados a baixa emissão de carbono, inclusive em segmentos não relacionados diretamente ao setor energético, como manejo de resíduos sólidos e gerenciamento de tráfego em vias públicas. Esperamos que cada participante desta comitiva aproveite da melhor maneira possível os contatos estabelecidos. Este é o nosso papel enquanto entidade, aproximar o Paraná do Japão e vice-versa" disse.

LINK: 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 05

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 03


Dando sequência 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building, Takahisa Motohashi, diretor do Centro de Eficiência Energética do Japão (ECCJ), apresentou na manhã desta quarta-feira, 30, as principais medidas tomadas pelo governo metropolitano de Tóquio voltadas a conservação e uso racional de energia.

Tóquio é umas maiores megalópoles do mundo e seu consumo de energia, equivalente ao norte europeu, obriga o poder público local a estar se aperfeiçoando constantemente, tomando medidas de prevenção e delineando estratégias não só a fim de garantir o abastecimento integral desta energia à população, bem como reduzir gradativamente as emissões de carbono. Desde 2000, programas como o "Tokyo CO2 Emission Reduction Program" vem introduzindo uma série de medidas visando atenuar esta emissão em cerca de 25% até 2020.

Para que tais ações e políticas pudessem transformar-se em projetos viáveis, foi necessário primeiramente mapear as emissões por setor. Segundo recente levantamento feito pelo governo japonês, 60% destas são oriundas de pequenas e médias empresas; o setor industrial é responsável por 47%; grandes empresas 40%; residências 26%; e transporte 25%. Assim, para cada setor criaram-se diferentes diretrizes e metas, inclusive contemplando novos negócios e construções.

O programa "Tokyo Green Building", constituído em 2002, vem regulamentando as novas edificações com mais de 5 mil m2 de área construída, normatizando o uso racional de energia seguindo uma classificação que avalia desde a utilização de fontes renováveis de energia à sistemas de gerenciamento, classificando os novos empreendimentos em diferentes níveis. Hoje, aproximadamente 1500 edifícios fazem parte deste programa, incluindo a sede do governo metropolitano de Tóquio, que de 1991 a 2008 (por meio deste e outros programas) conseguiu reduzir em cerca de 34% suas emissões de CO2.

Soluções em Smart Cities


Após a apresentação do ECCJ, foi a vez de Michinaga Kohno, diretor da Hitachi apresentar as soluções sustentáveis direcionadas especificamente ao desenvolvimento de Smart Cities no Brasil.

Com sede em Tóquio e contando com mais de 320 mil funcionários em filiais na Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e demais regiões, a empresa, que atua no Brasil desde 1960, anunciou investimentos na ordem 300 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento em diferentes setores (até 2015), incluindo projetos no mercado de cidades inteligentes.

Para Kohno, a Hitachi define o conceito "Smart City" como um processo contínuo, focado na resolução de toda e qualquer questão associada ao crescimento sustentável das cidades.

Seguindo este princípio, a empresa tem desenvolvido soluções que vão além simplesmente da infraestrutura energética, abrangendo também outros setores essenciais e que complementam o conceito de "comunidades sustentáveis", como saneamento (através de medidores inteligentes que mensuram e reportam o volume, consumo, perdas e a qualidade da água) e controle de tráfego automotivo (por meio de sistemas integrados de monitoramento).

LINK: 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 04

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 02


Na manhã desta terça-feira, 29, Mitsuo Harada, representante do Centro de Eficiência Energética do Japão (ECCJ) introduziu uma série de produtos voltados a conservação energética predial (Energy Conservation Technologies for Buildings) abrindo o segundo dia de trabalhos do 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building.

Tecnologias empregadas em equipamentos como condicionadores de ar, compressores, bombas de calor, impermeabilizantes, smart meters, além de softwares de monitoramento, mensuramento e controle (BEMS), foram tecnicamente apresentados, sempre tendo como escopo a coeficiencia energética aliada a alta performance.

Segundo Harada, edifícios recentemente construídos, como o Mori Tower, localizado no bairro de Roppongi, em Tóquio, já apresentam um pacote de soluções voltadas a utilização inteligente de energia, algo cada vez mais demandado não só pelo governo japonês, bem como pelos consumidores finais.

Padrão 50001 de sistemas de gerenciamento de energia e padrões de conservação


No período da tarde, Fumio Yamada, gerente do ECCJ, fez uma extensa apresentação sobre o ISO 50001, certificado voltado exclusivamente a sistemas de gerenciamento de energia.

De acordo com Yamada, este certificado especifica os pré-requisitos necessários para conduzir sistematicamente diferentes processos, estabelecendo políticas, padrões, objetivos e metas concernentes ao uso adequado de energia, gerenciando estes através de planos e procedimentos.

Ainda segundo Yamada, a implantação deste padrão torna possível reduzir consideravelmente a emissão de gases estufa e os custos de energia, além de melhorar a imagem da empresa no âmbito corporativo.

Ao todo, apenas 18 empresas no Japão possuem este certificado, até em função do seu relativo ineditismo (constituído em 2011). Companhias como a Tokyo Energy Service Co., Ltd. (provedora distrital de energia) passaram por uma rigorosa auditoria, permitindo que as mesmas identifiquem setores que consomem significativamente energia, determinando ações que priorizem seu uso mais eficiente e econômico.

LINK: 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 03

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 01


Nesta segunda-feira, 28, foi dado inicio ao 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building, workshop voltado a promoção das mais recentes tecnologias, produtos e soluções do Japão na área de eficiência e conservação energética, incluindo edificações sustentáveis e Smart Community.

Sediado em Tóquio entre os dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro, o evento, promovido pelo Centro de Eficiência Energética do Japão (ECCJ), Ministério da Economia, Indústria e Comercio do Japão, e que conta com a coordenação da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, prevê a realização de visitas técnicas, reuniões, debates e encontros oficiais com empresas e representantes do governo japonês.

Composta por 17 membros, incluindo representantes do governo do estado do Paraná como Cassio Taniguchi (secretário do Planejamento), Alípio Leal (secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Júlio Felix (presidente Tecpar), Luciano Pizzatto (presidente Compagas) e Luiz Tarcísio (presidente Iap), a comitiva brasileira também esta representada por Juan Carlos Sotuyo (presidente do Parque Tecnológico de Itaipu), Marco Secco (diretor da Fiep/Senai), Yoshiaki Oshiro (presidente da CCIBJ do Paraná), Heberthy Daijo e Fujio Takamura (diretores da CCIBJ do Paraná), além de empresas privadas do setor (Grupo Philus, Grupo Hubner, Elco Engenharia Elétrica, CM Engenharia Elétrica, Viaplan Engenharia e Elcosul).

Norteando o ínicio das atividades, Hitoshi Maeshima, gerente geral do ECCJ, fez uma breve explanação sobre o roteiro de atividades, destacando a participação na ENEX 2013, uma das principais feiras de Smart Energy do Japão, e a visita a Smart Community da Toyota, situada na província de Nagoya, e que sintetiza os avanços do Japão no setor.

Maeshima realçou a importância do estado do Paraná enquanto parceiro estratégico do Japão na condução de projetos e parcerias técnicas bilaterais no setor, relatando a importância da Câmara neste processo através do trabalho de mediação bilateral entre governos e setor privado.

Apresentações


O primeiro dia de atividades dedicou-se integralmente a apresentações sobre o tema. Empresas como Hitz e Kawasaki puderam apresentar suas soluções e equipamentos para o setor, evidenciando o claro e real interesse no expatriamento destes para o Brasil, especialmente Paraná. Além das referidas empresas, Hitachi, Mitsubishi, Mayekawa, Shimizu, Banco Sumitomo Mitsui, também integraram o evento.

Do lado brasileiro, o chefe da missão, Cassio Taniguchi, introduziu ao governo e representantes do capital privado japonês as diretrizes do Paraná para o setor, exaltando os desafios e objetivos em torno da implementação gradual de soluções que visem não só a autosuficiencia, bem como a utilização inteligente da energia consumida e produzida no estado.

Taniguchi reforçou ainda a necessidade de polarizar esforços em prol da execução de projetos e novos negócios no setor, evidenciando alternativas e a importância do estabelecimento de parcerias com o Japão, em especial no intercâmbio de conhecimento e tecnologia.

LINK: 2nd Brazil Japan Workshop for Promotion of Energy Efficiency and Conservation/Capacity Building - DIA 02

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Análise da meta de 2% de inflação estipulada pelo Banco do Japão


No Comentário de hoje, Takehiro Noguchi, economista do Instituto de Pesquisas Mizuho, nos fala sobre a meta de inflação estipulada pelo Banco do Japão.

Com o encerramento de sua reunião da diretoria de políticas monetárias na terça-feira, o Banco do Japão estabeleceu o objetivo de atingir um índice de inflação de 2% o mais rápido possível para tirar a economia japonesa da deflação. Perguntamos o que o comentarista acha da medida.

Ele diz que antes do anúncio oficial, surgiram vários relatos na mídia. Portanto, parece que o conteúdo da decisão do Banco do Japão já era de certo modo esperado. O aspecto mais importante é sobre quando essa meta de 2% de inflação seria atingida.
Eles dizem "o quanto antes", mas o comentarista acredita que o prazo para que a meta seja atingida seja um ponto fundamental.

Quanto a esse índice de 2%, o presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, destacou anteriormente que mesmo durante o período da bolha econômica, o índice de inflação era em média de cerca de 1,3%, e que um índice excessivamente alto produziria diversos efeitos negativos, como uma elevação nas taxas de juros.

E desta vez, o Banco do Japão chamou o índice de 2% de meta, em vez de uma estimativa a ser objetivada, conforme havia dito anteriormente. O banco central havia dito que, se estabelecesse esse índice como uma meta, ela teria que ser alcançada a qualquer custo e acabaria, portanto, produzindo também vários efeitos negativos.

Sobre esta mudança de visão, o Banco do Japão explica que se a capacidade de crescimento do Japão for fortalecida, os preços das commodities iriam subir num ritmo estável. O banco central afirma que está aumentando entre a população o entendimento a respeito de operações flexíveis de política monetária.

O Banco do Japão ao estipular a meta de 2% num esforço conjunto com o governo do país, teria contado com as contínuas mudanças no ambiente econômico.

Quanto às chances do Japão de sair da deflação, o comentarista diz acreditar que esforços apenas por parte do Banco do Japão teriam um limite. Não seria bom se apenas os preços das commodities subissem, e esforços para aumentar salários e lucros empresariais seriam necessários ao mesmo tempo.

Além disso, levaria tempo para que as medidas monetárias surtissem efeito. Como a deflação vem persistindo por um longo tempo no Japão, não seria fácil introduzir mudanças nos investimentos empresariais e pessoais, bem como na cabeça do consumidor.

Se o país poderá ou não sair da deflação dependerá de até onde o governo vai conseguir chegar com seus esforços em estratégia de crescimento, desregulamentação e reconstrução fiscal. 

Fonte: NHK

Governo japonês e Banco do Japão estabelecem meta de inflação anual de 2%


O governo japonês e o Banco do Japão estabeleceram em conjunto uma meta de inflação anual de 2%. Trata-se de uma tentativa sem precedentes de fixar uma meta clara.

Na terça-feira, as autoridades encarregadas do BC japonês concluíram uma reunião de dois dias, na qual debateram a ideia do primeiro-ministro Shinzo Abe de reforçar a coordenação entre o governo e o banco.

O Banco do Japão divulgou uma declaração conjunta, anunciando ter adotado a "meta de estabilidade de preços" de 2%.

Isso representa uma mudança na posição anterior do banco central japonês, que era a de ter, por enquanto, uma "meta de estabilidade de preços de 1%".

De acordo com a declaração, o Banco do Japão "vai dar continuidade ao afrouxamento monetário e ter como objetivo atingir a meta o quanto antes".

A declaração diz ainda que o governo vai gerenciar a política macroeconômica de forma flexível, formular medidas para reforçar a competitividade e o potencial de crescimento da economia japonesa, além de promovê-las de maneira contundente.

Fonte: NHK

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Governo japonês quer melhorar proteção de cidadãos e empresas no exterior


O governo japonês planeja melhorar a proteção das companhias e dos cidadãos japoneses fora do país após a ocorrência do incidente envolvendo reféns na Argélia.

O secretário-chefe do Gabinete do Japão, Yoshihide Suga, declarou na terça-feira que o governo não recebeu nenhuma atualização sobre os acontecimentos na Argélia desde que a morte de sete reféns japoneses foi confirmada. Ele disse que o governo está fazendo todo esforço possível para confirmar o paradeiro de três japoneses ainda desaparecidos.

Suga apontou que está compartilhando informações com o Reino Unido, os Estados Unidos e outros países envolvidos no incidente. Ele também disse que o Japão buscará explicações da parte do governo da Argélia a respeito da maneira como as operações de resgate foram conduzidas.

Suga acrescentou que o governo deve apoiar as companhias japonesas que estão fazendo negócios fora do país e que iniciaria discussões sobre como proteger melhor as empresas e os cidadãos em regiões de alto risco.

Fonte: NHK

Jica anuncia missão empresarial do Japão ao Paraná em fevereiro

O presidente da CCIBJ do Paraná, Yoshiaki Oshiro, juntamente com o vice-presidente, Gilberto Hara, 
atendem a comitiva da JICA em reunião realizada em Curitiba

Em visita realizada a sede da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná na manhã desta quinta-feira, 17, Chiaki Kobayashi, representante da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) anunciou a vinda de uma missão empresarial do Japão à Curitiba entre os dias 26 e 27 de fevereiro.

A missão terá por objetivo apresentar a pequenas e médias empresas japonesas de setores variados, as potencialidades da economia brasileira, em especial do Paraná, colhendo informações e trocando experiências a fim de tornar possível a criação de um ambiente favorável para a realização de novos negócios e parcerias  (joint ventures).

Sempre acompanhada por executivos da CCIBJ do Paraná, no período da tarde a comitiva seguiu para Fazenda Rio Grande (região metropolitana de Curitiba), onde visitou a empresa Hamaya do Brasil, multinacional japonesa do setor de reciclagem de resíduos eletrônicos.

Outras visitas institucionais agendadas pela entidade foram à empresa CCM do Brasil, fabricante de máquinas e motores, e à secretaria estadual do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sistema de monitoramento de vias públicas do Japão é apresentado ao poder público em Curitiba


Na manhã desta quarta-feira, 16, Takaaki Sugiura (Mitsubishi Research Institute) e Kengo Sato (Toyota Tsusho) estiveram visitando a sede da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná para apresentação do ITS - Sistema Inteligente de Transporte, solução japonesa de monitoramento de vias públicas.
O ITS foi introduzido no Japão na década de 70, reduzindo significativamente os óbitos em acidentes de trânsito, congestionamentos e emissão de CO² em virtude do controle das vias por meio dos próprios automóveis, permitindo uma máxima abrangência de área de cobertura e detalhes, incluindo não só as vias principais, mas também as secundárias. 

Contando com parceiros como o Ministério das Comunicações do Japão, Mitsubishi, Panasonic e Nec, desde 2011 a Toyota Tsusho (empresa do grupo Toyota) vem realizando estudos de viabilidade e implantação do sistema no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, todos, até o momento, comprovando a efetividade do produto.

A comitiva com o secretário municipal de Trânsito, Joel Kruger

No período da tarde, a solução também fora apresentada ao secretário municipal de Trânsito, Joel Kruger, e ao secretário de estado do Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi.

Para Kruger, esta tecnologia de monitoramento de tráfego é ampla, e possibilita múltiplas aplicações ao poder público municipal, variando desde o monitoramento completo de regiões bem como ao roteamento flexível, previsões e estudo de comportamento dos motoristas. "As primeiras impressões foram muito positivas. O sistema possui amplitude e se adapta com facilidade aos equipamentos e servidores de tráfego instalados no município. Sem dúvida é uma solução que podemos considerar a médio e longo prazo" concluiu.

Agradecimentos

Aproveitamos o espaço para agradecer ao Cônsul Geral Adjunto do Japão, Takahiro Iwato, Toshimi Ueda (Consulado Geral do Japão), Yoshiaki Oshiro (presidente CCIBJ do Paraná), Carlos Brandt (Dataprom) e Marcos Olandoski (Dataprom) que também participaram das reuniões do dia.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Richa recebe cônsul-geral do Japão para a Região Sul


O governador Beto Richa recebeu na segunda-feira (14/01), no Palácio Iguaçu, o novo cônsul-geral do Japão para a Região Sul, Yoshio Uchiyama, que substituiu Noboru Yamaguchi no início do ano.

De acordo com o cônsul-geral, o encontro com o governador reafirmou o compromisso do governo japonês no desenvolvimento cultural e econômico do Paraná, estado que abriga grande parte de imigrantes e descendentes de japoneses do país.

O governador agradeceu a confiança depositada pelo país asiático em sua gestão, e citou como exemplo do bom relacionamento com o governo, a atração de um investimento da fábrica de pneus japonesa Sumitomo Rubber do Brasil, que instalará uma unidade em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

A Sumitomo é um dos empreendimentos atraídos pelo Governo do Estado com o programa Paraná Competitivo. Serão investidos cerca de R$ 500 milhões na instalação da primeira base de produção do grupo na América do Sul, com a produção de 15 mil pneus por dia. O início da operação está marcado para este ano, com a geração de 1.500 empregos diretos.

MISSÃO – O secretário estadual do Planejamento, Cassio Taniguchi, que participou do encontro, informou que participará no próximo dia 25 de janeiro, de uma missão para a apresentação das potencialidades do Paraná a empresários japoneses. O convite foi pelo governo japonês e Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná.

Também participaram da reunião, o coordenador da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e diretor da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Rui Hara; o cônsul-geral-adjunto, Takahiro Iwato; e a vice-cônsul, Nana Kawamoto.

Fonte: Agência de Notícias

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Região metropolitana de Curitiba pode receber projeto piloto no setor de energia


Marco Secco, diretor do Senai, coloca a entidade à disposição do governo japonês

Na última sexta-feira, 11, a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná recebeu a visita do diretor da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Kida Katsuto, responsável pela introdução do projeto piloto de smart grid junto ao governo do estado.

Contando com a participação de representantes da secretaria do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL), Agência de Desenvolvimento do Estado, Copel, Cohapar, Emater, FIEP, Senai, além do presidente da Tecpar, Julio Felix, a reunião contextualizou a situação energética no país, abrangendo projeções até 2020, alertando sobre a necessidade da adoção de novas tecnologias, produtos e soluções por parte do poder público brasileiro em consonância das grandes concessionárias.  

Segundo Kida, o Paraná possui todas as condições de dar início a uma parceria que sirva de base para o resto do Brasil. “O governo do Paraná, através dos trabalhos realizados em consonância da Copel, tem visado o melhoramento progressivo das redes de transmissão e distribuição de energia no estado. Compartilhando este objetivo, o projeto modelo da JICA visa desenvolver uma rede de distribuição inteligente e eficiente, semelhante à existente no Japão, que garanta o crescimento ordenado e sustentável da economia local” completou.

O projeto prevê o “upgrade” da malha energética de 26 municípios da região metropolitana de Curitiba, introduzindo desde testes com medidores inteligentes à implantação de novos sistemas de controle e monitoramento de consumo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Primeiro-ministro do Japão vai viajar ao Sudeste Asiático na próxima semana


O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, vai viajar ao Vietnã, à Tailândia e à Indonésia em sua primeira visita ao exterior desde que assumiu o cargo.

Na terça-feira, o secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, anunciou que Abe fará uma viagem de quatro dias a partir da quarta-feira da próxima semana.

Segundo Suga, o premiê japonês visa estreitar os laços com os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) para assegurar a paz e a estabilidade na região da Ásia e do Pacífico, onde o ambiente estratégico tem se movimentado significativamente.

O secretário-chefe do gabinete japonês acrescentou que Shinzo Abe vai acelerar a concretização de uma parceria econômica com as nações asiáticas emergentes que lideram o crescimento global. Abe espera que isso ajude a reanimar a economia do Japão.

Fonte: NHK

Primeiro-ministro do Japão quer aumentar orçamento para reconstrução de áreas atingidas pelo desastre de 2011


O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, busca aumentar o orçamento para a reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto, tsunami e acidente nuclear em 2011.

Na quinta-feira, Abe presidiu uma reunião sobre os esforços de reconstrução que contou com a presença de todos os ministros de seu gabinete. Trata-se do primeiro encontro do gênero desde que o premiê assumiu o cargo no mês passado.

Shinzo Abe enfatizou a necessidade de acelerar os esforços para reconstruir as áreas afetadas e fazer com que a reconstrução seja tangível.

Abe afirmou que quer acalmar as preocupações no tocante à obtenção de recursos suficientes para a reconstrução das áreas atingidas por meio da revisão do tamanho do orçamento atual voltado para essa finalidade.

Em julho de 2011, o governo liderado pelo Partido Democrata decidiu utilizar cerca de 200 bilhões de dólares para as obras de reconstrução durante um período de cinco anos.

Fonte: NHK

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Honda planeja ter mais 40 lojas até 2014


Akiyama, diretor comercial: marca mapeou cidades com potencial de receber novas concessionárias e tem como meta ampliar em 9% as vendas em 2013

Após ter em 2012 o melhor ano desde que começou a produzir carros no Brasil, a Honda entra numa nova fase de crescimento, com a expansão da rede de concessionárias para cidades menores e mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

As metas incluem abrir 40 lojas em dois anos e fechar 2013 com alta de 9% sobre o volume recorde emplacado em 2012, ou três vezes acima do aumento das vendas de carros de passeio e utilitários leves previsto para o mercado.

A montadora já mapeou as cidades com potencial para abrigar revendas da marca, levando em conta fatores como renda e densidade demográfica. Apesar de não detalhar aonde as próximas lojas serão instaladas, a direção da fabricante adianta que, após se consolidar nas grandes capitais, vai atacar as cidades comparativamente menores - porém, com, pelo menos, 100 mil habitantes.

"Ainda temos muito espaço para crescer", diz Roberto Akiyama, diretor comercial da Honda, cuja rede de distribuição soma quase 200 lojas, sendo a maioria delas na região Sudeste, onde está o maior mercado consumidor - responsável por metade dos carros vendidos no país.

Mesmo em um mercado que, nos últimos anos, se tornou foco de investimentos por um maior número de montadoras chinesas, coreanas e japonesas - como Nissan, Hyundai, Chery e JAC Motors -, a Honda encerrou 2012 como marca asiática mais bem posicionada no ranking de vendas no Brasil, no sexto lugar.

Contra o desempenho dos concorrentes, pesaram as restrições nas importações, caso da sobretaxa de 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e cotas para trazer carros do México. Já a favor da Honda, os estímulos do governo, com cortes no IPI, ajudaram a reverter uma situação de queda nos emplacamentos.

Mas a montadora também fez sua parte ao renovar a linha de produtos um pouco antes do anúncio dos incentivos, o que lhe permitiu aproveitar o aquecimento da demanda com um portfólio revigorado.

Como resultado, a Honda comemorou em 2012 a marca de 1 milhão de carros em 15 anos de produção nacional e recorde tanto nas vendas como na produção na fábrica de Sumaré (SP). Os emplacamentos da marca cresceram 45,3%, para 135 mil carros, ou 3,7% do mercado - só a também japonesa Nissan, com aumento de 55,6%, conseguiu crescer mais no país.

Já a produção - de quase 136 mil veículos - subiu 65% sobre 2011, refletindo também o crescimento de 23% nas exportações para a América Latina, num total de 16 mil automóveis.

Os percentuais chamam a atenção, mas eles também se devem à base de comparação fraca, uma vez que os resultados de 2011 foram comprometidos pelo tsunami que atingiu o Japão em março daquele ano, com reflexos no fornecimento de peças para a filial brasileira. "Sabemos que 2011 foi um ano atípico para nós. O que estamos fazendo é retomar a normalidade", diz Akiyama.

A marca tem usado quase toda a capacidade no interior paulista - de 138 mil carros por ano - e ainda traz de sua fábrica na Argentina cerca de 30% dos carros do modelo City vendidos no Brasil. No ano passado, a Honda chegou a adotar três horas extras de trabalho para dar conta da demanda. "Voltaremos a fazer isso em 2013, programando também o funcionamento da fábrica em alguns sábados", afirma o diretor comercial.

Os planos de crescimento ainda passam por novidades nas linhas, com o início das vendas do sedã Civic de motor 2.0 em fevereiro e a chegada da versão bicombustível da CR-V, prevista para abril. Em julho, a Honda volta a vender o Accord, um sedã de porte médio, enquanto que, também no segundo semestre, será lançada uma versão esportiva do City.

Ao mesmo tempo, a montadora investe R$ 100 milhões para, até outubro, inaugurar um novo centro tecnológico em Sumaré, cujo objetivo será adaptar os carros ao gosto do consumidor brasileiro.

Fonte: Valor


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Jovens japoneses rompem tradição e criam startups


Takuma Iwasa não teve o menor receio ao abandonar seu emprego na Panasonic para fundar sua própria companhia de produtos eletrônicos, muito embora os grandes grupos japoneses do setor estivessem começando a ter problemas. "Eu não estava preocupado", diz o executivo de 34 anos, que largou tudo em 2007 para fundar a Cerevo, considerada hoje sinônimo de uma revolução nos produtos eletrônicos em Tóquio. "Sou o tipo de pessoa que precisa fazer algo prazeroso e desafiador", diz. Com seus óculos estilosos, cercado em um canto de sua sala por um emaranhado de cabos, ele é o retrato de um empreendedor.

Iwasa representa um grupo pequeno, mas crescente, de jovens empreendedores japoneses que trocaram o salário mensal e a segurança social proporcionada por um empregador, pela excitação e satisfação de fazer o que realmente querem. Individualidade e autoconfiança são raras na sociedade japonesa, que tradicionalmente sempre valorizou o trabalho em equipe e a submissão.

Em seu terno escuro e bem cortado, Naoki Endo, 38, poderia ser confundido com alguém da indústria da moda. Ele diz que não sabia o que queria fazer quando deixou o cargo de consultor em 2000 na empresa que então era a Andersen Consulting. "Procurava algo que me entusiasmasse", diz. Isso acabou sendo a beBit, uma companhia que elabora sites da internet com base em análises comportamentais.

Keita Yagi, que saiu da Fujifilm para fundar a BSize, em Odawara, entre Tóquio e o Monte Fuji, tem como missão criar produtos eletrônicos sofisticados e funcionais. Quando fazia o ensino médio, Yagi foi inspirado pelo que Steve Jobs fazia na Apple. Hoje, aos 29 anos, decidiu criar sua própria companhia porque "queria fazer coisas que fossem maravilhosas e que mudassem o mundo". Ele criou seus primeiros produtos em um quarto dos fundos de sua casa.

Para a nova geração de empreendedores japoneses, a satisfação pessoal é mais importante que a estabilidade que um emprego formal pode oferecer. "Trabalhar para uma empresa pode proporcionar segurança no curto prazo, mas se ela quebra, você não terá nada em que se apoiar. Portanto, é melhor desenvolver habilidades que tornarão você útil para qualquer companhia e a qualquer hora", diz Endo.

Iwasa não planejava abrir seu próprio negócio quando entrou na Panasonic. Mas quando, inspirado pelo surgimento do YouTube, sugeriu que sua empresa desenvolvesse um sistema de televisão ligado à internet, seu chefe lhe disse que era cedo demais. Isso o fez perceber que, embora a Panasonic fosse habilidosa na melhoria de tecnologias já existentes, ela não era boa no desenvolvimento de novos produtos e ideias - que era o que ele queria fazer.

Na Cerevo, onde comanda uma equipe de dez pessoas, desenvolveu dispositivos para a internet como o Live Shell, que permite aos usuários transmitir vídeos ao vivo de suas filmadoras diretamente para a internet, sem o uso de um PC. Iwasa levantou até agora mais de US$ 4 milhões com dois aportes de capital de risco. Fundos japoneses como o Inova, Kronos Fund, Inspire e Neostella Capital são seus principais investidores.

Os cortes de custos contínuos e reestruturações nas grandes corporações também vêm levando os jovens japoneses a querer criar seus próprios negócios. Além disso, as pessoas têm um desejo maior de contribuir para o bem-estar da sociedade, afirma Mariko Tamura, secretário-geral da Japan Academic Society for Ventures and Entrepreneurs, uma associação de pesquisadores que apoia o avanço de empresas que usam capital de risco.

A tendência ganhou força após o tsunami, que despertou as pessoas para a importância das relações e da solidariedade. "Estou convicto de que colocar os lucros em primeiro lugar é uma coisa que destrói o mundo", afirma Endo. Para ele, os maiores empresários do mundo, de Henry Ford a Konosuke Matsushita, fundador da Panasonic, seguiram esse ponto de vista. "As pessoas que iniciam uma companhia apenas por diversão podem desistir facilmente. Aqueles que têm como objetivo criar uma sociedade melhor, no entanto, não farão isso."

Até recentemente, o Japão não era um lugar fácil para as startups, em razão da aversão ao risco do sistema financeiro e de uma cultura que não admitia o fracasso. No entanto, o governo está apoiando essa iniciativa, fornecendo empréstimo a juros baixos e garantias.

Iwasa observa que o livre acesso à informação e serviços na internet, como as ligações telefônicas gratuitas no Skype e o marketing gratuito no Facebook, tornaram mais fácil começar uma empresa. "O Facebook, por exemplo, é eficiente como instrumento de marketing", afirma Yagi, que só vende seus produtos pela internet. "Antes, era muito difícil construir uma marca. Agora, com a ajuda das mídias sociais, podemos competir até mesmo com as grandes marcas."

Fonte: Financial Times

Japão deve ter pacote de estímulo de US$ 220 bi


O governo japonês disse ontem que anunciará até sexta-feira a versão preliminar de um pacote de medidas econômicas emergenciais. A medida poderá representar uma injeção de ânimo à estagnada economia do país, que se recupera apenas debilmente de seu último desaquecimento. O plano pode levar à desvalorização do iene.

O pacote deverá enfatizar a necessidade de superar a deflação por meio de maciços investimentos em obras públicas e de adotar uma política monetária agressiva, refletindo declarações anteriores do novo premiê, Shinzo Abe, que já contribuíram para desvalorizar o iene e elevar os preços das ações.

"O incentivo será o primeiro passo do nosso programa de revitalização da economia", disse Abe no encerramento da primeira reunião do recém-formado conselho de revitalização da economia, que tem sua segunda reunião agendada para sexta-feira, quando deverá aprovar a versão final do plano.

Embora não tenham sido divulgados números oficiais, a mídia do país informou que as medidas envolverão cerca de 10,3 trilhões de ienes (US$ 118 bilhões) em gastos do governo central. Esses recursos virão de um orçamento complementar que deverá ter sua versão preliminar formulada na terça-feira que vem, com metade desse dinheiro destinada a obras públicas. A minuta de orçamento também envolverá cerca US$ 30 bilhões para cobrir rombos na Previdência.

As cifras, no total, se aproximam do orçamento adicional aprovado pelo governo anterior, do Partido Democrata do Japão, após o terremoto e o tsunami de março de 2011, que devastaram a região nordeste do país.

"Prevemos um [pacote de incentivo] bem avantajado", disse Akira Amari, ministro responsável pela revitalização da economia, em entrevista coletiva ontem. A mídia local disse que, somando-se os gastos dos governos regionais aos do setor privado, o pacote de estímulo pode superar US$ 220 bilhões.

Um esboço do pacote aprovado pelo governo ontem incluiu um apelo para que o governo e o BC do Japão criem um mecanismo que reforce a cooperação, a fim de superar rapidamente o problema da deflação. O documento afirmou também que o governo "continuará a acompanhar atentamente os movimentos do mercado cambial e a reagir devidamente a eles".

Pelo plano, o governo vai investir em infraestrutura de prevenção contra catástrofes naturais, setor sensível após o terremoto de 2011. O pacote prevê estimular o investimento do setor privado para promover o crescimento, apoiar programas de pesquisa tecnológica e investir em energia renovável.

Economistas manifestaram preocupação com o plano agressivo de gastos de Abe, temendo que a emissão de novos títulos possa criar turbulência no mercado de bônus e desencadear uma alta das taxas de juros de longo prazo. A dívida pública do Japão equivale a mais que o dobro de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Mas o ministro da Fazenda, Taro Aso, disse que o governo não estará engessado pelo teto de endividamento de 44 trilhões de ienes adotado por governos passados.

Fonte: Valor

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Nissan e Honda ganham mercado


Em meio ao recorde das vendas de carros no ano passado, algumas marcas se deram melhor do que outras na disputa por posições de mercado. No topo da lista entre as montadoras que mais ganharam espaço em 2012 está a dupla franco-nipônica Renault Nissan, junto com a japonesa Honda.

Já na parte de baixo da tabela, as aliadas francesas Peugeot e Citroën andaram na contramão do crescimento de 6,1% do mercado e terminaram com queda de emplacamentos naquele que foi o melhor ano na história da indústria automotiva brasileira.

Apesar das marcas históricas de 2012 - quando as vendas chegaram a superar 405 mil carros em agosto -, nem todos conseguiram acompanhar o ritmo do consumo, o que resultou em algumas mudanças no ranking das marcas. No embalo da bem-sucedida investida no mercado de compactos com o modelo March, a Nissan foi a montadora que mais cresceu, com alta de 55,6% nos emplacamentos e 2,9% do mercado total. O desempenho fez a montadora subir três posições no ranking e alcançar o nono lugar da lista.

A Renault, por sua vez, se consolidou em 2012 como a quinta montadora do país, ampliando sua participação de mercado de 5,7% para 6,6%, após a expansão de 24,3% dos volumes. Na sequência, a Honda se recuperou do desempenho negativo de 2011, quando sua produção foi comprometida pelo tsunami que atingiu o Japão em março. A marca saiu da oitava para a sexta posição de um ano para outro, respondendo por 3,7% dos carros vendidos em 2012.

Com o sucesso de lançamentos e o posicionamento em linhas populares, essas marcas conseguiram tirar maior aproveitamento do aquecimento da demanda quando o governo decidiu, em maio, cortar as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Por trás dos números também existem acertos nas estratégias comerciais e de produção. A Renault, por exemplo, deixou apenas para a virada do ano a expansão de sua fábrica no Paraná, interrompendo a produção apenas depois de garantir o bom resultado.

Já o grupo PSA Peugeot Citroën entrou 2012 com obras de ampliação na fábrica de Porto Real (RJ), enfrentando atrasos de fornecedores de equipamentos. Como resultado, a produção no início do ano foi reduzida e as vendas da Peugeot cederam 16% em 2012, enquanto as da Citroên caíram 17,1%.

No pelotão de frente da indústria, a concentração das vendas nas quatro maiores montadoras do país subiu de 70% para 70,8%, mas a ordem das marcas seguiu a mesma: a Fiat se manteve na liderança, com 23,1% do total, seguida por Volkswagen (21,1%), General Motors (17,7%) e Ford (8,9%).

Os números finais de 2012 foram divulgados ontem pela Fenabrave, a entidade que abriga as concessionárias de veículos. O ano recorde fechou com 3,8 milhões de veículos licenciados, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume superou em 4,65% o desempenho de 2011.

Quando se considera apenas os carros de passeio e os utilitários leves, foram vendidas 3,63 milhões de unidades, uma alta de 6,1%. As projeções da Fenabrave para 2013 apontam para um crescimento de 3% nos emplacamentos de carros, na cola de uma expansão de igual magnitude estimada para a economia. Para os caminhões, espera-se alta de 16%.

Apesar disso, a entidade traçou um cenário desafiador para o mercado automotivo, no qual os bancos permanecerão cautelosos nas liberações de crédito devido aos índices elevados de inadimplência e alto comprometimento da renda dos consumidores.

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, disse que a queda da inadimplência - antes aguardada para junho ou julho do ano passado - ainda não aconteceu. "Os bancos vão passar boa parte deste ano limpando suas carteiras para retirar resíduos que levam à inadimplência", afirmou o executivo em entrevista coletiva à imprensa.

Fonte: Valor