O Brasil mostrou o segundo maior crescimento de demanda por viagens aéreas domésticas, de 7,2% em maio, na comparação anual, perdendo apenas para os 14,8% do Japão, informou ontem a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata).
No ranking por regiões, a América Latina teve o terceiro melhor desempenho, em maio, com expansão de 8% na demanda por voos domésticos e internacionais, ficando atrás dos 16,1% do Oriente Médio e dos 9,5% da África.
Os dados foram divulgados ontem pela Iata, que mostrou que a demanda global por viagens aéreas, incluindo voos domésticos e internacionais, registrou crescimento de 4,5% em maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com abril, a entidade chama a atenção para o tímido desempenho, uma variação positiva de 0,1%.
"A indústria aérea é frágil. O alívio nos preços do petróleo fornece uma boa notícia. Infelizmente, essa suavidade nos mercados de petróleo veio após os temores de deterioração da economia europeia. Os negócios e a confiança do consumidor estão caindo. E nós estamos vendo os primeiros sinais de desaceleração na demanda e nas taxas de ocupação dos aviões", afirmou o diretor-geral e presidente da Iata, Tony Tyler, por meio de comunicado.
A demanda das aéreas latino-americanas ficou à frente dos 5,3% da Ásia/Pacífico; dos 4,1% da Europa, e do aumento de só 0,5% da América do Norte. A oferta de assentos, incluindo voos domésticos e internacionais, foi a terceira maior, com expansão de 6,8%.
No acumulado do ano, a América Latina tem o segundo maior crescimento de demanda por viagens aéreas, de 9,9%. Só perde para os 18% do Oriente Médio, superando os 9% da África. A oferta de assentos entre as companhias aéreas latino-americanas também foi a segunda maior nos cinco primeiros meses do ano, na comparação anual, com expansão de 9,9%. O maior crescimento de capacidade ficou com o Oriente Médio (18%).
O fluxo de passageiros em voos domésticos teve aumento de 2,7% em maio, ante igual mês do ano passado. A demanda por voos internacionais, por sua vez, apresentou expansão de 5,6% na mesma base de comparação.
A oferta global de assentos teve aumento de 4% em maio, em relação a igual período de 2011. Em voos domésticos, a capacidade mostrou expansão de 3,8%. Nas rotas internacionais, o crescimento foi de 4,1%.
O transporte aéreo global de cargas, entre voos domésticos e internacionais, apresentou recuo de 1,9% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado. De janeiro a maio, o envio de remessas aéreas acumula redução de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Valor