Translation Support

domingo, 28 de dezembro de 2014

Japão aprova pacote de estímulo de US$ 29 bilhões

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aprovou neste sábado um pacote de estímulo de US$ 29,17 bilhões que tem como objetivo incentivar o consumo e a atividade econômica regional, numa tentativa de fazer o país superar a recessão. O plano de gastos se concentra em pequenas empresas, comunidades rurais e reconstrução de áreas devastadas por catástrofes naturais.

A aprovação do pacote foi o primeiro ato relevante do governo Abe desde que seu partido foi reeleito neste mês, numa votação que foi considerada um referendo da política econômica em vigor.

Durante a campanha eleitoral, Abe prometeu distribuir recursos financeiros para regiões fora de Tóquio e auxiliar empresas e consumidores afetados pela forte desvalorização do iene frente ao dólar.

Cerca de metade do montante previsto no plano irá para esforços de reconstrução em áreas atingidas por desastres naturais. O governo vai também fornecer subsídios a municípios para estimular o consumo e oferecer ajuda a famílias de baixa renda.

O Japão voltou à recessão no terceiro trimestre, após um aumento do imposto sobre vendas, anunciado em abril, mostrar forte impacto no consumo. A próxima elevação do imposto, que estava programada para outubro de 2015, será adiada.

O programa econômico do governo, apelidado como "Abenomics", combina estímulos monetários e fiscais, além de mudanças estruturais. As compras de ativos pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), num processo conhecido como relaxamento quantitativo, levaram o iene a perder mais de um terço de seu valor ante o dólar desde que Abe assumiu o poder, em dezembro de 2012.

Embora os exportadores tenham sido beneficiados pela desvalorização do iene e os lucros das empresas tenham avançado a níveis recordes, a fraqueza da moeda afetou firmas menores e consumidores ao inflar os custos das importações.

Em comunicado divulgado hoje, o governo japonês também prometeu seguir adiante com mudanças estruturais nas áreas de saúde, agricultura, energia e trabalhista. 

Fonte: Dow Jones Newswires

sábado, 27 de dezembro de 2014

Coalizão do Japão aprova corte de imposto corporativo para impulsionar crescimento

A coalizão governante do Japão aprovou um plano de reforma tributária que irá cortar impostos corporativos a partir de abril e que promete mais reduções nos próximos anos em uma tentativa do primeiro-ministro Shinzo Abe de aumentar a rentabilidade e impulsionar o crescimento econômico. 

O plano aprovado pelo Partido Democrata Liberal de Abe e seu parceiro de coalizão Komeito nesta terça-feira reduzirá a taxa de imposto corporativo efetivo geral em 2,51 pontos percentuais, para 32,1 por cento, a partir de abril, e para 31,3 por cento no ano seguinte. 

Abe prometeu em junho reduzir a taxa de imposto corporativo para abaixo de 30 por cento nos próximos anos com o objetivo de ajudar a tirar o Japão de quase duas décadas de deflação. Neste ano, ele eliminou uma taxação sobre as empresas adotada em 2012 para ajudar a financiar o alívio a desastres. 

Takeshi Noda, presidente do Conselho do painel de impostos do partido de Abe, estimou que o corte de impostos corporativos representará cerca de 400 bilhões de ienes (3,32 bilhões de dólares) ao longo dos próximos dois anos fiscais. 

Abe espera que a medida encoraje as empresas a elevar salários, o que aumentaria os gastos do consumidor, e a investir parte do caixa de 1,9 trilhão de dólares detido pelas companhias fora do setor financeiro. 

Fonte: Reuters (Por Kaori Kaneko e Yuko Yoshikawa) 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Coalizão do premiê Abe vence eleição no Japão; abstenção é recorde

Por Linda Sieg e Kiyoshi Takenaka

TÓQUIO (Reuters) - A coalizão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, teve uma grande vitória eleitoral neste domingo, mas o baixo comparecimento às urnas apontou para uma ampla insatisfação com seu desempenho.

A TV pública NHK disse que o Partido Liberal Democrático (LDP) e seu aliado, o partido Komeito, de Abe, asseguraram mais de 317 assentos na câmara baixa de 475 membros, o suficiente para manter a sua "supermaioria" que facilita os trabalhos parlamentares.

"Eu acredito que o público aprovou os dois anos de nossas políticas 'Abenomics'", disse Abe, em uma entrevista na televisão.

"Mas isso não significa que nós podemos ser complacentes."

Muitos eleitores, duvidosos tanto da estratégia do premiê, conhecida como "Abenomics", para acabar com a deflação e gerar crescimento, quanto da capacidade da oposição de formular um plano melhor, ficaram em casa.


(Reportagem adicional de Elaine Lies, Antoni Slodkowski, Leika Kihara, Kevin Krolicki, Daiki Iga, Sumio Ito e Noriyuki Hirata)

Fonte: Reuters

sábado, 13 de dezembro de 2014

‘Apagão de manteiga’ no Japão reflete crise da indústria de laticínios

Quando os japoneses posam para tirar fotos, em vez de dizerem “Xis!”, alguns dizem “Manteiga!”. Mas, atualmente, a manteiga não tem sido inspiração para sorrisos, pois logo vem à mente o seu racionamento.

Conforme se aproxima a corrida para comprar os ingredientes do bolo do Natal, os mercados estão limitando as compras dos consumidores a um máximo de dois pacotes de manteiga cada. Na semana passada o governo anunciou seu mais recente plano para fazer “importações de emergência” e aliviar a escassez do produto.

O esgotamento dos estoques de manteiga decorre de vários fatores, incluindo o estresse das vacas leiteiras, a idade avançada dos agricultores, a alta nos custos e as restrições comerciais e aos preços.

O motivo oficial para a baixa oferta de leite usado na fabricação da manteiga é a produção mais baixa decorrente do clima inesperadamente quente no verão passado na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, onde a maior parte dos alimentos é produzida.

O preço por tonelada de leite é mais alto do que o da manteiga, e os produtores estariam se dedicando menos à produção do artigo, que começa a faltar nas prateleiras cheias de alternativas.

Mas o agravamento da escassez é também sintoma de proteções da indústria que limitam as importações de produtos da fazenda e de uma resistência profunda a uma reforma de abertura dos mercados.

O primeiro-ministro Shinzo Abe terá dificuldade para cumprir as promessas de reforma mesmo que seu partido consiga mais apoio à política conhecida como “Abenomics” nas urnas durante a eleição de domingo.

Além das vacas cansadas e da dificuldade em produzir alimento para elas, a indústria dos laticínios é um dos muitos setores da economia japonesa em declínio. Os agricultores estão se aposentando sem que seus herdeiros estejam dispostos a assumir suas fazendas, e o preço da ração e do combustível aumentou muito, reduzindo os lucros.

O Japão tinha 417.600 fazendas produtoras de laticínios em 1963. Em fevereiro desse ano, o número de fazendas do tipo era 18.600, apesar de fortes subsídios do governo.

Os agricultores japoneses, como os dos Estados Unidos e de muitos outros países, são tradicionalmente protegidos da concorrência estrangeira, tanto para garantir certo grau de autossuficiência alimentar a esse arquipélago de escassos recursos quanto por razões políticas.
Apesar da promessa de Abe de modernizar a agricultura e “abrir um buraco” no burocrático sistema de interesses do país, seu governo pouco avançou além de estudar uma reforma agrária.

As tarifas sobre a importação de produtos agrícolas são em média 23%. No geral, o governo paga aos agricultores um subsídio de 12,8 ienes (US$ 0,11) por quilo de manteiga e 15,41 ienes por quilo de queijo.

Protecionismo

Fazendeiros do ramo dos laticínios como Shinjiro Ishibashi, dono de 300 cabeças de gado em sua fazenda em Chiba, a leste de Tóquio, contam com esse apoio. O lobby dos fazendeiros japoneses continua a ser um trunfo do Partido Liberal Democrata, atualmente no governo, que fala em reformas abrangentes mas, ao mesmo tempo, garante aos fazendeiros que continuará a defender seus interesses.

“Abe diz que vai preservar nosso ‘lindo Japão’, e espero que ele o faça”, disse Ishibashi, aludindo aos constantes elogios feitos por Abe ao estilo de vida tradicional da agricultura japonesa.

As políticas protecionistas para o setor agrícola do Japão são um dos motivos que impedem os 12 países envolvidos na negociação de um pacto comercial trans-Pacífico de chegarem a um acordo. Os negociadores reunidos em Washington essa semana parecem prestes a chegar ao final de mais um ano sem consenso.

Entre os países envolvidos na negociação do pacto comercial liderado pelos EU, o Japão tem o segundo maior mercado de alimentos, e os produtores estrangeiros de laticínios e outros gêneros estão ansiosos para entrar nele.

Mas os esforços para se chegar a um acordo mais abrangente esbarram em temas tratados como “território sagrado” como as caminhonetes, para os americanos, e a carne bovina, suína, o açúcar e o arroz para os japoneses.

Um estudo do governo japonês calculou que a abertura dos mercados agrícolas domésticos dentro do pacto comercial poderia reduzir a produção agrícola do país em cerca de 2,7 trilhões de ienes (US$ 22,5 bilhões), ou mais de 40% do total da produção do setor agrícola, de pesca e engenharia florestal.

Mas um relatório do departamento americano da agricultura questionou esse cálculo, dizendo que não são levados em consideração pontos como a limitação à oferta em outros países. O relatório do USDA estimou que a liberalização do mercado de laticínios poderia aumentar em cerca de 50% as importações japonesas de manteiga, chegando a cerca de 6 bilhões de ienes (mais de US$ 50 milhões).

A japonesa Agriculture and Livestock Industries Corp., conhecida como ALIC, supervisionada pelo Ministério da Agricultura, compra e vende produtos por meio de um processo aberto de leilão online, para ajudar a garantir a estabilidade dos preços e estoques, na prática subsidiando os agricultores e as manufaturas em situação de prejuízo.

Pensado para garantir estoques estáveis, o sistema parece agora incapaz de fazer isso, ao menos no caso da manteiga.

No Japão, a produção de leite bruto no ano fiscal encerrado em março foi de 7,45 milhões de toneladas, uma queda em relação ao auge observado de pouco mais de 8,6 milhões de toneladas em 1997. O consumo de manteiga per capita se manteve estável, na marca dos 2kg, durante cerca de uma década, enquanto o consumo de leite está em queda.

Além das importações de emergência, quadro grandes empresas locais de laticínios receberam ordens para aumentar a produção de manteiga para consumo doméstico em 30% no início de dezembro, reduzindo a produção de leite potável e creme, disse o Ministério da Agricultura.
O órgão disse que faria de tudo para estabilizar os estoques a partir do ano que vem.

Uma vitória de Abe nas eleições de domingo pode dar a ele pelo menos mais dois anos, e talvez mais, para enfrentar essas questões, disse Uri Dadesh, sócio do Carnegie Endowment for International Peace.

“Resta se ele vai implementar as reformas estruturais ou não”, disse ele em conferência telefônica com repórteres. “É preciso lembrar que este homem já conta com uma ampla maioria parlamentar a seu favor.”

Fonte: AP

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Economia do Japão tem queda anualizada de 1,9% no 3º trimestre

A economia do Japão encolheu 1,9% entre julho e setembro em termos anualizados, pior do que a estimativa preliminar de contração de 1,6%, com os gastos de capital caindo mais do que o inicialmente estimado.

De acordo com dados revisados divulgados pelo governo nesta segunda-feira, na comparação trimestral, a economia encolheu 0,5% no terceiro trimestre, contra preliminar de queda de 0,4%. O resultado foi pior do que a expectativa do mercado de contração de 0,1%.

Os gastos de capital caíram 0,4% sobre o trimestre anterior, mais do que a queda de 0,2% no dado preliminar.

Fonte: Reuters

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

S&P expressa dúvidas sobre se Japão terá plano fiscal detalhado

A agência de classificação de risco Standard & Poor's expressou dúvidas nesta terça-feira sobre a capacidade do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, de reparar as finanças japonesas a menos de duas semanas das eleições antecipadas, depois que a Moody's rebaixou a classificação do país. 

A decisão de Abe de postergar um aumento de impostos sobre as vendas em 18 meses pode ajudar a economia no curto prazo, mas ainda não há garantias de que as taxas subirão porque a dinâmica política pode mudar após a eleição, afirmou o diretor de ratings soberanos da S&P, Takahira Ogawa, à Reuters. 

As crescentes reservas sobre o Japão vêm em um momento difícil para Abe, que convocou uma eleição para 14 de dezembro, que acabou se tornando uma espécie de voto sobre se ele tem feito o suficiente para melhorar substancialmente as perspectivas de crescimento. 

"Eu posso estar errado, mas, a julgar pela história, não estou otimista sobre a obtenção de um plano fiscal detalhado", disse Ogawa. "Além disso, se o governo falhar em implementar seu plano, então não faz nenhum sentido." 

A S&P classifica o Japão como "AA-", três graus do topo "AAA", com perspectiva negativa, o que significa que um rebaixamento é possível. 

Fonte: Reuters

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Moody's rebaixa rating do Japão para A1, de Aa3

A Moody''s rebaixou nesta segunda-feira o rating soberano do Japão em um grau, de Aa3 para A1. A perspectiva do rating é estável.

Em comunicado, a agência de classificação de risco atribuiu a decisão a incertezas maiores sobre a capacidade do governo japonês de cumprir metas de redução do déficit fiscal, incertezas sobre a eficácia das políticas atuais para o aprimoramento do crescimento econômico, em meio a um ambiente de pressões deflacionárias, e riscos de os juros dos JGBs (como são conhecidos os bônus federais japoneses) subirem e de menor sustentabilidade da dívida no médio prazo.

Segundo a Moody''s, a nota A1 reflete fatores positivos de crédito do Japão, incluindo uma economia grande e diversificada, com uma forte posição externa, força institucional muito elevada e uma base doméstica de financiamento bastante sólida.

A perspectiva estável, por sua vez, está relacionada ao amplo equilíbrio entre riscos positivos, incluindo uma significativa consolidação fiscal e a retomada do crescimento econômico, e riscos negativos, que incluem a intensificação de pressões deflacionárias e a perda de força da economia.

O rebaixamento não afeta os tetos Aaa, em moedas estrangeira e local, dos ratings do Japão e de depósitos bancários, afirmou a Moody's.

Fonte: AE

domingo, 30 de novembro de 2014

Primeiro-ministro do Japão promete estímulo ao consumo

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu neste domingo redobrar os esforços para aumentar o consumo pessoal no Japão por meio de medidas adicionais de estímulo, de acordo com a agência de notícias Kyodo News.

Em um debate político televisionado com líderes de outros partidos políticos antes das eleições do Parlamento, de 14 de dezembro, Abe, que lidera o Partido Liberal Democrata (PLD), admitiu que os efeitos de sua política "Abenomics", de combinação de flexibilização monetária, estímulos fiscais e reformas com foco em crescimento, ainda não atingiram as áreas rurais do país. 

"Abenomics ainda está na metade do caminho" para alcançar seus objetivos, disse o primeiro-ministro, com novas medidas de estímulos sendo necessárias para estimular o consumo. 

A economia do Japão encolheu em taxa real anualizada de 1,6% no terceiro trimestre, no segundo trimestre consecutivo de queda, uma vez que entre abril e julho o país apresentou um recuo de 7,3%, em consequência de um aumento do imposto sobre consumo de 5% para 8%, realizado em abril.

Fonte: Dow Jones Newswires

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Presidente do BC do Japão diz que está pronto para aumentar estímulos contra deflação

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ressaltou nesta terça-feira a disponibilidade do banco central de expandir ainda mais os estímulos para cumprir sua meta de inflação. 

Em discurso para líderes empresariais, Kuroda manteve-se firme diante das críticas de que a flexibilização monetária inesperada do mês passado acelerou as quedas indesejadas na moeda, dizendo que o BC "continuará tomando medidas" para vencer a deflação. 

Mas nem todos dos nove membros do conselho dividem o otimismo de Kuroda de que os benefícios de mais estímulo superam os custos, mostrou a ata da reunião do BC no mês passado, sugerindo que o presidente do banco central pode ter dificuldades para avançar com mais flexibilização. 

"Para alcançar o objetivo da estabilidade dos preços, o Banco do Japão tem agido e continuará a fazê-lo", disse ele a líderes empresariais em Nagoia. 

Fonte: AE

Japão: estímulo do BoJ foi justificável, diz conselheiro

O último estímulo monetário anunciado pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) foi justificado para manter a inflação do país em direção à meta, de 2% ao ano, disse Sayuri Shirai, um dos cinco membros do conselho de política monetária do banco central japonês que votaram a favor do relaxamento. "Temos o compromisso de agir quando necessários", disse, em discurso para executivos em Hiroshima.

A inflação é o indicador que mais preocupa os agentes econômicos do Japão. Em setembro, o núcleo do índice de preços ao consumidor desacelerou para 1,1%, de 1,0% em agosto. Muitos analistas apostam em novas reduções nos meses seguintes, o que preocupa o governo e o banco central. Para estimular a demanda, o BoJ anunciou no último dia 31 a ampliação do seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, da faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.

Shirai, considerado pelo mercado um conselheiro que reluta em aceitar medidas de estímulo, surpreendeu ao votar a favor do relaxamento. "Era necessário dar prioridade para assegurar o caminho em direção à meta de inflação de 2% por medidas adicionais", disse Shirai, acrescentando que "por não agir, o BOJ poderia ter arriscado sua credibilidade." 

Fonte: Dow Jones Newswires

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Japão pode ampliar recalls de carros com airbags da Takata

Honda e Mazda podem ter que fazer o recall de mais 200 mil carros no Japão para substituir airbags da Takata, caso a Takata cumpra uma ordem dos Estados Unidos para realizar o recall de automóveis em todo o país em vez de apenas em regiões úmidas. 

Diversas montadoras nos EUA convocaram recalls regionais de certos modelos para investigar o que está fazendo com que alguns airbags da Takata explodam com força excessiva. Reguladores de segurança dos EUA emitiram ordem para que a Takata amplie estes recalls para todo o país. 

A companhia japonesa até agora tem resistido a um recall mais amplo nos EUA, dizendo que isso poderia desviar peças de substituição para longe das regiões com alta umidade que considera que precisam mais das peças - devido à possibilidade de que a umidade esteja interferindo na mistura química do sistema de inflamento do airbag. A Takata tem até terça-feira para responder à ordem do regulador norte-americano. 

Tanto a Takata quanto as autoridades ainda não sabem exatamente porque alguns airbags se provaram letais, com os infladores explodindo e lançando pedaços de metal contra ocupantes do veículo. Ao menos cinco mortes foram ligadas a acidentes do tipo, todos em carros da Honda. 

Conforme as investigações nos EUA avançam, um recall ampliado pode ter um efeito dominó em outros mercados onde carros usam infladores de airbags dos mesmos lotes potencialmente defeituosos. 

Uma autoridade do ministério de Transportes do Japão disse que um recall em todo os EUA podem acrescentar 200 mil carros da Honda e da Mazda aos 2,6 milhões de automóveis equipados com airbags da Takata já convocados para recall no Japão. 

Fonte: Reuters

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Iene perdeu força em ritmo muito rápido, diz ministro

O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, mostrou-se preocupado com a forte desvalorização do iene nos últimos dias. "O ritmo de queda na semana passada foi muito rápido", afirmou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Em geral, as autoridades japonesas costumam comemorar quando a moeda japonesa se desvaloriza, pois o movimento acaba beneficiando as principais empresas exportadores do país, que são pagas em dólar. No, em menos de um mês, o dólar saltou de 107 ienes para 118 ienes, com a maior desvalorização sendo observada na semana passada. 

A tendência de alta na moeda norte-americana frente ao iene ocorre desde o último dia 31 de outubro, quando o Banco do Japão (BoJ) anunciou que elevaria seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, da faixa anterior entre 60 trilhões de ienes e 70 trilhões de ienes. Foi uma medida de relaxamento monetário, em uma tentativa de estimular a economia.

Aso, no entanto, parece começar a se preocupar. Ele disse que grandes oscilações na taxa de câmbio são indesejáveis, acrescentando que "elas poderiam ter várias repercussões para a economia." O ministro também reiterou sua posição de longa data para o mercado de câmbio, dizendo que "o mercado é quem deve determinar a taxa de câmbio", não o banco central. 

Fonte: Dow Jones Newswires

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Como o superendividado Japão tenta sair da recessão

As duas semanas mais recentes foram tumultuadas para os governantes japoneses. Primeiro, o Banco Central Japonês ampliou dramaticamente seu programa de afrouxamento quantitativo em resposta aos fracos números do crescimento e da inflação. Então, novos dados revelaram que a economia japonesa encolheu a um ritmo anual de 1,6% no terceiro trimestre, quando a expectativa era de crescimento. Tal declínio foi a segunda contração trimestral seguida, o que coloca o Japão em recessão técnica. 

O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou a convocação de eleições antecipadas com o objetivo de consolidar o mandato para adiar uma alta iminente no imposto sobre o consumo no país. O aumento no imposto sobre o consumo é parte de uma estratégia projetada para controlar a dívida do governo japonês, que agora já ultrapassou a casa dos 240% do PIB, sendo que o governo continua a acumular déficit anuais de aproximadamente 8% do PIB. Mas a primeira parte da estratégia de redução do déficit, uma alta inicial no imposto sobre o consumo que ocorreu este ano, parece ter contribuído significativamente para a desaceleração econômica japonesa.

O drama do Japão nos traz algumas perguntas. Primeiro, o que está havendo com a economia do país, que é jogada na recessão com um aumento no imposto sobre o consumo? Pode parecer estranho que um aumento na taxa de consumo de 5% para 8% possa tirar do prumo aquela que até o segundo trimestre do ano era uma recuperação de aparência relativamente robusta. Mas não sei exatamente até que ponto deveríamos estar surpresos. Levando-se em consideração um enfraquecimento geral do crescimento em todo o mundo, poucas economias podem contar com a demanda externa para fazer avançar suas próprias recuperações (como fez o Japão em meados da década de 2000). As economias que apresentam crescimento robusto hoje - Estados Unidos e Grã-Bretanha - estão claramente evitando depositar suas fichas num aumento das exportações líquidas. Em vez disso, cabe à demanda interna suportar o fardo. No Japão, isso significa a mobilização de sua significativa poupança privada no rumo do consumo e do investimento.

E isso, por sua vez, significa vencer a deflação. Uma inflação mais alta significaria que os lares japoneses passariam a esperar uma lenta erosão de suas poupanças, a não ser que suas pilhas de ienes sejam bem empregadas. Em contraste, a deflação permite que os lares japoneses obtenham um retorno positivo sobre suas poupanças mesmo quando os juros estão encalhados perto do zero.

Mas, para reestabelecer uma inflação consistentemente positiva, é preciso jogar o jogo da confiança. Se os lares acreditarem que vão gastar, as empresas vão contratar e os preços vão aumentar. Se os lares duvidarem do compromisso do governo com a geração de uma inflação maior, o resultado será a derrota. A alta inicial na taxa sobre o consumo certamente teve um efeito poderoso nas escolhas de consumo; o PIB real cresceu ao ritmo anual de 6,7% no primeiro trimestre conforme as pessoas anteciparam as compras para evitar a alta no imposto, e então teve queda de 7,3% no segundo trimestre. Mas a persistência do efeito negativo provavelmente reflete uma perda de confiança na possibilidade de vencer a batalha contra a deflação. A alta no imposto sobre o consumo é claramente contraditória, e não é o tipo de medida que um governo adota quando está completamente comprometido com o aumento da inflação e dos juros.

Segundo, será que deveríamos estar preocupados com o fato de o Japão não estar lidando com seus problemas fiscais? Essa é a pergunta realmente importante.

Uma resposta é que a determinação de aumentar os impostos e/ou cortar gastos não está exatamente no núcleo da questão. Em vez disso, o grande problema tem sido a incapacidade de administrar o crescimento na produção nominal.É muito difícil reduzir a proporção entre dívida e PIB numa economia na qual o denominador se recusa a crescer.

Outra resposta é que pode chegar um momento de se preocupar com a dívida, mas ainda não estamos nele. Os mecanismos normais por meio dos quais os mercados preocupados com a dívida registram seu descontentamento (e inibem o crescimento) simplesmente não são um problema no Japão. Os juros raramente foram mais baixos. O problema está na inflação, baixa demais. Como disse Paul Krugman, uma perda da confiança do mercado na situação fiscal japonesa não seria necessariamente algo negativo; se o fluxo de saída de capitais levar a uma desvalorização do iene e a um aumento na inflação, isso seria um resultado que o Banco Central Japonês receberia positivamente. E um grave pânico de endividamento não precisa ser uma preocupação desde que os mercados tenham fé que o Japão poderia resolver seus problemas fiscais caso isso se tornasse imprescindível. Levando-se em consideração a prontidão com a qual o Japão levou a cabo a alta inicial nos impostos, apesar dos juros baixíssimos, parece razoável concluir que uma alta significativa no custo pago pelo governo sobre os empréstimos levaria a uma maior consolidação fiscal. Assim sendo, por enquanto as preocupações fiscais são coadjuvantes das políticas de estímulo ao crescimento.

E há ainda outra resposta segundo a qual o Japão já foi uma folha bastante suja, mas se torna cada vez mais limpo dia a dia. Entre os grandes emissores de obrigações as economias da zona do euro estão galgando posições rapidamente. Essas economias da zona do euro não têm seu próprio banco central, e o banco central do qual elas podem dispôr está muito menos disposto a comprar títulos do governo do que o Banco Central Japonês. Se obrigações líquidas de países ricos são um recurso raro e precioso, então os problemas na zona do euro são boa notícia para o Japão. E mais um sinal de que o país deveria se preocupar menos com seus rombos fiscais.

Mas é preciso ser claro quanto à natureza do problema do endividamento japonês. Sua proporção entre dívida bruta do governo e PIB é superior a 240%, o que parece péssimo. Mas, se excluirmos o valor da dívida que cabe a diferentes ramos do governo japonês, essa proporção cai para menos de 140%. Só o Banco Central Japonês é dono de cerca de 20% das obrigações do governo japonês em aberto, a cada ano comprando mais papéis do que o governo consegue emitir, por mais gastão que seja. E, apesar de tudo isso, os juros e a inflação estão tão baixos quanto o possível. O Japão está avançando rapidamente rumo a um mundo no qual é possível simplesmente deixar de lado as obrigações com as quais todos disseram que seria necessário arcar. Trata-se da monetização da dívida, o verdadeiro arauto da hiperinflação. Mas a hiperinflação deve ser a última das preocupações japonesas.

De certa maneira é irônico: ao desferir um golpe contra a economia e reforçar pressões deflacionárias, a alta no imposto sobre o consumo, que deveria ser um passo para lidar com a dívida acumulada pelo Japão, pode ter aberto o caminho para a fúria aquisitiva do Banco Central japonês, e para a monetização. É claro que isso não representaria um almoço grátis. Se acreditarmos que o Japão teria funcionado como uma economia mais ou menos normal nas duas décadas passadas se não estivesse encalhado no limiar inferior próximo a zero, então sua experiência na armadilha deflacionária custou trilhões de dólares à economia em termos de produção, e custou aos trabalhadores japoneses incontáveis empregos e aumentos salariais.

Mas, a esta altura, o debate em relação ao que o Japão deve fazer em relação à sua dívida é um pouco absurdo. Não há retidão fiscal capaz de permitir que o Japão escape do seu dilema no longo prazo. E, enquanto o país estiver metido nesse longo atoleiro, a dívida do governo seguirá aumentando, até afetar o balanço patrimonial do Banco Central Japonês. É difícil ver como podem ser úteis os aumentos nos impostos que prejudicam os esforços para derrotar a deflação. É preciso deixar claro que isso está abrindo caminho para algo ainda menos conhecido e mais bizarro do que as atuais dificuldades japonesas: a monetização de um volume imenso de dívidas do governo sem nenhuma consequência inflacionária. 

© 2014 The Economist Newspaper Limited. Todos os direitos reservados.As duas semanas mais recentes foram tumultuadas para os governantes japoneses. Primeiro, o Banco Central Japonês ampliou dramaticamente seu programa de afrouxamento quantitativo em resposta aos fracos números do crescimento e da inflação. Então, novos dados revelaram que a economia japonesa encolheu a um ritmo anual de 1,6% no terceiro trimestre, quando a expectativa era de crescimento. Tal declínio foi a segunda contração trimestral seguida, o que coloca o Japão em recessão técnica. O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou a convocação de eleições antecipadas com o objetivo de consolidar o mandato para adiar uma alta iminente no imposto sobre o consumo no país. O aumento no imposto sobre o consumo é parte de uma estratégia projetada para controlar a dívida do governo japonês, que agora já ultrapassou a casa dos 240% do PIB, sendo que o governo continua a acumular déficit anuais de aproximadamente 8% do PIB. Mas a primeira parte da estratégia de redução do déficit, uma alta inicial no imposto sobre o consumo que ocorreu este ano, parece ter contribuído significativamente para a desaceleração econômica japonesa.

O drama do Japão nos traz algumas perguntas. Primeiro, o que está havendo com a economia do país, que é jogada na recessão com um aumento no imposto sobre o consumo? Pode parecer estranho que um aumento na taxa de consumo de 5% para 8% possa tirar do prumo aquela que até o segundo trimestre do ano era uma recuperação de aparência relativamente robusta. Mas não sei exatamente até que ponto deveríamos estar surpresos. Levando-se em consideração um enfraquecimento geral do crescimento em todo o mundo, poucas economias podem contar com a demanda externa para fazer avançar suas próprias recuperações (como fez o Japão em meados da década de 2000). As economias que apresentam crescimento robusto hoje - Estados Unidos e Grã-Bretanha - estão claramente evitando depositar suas fichas num aumento das exportações líquidas. Em vez disso, cabe à demanda interna suportar o fardo. No Japão, isso significa a mobilização de sua significativa poupança privada no rumo do consumo e do investimento.

E isso, por sua vez, significa vencer a deflação. Uma inflação mais alta significaria que os lares japoneses passariam a esperar uma lenta erosão de suas poupanças, a não ser que suas pilhas de ienes sejam bem empregadas. Em contraste, a deflação permite que os lares japoneses obtenham um retorno positivo sobre suas poupanças mesmo quando os juros estão encalhados perto do zero.

Mas, para reestabelecer uma inflação consistentemente positiva, é preciso jogar o jogo da confiança. Se os lares acreditarem que vão gastar, as empresas vão contratar e os preços vão aumentar. Se os lares duvidarem do compromisso do governo com a geração de uma inflação maior, o resultado será a derrota. A alta inicial na taxa sobre o consumo certamente teve um efeito poderoso nas escolhas de consumo; o PIB real cresceu ao ritmo anual de 6,7% no primeiro trimestre conforme as pessoas anteciparam as compras para evitar a alta no imposto, e então teve queda de 7,3% no segundo trimestre. Mas a persistência do efeito negativo provavelmente reflete uma perda de confiança na possibilidade de vencer a batalha contra a deflação. A alta no imposto sobre o consumo é claramente contraditória, e não é o tipo de medida que um governo adota quando está completamente comprometido com o aumento da inflação e dos juros.

Segundo, será que deveríamos estar preocupados com o fato de o Japão não estar lidando com seus problemas fiscais? Essa é a pergunta realmente importante.

Uma resposta é que a determinação de aumentar os impostos e/ou cortar gastos não está exatamente no núcleo da questão. Em vez disso, o grande problema tem sido a incapacidade de administrar o crescimento na produção nominal.É muito difícil reduzir a proporção entre dívida e PIB numa economia na qual o denominador se recusa a crescer.

Outra resposta é que pode chegar um momento de se preocupar com a dívida, mas ainda não estamos nele. Os mecanismos normais por meio dos quais os mercados preocupados com a dívida registram seu descontentamento (e inibem o crescimento) simplesmente não são um problema no Japão. Os juros raramente foram mais baixos. O problema está na inflação, baixa demais. Como disse Paul Krugman, uma perda da confiança do mercado na situação fiscal japonesa não seria necessariamente algo negativo; se o fluxo de saída de capitais levar a uma desvalorização do iene e a um aumento na inflação, isso seria um resultado que o Banco Central Japonês receberia positivamente. E um grave pânico de endividamento não precisa ser uma preocupação desde que os mercados tenham fé que o Japão poderia resolver seus problemas fiscais caso isso se tornasse imprescindível. Levando-se em consideração a prontidão com a qual o Japão levou a cabo a alta inicial nos impostos, apesar dos juros baixíssimos, parece razoável concluir que uma alta significativa no custo pago pelo governo sobre os empréstimos levaria a uma maior consolidação fiscal. Assim sendo, por enquanto as preocupações fiscais são coadjuvantes das políticas de estímulo ao crescimento.

E há ainda outra resposta segundo a qual o Japão já foi uma folha bastante suja, mas se torna cada vez mais limpo dia a dia. Entre os grandes emissores de obrigações as economias da zona do euro estão galgando posições rapidamente. Essas economias da zona do euro não têm seu próprio banco central, e o banco central do qual elas podem dispôr está muito menos disposto a comprar títulos do governo do que o Banco Central Japonês. Se obrigações líquidas de países ricos são um recurso raro e precioso, então os problemas na zona do euro são boa notícia para o Japão. E mais um sinal de que o país deveria se preocupar menos com seus rombos fiscais.

Mas é preciso ser claro quanto à natureza do problema do endividamento japonês. Sua proporção entre dívida bruta do governo e PIB é superior a 240%, o que parece péssimo. Mas, se excluirmos o valor da dívida que cabe a diferentes ramos do governo japonês, essa proporção cai para menos de 140%. Só o Banco Central Japonês é dono de cerca de 20% das obrigações do governo japonês em aberto, a cada ano comprando mais papéis do que o governo consegue emitir, por mais gastão que seja. E, apesar de tudo isso, os juros e a inflação estão tão baixos quanto o possível. O Japão está avançando rapidamente rumo a um mundo no qual é possível simplesmente deixar de lado as obrigações com as quais todos disseram que seria necessário arcar. Trata-se da monetização da dívida, o verdadeiro arauto da hiperinflação. Mas a hiperinflação deve ser a última das preocupações japonesas.

De certa maneira é irônico: ao desferir um golpe contra a economia e reforçar pressões deflacionárias, a alta no imposto sobre o consumo, que deveria ser um passo para lidar com a dívida acumulada pelo Japão, pode ter aberto o caminho para a fúria aquisitiva do Banco Central japonês, e para a monetização. É claro que isso não representaria um almoço grátis. Se acreditarmos que o Japão teria funcionado como uma economia mais ou menos normal nas duas décadas passadas se não estivesse encalhado no limiar inferior próximo a zero, então sua experiência na armadilha deflacionária custou trilhões de dólares à economia em termos de produção, e custou aos trabalhadores japoneses incontáveis empregos e aumentos salariais.

Mas, a esta altura, o debate em relação ao que o Japão deve fazer em relação à sua dívida é um pouco absurdo. Não há retidão fiscal capaz de permitir que o Japão escape do seu dilema no longo prazo. E, enquanto o país estiver metido nesse longo atoleiro, a dívida do governo seguirá aumentando, até afetar o balanço patrimonial do Banco Central Japonês. É difícil ver como podem ser úteis os aumentos nos impostos que prejudicam os esforços para derrotar a deflação. É preciso deixar claro que isso está abrindo caminho para algo ainda menos conhecido e mais bizarro do que as atuais dificuldades japonesas: a monetização de um volume imenso de dívidas do governo sem nenhuma consequência inflacionária. 

Fonte: The Economist 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Banco do Japão admite inflação abaixo de 1,0%

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, admitiu nesta quarta-feira que há a possibilidade do núcleo da inflação do país cair para um nível abaixo de 1,0% em 12 meses, em declaração dada após a instituição financeira anunciar que mantém inalterada a sua política monetária.

Em outubro, o núcleo da inflação desacelerou para 1,0%, depois de ter atingido 1,1% em setembro. Apesar de admitir a possibilidade, Kuroda se mostra otimista. Segundo ele, "em algum momento" o consumo vai subir e as expectativas de preços vão crescer. "Há uma grande possibilidade da inflação chegar a 2% em meados do ano fiscal de 2015", disse.

O presidente do banco central afirmou ainda que a recessão técnica da economia japonesa se deve a três fatores: o aumento do imposto sobre vendas praticado em abril, de 5% para 8%, condições desfavoráveis do clima e ajustes de estoques das empresas. "Mas os efeitos do aumento do tributo no consumo estão perto de acabar", disse.

Questionado sobre o adiamento da segunda alta do imposto, anunciado ontem pelo premiê Shinzo Abe, Kuroda se recusou a falar em um primeiro momento, mas depois declarou que a medida tem um risco pequeno para a economia e adiantou que o banco central não deverá adotar mais medidas de estímulos por causa disso.

Ele ressaltou, porém, que espera que o governo siga firmemente com a reforma fiscal. "O Japão precisa manter a confiança do público em condições fiscais e é importante que o governo trabalha com a disciplina fiscal que está em destaque na sua política", afirmou.

Na terça-feira, o governo japonês anunciou que vai adiar para abril de 2017 o segundo aumento do imposto sobre vendas, inicialmente programado para outubro do ano que vem. A medida foi adotada logo depois da decepção do mercado com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que recuou 1,6% na comparação anualizada, a segunda queda seguida em um trimestre, o que configura recessão técnica. O adiamento é uma tentativa de evitar mais estragos à economia. 

Fonte: Estadão (André Ítalo Rocha, com informações da Market News International)

BC do Japão mantém política monetária, mas decisão é dividida

O banco central do Japão manteve as condições monetárias nesta quarta-feira, mas em uma votação dividida, na esteira de dados mostrando que a economia entrou em recessão. 

Tal como se esperava, o Banco do Japão decidiu manter a sua promessa de aumentar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 80 trilhões de ienes (683 bilhões dólares) por meio da compra de títulos do governo e ativos de risco. 

O membro do conselho do banco central japonês Takahide Kiuchi discordou da decisão, argumentando que era apropriado retornar à política monetária antes da decisão de 31 de outubro de expandir estímulo. 

A autoridade monetária também manteve sua avaliação da economia de que enquanto algumas deficiências permanecem, principalmente na produção, a economia continua se recuperando moderadamente, como uma tendência. 

No mês passado, o banco central inesperadamente expandiu seu enorme estímulo, admitindo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram tanto quanto o esperado depois da elevação de imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Estadão (Reportagem de Leika Kihara, Stanley White, Tetsushi Kajimoto e Kaori Kaneko)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Contra recessão, Japão adia aumento de impostos e convoca novas eleições

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta terça-feira, 18, que o governo vai adiar em 18 meses, para abril de 2017, um aumento planejado no imposto sobre vendas. A elevação no tributo para 10%, a partir de 8%, tinha sido programada anteriormente para ocorrer em outubro de 2015. Abe também disse que o aumento no imposto não será postergado novamente. A elevação anterior do tributo para 8%, a partir de 5%, entrou em vigor em abril deste ano.

O anúncio amplamente esperado ocorre um dia após dados mostrarem que a economia do Japão contraiu durante dois trimestres sucessivos, o que levou o país para uma recessão técnica.

O primeiro-ministro japonês também convocou eleições antecipadas para buscar apoio a sua decisão de adiar o aumento do imposto. Abe vai dissolver a Câmara Baixa do Parlamento em 21 de novembro e convocou eleições antecipadas, a serem realizadas em dezembro. 

Estímulos

O governo do Japão deve criar um pacote de estímulos para incentivar o consumo das pessoas, de acordo com o jornal The Nikkei. 

Diante do enfraquecimento econômico no segundo e no terceiro trimestre, o premiê japonês, Shinzo Abe, deve pedir a ministros para organizar um pacote de apoio econômico que deve totalizar 2 trilhões de ienes a 3 trilhões de ienes (US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões). A medida não deve incluir projetos de obras públicas, com exceção de esforços para gestão de desastres.

Mercado. Em resposta às informações, a Bolsa de Tóquio fechou a terça-feira, 18, em alta e recuperou parte das perdas da última sessão. O dólar ganhou terreno contra a moeda japonesa e subia a 116,77 ienes, às 7h28 (de Brasília).

Fonte: AE

Abe adia aumento de imposto sobre vendas

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta terça-feira que o governo vai adiar em 18 meses, para abril de 2017, um aumento planejado no imposto sobre vendas. A elevação no tributo para 10%, a partir de 8%, tinha sido programado anteriormente para ocorrer em outubro de 2015. Abe também disse que o aumento no imposto não será postergado novamente. A elevação anterior do tributo para 8%, a partir de 5%, entrou em vigor em abril deste ano.

O anúncio amplamente esperado ocorre um dia após dados mostrarem que a economia do Japão contraiu durante dois trimestres sucessivos, o que levou o país para uma recessão técnica.

O primeiro-ministro japonês também convocou eleições antecipadas para buscar apoio a sua decisão de adiar o aumento do imposto. Abe vai dissolver a Câmara Baixa do Parlamento em 21 de novembro e convocou eleições antecipadas, a serem realizadas em dezembro. 

Fonte: Dow Jones Newswires

BoJ mantém política monetária inalterada

O Banco do Japão (BoJ) divulgou nesta quarta-feira que manteve inalterada a sua política de estímulos à economia do país. Oito dos membros do comitê de política monetária votaram a favor da continuação, com apenas um se posicionando contra. Com isso, a instituição financeira permanece com um volume anual de compra de ativos no valor de 80 trilhões de ienes, elevado para este patamar no último dia 31 de outubro, de uma faixa anterior entre 60 trilhões de ienes e 70 trilhões de ienes.

"A economia japonesa vem se recuperando de forma contínua e moderada, apesar de observarmos algumas fraquezas, em especial na produção", disse em comunicado o banco central.

O otimismo do BoJ vai de encontro à postura adotada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe em discurso realizada na terça-feira. Na ocasião, Abe decidiu adiar para abril de 2017 o segundo aumento do imposto sobre vendas, inicialmente previsto para entrar em vigor em outubro de 2015. O primeiro-ministro tomou essa decisão em função do resultado decepcionante do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. No período, a economia do Japão encolheu 1,6% na comparação anualizada, contrariando a previsão do mercado, de expansão de 2,25%. 

Por ter sido a segunda vez consecutiva que o país apresentou retração em um trimestre, os economistas já falam em recessão técnica. Um novo aumento do imposto em menos de um ano poderia causar mais estragos à atividade, avaliou o governo japonês.

O mercado agora aguarda o pronunciamento de Haruhiko Kuroda, presidente do BoJ. 

Fonte: Dow Jones Newswires.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Alta de tributo no Japão está fora de questão, diz Honda

Se depender do economista Etsuro Honda, um dos principais assessores econômicos do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o país não passará por um aumento de imposto sobre vendas nem tão cedo. Após o governo surpreender o mercado ao informar nesta segunda-feira que a economia do Japão recuou 1,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação anualizada, Honda disse que uma nova elevação do tributo está "fora de questão".

Em abril deste ano, o governo subiu a alíquota do imposto sobre vendas de 5% para 8%, o que gerou muita polêmica entre especialistas, já que o país passa por dificuldades no lado da demanda. Os analistas acreditam, inclusive, que os fracos desempenhos dos últimos trimestres, com queda registrada em ambos, é consequência dessa medida tributária.

Além disso, está programado para outubro do ano que vem um novo aumento do imposto, dessa vez para 10%, o que tem mexido com as expectativas do mercado, que especula fortemente a possibilidade de um adiamento da elevação.

"É absolutamente necessário tomar medidas preventivas", disse Honda, que foi um dos principais opositores à mudança de imposto em abril passado. O especialista afirmou que o governo precisa montar um pacote fiscal feito dos "três pilares", que incluem a redução do imposto de renda, redução dos prêmios de segurança social para os japoneses, e a adoção de programas de transferência de renda.

Nos seus cálculos, tais medidas resultariam em um montante de 3 trilhões de ienes em investimentos. "Isso é o que é preciso para tirar a economia do Japão da deflação até o outono de 2016 e torná-lo pronto para mais um aumento de impostos de vendas em abril de 2017", ele disse. 

Fonte: Dow Jones Newswires

PIB do Japão recua no 3º tri e economia do país entra em recessão

A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 1,6 por cento no terceiro trimestre deste ano, em dados anualizados, frustrando as previsões de recuperação modesta depois da severa contração no trimestre anterior e consolidando a visão de que o premiê Shinzo Abe vai adiar o segundo aumento de impostos no próximo ano. 

Abe disse que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira seriam a chave para sua decisão de prosseguir com o aumento para 10 por cento em outubro do próximo ano. Essa decisão vinha sendo esperada para até o final do ano. 

O segundo trimestre consecutivo de contração, diante da previsão de crescimento de 2,1 por cento em pesquisa da Reuters, reforça os sinais de que a terceira maior economia do mundo tem mostrando recuperação lenta do consumo depois do primeiro aumento de impostos em abril. 

O aumento de impostos de abril a 8 por cento, ante 5 por cento, levou a uma contração econômica de 7,3 por cento no segundo trimestre, em dados revisados, a maior queda desde a crise financeira global. 

Uma autoridade próxima ao premiê disse à Reuters que Abe adiaria o segundo aumento e convocaria eleição geral, num esforço para seguir no poder. 

Em comparação com o segundo trimestre, a economia japonesa teve contração de 0,4 por cento ente julho e setembro, após uma queda revisada de 1,9 por cento entre abril e junho. Economistas esperavam crescimento de 0,5 por cento. 

Fonte: Reuters

Japão não precisa de mais estímulo econômico, diz Honda

Embora a economia do Japão tenha recuado no terceiro trimestre e decepcionado o mercado, o país não precisa de mais estímulos monetários, disse o economista Etsuro Honda, um dos principais conselheiros do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Na segunda-feira, o governo japonês informou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,6% no período de julho a setembro deste ano em comparação com igual intervalo do ano passado. O resultado foi considerado uma surpresa, já que os analistas esperavam uma expansão de 2,25%. Por ter sido o segundo trimestre seguido em que o país apresentou recuo, já se pode falar em recessão técnica.

Apesar disso, Honda não vê motivos para mais medidas de relaxamento monetário. Na sua avaliação, o que deve ser feito é adiar para abril de 2017 o próximo aumento de imposto sobre vendas, por enquanto previsto para outubro de 2015.

Para ele, não há diferença nas formas como o banco central e o governo percebem a atual conjuntura econômica.

Fonte: Estdão

株式会社Active Solutions、WOCA代表が会議所を訪問

セミナー開催の提案を行う黒崎代表取締役(左)と大城会頭/浄水器の紹介を行うアリさんと下地代表取締役(左から)

11月17日、株式会社Active Solutionsの黒崎哲代表、株式会社WOCAの下地秀吉代表取締役、パラナ州マリンガ市のビジネスセンターを手掛けるアリ・ヤミさんがパラナ日伯商工会議所を訪問し、大城義明会頭、幅崎増江コーディネーター、地元ブラジル企業とパラナ州での事業の可能性について話し合いを持ちました。

教育・コンサルティング業を行うActive Solutionsの黒崎代表は、大城会頭にブラジル人企業家に向けて日本の接遇、接客の考え方を紹介するセミナーの開催を提案しました。セミナーではその分野の日本のスペシャリストを講演者として招き、企業での職場環境の改善方法や、日本のおもてなし文化のブラジルサービス業界への導入について考えます。セミナーの開催は、来年4月以降に予定されました。


WOCAの下地代表は、集まった関連業者を前にデモンストレーションを行い、同社が販売する浄水器と活水器VG7(ニュージーセブン)の紹介を行いました。VG7を利用すると、波動を活性化させる作用を備えた量子水ができます。量子水は制菌・消臭効果、溶存水素の増加、酵素の活性化、界面活性力の向上などをもたらし、その水を利用することでより料理がおいしくなったり、洗い物の汚れが簡単に落ちる、入浴後に肌や髪がしっとりするといった効果がみられるそうです。

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

発電床をブラジルに普及 関係者5人がパラナ州を訪問

発電床をブラジルに普及しようと、株式会社音力発電の速水浩平代表取締役と株式会社日本開発サービス(JDS)の山田光男・調査部主任研究員、田中規子・調査部主任研究員、高野修一・調査部研究員、安田高法・海外ビジネス展開・官民連携支援室室長代理兼調査部研究員が11月5日から7日にかけてパラナ州クリチバ市を視察しました。

一行は5日午前にパラナ日伯商工会議所を訪問し、大城義明会頭と話し合いを行なった後、その滞在期間に大城会頭、高村富士夫理事らの案内のもと中桐廣文副会頭のブラジルCCM社、西村ニルソン副会頭のElco電気エンジニアリング社、会員企業のIndusparque社、パラナ州企画調整局、クリチバ都市公社(URBS)、社会発展技術研究所(Lactec)、クリチバ市消防局などを訪問し、震動発電による発電床の紹介を行いました。

◆「発電床」とは、人が歩くときに発生する床の振動を利用して発電を行う床型の発電機です。詳細は、同社サイト(http://soundpower.co.jp/)まで。

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Japão: índice de confiança do consumidor cai em outubro

O índice de confiança dos consumidores japoneses caiu para 38,9 em outubro, de 39,9 em setembro, segundo informou o governo nesta terça-feira. Esta foi a terceira queda consecutiva após quatro meses de alta.

O referido índice reflete as perspectivas dos consumidores sobre a situação de vida, crescimento da renda, as condições do mercado de trabalho e as perspectivas de compra de bens duráveis. O índice atua como referência para dados sobre gastos dos consumidores.

Uma pontuação acima de 50 indica que os consumidores estão esperando melhores condições em meio ano e uma pontuação abaixo de 50 aponta que os consumidores esperam piora das condições de negócios nos próximos seis meses. O índice não atinge 50 ou mais desde fevereiro de 2006. 

Fonte: Estadão 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ata do BC japonês mostra que Kuroda agiu para assegurar meta de inflação

Alguns formuladores de política do banco central do Japão disseram, em uma reunião em outubro, que a inflação poderia mergulhar abaixo de 1 por cento devido à queda dos preços de energia, o que ajuda a explicar porque o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, escolheu ampliar o estímulo monetário. 

Alguns membros também expressaram preocupação de que a inflação poderia estar perdendo força devido à falta de dinamismo nos gastos do consumidor, mostrou nesta quinta-feira a ata da reunião de política monetária da reunião de 6 e 7 de outubro. 

A maioria dos membros concordou que a inflação deve subir novamente com a melhora do hiato do produto, o que poderia ser a razão pela qual quatro dos nove membros do conselho do BC japonês votaram contra a decisão da última sexta-feira para estimular ainda mais a economia. 

A ata não ofereceu pistas sobre a decisão surpresa do banco central de expandir suas compras de dívida pública, mas mostrou mais preocupação com as perspectivas de preços no curto prazo. 

"Alguns membros observaram que, em função da evolução dos preços da energia, a taxa anual de alta dos preços ao consumidor pode cair temporariamente abaixo de 1 por cento", informou o documento. 

Na reunião de outubro, o BC havia mantido seu programa de estímulos, apesar da persistente fraqueza depois do aumento de impostos sobre as vendas em abril.

Fonte: Reuters

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Presidente do BC japonês promete atingir meta de inflação, se diz pronto para mais medidas

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, que na semana passada surpreendeu os mercados financeiros globais aumentando o programa de estímulo monetário, disse que o banco central está pronto para fazer mais para chegar à meta de 2 por cento de inflação e recarregar a cambaleante economia. 

Kuroda destacou que a autoridade monetária está determinada a fazer o que for preciso para atingir a meta de inflação em dois anos e vencer quase duas décadas de deflação. 

"Não há nenhuma mudança na nossa política de tentar atingir 2 por cento de inflação na data mais próxima possível, com um horizonte de dois anos mais ou menos em mente", disse o presidente em discurso durante um seminário nesta quarta-feira. 

"Não há limites para os nossos instrumentos de política, incluindo as compras de títulos do governo japonês", disse ele em resposta a uma pergunta após o discurso. 

O banco central japonês surpreendeu os mercados financeiros globais na semana passada ao expandir o forte estímulo, reconhecendo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram como esperado após o aumento do imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Reuters

Presidente do BC japonês promete atingir meta de inflação, se diz pronto para mais medidas

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, que na semana passada surpreendeu os mercados financeiros globais aumentando o programa de estímulo monetário, disse que o banco central está pronto para fazer mais para chegar à meta de 2 por cento de inflação e recarregar a cambaleante economia. 

Kuroda destacou que a autoridade monetária está determinada a fazer o que for preciso para atingir a meta de inflação em dois anos e vencer quase duas décadas de deflação. 

"Não há nenhuma mudança na nossa política de tentar atingir 2 por cento de inflação na data mais próxima possível, com um horizonte de dois anos mais ou menos em mente", disse o presidente em discurso durante um seminário nesta quarta-feira. 

"Não há limites para os nossos instrumentos de política, incluindo as compras de títulos do governo japonês", disse ele em resposta a uma pergunta após o discurso. 

O banco central japonês surpreendeu os mercados financeiros globais na semana passada ao expandir o forte estímulo, reconhecendo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram como esperado após o aumento do imposto sobre vendas em abril. 

Fonte: Reuters

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ministro da Economia do Japão aponta para mais estímulos

O ministro da Economia do Japão, Akira Amari, disse nesta segunda-feira que o governo deve implementar novo estímulo fiscal para impulsionar a economia se os dados preliminares do terceiro trimestre, que serão divulgados em 17 de novembro, vierem fracos, informou a emissora pública NHK. 

Amari também disse que as medidas de estímulo devem ser adotadas independentemente da decisão a ser tomada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe até o final do ano de avançar com um segundo aumento de impostos sobre as vendas previsto para o próximo ano, visando frear a enorme dívida pública.

Os comentários foram feitos dias após o Banco do Japão decidir expandir seu estímulo monetário maciço, o que levantou especulações de que Abe iria em frente com o próximo aumento de impostos em outubro. 

Amari disse que o estímulo fiscal adicional deve ser destinado a estimular o consumo privado, particularmente os grupos de baixa renda e famílias com crianças, duramente atingidos pela alta do imposto feita em abril para 8 por cento, ante 5 por cento. 

Fonte: Reuters

Conselheiro do premiê japonês se opõe à nova alta do imposto sobre vendas

Um importante conselheiro do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fez um apelo nesta terça-feira para que o governo adie uma alta no imposto sobre vendas previsto para o próximo ano, a fim de evitar queda nos gastos do consumidor que prejudicaria a economia. 

Koichi Hamada, professor emérito de Economia na Universidade de Yale e um conselheiro próximo a Abe, já vinha dizendo publicamente suas visões mas elas se chocaram com a posição assumida pela maioria dos consultores de um comitê especial criado pelo governo. 

Eles têm dito que o aumento do imposto deveria ir em frente como planejado para desacelerar a crescente dívida pública japonesa, que tem o dobro do tamanho da economia do país, pior marca do mundo desenvolvido. 

"Retirei meu apoio a uma segunda alta do imposto porque a economia não está mostrando qualquer sinal de que ele poderia ocorrer", disse Hamada. "Eu apoiaria esse plano se ele fosse adiado por cerca de um ano e meio." 

Hamada falou a jornalistas depois de participar do primeiro encontro do comitê que Abe criou no mês passado para aconselhá-lo sobre se deveria ir em frente com o aumento de 10 por cento no imposto sobre vendas, previsto para outubro do próximo ano. 

Abe deve decidir sobre isso até o final deste ano, mas existem especulações de que políticos tentarão adiar o plano depois que o aumento inicial do imposto em abril passado ajudou a empurrar a economia para sua queda mais forte desde a crise financeira global em 2009. 

A frágil recuperação desde então tem levantado dúvidas sobre o bom senso de seguir em frente com os planos de um segundo aumento do imposto. 

Fonte: Reuters

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

沖縄の佐喜眞義肢で、日系三世マトバさんが研修

10月29日、JICA沖縄で日系研修事業の修了式が行われました。

パラナ日伯商工会議所が推薦した日系ブラジル人三世のマトバ・パウロさんがJICAを通じて、義肢装具、車椅子・リハビリ機器、CBブレース(ひざ関節装具)の開発、販売などを行う沖縄県の株式会社佐喜眞義肢で約2週間の研修に参加しました。

マトバさんは、関節障害の助けになる佐喜眞義肢オリジナル製品のCBブレースの組み立て、装着方法について研修を行いました。琉球リハビリテーションでの講義など、指定のカリキュラムを習得した後、産業まつりで来場客に対して装具の装着、説明を行うなど実践も行いました。


ビジネス展開の話では、佐喜眞代表と思案を行い、医療、健康の分野にとどまらず、その他の分野での装具利用の可能性についてアイデアを取り交わしました。

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Presidente do banco central do Japão diz que não há prazo para encerrar estímulos

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou nesta terça-feira que não há prazo predeterminado para encerrar seu forte estímulo monetário, sinalizando que o período de dois anos para atingir a meta de inflação não é rígida. 

Falando no Parlamento, ele manteve a visão favorável do banco central japonês de que a meta de inflação de 2 por cento será atingida por volta do próximo ano fiscal, que começa em abril de 2015, e acrescentou que as autoridades começarão a debater uma estratégia de saída do programa de estímulo durante aquele ano. 

Ele fez a rara declaração sobre o plano de saída quando pressionado por um legislador de oposição, que levantou preocupações sobre riscos de afrouxamento monetário prolongado. 

"A projeção do conselho (do BC) é que os 2 por cento deverão ser atingidos durante um período em torno do ano fiscal de 2015. Então não há dúvidas de que vários debates serão realizados sobre a estratégia de saída durante o período", disse Kuroda. 

Ele reiterou que "não hesitará em ajustar a política" se a meta for ameaçada. Ao adotar seu programa de estímulo em abril passado, o banco central japonês prometeu dobrar a base monetária através de agressivas compras de ativos para atingir a meta de inflação de 2 por cento em cerca de dois anos. 

Fonte: Estadão (Por Leika Kihara) 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Bolsa de Tóquio fecha em alta antes de reunião do Fed

A Bolsa de Tóquio fechou em alta nesta segunda-feira, com o contínuo apetite por risco entre os investidores, tendo em vista que o dólar se manteve relativamente valorizado ante o iene. Contudo, os níveis de participação foram baixos, antes da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), prevista para começar na terça-feira.

O índice Nikkei ganhou 0,63%, para 15.388,72 pontos, após uma forte onda de compras na semana passada. O volume de operações totalizou apenas 1,82 bilhão de ações, o montante mais leve desde 8 de setembro.

"As ações voltaram rapidamente ao terreno positivo na semana passada, ante as vendas acentuadas que levaram o mercado a uma correção", mas os investidores ainda estão cautelosos quanto a sincronia entre fundamentos e a sensibilidade a risco, disse Yutaka Miura, analista técnico sênior da Mizuho Securities. "O Fed será analisado na busca por sinais mais claros sobre o que esperar a partir daqui, mas ainda há muito espaço para o mercado cair novamente. Eu não acho que estamos fora de risco ainda".

"Toda atenção está voltada para a reunião do Federal Reserve (Fed) nesta semana, pois o programa de relaxamento quantitativo deve acabar neste mês", disse um diretor de negociação de ações de uma corretora europeia. "Há uma especulação razoável que a presidente do Fed, Janet Yellen, irá ao menos suavizar a linguagem relacionada à elevação da taxa de juros", completou.

O dólar operou em leve queda nesta segunda-feira ao girar em torno de 107,90 ienes, ante o nível do fim da semana passada. Esse valor da moeda ainda é considerado por muitos como elevado. Os investidores tendem a preferir um dólar mais forte, pois esse movimento permite que os exportadores reduzam os preços sobre os produtos que vendem no exterior. 

Fonte: Dow Jones Newswires

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bolsa de Tóquio cai com realização de lucros

A bolsa de Tóquio fechou em queda nesta quinta-feira, em meio a um movimento de realização de lucros gerado pelos receios com a forte queda de ontem. Os investidores também têm evitado tomar posições após os resultados dos últimos pregões, que mostraram alta volatilidade no mercado, com altas e quedas intensas. O índice Nikkei recuou 0,37%, a 15.138,96 pontos, registrando o menor volume de negociações desde o fim de setembro.

Durante a sessão na Ásia, o dólar teve alta moderada em relação ao iene, o que ofereceu pouco incentivo para a bolsa japonesa, que normalmente reage bem a valorizações da moeda. A divisa norte-americana era negociada a 107,21 ienes durante o fechamento dos pregões, em acima dos 106,90 ienes do dia anterior.

"O padrão de alta e correção virou a norma da bolsa", disse Daisuke Une, estrategista da Sumitomo Mitsui Banking Corp. "Mas investidores também se mantém cautelosos com a fragilidade da economia na Europa e no Japão, a desaceleração da China e o excesso de otimismo das bolsas americanas", avaliou.

Para um diretor de uma corretora europeia, ainda é cedo para afirmar que os dias de forte volatilidade ficaram para trás, mas "os investidores estão optando por esperar ao invés de tomar riscos".

A divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) industrial do HSBC para a China, que mostrou uma melhora do setor em outubro teve pouca repercussão nos mercados japoneses. Entre as principais ações da bolsa, a Fast Retailing e o SoftBank caíram 0,7%, enquanto a Mitsubishi Motors caiu 2,6%, após a companhia informar um aumento de 23% no lucro do primeiro trimestre, alta menos intensa do que a prevista.

As ações da Foster Electric, no entanto, subiram 9,8% depois da previsão de lucro líquido para o ano ser aumentada em 55% por analistas do mercado. 

Fonte: Dow Jones Newswires

Milionários japoneses ficam 24% mais ricos em um ano

Os milionários japoneses ampliaram sua riqueza mais rapidamente na região da Ásia-Pacífico no ano passado, como resultado da campanha do primeiro-ministro Shinzo Abe para injetar novo ânimo na economia levou a uma valorização geral no mercado de ações.

Os indivíduos de maior fortuna no país, definidos como aqueles que dispõem de pelo menos US$ 1 milhão para investir, aumentaram seu patrimônio em 24% ante o ano anterior, somando US$ 5,5 trilhões, de acordo com relatório publicado na terça feira pelo Banco Real do Canadá e Cap Gemini. O número de japoneses milionários teve aumento de 22%, chegando a 2,3 milhões, de acordo com o relatório.

O principal índice de ações do país, Topix, teve alta de 51% no ano passado graças a um afrouxamento monetário sem precedentes promovido pelo Banco do Japão quando Abe apresentou seu pacote de medidas para o crescimento que ganhou o nome de "Abenomics". Esse ano, o índice teve queda de 8%, e os investidores especulam que a campanha dele esteja perdendo o fôlego, esperando um segundo aumento nos impostos no ano que vem após uma queda no consumo em abril provocada por medida semelhante.

Os milionários da China tiveram o segundo enriquecimento mais rápido da região, mostrou o relatório. Sua fortuna teve alta de 20%, chegando a US$ 3,8 trilhões, e o número de milionários no país aumentou 18%, chegando a 758 mil pessoas.

"Embora o desempenho do mercado de equity tenha apresentado altos e baixos em 2013, um robusto crescimento econômico e os preços dos imóveis em mercados fundamentais impulsionaram um saudável crescimento geral na riqueza", disse M. George Lewis, diretor do grupo de gestão de capitais e unidades de seguro da RBC, em pronunciamento na terça feira. "A região da Ásia-Pacífico deve continuar a liderar o crescimento mundial, ultrapassando a América do Norte como região com o maior número de indivíduos com grandes fortunas já no final de 2014, tornando-se a região de maior concentração de indivíduos ricos em 2015."

A população total de milionários na região da Ásia-Pacífico aumentou 17%, chegando a 4,3 milhões de pessoas, sendo que o aumento global no número de milionários ficou na casa dos 13%, de acordo com o relatório. Sua riqueza teve expansão de 18%, chegando a US$ 14,2 trilhões, e no restante do mundo esse aumento foi de 12%.

O aumento no número de milionários no Japão e na China correspondeu a 85% do aumento total na Ásia, de acordo com RBC e Cap Gemini. Os dados cobrem pessoas com recursos para investimento somando pelo menos US$ 1 milhão, excluindo sua residência principal, itens de coleção, bens de consumo e bens duráveis. 

Fonte: Bloomberg

CCIBJ do Paraná na Feira Internacional de Tecnologia de Suwa | 会議所が諏訪圏工業メッセに参加、パラナ州への投資を紹介

Foi realizado entre os dias 16 e 18 de outubro na cidade de Suwa, no Japão, a edição 2014 da Feira Internacional de Tecnologia de Suwa, uma das mais importantes do país.

Promovida pelo Comitê Executivo do Setor Industrial de Suwa e Agência de Promoção Comercial e Industrial de Suwa, o evento reuniu mais de 533 expositores.

A CCIBJ do Paraná marcou presença no evento com um estande de promoção comercial e industrial do Paraná. Esta participação foi capitaneada pelo escritório da entidade sediado no Japão, sob a chancela do diretor Satoshi Tsuda e colaboradores Kazuhiko Uehara e Hiroyuki Tsuda.

A participação da entidade também contou com o apoio do Ministério da Economia, Industria e Comércio do Japão (METI), Agência de Fomento e Comércio Exterior do Japão (JETRO), Agencia Paraná de Desenvolvimento (APD) e FECOMÉRCIO/PR.

É a segunda vez que o Paraná é representado pela entidade na supracitada feira, trazendo resultados diretos ao Estado. "Este recém constituído estreitamento diplomático com as empresas expositoras de Suwa vem gradativamente resultando em novos negócios ao Paraná. Algumas empresas de lá (Japão) tem mantido frutíferas relações comerciais com empresas do nosso estado e novas parcerias deverão ser anunciadas em breve" afirmou Yoshiaki Oshiro, presidente da CCIBJ do Paraná.

日本語訳

「諏訪圏工業メッセ2014」が10月16~18日、諏訪市の諏訪湖イベントホールで開かれ、パラナ日伯商工会議所も参加を行い、ブラジル、パラナ州への投資の紹介を行いました。会議所日本支所の津田哲代表と上原和彦理事がブースを出展しました。

パラナ日伯商工会議所のブースでは、当会議所の説明のほか、協力を行うパラナ州工業連盟(FIEP)、パラナ州商業連盟が提供するサービスについても紹介を行いました。

ブースでは現地生産や貿易を希望する企業に対し、パラナ州での工場設置や業務のM&Aの可能性についての説明が行われました。また、イベントのJETRO商談コーナーでも、実際にブラジル進出を希望する企業との相談会が持たれました。

一人乗りヘリコプター(GEN H-4)の開発・販売、航空機用エンジン(GEN 125)の開発・販売を行うゲン・コーポレーション(長野県松本市)の柳沢源内代表も当会議所のブースを訪れ、ブラジルでの事業の可能性に関心を示しました。

今年8月にパラナ州を視察した綿谷製作所や9月にパラナ州で留学フェアに参加した信州大学も展示を行い、その技術を紹介しました。諏訪圏工業メッセには過去最多の357社(団体)が出展し、前年比14増の533ブースが並びました。 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Exportações do Japão se recuperam, mas economia ainda não está a salvo

As exportações do Japão avançaram no ritmo mais rápido em sete meses em setembro devido às vendas para a Ásia, mas sinais de desaceleração do crescimento global podem afetar a capacidade do setor comercial de estimular a terceira maior economia do mundo, mantendo a pressão por novos estímulos. 

"As exportações apresentaram recuperação mas ainda não estão mostrando força como tendência, uma vez que montadoras e outras empresas japonesas estão mudando a produção para o exterior e o crescimento global continua moderado", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute. 

Uma série recente de dados incluindo queda da produção industrial levou o governo a cortar sua avaliação econômica na terça-feira, provocando especulações de que pode adotar novos estímulos quando decidir sobre a segunda fase do aumento do imposto sobre vendas em dezembro. 

Um conselheiro econômico do primeiro-ministro, Shinzo Abe, afirmou nesta quarta-feira que o próximo aumento deveria ser adiado até abril de 2017, dado o grande risco de outro aumento à frágil economia. 

Nesse contexto, os dados comerciais devem ser comemorados por Tóquio. O aumento anual de 6,9 por cento nas exportações em setembro ficou praticamente em linha com o ganho de 6,8 por cento esperado por economistas, e foi a maior alta desde fevereiro. Em agosto, as exportações tiveram queda anual de 1,3 por cento. 

As exportações para a Ásia, que respondem por mais da metade dos embarques japoneses, subiram 8,1 por cento em setembro sobre o ano anterior devido à crescente demanda por componentes eletrônicos e metais da China e do Vietnã. 

Fonte: Reuters

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Japão piora, pela segunda vez, avaliação sobre a economia

O governo do Japão reduziu nesta terça-feira sua avaliação econômica pelo segundo mês consecutivo porque o consumo fraco depois da elevação do imposto sobre as vendas feita em abril está levando as empresas a reduzirem a produção. 

O governo também diminuiu sua visão sobre a produção industrial pela primeira vez em cinco meses diante da menor produção de bens pelas empresas e estoques maiores devido à fraca demanda. 

A avaliação vem após pesquisa do central japonês feita no início deste mês, que mostrou que a confiança no setor de serviços piorou no terceiro trimestre, com a economia enfrentando dificuldades para superar o impacto da elevação do imposto sobre vendas. 

Economistas dizem que o Japão irá provavelmente evitar uma recessão, mas os gastos do consumidor e a produção consistentemente fracos podem alimentar a especulação de que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, vai adiar o segundo aumento de imposto sobre vendas previsto para o próximo ano. 

"A economia japonesa está em recuperação moderada, mas recentemente pode se ver fraqueza", informou o Escritório do Gabinete em seu relatório econômico mensal para outubro. 

Isso foi um rebaixamento em relação à avaliação do mês passado, que disse que a fraqueza estava limitada a apenas alguns setores. 

Fonte: Reuters


Japão tem déficit comercial de 958,3 bilhões de ienes

O Japão registrou déficit comercial de 958,3 bilhões de ienes em setembro, segundo números preliminares divulgados pelo Ministério das Finanças. O saldo negativo foi superior ao esperado por economistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam déficit de 768,2 bilhões de ienes.

As exportações aumentaram 6,9% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, após queda de 1,3% em agosto. O resultado foi inferior a previsão dos analistas, que sugeriam aumento de 7,4%.

As importações aumentaram 6,2% em setembro na mesma base de comparação, ante queda de 1,5% registrada em agosto.

O Japão não registra um superávit na balança comercial desde junho de 2012. Em agosto deste ano, o déficit do saldo comercial foi de 948,5 bilhões de ienes. 

Fonte: Estadão (Com informações da Dow Jones Newswires)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Produção japonesa superar demanda, diz Banco Central

O Banco do Japão (BoJ) divulgou seu relatório econômico mensal para outubro nesta quarta-feira, mostrando que o gap de produção doméstica recuou para o território negativo, com excesso de oferta e baixa demanda, no intervalo entre abril e junho. A queda foi puxada pelo impacto do aumento de impostos sobre vendas, que entrou em vigor em abril.

O BoJ estima um gap na produção doméstica de -0,1% no segundo trimestre, piorando em relação ao aumento revisado de 0,4%, de uma leitura preliminar de 0,6%, no primeiro trimestre do ano, e -0,2% no último trimestre do ano passado. A economia do Japão registrou a primeira contração em dois trimestre entre abril e junho, com o produto interno bruto (PIB) real recuando 1,8% no período, com queda anualizada de 7,1%.

A piora no gap de produção doméstica tende a diminuir o ritmo de aumentos de preços ao consumidor, mas o BoJ espera que o gap pode melhorar no intervalo entre julho e setembro, quando se espera que a economia compense a queda e cresça numa taxa de cerca de 0,5%.

Após encerrar a reunião de política monetária na terça-feira, o conselho do BoJ revisou para baixo a avaliação da produção industrial após uma queda inesperada de 1,5% em agosto, causada pelo impacto que o aumento do imposto sobre vendas teve sobre a demanda doméstica.

No relatório de quarta-feira, o BoJ disse que espera que a produção industrial caia no terceiro trimestre. A fala representa uma perspectiva mais negativa na comparação com setembro, quando o BoJ disse que a produção industrial de modo geral, iria se manter estável no terceiro trimestre.

O governo estimou que a produção das fábricas vai compensar 6,0% em setembro na comparação mensal. Se confirmada, a produção deve cair 0,7% no terceiro trimestre, após uma queda acentuada de 3,8% no segundo trimestre.

"A produção industrial deve retomar seu crescimento moderado, apesar de mostrar certa fraqueza por enquanto", disse a autoridade monetária em relatório. Para o quarto trimestre, o BoJ afirmou que, embora as incertezas sobre a produção industrial continuem altas, o crescimento deve ser retomado.

O BoJ também revisou o seu panorama para os preços ao produtor, seguindo o recente enfraquecimento dos preços do petróleo. "Os preços ao produtor devem permanecer mais estáveis por enquanto", disse. A autoridade monetária no entanto, manteve a projeção de inflação para o curto prazo, estimando um aumento no núcleo do CPI de 1,25% na comparação anual. O BoJ ponderou, entretanto, que as recentes quedas no preço do petróleo vão aumentar temporariamente a pressão negativa nos preços, indicando que a inflação pode cair abaixo de 1% nos próximos meses. 

Fonte: Market News International

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Presidente do BC do Japão promete estímulo prolongado e não sinaliza ação imediata

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, destacou a resolução de manter o forte estímulo por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve, mantendo-se otimista sobre o cenário apesar de sinais de que a economia pode estar em leve recessão. 

Kuroda também manteve sua avaliação de que o iene fraco é positivo para a economia do Japão. Mas mudou ligeiramente seu tom ao aceitar as preocupações da comunidade empresarial de que mais desavalorizações vão afetar as pequenas empresas e famílias ao elevarem os custos de importação. 

"Se as movimentações cambiais refletirem fundamentos econômicos e financeiros, elas devem ser positivas, não negativas, para a economia, Mas os próprios fundamentos flutuam, então é importante levar isso em consideração", disse ele nesta terça-feira. 

Como previsto, o BC japonês decidiu por unanimidade manter sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (547 a 638 bilhões de dólares) através de compras de títulos do governo e a ativos de risco. 

O BC manteve sua avaliação de que a terceira maior economia do mundo continua se recuperando moderadamente como tendência. Mas ofereceu uma visão mais negativa sobre a produção industrial, dizendo que ela estava "enfraquecendo" uma vez que uma queda na demanda após o aumento do imposto sobre vendas em abril deixou os produtos de automóveis e eletrônico com excesso de estoques. 

Kuroda admitiu que o aumento do imposto e o clima desfavorável no verão pesou sobre o consumo por mais tempo que o esperado. Mas destacou que após um período de fraqueza, o crescimento vai acelerar o suficiente para elevar a inflação na direção da meta do BC. 

O BC tem mantido a política monetária desde que lançou o forte estímulo em abril do ano passado, quando prometeu dobrar a base monetária através de agressivas compras de ativos para alcançar sua meta de inflação de 2 por cento em cerca de dois anos. 

Fonte: Reuters