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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Conselheiro do premiê japonês se opõe à nova alta do imposto sobre vendas

Um importante conselheiro do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fez um apelo nesta terça-feira para que o governo adie uma alta no imposto sobre vendas previsto para o próximo ano, a fim de evitar queda nos gastos do consumidor que prejudicaria a economia. 

Koichi Hamada, professor emérito de Economia na Universidade de Yale e um conselheiro próximo a Abe, já vinha dizendo publicamente suas visões mas elas se chocaram com a posição assumida pela maioria dos consultores de um comitê especial criado pelo governo. 

Eles têm dito que o aumento do imposto deveria ir em frente como planejado para desacelerar a crescente dívida pública japonesa, que tem o dobro do tamanho da economia do país, pior marca do mundo desenvolvido. 

"Retirei meu apoio a uma segunda alta do imposto porque a economia não está mostrando qualquer sinal de que ele poderia ocorrer", disse Hamada. "Eu apoiaria esse plano se ele fosse adiado por cerca de um ano e meio." 

Hamada falou a jornalistas depois de participar do primeiro encontro do comitê que Abe criou no mês passado para aconselhá-lo sobre se deveria ir em frente com o aumento de 10 por cento no imposto sobre vendas, previsto para outubro do próximo ano. 

Abe deve decidir sobre isso até o final deste ano, mas existem especulações de que políticos tentarão adiar o plano depois que o aumento inicial do imposto em abril passado ajudou a empurrar a economia para sua queda mais forte desde a crise financeira global em 2009. 

A frágil recuperação desde então tem levantado dúvidas sobre o bom senso de seguir em frente com os planos de um segundo aumento do imposto. 

Fonte: Reuters