O último estímulo monetário anunciado pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) foi justificado para manter a inflação do país em direção à meta, de 2% ao ano, disse Sayuri Shirai, um dos cinco membros do conselho de política monetária do banco central japonês que votaram a favor do relaxamento. "Temos o compromisso de agir quando necessários", disse, em discurso para executivos em Hiroshima.
A inflação é o indicador que mais preocupa os agentes econômicos do Japão. Em setembro, o núcleo do índice de preços ao consumidor desacelerou para 1,1%, de 1,0% em agosto. Muitos analistas apostam em novas reduções nos meses seguintes, o que preocupa o governo e o banco central. Para estimular a demanda, o BoJ anunciou no último dia 31 a ampliação do seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, da faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.
Shirai, considerado pelo mercado um conselheiro que reluta em aceitar medidas de estímulo, surpreendeu ao votar a favor do relaxamento. "Era necessário dar prioridade para assegurar o caminho em direção à meta de inflação de 2% por medidas adicionais", disse Shirai, acrescentando que "por não agir, o BOJ poderia ter arriscado sua credibilidade."
Fonte: Dow Jones Newswires