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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Governador da Província de Hyogo visita sede da CCIBJ-PR

Ao visitar Curitiba neste mês para participar da solenidade alusiva à celebração dos 45 anos de irmandade entre o Paraná e a província japonesa de Hyogo, o governador da Província de Hyogo, Toshizo Ido cumpriu uma extensa programação.

Já no seu primeiro dia na capital paranaense, Ido visitou na quarta-feira, 19, a sede da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão Paraná, onde foi recebido pelo seu presidente, Yoshiaki Oshiro.

Antes da reunião, norteada por temas relacionados ao fortalecimento das relações bilaterais Paraná-Hyogo, Oshiro exibiu ao governador o resultado das recentes reformas efetuadas no denominado "Palácio Hyogo", sede da entidade. Completamente reformulado, o novo Centro de Eventos da Câmara foi totalmente custeado por empresas associadas. 

Câmara, Paraná & Hyogo

As relações diplomáticas entre Paraná e Hyogo confundem-se com a história da CCIBJ-PR.

No final da década de 60 durante o exercício do seu primeiro mandato como deputado federal (foram oito ao todo), Antônio Ueno, idealizador e co-fundador da Câmara, estabeleceu contato com várias províncias do Japão, prospectando novas oportunidades comerciais para o Paraná.

Desta série de contatos preliminares, no dia 5 de maio de 1970 estabeleceu-se então o tratado diplomático de co-irmandade entre o Paraná e a província de Hyogo.

Os primeiros anos de tratado foram dedicados ao estreitamento das relações públicas, políticas e culturais entre ambos os estados. Numa era sem internet, onde as viagens internacionais ainda eram escassas e as informações demoravam a chegar, o próximo passo foi estabelecer uma agenda fixa de compromissos com o Japão.

Esta necessidade de estreitamento entre ambos os países acabou contribuindo para que, em 1978, a fosse fundada a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, tendo como presidente o então deputado federal Antonio Ueno. Assim, conciliando a diplomacia aos interesses comerciais e industriais do Paraná, a Câmara passou a organizar anualmente missões econômicas ao Japão, integrando e polarizando interesses, impulsionando novas oportunidades de negócios. O primeiro fruto desta parceria foi o Tecpar.

Através do governo de Hyogo em parceria da Jica, CCIBJ-PR e Governo do Estado do Paraná, foram viabilizados U$7 milhões em investimentos na constituição do Instituto de Tecnologia do Paraná.

Além do Tecpar, o governo de Hyogo, juntamente com a CCIBJ-PR, Prefeitura de Curitiba, prefeitura e representantes do capital privado de Himeji, além do Governo do Paraná, também auxiliou financeiramente na constituição do denominado "Palácio Hyogo", sede da Câmara.

Para o vice-presidente da Câmara, Nilson Nishimura, as missões sempre foram um grande desafio, onde o objetivo, num primeiro momento, era gerar o mesmo volume de negócios que em São Paulo e Manaus, referências inquestionáveis no quesito industrialização e atração de investimentos estrangeiros. "Realizar negócios com o Japão não é fácil e a credibilidade da Câmara e do próprio Ueno diante do imperador, facilitou a viabilidade de novos negócios para o Paraná". E completou: "Assim, a Câmara passou a assessorar empresas japonesas que tinham interesse em vir para o Brasil e instalar-se no Paraná. E quando o assunto era Japão, nós que apresentávamos ao governo do Estado as infinitas possibilidades comerciais e benefícios gerados aos paranaenses no caso do estabelecimento de parcerias, num trabalho de mútuo convencimento sobre a importância dos investimentos japoneses aqui".

No setor privado, três grandes grupos que possuem sede em Hyogo escolheram o Paraná para a instalação de suas bases no Brasil: Harima (uma das maiores fabricantes de produtos químicos do Japão), Sysmex (líder mundial na fabricação de produtos de hematologia, uroanálise e coagulação para laboratórios) e Kawasaki (esta última hoje instalada em Manaus). Recentemente, a multinacional fabricante de pneus Sumitomo Rubber escolheu o nosso estado como sede de sua primeira planta industrial no Brasil, devendo empregar diretamente até 2017 cerca de 1.500 trabalhadores.

Certamente é impossível enumerar somente em um post todas as ações e benefícios que esta relação de amizade e cooperação trouxe para ambos os estados e países. Contudo, é certo afirmar que a mesma ainda irá gerar inúmeros benefícios para os paranaenses, principalmente no que diz respeito a geração de oportunidades, emprego e renda.