O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse que a instituição está fazendo grande progresso em seus esforços para elevar a inflação japonesa de volta aos níveis desejados.
Em um discurso neste domingo ele afirmou que, com base em números recentes, "não há dúvidas de que a tendência da inflação melhorou marcadamente" desde que o banco central começou seus esforços mais agressivos para estimular a economia. As políticas estão tendo "os efeitos desejados e a economia está fazendo progresso contínuo em conquistar baixa inflação", afirmou.
Kuroda afirmou que o sucesso das políticas do BoJ está em determinar uma intenção clara de levar a inflação de volta a 2%, suportada por ações para fazer isso acontecer. Ele declarou que uma política assertiva foi necessária para mudar as expectativas de longa data de uma inflação muito baixa no país.
Desde a atuação do banco, "a probabilidade de que a inflação de longo prazo será 2% agora é percebida como alta", disse.
O Japão sofreu por um longo período com a deflação, ou seja, queda persistente de preços. Há dois anos, na primeira reunião do BoJ sob a presidência de Kuroda, o banco central aumentou o programa de estímulo com compra de ativos, buscando criar inflação de 2% em dois anos.
Depois de algum sucesso levando a inflação ao patamar de 1% em um ano, a inflação na marca de dois anos agora está em zero e pode em breve voltar aos números negativos. A principal razão é a queda recente nos preços do petróleo. Mas isso também ocorre porque o desempenho da economia japonesa tem sido surpreendentemente fraco recentemente.
Em outubro, em meio a recessão mais recente, Kuroda expandiu o programa de compra de ativos. Agora, há crescente especulação de que o programa deva ser expandido mais uma vez, possivelmente na próxima reunião, marcada para 30 de Abril. Kuroda não deu pistas sobre isso em seu discurso deste domingo.
Kuroda também soou otimista sobre a economia dos Estados Unidos. Falando a jornalistas, ele afirmou que "a recuperação dos Estados Unidos é sólida" e disse que o país vai continuar "liderando a recuperação econômica global". Para ele, o dólar não deve continuar se apreciando tão rapidamente como tem sido nos últimos meses. Economistas têm se preocupado com a possibilidade de que um impacto do câmbio nas exportações dos Estados Unidos afete o crescimento da economia norte-americana.
Fonte: Dow Jones Newswires.