Para lembrar os 71 anos da explosão das duas bombas atômicas que atingiram as cidades de Hiroshima e Nagasaki do Japão, a Assembleia Legislativa do Paraná em parceria com o Consulado Geral do Japão em Curitiba, promoveu no dia 8 de agosto, a sessão especial em homenagem às vítimas do histórico bombardeio e a “Exposição com Fotos sobre o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki”.
Por proposição do Deputado Paulo Litro, e a convite do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano e do Cônsul Geral do Japão, Toshio Ikeda, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná – CCIBJ-PR, Yoshiaki Oshiro, participou da sessão especial realizada no Plenário e da abertura da exposição.
De acordo com Ikeda, o Japão, como único país a sofrer um ataque nuclear, tem a importante missão de propagar a continuidade do tratado de não-proliferação nuclear. “O Japão está determinado em concentrar esforços para tornar o mundo livre das armas nucleares, buscando apoio, tanto de países detentores desse tipo de armamento, como de países não detentores de armas nucleares. Esta Casa, ao abrigar essa exposição, entra em consonância com o governo japonês, que busca a abolição das bombas atômicas”, afirmou o cônsul-geral.
Naoki Ogawa, representante da Associação das Vítimas e seus Descendentes da Explosão das Bombas Atômicas, sediada no município de Frei Rogério (SC), também participou da sessão plenária e disse em seu discurso que a exposição vai de encontro com o trabalho realizado pela sua instituição. “Nossas ações, assim como essa exposição fotográfica, têm como objetivo o apoio às vítimas das bombas atômicas e conscientizar os jovens, para que atentados como os que ocorreram em Hiroshima e Nagasaki não voltem a acontecer”.
Para o deputado Paulo Litro (PSDB), propositor da exposição, as imagens apresentadas no Espaço Cultural da Assembleia mostram um triste episódio da história da humanidade. “Depois do lançamento dessas bombas, o Japão e o mundo nunca mais foram os mesmos. São acontecimentos que não queremos que ocorram novamente. Então essa é uma exposição que relembra principalmente as vítimas de Hiroshima e Nagasaki, esse episódio da história que nos ensinou, acima de tudo, o valor da paz mundial”, ressaltou o parlamentar.
A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada pelos EUA sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões vitimaram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil em Nagasaki; Cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria das vítimas eram civis.