A gigante de eletrônicos Sharp, nesta quinta (14/5), disse que irá demitir milhares de funcionários, medida que faz parte de um plano de reestruturação interno após a empresa registrar uma perda maior que o esperado de 222 bilhões de ienes no último ano fiscal.
O presidente Kyosan Takahashi vai se manter no cargo com a responsabilidade de levantar a empresa mas os demais da alta diretoria irão se retirar. Os cortes não são somente na diretoria e se estendem aos mais de 50 mil funcionários espalhados pelo mundo, dos quais a meta é a redução de 10%.
Dentro do Japão espera-se a demissão voluntária de 3.500 funcionários até o final de outubro. A empresa também anunciou a venda do prédio da matriz sediada na cidade de Osaka (província homônima).
As 4 plantas de Hiroshima que produzem câmeras para smartphone e componentes eletrônicos serão compactadas em uma. As plantas de componentes eletrônicos de Mihara (Hiroshima) e aparelhos de TV de Yaita (Tochigi) não serão encerradas, declarou Takahashi.
As 2 plantas de Kameyama (Mie) continuarão produzindo LCD, colocando força nas telas de cristal líquido de tamanho médio para serem usadas em computadores de mesa.
Para a reestruturação, a Sharp vai dividir a empresa em 5 áreas para o controle de custos e ganhar velocidade nas decisões, como se fossem empresas independentes. Os setores que mais apresentaram prejuízo foram os de energia solar e aparelhos de TV. A companhia irá receber investimentos de instituições financeiras na ordem de 225 bilhões de ienes.
“Nossa empresa está passando por uma situação de extrema dificuldade”, disse o presidente da companhia Kozo Takahashi para a imprensa. “Implementando reformas estruturais, acreditamos que voltaremos a crescer”.
Segundo relatório divulgado, as vendas da empresa no ano cairam 4.8% registrando 2.78 trilhões de ienes.
Fonte: IPC Digital