O Governo do Estado pretende ampliar a participação do Paraná no mercado internacional e para isso está sendo discutida em conjunto com federações, câmaras de comércio e diversos consulados, a criação da Agência de Internacionalização do Paraná. “Queremos constituir um local onde possam colaborar os consulados, as câmaras de comércio, as federações, as instituições e o governo”, afirmou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, nesta terça-feira (18), em reunião na Fecomércio, em Curitiba. “Por meio da agência vamos mostrar que o Paraná é um bom lugar para fazer negócio. Um lugar onde o capital é amigo do Estado. Essa é a determinação do governo Beto Richa”, afirmou Barros.
O secretário afirma que com a internacionalização e o conseqüente aumento das exportações, importações, e das relações internacionais, haverá um grande reflexo na geração de empregos e no desenvolvimento do Paraná.
Mais de 20 instituições, 16 cônsules e 18 representantes de câmaras de comércio estão envolvidos no projeto para orientar e definir o modelo de gerenciamento e quais os financiadores da nova entidade. Estão sendo analisadas sugestões e experiências que deram certo no Paraná, no Brasil e em outros países. “A expectativa é de que em mais três reuniões semanais tenhamos tudo definido”, frisou Barros. O próximo encontro está marcado para 25 de janeiro.
O chefe do escritório de representação do Itamaraty no Paraná (Erepar), ministro Sérgio Elias Couri, elogiou a proposta e reforçou o apoio do Ministério das Relações Exteriores ao projeto de internacionalização do Paraná. “O escritório apoia as cooperações descentralizadas, aquelas que são executadas diretamente entre os estados ou representações. São ações importantes de internacionalização ”.
MODELO - Uma das inspirações para a agência paranaense pode ser a Empresa Internacional de Rhone-Alpes (ERAI) que atua com sucesso em 24 países com escritórios de representação e filiais. O representante do ERAI Daniel Dall`agnol apresentou o histórico e detalhes da empresa.
Outro foco da agência será manter um levantamento anual de informações detalhadas e a programação das feiras de comércio internacional, das comitivas de empresários estrangeiros que visitam país e das missões empresariais brasileiras que seguem ao exterior. “Vamos identificar oportunidades. Existem muitas feiras internacionais todos os meses, precisamos definir com clareza em quais o Paraná deve participar, quais empresas possuem interesse e capacidade de fazer negócios”, disse Barros.
SEBRAE – A proposta da criação da Agência de Internacionalização retoma um programa de sucesso executado pelo Sebrae há cerca de 15 anos, quando o Paraná se destacava em feiras e eventos internacionais. O assessor da diretoria do Sebrae Ricardo Dellaméa disse que o bom resultado de programas multi-institucionais depende do trabalho conjunto das entidades. “Precisamos aumentar a sinergia entre as entidades, apontar rumos claros e objetivos para a internacionalização, principalmente das pequenas e médias empresas do Estado”, reforçou Dellaméa.
O presidente do sistema Fecomércio Sesc/Senat, Darci Piana, lembrou que há mais de 2,8 mil empresas paranaenses que fazem compras no exterior. “Estamos juntos nesse processo de fortalecimento e ampliação do comércio exterior paranaense”, disse Piana.
Fonte: Seim